Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 77
Festa no sambão Pt.2 Escândalos, planos e piercings...


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, bom primeiramente quero me explicar, nesses dias pra cá ouve algo que me deixou desmoronada total, e por isso o motivo desse meu nome fúnebre... E sim, eu pensei em desistir da fic, mas vi que estava sendo precipitada, então desistir de desistir (e.e) E pensei: se eu já cheguei até aqui, eu devo continuar, pois desistir seria como morrer na praia depois de passar horas nadando. E tem mais, eu não podia fazer isso com vocês, que tanto gostam da EBEP, e fazem parte da minha vida, eu amo vocês, nunca daria essa decepção. Enfim, me desculpem a seriedade, é que estou meio tensa, mas vai passar. Então, sem mais enrolação, aí vai mais um capítulo, espero que gostem! Tenham uma boa leitura, e comentem!!!



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No capítulo anterior…

Pata e Bia caminhavam pela comunidade, quando Bia avistou Paçoca conversando com uns garotos alí perto.

– Ai não, olha quem tá alí… – Disse Bia. Pata olhou e viu que se tratava de Paçoca.

– Ah, é só ignorar que ele não vai fazer nada… – Disse Pata. Logo estas continuaram andando, quando Paçoca as avistou.

– E aí Pata. – Cumprimentou o garoto.

– E aí… – Respondeu Pata, de passagem. Bia procurou o ignorar, mas não adiantou.

– Oi Bia… – Disse Paçoca, a encarando.

– Oi. – Respondeu Bia, rudemente, sem parar de caminhar. – Esse idiota vive muito por aqui? – Perguntou à Pata, quando distanciaram-se um pouco.

– Pior que sim, na verdade, ele mora aqui. – Disse Pata.

– Aff, só de saber que quando me mudar pra cá vou esbarrar nele pela comunidade, já me dá nojo. – Reclamou Bia, enquanto chegavam no fim da rua. De repente ao dobrarem a esquina Bia deu de cara com alguém caminhando do outro lado da rua, seu tio.

– Ei olha lá, é o meu tio! – Exclamou. Pata olhou, porém, não soube a quem Bia se referia.

– Onde? – Perguntou Pata. Logo Bia foi na direção do tio e o chamou, ao vê-la, seu tio parou para cumprimentá-la. Fazendo Pata ter um grande choque na hora.

– Não pode ser! – Exclamou a garota chocada, ao sacar que o tio de Bia era também, o tio de Paçoca.

***

Enquanto Bia falava com o tio, Pata continuava estática no outro lado da rua, sem acreditar no óbvio. Até que Bia a chamou para apresentar seu tio.

– Oi. – Atendeu Pata, encarando o homem, este ao olhar na direção da garota, a reconheceu.

– Pata, esse é o meu tio, Edgar. – Apresentou Bia. – Tio, essa é a Pata, minha amiga. – Completou. – Ela era do orfanato, mas, agora mora aqui na comunidade. – Acrescentou.

– Oi, Pata… – Cumprimentou Edgar, desconcertado. O homem acabara lembrando que esta era a mesma garota que estava presente quando confirmou ser tio de Paçoca.

– Oi, tio da Bia. – Respondeu Pata. – Ou melhor dizendo, tio do…

– Pata! – Exclamou alguém, interrompendo o que seria uma revelação inusitada. Era Duda. – Graças a Deus eu achei vocês! – Disse o garoto.

– Ué, mas não era você que tava perdido? – Perguntou Bia.

– Tanto faz! – Disse Duda, dando de ombros.

– Ér… Bia tenho que ir. – Falou Edgar, chamando a atenção da sobrinha, este parecia mesmo estar com pressa, e carregava um pacote estranho em uma das mãos.

– Ah, tá certo tio. – Concluiu Bia. – Pera, tá tendo uma festa de aniversário no sambão, bem que você podia dar uma passada lá, e levar o meu irmão! – Sugeriu a garota.

– Ah! – Edgar não soube o que dizer. – É, posso ver isso daqui a mais ou menos uma hora. – Completou. Pata, que estava atenta a conversa, refletiu. Talvez o homem realmente fosse e levasse Paçoca, revelando que o mesmo era o irmão misterioso de Bia, então era melhor que guardasse segredo, pelo menos por enquanto. – Até mais, crianças. – Despediu-se o homem, um pouco nervoso.

– Até. – Disseram. Logo Edgar tomou seu caminho, deixando os três sozinhos.

