Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 26
Aulas de teatro...


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal! Aí vai mais um capítulo inédito, e este está imperdível! u.u Enfim, tenham uma boa leitura!! E não se esqueçam de comentar ^^

Ps: Quero agradecer à Vanessa jackson lynch pela recomendação! Muito obrigada mesmo sua fofa!



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Mosca encarou Mili assustado.

– Oi... – Respondeu levantando-se com uma das mãos na cabeça.

– Tá tudo bem? – Perguntou a garota.

– Tá, eu só tava tendo um pesadelo. – Disse.

– É eu notei, você falou umas coisas enquanto dormia... – Contou Mili, nessa hora Mosca ficou nervoso.

– O-oque eu falei? – Perguntou ainda tenso.

– Não entendi, você estava murmurando. A única coisa que falou alto foi: "Não sou um monstro!". – Contou Mili.

– E faz muito tempo que você tava aí? – Perguntou Mosca.

– Não muito. – Respondeu Mili. Mosca ficou em silêncio. Então os dois se encararam por alguns segundos.

– É... Eu vou no banheiro! – Disse Mosca quebrando o silênico. Então este saiu, deixando Mili sozinha.

– Ai como sou idiota, porque não consigo esquecer ele de vez? – Perguntou Mili, falando sozinha.

Meia hora depois...

Após acordarem todos foram para a escola, ao chegarem alguns ficaram no patio esperando a aula começar, e outros foram para suas salas.

No pátio.

– Eu aposto que vou arrasar na aula de teatro! – Dizia Vivi.

– Só se for arrasar os tímpanos... – Disse Cris.

– Você tá é com inveja da minha voz! – Retrucou Vivi.

– Já eu estou mais preocupada com a encenação. Já que não tenho par! – Exclamou Bia aumentando o tom da voz enquanto direcionou o olhar para Binho.

– Ah, não vem com essa lindona... – Disse Binho abraçando sua amada (u.u). – já falei que detesto essas coisas. – Completou dando um selinho na mesma.

– E lá vem momento cute! – Exclamaram Cris e Vivi, rindo.

– Não encham! – Pediu Bia.

– Ei gente saca só alí! – Exclamou Thiago. Ao notar Janjão acompanhado da mãe que fazia um escândalo.

Perto dali...

– Você só me dá trabalho seu moleque desgraçado! Cê acha que é certo eu atrasar no meu trabalho pra vir aqui escutar a diretora tagarelar no meu ouvido por causa dessas suas malandragens?! – Gritava a mulher, Janjão não dizia nada apenas andava em silêncio. Todos da escola observavam, inclusive o pessoal do orfanato, porém ninguém riu, com exerção de Thiago.

– Para de rir Thiago... – Disse Cris.

– Qual é pessoal essa era a hora perfeita pra tirar sarro desse imbecil! – Disse o garoto ao perceber que era o único que estava rindo.

– Larga de ser idiota Thiago, você não ver que ele já tá enfrentando maior barra por causa da mãe? – Disse Bia irritada.

– É, seria idiotice da nossa parte rir... – Completou Cris.

– Tá bom não falo mais nada. – Concluiu Thiago.

Na diretoria...

– Dona Glória, acontece que o Janjão aprontou mais uma vez. – Disse a diretora.

– Pra variar né? – Disse a mulher num tom de ironia. – Esse moleque só nasceu pra me dar trabalho!

– Por isso mesmo ele precisa de correção, não só na escola como em casa. – Disse a diretora.

– Mas eu dou um corretivo nesse moleque, mas parece que ele não aprende! – Exclamou a mulher irritada.

– Ele tem que receber uma punição e entender o erro que cometeu. – Alertou a diretora.

– Esse moleque não tem mais jeito! Eu não sei mais o que fazer com ele. – Disse a mãe do garoto impaciente.

– A senhora não pode desistir... – Disse a diretora.

– Bom! Vamo direto ao assunto. O quê que foi que o Janjão aprontou dessa vez?! Quebrou alguma coisa? Se for isso vou logo visando que não tenho dinheiro pra pagar! – Perguntou a mulher aos berros.

