Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira
Notas iniciais do capítulo
Posto a parte 2 hoje mesmo ^^
Todos Aguardavam no pátio ansiosos pela chegada de Ana. A decoração da festa estava linda, haviam balões na cor roxo, e rosa forte, espalhados por todo o pátio, e uma grande mesa, onde se encontravam o bolo, de chocolate com cobertura de caramelo, e os docinhos. Também haviam várias mesas com cadeiras ao redor, onde o pessoal aguardavam sentados, comendo salgadinho e tomando refri.
Os adultos tinham uma mesa só para eles, lá se encontravam: Carol, Júnior, Chico, Ernestina (Matilde) e Fernando, que havia acabado de chegar (para a infelicidade de Júnior). Nessa mesa não acontecia nada demais, apenas conversas entre adultos.
Em uma das outras mesas se encontravam as crianças: Maria, Neco, teca, Dani, Tati e Tatu, que foi convidado à festa por Tati.
– Aff como a Ana tá demorando a chegar... – Reclamou Dani.
– Concordo. – Concordou Teca. – Não a vejo desde ontem quando ela passou mau e dormiu.
– Nossa é verdade, eu nem tava me lembrando disso. – Afirmou Tati.
– Vocês acham que agora que ela encontrou a mãe, ela vai embora do orfanato? – Perguntou Maria, preocupada.
– A Ana encontrou a mãe? – Perguntou Tatu, admirado. – Pensei que ela era órfã... – Completou.
– Ah é, eu tinha esquecido de te contar, amorzinho! – Disse Tati, apertando as bochechas do garoto. Nessa hora todos prenderam o riso.
– Tudo bem, docinho! – Respondeu Tatu, fazendo o mesmo. Logo ambos passaram a se paparicar, deixando todo o resto que estava na mesa sem graça.
– Respondendo a sua pergunta, Maria... – Iniciou Teca. – Eu tenho certeza que ela vai, acho que qualquer um aqui desejaria morar com a mãe se encontrasse. – Afirmou.
– Pois é, a Ana é sortuda de ter uma mãe pra encontrar... – Disse Dani, com um olhar triste.
– Você tem razão Dani, mas nós também somos, porque eu tenho o Chico, você tem a Carol, e a Tati tem o pai e a irmã. – Disse Teca.
– Verdade, todos temos sorte. – Afirmou Dani. – Menos a Maria que não tem ninguém, e nem o Neco. – Soltou sem piedade, encarando os dois menores, que ficaram tensos. Nessa hora Maria levantou-se dalí e saiu correndo, a garota ficou tão magoada que passou a chorar.
– Você tem razão Dani eu e a Maria podemos não ter ninguém, mas temos uma coisa que você não tem... Caráter. – Rebateu Neco, também saindo da mesa, este foi atrás de Maria. Em seguida as meninas e Tatu, encararam Dani em silêncio, com um olhar de reprovação.
– Tão olhando o quê? – Perguntou Dani.
– Você não aprende mesmo, né Dani? – Perguntou Teca irritada.
– Ah, qual é? Eu tava só brincando. – Disse Dani revirando os olhos, e tomando um pouco de refrigerante.
Na outra mesa estavam sentados: Pata, Duda, Vivi e Rafa.
– Gente do céu! A Ana tá demorando, né? – Reparou Vivi.
– É mesmo, todo mundo já tá aqui, só falta ela e a Bia. – Disse Pata.
– Todo mundo não, a Mili, o Mosca, o Binho e o Thiago, não tão aqui. – Falou Vivi.
– Hum, mas eles tavam uns minutos atrás... – Afirmou Pata.
– Não é só eles que faltam. – Disse Rafa. – A Bel também ainda não chegou... – Completou, olhando a hora.
– Você chamou a Bel? – Perguntou Pata.
– Claro, ela é minha namorada! – Respondeu Rafa. – Apesar de tudo... – Completou.
– Falando nela... – Disse Vivi ao notar que Bel havia chegado. A garota olhava em volta procurando por Rafa.
– Bel! – Chamou Rafa. Logo Bel foi em direção da mesa onde o mesmo estava.
– Ah, você tá aqui Rafa... – Disse Bel, com um sorriso forçado.
– Não, ele tá na cozinha. – Disse Pata, num tom de voz quase inaudível. Apenas Duda e Vivi ouviram.
– Senta aqui comigo e o pessoal, amor. – Pediu Rafa. Bel sentou-se numa cadeira, entre Duda e Rafa. Isso incomodou Pata de uma certa forma.
– Oi pessoal! – Cumprimentou Bel.
– Oi... – Responderam os três.
Houve silêncio.
– Ai Deus, cadê essa aniversariante que não chega? – Reclamou Vivi.