– Então, esse que é seu tio Bia? – Perguntou Duda.

– É sim. – Respondeu Bia.

– Hum, ele parece ser legal. – Disse o garoto.

– Aham, ele é. – Respondeu Bia.

– Ele parecia apressado, o que será que levava no pacote? – Perguntou Duda.

– Uma bomba relógio talvez. – Respondeu Pata, fazendo os dois a encararem. – Tô zoando. – Contradisse, séria. Bia ficou bem tensa com o comentário da amiga, porque diria uma coisa dessas, se acabara de conhecê-lo? Vai saber, Pata tem dessas coisas.

– Que seja! – Exclamou Bia. – Então, vamos? – Chamou. – A gente tá perdendo a festa. – Acrescentou. Então, estes seguiram para a festa de aniversário no sambão, porém, antes de chegarem ao local, Pata avistou Paçoca novamente, caminhando próximo dalí.

– É… Eu tenho que passar em casa antes de ir pro sambão. – Mentiu Pata, na verdade esta queria ficar sozinha, para falar com Paçoca.

– Por quê? – Perguntaram Duda e Bia ao mesmo tempo.

– Preciso de absorvente… – Mentiu novamente.

– Eita! – Exclamou Bia. – Quer que a gente vá e te espere? – Perguntou.

– Não! – Disse Pata. – Não percam a festa por minha causa, vão logo, o pessoal vai ficar preocupado se todos nós demorarmos. – Explicou. Duda e Bia concordaram, e foram na frente. Pata esperou que os dois dobrassem a esquina, para então ir até Paçoca, porém, o garoto andava muito rápido, logo a mesma resolveu segui-lo, esperando um momento em que este parasse em algum canto. E assim foi, Paçoca parou em uma pista de skate, e sentou-se lá sozinho, então, sem mais demorar Pata resolveu abordá-lo.

– Oi Paçoca! – Exclamou, sentando-se ao lado do garoto. Que assustou-se ao vê-la.

– Qualé? Tá me seguindo é? – Perguntou Paçoca, estranhando a situação.

– Hum, quem sabe. – Disse a garota, num tom enigmático.

– Manda logo o papo reto, mina. – Apressou Paçoca. – Porque eu tô esperando uns parça aqui, não posso ficar de conversinha. – Explicou rudemente. Nessa hora o mesmo deu por falta de algo. – Espera aí… Cadê a tua amiga, tu não tava com ela? – Perguntou.

– A Bia? – Perguntou Pata. – Por que o interesse em saber dela? – Completou.

– P-Por nada, é que achei estranho, você tava com ela e agora não tá mais. – Disse o garoto.

– Tem certeza que é só isso? – Perguntou Pata.

– Que foi? Tá achando que eu tô afim dela é? – Perguntou Paçoca rindo.

– Não sei, me diz você. – Falou Pata.

– Tem nem perigo disso acontecer. – Acrescentou o garoto.

– Hum, verdade, seria bem estranho. – Concordou Pata. – Já que você é irmão dela! – Lançou, revelando saber a verdade.

Para Paçoca, ouvir aquilo, foi como ser acertado por um tiro de canhão. Como Pata descobriu a verdade? O que aconteceu? Se Pata sabia, será que Bia havia descoberto? E agora, o que faria? Como explicaria? E se Bia não quisesse vê-lo nunca mais? Estas foram as perguntas que passaram a assombrar sua mente, a partir daquele momento, porém, nenhuma palavra saiu de sua boca, deixando apenas uma expressão aflita em seu rosto. Nessa hora, Pata sorriu desdenhosamente.

– Surpreso por eu saber? – Perguntou. – Eu também fiquei quando a Bia me apresentou o tio a minutos atrás. – Completou. – Foi muita coincidência ser exatamente o mesmo cara que disse ser seu tio ontem.

– Então foi assim que você soube? – Perguntou Paçoca.

– Eu nem preciso responder, né? – Perguntou Pata.

– Você contou pra ela?! – Perguntou o garoto, seriamente.

– Hum, talvez sim, talvez não… – Disse Pata.

– Responde logo, caralho! – Exclamou Paçoca aos berros, segurando Pata pelos ombros.

– Me larga, tá vacilando? – Gritou Pata, empurrando o garoto.