– Não, ele não quebrou nada. Mas fez uma brincadeira de pécimo gosto com os colegas no dia da festa de halloween.

– Menos mau hein... – Disse a mulher.

– Ele colocou bebida alcoólica no ponche fazendo alguns colegas passarem vexame após ingerirem, uma colega dele, a Janu chegou até a subir encima da mesa e dançar de forma inapropriada. Olhe aqui tem umas fotos. – Contou a diretora, mostrando algumas fotos na rede social. Ao ver as fotos a mãe de Janjão soltou uma gargalhada exageradamente terrível.

– Esse Janjão não tem jeito mesmo! – Exclamou a mulher rindo sem parar. – Vamo combinar que ficou engraçada as fotos! – Completou, engasgando de tanto rir.

– Enfim, eu chamei a senhora aqui porque realmente foi um problema inadmissível, e queria saber se o local onde Janjão tem acesso a essas bebidas seria em casa. – Disse a diretora.

– Claro que não, que tipo de mãe a senhora acha que eu sou? – Perguntou a mulher. – Com certeza ele deve ter encontrado em algum outro lugar! – Mentiu.

– E essa não é a primeira vez que o Janjão leva uma advertência... – disse a diretora.

– Eu sei, já perdi as contas de quantas advertências ele já levou. – Disse a mulher.

– Só que na próxima ele não irá mais levar uma advertência e sim uma suspensão. – Disse a diretora. Esta pretendia suspender Janjão naquele dia, porém ao ver a forma como sua mãe lhe tratava resolveu abdicá-lo dessa situação.

– A senhora pode ficar sossegada porque chegando em casa agente vai conversar e ele vai me pagar tudo que ele tem feito. – Disse a mulher em um tom de ameaça.

– Sem violência! – Pediu a diretora. – Tanto física quanto verbal. – Completou.

– Comé que é? A senhora tá querendo dizer o que? Que eu sou violenta é? – Gritou a mulher, assustando a diretora.

– Não, não! Claro que não, é apenas um conselho que dou a todos os pais que vem aqui nessa situação... – Disfarçou a diretora.

– Falar é fácil quero ver a prática! – Exclamou a mãe de Janjão.

– Bom então além da advertência, eu vou encaminhar seu filho para as aulas extras de teatro da escola! – Finalizou a diretora.

– O quê?! – Exclamou Janjão.

– Cala a boca! – Gritou sua mãe. – A senhora pode ficar sossegada que ele vai frequentar todas as aulas. Né Janjão? – Disse a mulher fuzilando seu filho com o olhar.

– É uma ótima atividade, será um bom passatempo. E lembrando que, o não comparecimento de Janjão pode prejudicar a média final na escola. – Avisou a diretora.

– Com certeza o Janjão irá frequentar todas as aulinhas de teatrinho, num é filhinho?! – Repetiu a mulher numa forma sutilmente ameaçadora.

"Ferrou...", pensou Janjão desanimado.

Logo, terminaram as aulas normais e deram início as aulas de teatro. Então novamente ficaram apenas os que iriam participar, e o restante dos alunos foram embora.

– Mas que droga... – Disse Bia, desanimada. – Tentei convencer o Binho a vir, mas não teve jeito ele não quis vir. – Completou.

– Não esquenta, talvez tenha entrado mais gente pro teatro pra ser seu par. – Disse Cris.

– Tomara né... – Disse Bia.

– Bom dia galera! – Disse o professor chegando na sala.

– Bom dia! – Responderam todos.

– E aí vocês prepararam aquele texto que eu pedi pra essa aula? – Perguntou.

– Sim! – Responderam.

– E o pessoal que canta, preparou a música? – Perguntou.

– Sim. – Responderam.

– Ótimo! Então nós vamos começar por vocês. – Disse o professor.

– Professor... – Chamou Bia interrompendo.

– Diga! – Atendeu o professor.

– É que pra encenação, eu sou a única que tá sem par... – Explicou Bia.

– E não entrou ninguém novo? – Perguntou o professor.

– Não. – Respondeu. De repente alguém abre a porta e entra.

– É aqui que é a aula de teatro? – Perguntou Janjão entrando na sala.