– Como assim não chega? – Perguntou Bel. – Eu acabei de falar com ela e com a Bia lá fora, e elas me mandaram entrar. – Contou.
– Sério?! – Perguntou Vivi. – Ah então elas já chegaram da mãe da Ana, graças à Deus!!! – Exclamou Vivi.
– E a Ana tem mãe? – Perguntou Bel.
– Tem! Mas nós só viemos saber disso ontem. – Explicou Rafa.
– Nossa... Interessante! – Afirmou Bel.
– Muito. – Concordou Duda.
– Pois é. – Disse Pata.
Neste mesmo momento Mili voltou ao pátio com Mosca, Thiago e Binho.
– Gente!!! – Exclamou Mili. – A Bia e a Ana já chegaram, elas foram só tomar um banho e se arrumar, daqui a pouco tão vindo. – Avisou.
– Amém! – Exclamaram todos.
– Do jeito que mulher demora pra se arrumar, a festa só vai rolar meia noite. – Disse Duda.
– Duda!!! – Exclamaram as garotas.
– Tô mentindo? – Perguntou.
– Não! – Exclamaram os garotos.
Enquanto isso...
Maria chorava sentada na escada, quando Neco apareceu a procurando.
– Maria? – Chamou Neco.
– Oi... – Atendeu Maria, com voz de choro. Logo Neco se aproximou.
– Posso me sentar? – Perguntou.
– Tanto faz... – Respondeu Maria.
– Não fica assim, Maria. – Pediu Neco. – A Dani é uma imbecil, não sabe medir as palavras. – Afirmou.
– Mas mesmo assim, o que ela disse não deixa de ser verdade. – Afirmou Maria.
– Sim, tudo bem. – Disse Neco. – Mas o fato de não termos parentes, não significa que estamos sozinhos! – Afirmou. – Tem a Carol, tem o Chico, e até a Ernestina!
– Mas não é a mesma coisa, Neco. – Impôs Maria.
– É eu sei, mas, mesmo assim, tem muita criança órfã no mundo, que gostaria de ter a mesma sorte que a gente, e viver num lugar como o raio de luz. – Disse Neco.
– Tem razão. – Concordou Maria. – Mas eu gostaria de ter uma família... – Completou chorando.
– Todos nós gostaríamos... – Afirmou Neco, abraçando a garota. – E quem sabe não teremos? Nós moramos num orfanato, um dia pode aparecer alguém.
– Sim... – Concordou a garota, chorando ao ombro do amigo.
– Então não fica assim. – Pediu Neco. – E trata de colocar logo um sorriso nesse rosto! – Ordenou. Nessa hora Maria, deixou escapar um pequeno sorriso em seu rosto.
– Obrigada Neco! – Agradeceu, beijando o rosto do garoto, que ficou sem graça.
– N-Não tem de quê... – Respondeu Neco. – Então, vamos voltar pro pátio? – Perguntou.
– Pode ir, eu vou daqui a pouco. – Disse Maria. – Se não todo mundo vai saber que eu tava chorando... – Completou.
– Ok. – Disse Neco. Logo este voltou ao pátio.
A campainha toca...
– Já vai! – Grita Maria, esta vai em direção à porta e a abre. – O-Oi! – Exclama, um tanto assustada, ao ver a mulher de cabelos ruivos, vestes coloridas, e um colar enorme de esmeraldas.
– Olá pequenina. – Cumprimentou a mulher.
– O-Olá... – Respondeu Maria, com os olhos ainda encharcados. – O que a senhora deseja? – Perguntou.
– Bem, eu estou procurando a diretora do orfanato. – Disse Madame Esmeralda.
– Ah, só um momento que eu vou chamar ela. – Disse Maria.
– Obrigada. – Agradeceu Madame Esmeralda. Logo a menina foi em direção ao pátio.
No pátio...
– Ai que tédio. – Disse Vivi.
– Se pelo menos o nerd agilizasse com a música... – Disse Duda se referindo à Samuca que ajustava o equipamento de som.
– Muquinha, amor! – Exclamou Cris ali perto, indo em direção à Samuca.
– Aff... – Bufou Vivi, revirando os olhos.
– O que foi Vivi? – Perguntou Pata.
– Há horas eles dois se odiavam, e agora já voltou essa idiotice... – Afirmou Vivi.
– Você tá co ciúmes, Vivi? – Perguntou Rafa.
– Eu?! – Perguntou Vivi. – Óbvio que não, de onde você tirou essa barbaridade? – Perguntou.
– Sei... – Disse Duda, dando corda.
– Aff gente qual é, que chatice! – Exclamou Vivi, saindo da mesa. – Vou sentar com o pessoal alí. – Disse, indo em direção da mesa onde Mili conversava com os garotos.