– Quem tá vacilando aqui é você, garota! Não se brinca assim com um assunto tão delicado, e ainda mais sendo dos outros. – Retrucou Paçoca. Pata ficou em silêncio, então, Paçoca passou a chorar cabisbaixo. Ao ver aquela situação, (que por sinal era muito rara, pois, Paçoca quase nunca chorava) Pata decidiu ser mais sutil.

– Eu não falei nada pra ela. – Disse Pata, aliviando a tensão do garoto. – Não cabe a mim fazer isso, cabe a você. – Afirmou.

– Eu sei, e eu vou fazer isso. – Disse o garoto. – Mas, não agora. – Completou.

– Por que não? – Perguntou Pata.

– Você acha que ela ia me ouvir, e ia aceitar numa boa? – Perguntou Paçoca. – Tá na cara que não, ainda mais depois de tudo que eu aprontei. – Respondeu, antes que Pata dissesse algo.

– É, você tem razão. – Disse a garota. – Mas, eu não entendo. Você já sabia disso antes, ou também descobriu agora? – Perguntou.

– O que você acha? – Perguntou Paçoca. – Claro que não sabia! – Respondeu. – Se eu soubesse que ela era a minha irmã, nunca tinha feito nada cotra ela. – Afirmou. – Eu descobri essa semana, por acaso, quando esbarrei nela na rua…

– Ah, quando você tentou assaltar ela, você quer dizer, né? – Corrigiu Pata, com deboche. Paçoca a encarou com cara de tacho.

– Como eu ia dizendo… Ela deixou a carteira cair e eu peguei, foi quando eu vi o sobrenome na identidade dela, que era o mesmo que o meu, e a data de nascimento. – Explicou. – Eu achei muita coincidência na hora, então me veio uma lembrança na mente, e eu perguntei ao meu tio. Foi quando ele confirmou ter levado a Beatriz pro Raio de luz, há 10 anos. – Finalizou.

– Caraca! – Exclamou Pata, intrigada.

– Velho, você não sabe o que é crescer sem saber o paradeiro da irmã, até mesmo achando que ela morreu, e de repente descobrir que ela sempre esteve por perto, e o pior, que é uma garota a qual você já maltratou. – Acrescentou Paçoca, inconformado. – Daí falar com ela agora estragaria tudo, porque ela me odeia…

– Tudo bem Paçoca, eu te entendo, mas, acho que você falar agora ou depois, não vai mudar o fato de que ela não vai te aceitar no início. – Aconselhou Pata.

– Eu sei. – Disse Paçoca. – Mas eu ainda não tô preparado. – Completou.

– Você precisa se conformar, porque você quem escolheu agir dessa forma, e agora a consequência é essa. – Afirmou Pata, jogando na cara.

– Cara, eu não vou discutir minha vida contigo, porque senão tu vai sair quebrada. – Afirmou Paçoca, irritado com o comentário acima.

– Tá, eu não vou te julgar, mas, a Bia com certeza vai. Porque o único Paçoca que ela conhece, é o Paçoca pilantra e imbecil que mexe com todo mundo. – Afirmou Pata.

– Ei! Pega leve man! – Exclamou Paçoca. – Cara, é o seguinte, eu me arrependo muito de como tratei ela, e quero concertar isso, mas, eu também não posso mudar quem eu sou, e nem quero, seria fingimento.

– Vai precisar de sorte, porque a Bia é cabeça dura… – Falou Pata.

– Você acha que ela não vai me perdoar? – Perguntou Paçoca.

– Sinceramente, eu não sei, porque não é uma situação comum, mas, a Bia é a Bia, ela é orgulhosa, e arrogante, mas, tem um coração de ouro. – Afirmou Pata. – E acima de tudo, você não sabia que ela era sua irmã, vai ter uma hora que ela vai ter que te dar uma chance pra mostrar que você fala a verdade, e quando isso acontecer, por favor, não a decepcione.

– E eu não vou. – Afirmou Paçoca. – Pelo contrário, vou fazer de tudo pra que ela me perdoe, e quando isso acontecer, vou ser o melhor irmão do mundo. – Garantiu.

– Eu espero que você teja sendo sincero. – Disse Pata.

– Nunca fui tão verdadeiro como estou sendo agora. – Afirmou o garoto.

– Então, quando pretende falar com ela? – Perguntou Pata.

– Não sei, primeiro eu queria me aproximar dela, entende? – Explicou Paçoca.

– Sim. – Compreendeu Pata.