– Pronto! Achamos seu par! – Falou o professor direcionando-se a Bia.

"Ai! Droga...", pensou Bia.

– Você! Qual é o seu nome? – Perguntou o professor.

– Janjão... – Respondeu Janjão.

– Você vai contracenar com ela! Vem pra cá. – Disse o professor. Nessa hora Janjão encarou Bia e aproximou-se. – E você, vai ajudar ele com as falas até que cheguem a vez de vocês. – Completou, referindo-se a Bia.

– Ta... – Concordou Bia. Os dois ficaram bastante desconfortáveis com a situação, porém aceitaram então sentaram no canto da sala, e passaram a ensaiar as falas.

– Bom, os papeis que nós vamos ensaiar são esses... – Disse Bia entregando as folhas de papel. Esta tentou evitar ao máximo olhar na cara de Janjão.

– Romeu e Julieta? – Perguntou o garoto rindo.

– Tosco né? – Perguntou Bia, rindo discretamente.

– Nem tanto, dá até certo esse papel pra gente, nós somos de lados inimigos e tal... Ou pelo menos éramos. – Brincou Janjão. Era incrível como mesmo depois de tudo, ele ainda consegue agir normalmente.

– Mas a diferença é que não estamos afim um do outro, e nem vamos morrer. – Completou Bia.

– É, a diferença é essa. – Concluiu Janjão. – Caham! É, então onde eu começo...

– Aqui olha, você vai falar essa parte onde tem (...)

Enquanto isso, o professor avaliava os alunos que estavam cantando. Primeiro foi a vez de Mili e esta ao cantar não parava de olhar para Mosca. Mili cantou razoavelmente. Em seguida foi a vez de Thiago, este fez sua encenação de drama, fazendo todos rirem. Porém o pior foi quando Vivi decidiu cantar, esta cantava tão mau que todos começaram a tirar sarro de sua voz.

– Professor, porque estão zombando de mim? – Perguntou sem entender.

– Por nada minha querida, você foi ótima! – Mentiu o professor. – Bom e agora é a vez dos casais! – Disse. Logo estes começaram a se apresentar. Primeiro foi a vez e Cris e André, logo em seguida Samuca e Bel.

Enquanto isso, Pata e Duda conversavam.

– E aí, você se entendeu mais o Mosca? – Perguntou Duda.

– Sim, não se preocupa com isso, meu irmão é cheio de besteira. – Desconversou Pata.

– Ah é, deu pra perceber. – Disse Duda. Este percebeu que Mosca o encarava novamente, então o encarou de volta de cara fechada.

Samuca fez uma atuação vergonhosa, logo o professou aconselhou este à deixar a vergonha em casa antes de entrar pro teatro, fazendo todos rirem, com exceção do mesmo, que saiu com raiva, então Cris que já havia se apresentado, pediu para ir ao banheiro e o seguiu. Esta notou quando Samuca entrou no banheiro masculino chorando, então resolveu espiar o garoto discretamente. Logo ao entrar no banheiro Samuca olhou-se no espelho enquanto chorava e passou a se xingar.

– Você é um otário Samuca, uma piada! Nunca vai se tornar uma pessoa interessante. – Disse a si mesmo. Em seguida este levantou a manga do moletom, deixando seu braço com o curativo à mostra, logo também se desfez do curativo, revelando os cortes que havia em seu pulso, que se estendiam pelo resto do braço. Cris que observava tudo ficou horrorizada com a situação, então quando samuca aproximava a lâmina ao braço a garota adentrou no banheiro de uma vez interrompendo tudo.

– Samuca pelo amor de Deus! Não! – Gritou assustando o garoto. Samuca não teve reação alguma a não ser se ajoelhar no chão e chorar. Então Cris ajoelhou-se também e o abraçou.

– Por favor Samuca, não faz mais isso, não é certo... – Pediu a garota, chorando junto com o amigo.

– Eu sou um fracasso Cris, ninguém nunca vai gostar de mim como eu sou... – Disse o garoto chorando.

– Não diz isso Samuca, você tá enganado. – Disse Cris enxugando as lágrimas que caíam pelo rosto do mesmo. Logo esta o olhou nos olhos por um momento, e inesperadamente o beijou. Foi um beijo calmo e demorado com gosto de lágrimas

Na sala de teatro...