– Mas graças a Deus que ela conseguiu, eu já tava arrancando os cabelos de preocupação. – Afirmou Mili.
– Não só você. – Disse Thiago. – Eu tava tão preocupado, que tava escutando vozes na minha cabeça. – Contou.
– Engraçado, eu também ouvi... – Disse Binho. Nessa hora Mosca e Mili entreolharam-se.
– Pessoal, acho que não eram na cabeça de vocês. – Disse Mosca.
– Como assim? – Perguntou Thiago.
– A gente também tava ouvindo vozes estranhas. – Respondeu Mili. No mesmo momento Vivi se aproxima da mesa e acaba ouvindo parte da conversa.
– Vozes estranhas? – Perguntou Ela assustando todos. – Por acaso vocês tão falando de uns sussurros esquisitos que dava pra ouvir hoje mais cedo? – Perguntou. Nessa hora todos ficaram tensos.
– Você também ouviu? – Perguntou Binho.
Maria chegou ao pátio, e foi em direção de Carol.
– Carol! – Exclamou.
– Oi princesa? – Atendeu Carol.
– Tem uma mulher procurando por você, ela tá lá na sala. – Avisou.
– Uma mulher? – Perguntou-se Carol. Logo a mesma lembrou que Mosca havia dito, que a mãe de Ana viria ao orfanato naquele dia. Então foi em direção da sala.
Alí perto...
– Então quer dizer que você, a Tati e a Maria também ouviram? – Perguntou Thiago.
– Aham, de manhã quando a gente tava no quarto. – Afirmou Vivi. – E depois eu ouvi de novo à tarde, mas aí passou. – Completou. – Vocês tem ideia do que pode ter sido?
– Pior que não. – Respondeu Thiago. Nessa hora Mili arrastou Mosca para outro canto do pátio.
– Mosca, eu acho que você devia contar o que a madame Esmeralda disse sobre essas vozes. – Afirmou Mili.
– Melhor não Mili, não quero preocupar ninguém com esse lance, e além disso já passou, eu coloquei sal grosso em todos os cantos do orfanato, e a Ana já completou a transição, se eles ainda tivessem aqui ela teria contado. – Explicou.
– Hum, ta bom então... – Concluiu Mili, mesmo discordando.
– Vai por mim Mili, tá tudo bem. – Disse Mosca.
Na Sala...
Ao chegar na sala, Carol avistou madame Esmeralda, a aguardando.
– Olá, sou Carolina, a diretora do orfanato, muito prazer. – Apresentou-se com um aperto de mão. – E a senhora deve ser a mãe da Ana, não é? – Perguntou.
– Isso mesmo. – Confirmou. – Esmeralda Scanderis. – Apresentou-se.
– Então, Dona Esmeralda, suponho que a senhora queira falar comigo sobre a guarda da sua Ana. – Deduziu Carol.
– Sim. – Afirmou Madame Esmeralda.
– Então por gentileza queira me acompanhar até a diretoria. – Pediu Carol. Logo Madame Esmeralda a acompanhou.
Minutos depois...
Bia e Ana terminavam de se arrumar no quarto. Ana colocou um bonito vestido estampado em tons de rosa, com uma sapatilha dourada, e prendeu o cabelo para trás em um rabo de cavalo. Bia colocou short jeans e uma blusa preta de mangas caídas (com a estampa da sua banda favorita), calçou um par de tênis, e penteou seu cabelo fazendo um falso sidecut.
– Cuida Bia! – Apressou Ana, que já estava pronta.
– Calma, eu não tô encontrando meu batom roxo, você viu? – Perguntou.
– Não. – Respondeu Ana. – Pega o da Vivi, é quase da mesma cor. – Afirmou.
– Deixa pra lá, já encontrei, tava dentro do meu gibi, usei como marca texto. – Disse Bia, rindo disfarçadamente. Enquanto Bia passava seu batom, Maria entrou no quarto.
– Oi meninas, você já tão prontas? – Perguntou a garota abrindo a porta.
– Oi Maria, sim a gente já tá pronta. – Disse Ana que até então estava virada para Bia. – Falta só a Bia terminar de retocar o batom e... – Ao virar para Maria, Ana teve uma surpresa. – Quem é essa? – Perguntou ao notar a presença de uma menina atrás de Maria.
– Essa quem? – Perguntou Maria. Ao ver que estava sendo vista por Ana, a garota saiu de sua vista, logo Ana deduziu que fosse um espírito.
– Ah, nada. Eu tava só pensando alto... – Disfarçou Ana. Nessa hora Bia a encarou, demonstrando que havia percebido o que se passava.