– Mas também tá sendo difícil, porque eu to falando com ela por mensagem, mas ela não sabe que eu sou eu, só sabe que é o irmão dela. Na verdade eu queria me aproximar sendo eu, o Paçoca. – Contou.

– Ah, se você quiser, eu posso até te ajudar… – Disse Pata.

– É sério? – Perguntou Paçoca.

– Sim, mesmo depois de tudo, todo mundo merece uma chance, ainda mais quando se trata de família, e a Bia é minha amiga, quero ver ela feliz. – Afirmou Pata.

– Pata, pode crer que se você me ajudar eu vou ter uma dívida eterna contigo. – Disse o garoto.

– Ok, mas você tem que me prometer uma coisa também. – Disse Pata.

– Qualquer coisa. – Disse Paçoca.

– Que não vai mais mexer com nenhum dos meus amigos, ou com meu irmão. – Disse Pata.

– Tá eu prometo. – Prometeu Paçoca, estendendo a mão.

– Fechado. – Disse Pata, apertando a mão do garoto.

– Então, como você pretende me ajudar? – Perguntou Paçoca.

– Não se preocupe, você vai ver. – Disse Pata. – Só preciso que você apareça daqui a pouco lá no sambão. E arrumado. – Completou.

– Pra festa do Cícero? – Perguntou Paçoca. – Beleza. – Concordou. Logo Pata voltou ao sambão, e Paçoca foi para casa se arrumar.

Enquanto isso no sambão…

Estava tudo tranquilo, todos se divertiam, dançavam e conversavam. Até que…

– Eu quero uma rodada de cerveja aqui, pra gente. – Pediu Vivi, ao garçom. Esta se encontrava sentada a uma mesa, com os vizinhos.

– Cerveja? Pra vocês? – Perguntou o rapaz.

– Eu não vou repetir. – Disse a garota.

– Mas aqui não somos autorizados a servir álcool a menores de idade. – Explicou o garçom.

– Ela te perguntou alguma coisa, cara? A gente é convidado e queremos cerveja, então faça seu trabalho. – Disse André.

– Boa André! – Apoiou Janjão. Todos observavam a situação de longe, intrigados com a atitude da garota.

– Nossa velho, isso que a Vivi tá fazendo é ridículo. – Afirmou Thiago, na outra mesa com a galera do raio de luz.

– Pior, acho que ela tá fazendo isso pra irritar o pai. – Disse Mosca.

– E ela tá chamando a atenção de todo mundo… – Reparou Mili. – Olha só a cara da Carol e da Shirley alí atrás. – Apontou.

Carol estava junto de Shirley, Eduarda e Cícero, quando ambos perceberam a discusão, logo Carol quis interferir, porém, Cícero disse que não precisava, pois aquela era sua filha, então se tivesse alguém deveria interferir seria ele mesmo. E foi o que ele fez.

– Saca só gente, o pai dela tá indo lá… – Notou Binho.

– Eita porra, vai ter treta! – Afirmou Thiago.

Na mesa dos vizinhos…

– Mas eu não quero nem saber, meu pai é o gerente dessa joça, o mínimo que você pode fazer é o que eu mando! – Gritava Vivi, porém o garçom continuava firme.

– Seu Cícero… – Disse como último argumento, ao ver que o pai de Vivi se aproximava.

– O que tá acontecendo aqui? – Perguntou Cícero.

– É esse garçom imprestável! – Exclamou Vivi.

– Ele tá se negando a servir a gente. – Completou Janu.

– Eles querem cerveja seu Cícero, mas, eu disse que não posso servir álcool aos menores de idade. – Disse o garçom.

– Tudo bem Otávio, pode deixar comigo. – Falou Cícero, tomando conta da situação. – Minha filha, vocês são todos menores de idade, não tem que tá bebendo álcool… – Argumentou se dirigindo a Vivi.

– A gente sabe muito bem a idade que tem. – Janjão tomou a palavra.

– Tamo afim de beber uma gelada, e isso não faz mau a ninguém. – Completou André.

– Pois é, e então, será que dá pra parar de drama e deixar logo? – Perguntou Vivi a seu pai.

– Não, eu não vou admitir isso, vocês não tem idade, e tão sobre a responsabilidade dos adultos daqui. – Afirmou Cícero. – Então nada de álcool!

– Quem não admite sou eu! – Falou Vivi alterando a voz. – Quem é você pra proibir alguém de beber álcool, hein pai? – Perguntou Vivi. – Você era um bêbado! – Gritou. Para Cícero, ouvir aquelas palavras saindo da boca da filha fora como levar uma punhalada no coração, então sem dizer palavra alguma, o homem afastou-se, com um olhar tristonho.

– Vivi! – Exclamou Tati, aproximando-se ao ouvir o que a irmã havia dito. – Como você ousa falar assim com nosso pai? – Perguntou, horrorisada.

– Deixa Tati… – Pediu seu pai.

– É, deixa Tati, porque você não sabe de nada! – Afirmou Vivi. – Sabe de uma coisa, eu cansei dessa droga de festa, foi uma péssima ideia ter topado isso! – Concluiu, indo em direção a saída. – Vocês vem ou vão ficar?! – Perguntou, dirigindo-se aos vizinhos. Logo os mesmos, a acompanharam, saindo do local também. Todos na festa ficaram tensos, porém, Cícero afirmou estar tudo bem e que a festa continuaria normalmente, então, Eduarda passou a animar a festa, enquanto Shirley, a namorada de Cícero, resolveu chamá-lo para conversar num canto.

– Minha filha nunca vai me perdoar Shirley… – Afirmou Cícero.

– Não fique assim paixão, a Vivi só tem 14 anos, tá passando por uma fase rebelde. – Afirmou a mulher. – Isso vai passar você vai ver, agora ajeite essa cara e vamos curtir o seu aniversário! – Chamou, levando o homem até a mesa de salgadinhos.

Minutos depois…

Bia chegou com Duda na festa.

– Impressão minha ou tá todo mundo tenso? – Perguntou Duda.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Bia, aproximando-se de Cris e Samuca.

– Xi vocês perderam! – Exclamou Cris. – A Vivi fez um escândalo, só porque o garçom não quis dar cerveja pra ela e os “novos amiguinhos”. – Contou Cris.

– E depois humilhou o pai dela na frente de todo mundo e saiu fora. – Completou Samuca.

– Uau, que treta! – Afirmou Duda. Nessa hora Mosca aproximou-se com Binho.

– Cadê a Pata? – Perguntou Mosca.

– Ela disse que foi em casa. – Respondeu Bia.

– E porque vocês não esperaram? – Perguntou Binho, enciumado.

– Porque ela queria ir sozinha, e mandou a gente vir na frente. – Respondeu Bia.

– Mas a Pata não vai poder entrar em casa porque a chave tá comigo e ela sabia. – Disse Mosca. – E a Graziela também tá aqui. – Acrescentou apontando pra tia que bebia todas no bar.

– Ué… – Estranhou Duda. – Será que ela mentiu? – Perguntou desconfiado.

– Não sei cara. – Disse Mosca. – Mas aproveitando que a gente tá se falando, eu queria te perguntar uma coisa. – Acrescentou. – Vem, vamo conversar alí. – Chamou, direcionando-se a um canto, Duda então assentiu e seguiu Mosca. Nessa hora Binho aproveitou para dizer algo a Bia.

– Você não tinha nada que ter vindo com esse mauricinho do Duda. – Falou enciumado.

– Quê?! – Exclamou Bia rindo. – Cê tá falando sério, Binho? – Perguntou sem acreditar. – Não acredito que você tá com ciúmes porque eu vim com o Duda… – Completou.

– Não é ciúmes, só não gostei. – Falou Binho. – Você sabe muito bem que ele já foi afim de você. – Lembrou.

– Disse bem, ele “foi” afim de mim, no passado. – Disse Bia. – Agora ele é namorado da Pata, se você não se lembra. – Lembrou.

– Isso não é desculpa, não quero que a minha namorada saia sozinha com garotos, que não sejam eu! – Afirmou Binho.

– Nossa, você tá sendo muito infantil agora. – Afirmou Bia, irritada.

– Você ia gostar se eu saísse só com a Dani? – Perguntou Binho, dando um exemplo.

– É diferente, aquela pirralha é uma oferecida! – Afirmou Bia.

– Diferente nada, é a mesma coisa! – Afirmou Binho.

– Ah, para! Tá sendo chato comigo, Binho! – Exclamou Bia, sem paciência.

– Só tô reclamando de uma coisa que não gostei. – Defendeu-se Binho.

– Tá tá, vou fazer xixi que ganho mais! – Concluiu Bia, indo ao banheiro feminino, e deixando Binho sozinho.

Enquanto isso, Mosca tirava satisfações com Duda.