– Hum, então tá. – Concluiu Maria. – Ah, eu já ia esquecendo, chegou uma mulher ruiva querendo falar com a Carol, acho que era a sua mãe, porque você parece com ela! – Avisou.
– Sério?! – Exclamou Ana. – Você ouviu Bia, minha mãe veio falar com a Carol.
– Ouvi. – Respondeu Bia.
– Mas espera, por que ficou assim? Vocês não foram passar o dia lá, hoje? – Perguntou Maria.Houve silêncio.
– Ah, sim, é nós fomos! – Afirmou Bia. – Agora, Maria faz o seguinte, vai descendo na frente e diz que a aniversariante já tá indo. – Pediu.
– Tá ok! – Exclamou Maria. – Ah é mesmo, eu tava esquecendo! Feliz aniversário Aninha!!! – Parabenizou, abraçando a garota.
– Obrigada!!! – Agradeceu Ana, sorrindo. Logo, Maria desceu.
– Quem você viu dessa vez, Ana? – Perguntou Bia, sendo direta. Ana ficou em silêncio por alguns segundos.
– Uma menina... Vestida que nem a boneca da Maria. – Respondeu.
– Credo... – Disse Bia. – Que tenso...
– Nem tanto, teve uma coisa que eu não te contei Bia. – Disse Ana.
– O quê?– Perguntou Bia.
– Ontem eu vi umas sombras. – Falou. – E também vi a minha irmã. – Completou.
– Sério? – Perguntou Bia, admirada.
– Sim, mas não para por aí. – Afirmou Ana. – Foi ela quem tentou me matar afogada na fonte. – Revelou, deixando Bia perplexa. – Ela disse que a culpa dela ter morrido foi minha, e era ela quem devia ser a intermediária, e não eu. – Ana passou a chorar.
– Não fica assim Ana. – Pediu Bia, abraçando a garota. – Você não tem culpa de nada, se você tá aqui hoje, é porque tinha que ser você. – Disse.
– Eu sei, Talvez você tenha razão... – Disse Ana. – Porque quando eu tava no porão, a chama da vela ficou violeta, e depois, naquela hora que vocês foram me ver, eu não contei mas... Apareceram três espíritos de luz, e disseram coisas pra mim. – Contou.
– Tá vendo? Isso não aconteceria se você não fosse a verdadeira intermediária. – Disse Bia.
– Mas, sei lá, eu tô com tanto medo! Eu nunca fui uma pessoa importante, e agora tenho tudo isso nas mãos... – Disse Ana.
– Epa, de onde você tirou isso de que nunca foi alguém importante Ana? – Perguntou Bia.
– Quem sou eu na sua frente Bia, ou na frente da Mili, ou de qualquer um aqui? – Perguntou.
– Você é a Ana! – Exclamou Bia. – A menina que consegue arrancar sorrisos até da pessoa mais carrancuda do mundo, que sou eu! E se você não fosse importante, nenhum de nós teria te ajudado, nem nos preocupado quando você precisou. – Afirmou. Nessa hora Ana não conteve o riso. – Do que você tá rindo? – Perguntou Bia.
– Você não é mais carrancuda Bia, o seu “gatinho” tirou isso de você. – Brincou Ana.
– Ah é assim? Eu aqui te dando lição de moral, e você vem zoar da minha cara? – Perguntou Bia.
– Foi mau... – Pediu Ana.
– Pelo menos não sou eu quem conquistou o coração do menino mais zoeiro do orfanato! Que beijo foi aquele de vocês, hein? – Zombou Bia.
– Nossa, é mesmo, é tanta coisa fora do comum que eu até já tinha esquecido! – Exclamou Ana. – Meu Deus o Thiago gosta de mim!
– E pelo jeito você também dele, né? – Perguntou Bia.
– Sim... – Disse Ana, sem graça.
– Sabia!!! – Afirmou Bia.
– Pois é, mas acho que ele nunca ia querer namorar alguém tão, paranormal... – Lamentou Ana.
– Não fala besteiras Ana! – Disse Bia. – Se ele não quisesse, ele não teria te beijado, e nem teria falado que te ama. – Completou.
– É... – Disse Ana.
– Tá, agora larga de ser dramática, e vamos descer. – Ordenou Bia. – Tem uma festa precisando da anfitriã. – Completou, sorrindo.
– Tem razão... – Disse Ana, sorrindo. – Obrigado por ser minha amiga, Bia, você é a melhor! – Afirmou.
– Não tem de quê, pirra! – Brincou Bia. – Você também é a melhor. – Afirmou. (Elas estão sempre aqui por perto ♪... parei e.e) Logo ambas desceram em direção à festa.
***
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E ae oq acharam? Comentem!! (Sem preguiça dessa vez né povo e.e)
O proximo sai hj :3