– Cara, que história é essa de levar a Pata com você pra Bélgica? – Perguntou Mosca, sendo direto.

– Ela já te contou? – Perguntou Duda.

– Tá na cara, né? – Perguntou Mosca sendo rude. – Olha aqui Duda, só quero te avisar uma coisa… – Continuou antes que Duda se opusesse. – Se você tá achando que a Pata vai com você pra Bélgica, tá muito enganado. – Afirmou. – O que deu em você pra achar que eu permitiria uma coisa dessas? – Perguntou.

– Olha cara eu só quero o que é melhor pra Pata. E tem mais, ela é sua irmã, e não sua filha, então, eu acho que você não pode decidir isso por ela. – Falou Duda, cortando o assunto.

Minutos depois…

Ao chegar no sambão, Pata direcionou-se a Duda.

– Demorei muito? – Perguntou, aproximando-se do garoto.

– Um pouco na verdade. – Disse Duda. – Onde você foi? – Perguntou.

– Eu te disse que tinha ido em casa. – Disse Pata.

– Mas o Mosca disse que tá com a chave, e sua tia também tá aqui! – Afirmou Duda. – Onde você tava Pata.

– Ah, então, por isso eu demorei, porque lembrei que a chave não tava comigo, aí tive que ir na farmácia comprar, você sabe, absorvente. – Mentiu Pata.

– Hum… – Concluiu Duda.

– Que cara tensa é essa? Você não tá acreditando? – Perguntou Pata.

– Não é isso, Pata. – Disse Duda. – Só tô um pouco pensativo. – Afirmou.

– Por quê? – Perguntou Pata.

– Seu irmão, veio falar comigo sobre “A ideia absurda de eu te levar pra Bélgica”. – Disse Duda dando ênfase na frase.

– Ah, já esperava isso. – Disse Pata.

– Pois é. – Disse Duda. – Mas e etão, você já tomou uma decisão? – Perguntou. Porém Pata estava distraída, devido a história de Paçoca e Bia, então ignorou a pergunta do garoto.

– Escuta Duda, depois a gente fala sobre isso, ok? – Disse Pata. – Tenho uns assuntos pra resolver. – Concluiu, deixando o garoto sozinho.

Pata foi ao encontro das garotas as quais conversavam com Mili e Cris numa mesa, foi aí que resolveu pôr o seu plano em ação.

– Nossa, que demora Pata. – Reparou Mili.

– Vocês não sabem o que aconteceu quando eu tava vindo… – Iniciou Pata.

– O quê? – Perguntou Bia.

– Um trombadinha tentou me assaltar na rua, e vocês não sabem quem me ajudou… – Contou Pata, fazendo suspense.

– Quem? – Perguntou Cris.

– O Paçoca! – Revelou Pata. Claro que estava contando uma mentira, porém, fazia parte de seu plano.

– Sério?! – Perguntou mili, surpresa.

– Caraca! – Exclamou Cris, também surpresa.

– É sério, eu também fiquei surpresa. – Afirmou Pata.

– Hum, vai ver ele percebeu que tava sendo um inútil no mundo, e agora tá tentando mudar. – Afirmou Bia, bebendo um pouco de refrigerante.

– Nossa Bia, que insensível… – Disse Cris.

– Mas pior que ela tem razão, vai ver é isso mesmo. – Disse Mili.

– É, mas nunca é tarde pra mudar… – Disse Pata.

– No caso do Paçoca é sim, acho que aquele alí não tem mais jeito. – Disse Bia, firme.

– Todo mundo merece uma chance Bia. – Disse Pata.

– Não vem me dizer que agora você tá do lado do Paçoca? – Perguntou Bia.

– Aff, não é isso Bia, eu só tô dizendo que todo mundo é capaz de mudar, quando se tem um bom motivo pra isso. – Afirmou Pata.

– Sim, e quais seriam os motivos do Paçoca? – Perguntou Bia, com desdém.

– Não sei, talvez você descubra mais tarde… – Respondeu Pata.

– Como assim? – Perguntou Bia, sem entender. Nessa mesma hora, Paçoca chegou a festa.

– Xi… Olha lá, falando no Paçoca. – Reparou Cris, olhando na direção do garoto, que cumprimentava Cícero.

– Não acredito que ele foi convidado… – Disse Bia.

– Por acaso não foi você, foi Pata? – Perguntou Mili.

– Não. – Respondeu Pata. – O Paçoca é amigo do Cícero, já tinha sido convidado. – Completou. Paçoca ao ver Bia com as outras garotas resolveu se aproximar.

– É impressão minha ou ele tá vindo pra cá? – Perguntou Mili.

– É, ele tá vindo mesmo… – Disse Cris.

– Qualé meninas! – Exclamou. – Como andam as coisas? – Perguntou.

– Bem… – Responderam Cris e Mili. Bia o ignorou.

– E você Bia? Tudo bem? – Perguntou.

– Tudo. – Respondeu Bia.

– Ah Paçoca, eu tava contando pra elas sobre hoje! – Afirmou Pata, dando um susto no garoto.

– Cumé que é?! – Perguntou, espantado.

– É, que você me ajudou contra aquele trombadinha na rua! Lembra?! – Disse Pata, dando a entender que aquilo fazia parte do plano.

– Ah é, sacomé né? Eu manjo dos paranauê tudo aqui! – Afirmou o garoto, indo na onda. Enquanto Paçoca falava, Bia avistou Dani aproximando-se de Binho que conversava com os garotos.

– Da licença! – Disse levantando-se. Porém, em vez de tirar satisfação com Dani, a garota apenas saiu do local, indo para a entrada do sambão.

– O que deu nela? – Perguntou Paçoca.

– É que ela discutiu com o namorado, e agora a Dani tá dando encima dele. – Disse Cris, fazendo as garotas a encararem com cara de “Como ela sabe disso tudo?”. – Que foi? Eu sou perceptiva.

– E o namorado da Bia, é…? – Perguntou Paçoca.

– O Binho. – Respondeu Pata.

– Hum… – Concluiu Paçoca. – Pata, posso falar com você? – Perguntou, mudando de assunto.

– Pode… – Disse Pata, levantando-se. Logo estes foram a um canto onde ninguém estava perto. Duda observou a situação de longe, ficando incomodado.

– Como é que você pretende me ajudar? – Perguntou Paçoca.

– Eu já disse pra você ter calma. – Falou Pata. – Já comecei, falando bem de você, que você parece ter mudado, e talz. – Completou.

– Mas isso não adiantou, ela nem deu atenção. – Notou Paçoca.

– Desculpe querido, eu não obro milagres. – Disse Pata. – Se você quer que a sua irmã goste de você, de uma hora pra outra, então age sozinho, da forma que achar melhor. – Concluiu.

– Beleza, você guardando segredo já tá de bom tamanho. – Disse Paçoca. – Mulher não ajuda em nada mesmo… – Resmungou, saindo.

– Mas é muito folgado… – Disse Pata, balançando a cabeça em forma negativa.

Enquanto isso…

Do outro lado da comunidade…

Após saírem do sambão, Vivi e a turma dos vizinhos (Com exerção de Tatu, que estava com Tati) resolveram andar sem rumo pela comunidade, quando por coincidência esbarraram em Juca que caminhava por alí com um amigo.

– E aí Jucão! – Exclamaram os garotos, cumprimentando Juca.

– E aí galera! O que fazem por aqui? – Perguntou Juca, enquanto os cumprimentava.

– A gente tava na festa do pai da Vivi, mas tava um saco. – Contou Janu, aproximando-se do garoto e lhe abraçando peço pescoço.

– Tendi. – Disse juca. Nessa hora os dois passaram a se beijar. Ignorando os outros.

– É… E esse quem é? – Perguntou Bel, quebrando o gelo.

– Ah! É mesmo ia esquecendo de apresentar. – Disse Juca. – Pessoal esse é o Caio, um parça meu. – Apresentou. – Caio, esses são: Janjão, Vivi, André, Bel e Janu.

– E ae, beleza? – Cumprimentou o garoto, este era loiro de cabelo espetado e possuía olhos verdes, porém tinha detalhes que chamavam mais atenção, a quantidade de piercings do garoto.

– Beleza! – Responderam todos.

– Pra onde cês tavam indo? – Perguntou Janu.

– A gente tava indo no estúdio do pai do Caio. – Disse Juca. – Querem ir?

– Estúdio? – Perguntou Vivi. – Tipo de moda? – Perguntou.

– Não, na verdade é bem mais da hora que isso, é um estúdio de piercings e tatuagens! – Revelou o garoto. – E aí, topam conhecer? – Perguntou. Nessa hora todos se entreolharam e concordaram, com a mesma ideia em mente.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?! Comentem!!! Beijo e até o próximo capítulo