Duda e Pata terminavam a encenação.

– Bravo! Bravo! – Exclamou o professor aplaudindo. – E agora se eu não me engano, só faltam a Bia e o Janjão. – Completou. Logo Bia e Janjão se direcionaram ao meio da sala. Na mesma hora Cris e Samuca voltaram para a sala juntos, Vivi e André os encararam com desconfiança

– Romeu... – Disse Bia.

– Minha querida. – Respondeu Janjão olhando em seus olhos, este pareceu encorporar no personagem de verdade. Bia desviou o olhar.

– A que horas cedo devo mandar alguém falar-te? – Perguntou Bia.

– Às 9 horas. – Respondeu Janjão.

– Sem falta. Até lá parecem 20 anos! – Bia estava totalmente desconfortável com a situação. – Esqueci-me do que tinha a dizer. – Completou.

– Deixe que eu fique aqui parado até que tu te recordes... – Falou Janjão.

– Esquece-lo-ia, só para que ficasses aí parado, recordando-me de quanto gosto da tua companhia... – Disse Bia, finalizando a cena. Nessa hora Janjão a encarou novamente.

– Muito bem! Muito Bem, bravo! – Aplaudiu o professor seguido dos alunos.

Enquanto isso no orfanato...

Binho mexia no computador com Neco, quando Tati chegou.

– Oi meninos. – Disse a mesma.

– Oi. – Responderam.

– O que vocês tão olhando? – Perguntou.

– Como ignorar pessoas intrometidas que querem saber o que agente anda fazendo! – Respondeu Binho.

– Hadouken! – Exclamou Neco.

– Nossa Binho! Depois que você começou a namorar a chata da Bia, tá ficando igual a ela! – Exclamou Tati irritada.

– Não fala assim da minha namorada! – Retrucou Binho levantando-se. – Ela não tá aqui pra se defender.

– Fala com tanta segurança "Minha namorada!". Acorda Binho, você merece coisa melhor. – Disse Tati.

– Ah é, e quem seria melhor que a Bia? Você? – Perguntou Binho num tom de sarcasmo.

– Tá duvidando é? – Perguntou Tati.

– Sabe Tati, diferente de você, a Bia não é uma pentelha oferecida. Seria burrada trocar alguém como ela, por alguém como você. – Disse Binho piscando o olho. – Fica a dica. – Concluiu saindo.

– Seu... Seu idiota! – Gritou Tati com voz de choro, logo esta subiu as escadas rapidamente chorando.

Na escola...

Logo a aula acabou, todos arrumavam suas coisas e saíam da sala quando Janjão resolveu falar com Bia.

– Bia... – Chamou o garoto.

– Fala. – Atendeu Bia.

– Posso falar com você a sós? – Perguntou.

– Pode. – Respondeu Bia. Esta continuava evitando olhar em seus olhos ao máximo devido ao acontecimento que havia presenciado. Logo todos os alunos foram saindo da sala até que ficarm apenas os dois.

– Me desculpa por ter te tratado mau naquele dia. – Pediu o garoto.

– Tudo bem Janjão, eu entendo. – Disse Bia.

– Eu também quero agradecer por você ter guardado segredo. – Disse Janjão.

– Como você sabe que eu guardei? – Perguntou Bia.

– Porque eu saberia se tivesse contado, sabe como as notícias voam. – Disse Janjão.

– É, pois é, eu não sou vingativa. – Disse Bia. Esta mesmo tendo tido pena de Janjão naquele dia, continuava chateada pelo fato deste ter omitido sobre ser aliado de Marian nos acontecimentos passados. – Bom agora se me der licença, eu preciso ir.

– Espera! – Pediu Janjão. então Bia esperou que ele falasse. – Agora que você descobriu, tá na hora de saber toda a verdade.

– Do que você tá falando? – Perguntou Bia.

– Sabe na época que eu ajudei a Marian com aqueles lances? – Lembrou Janjão.

– O que é que tem? – Perguntou Bia.

– Eu menti sobre os motivos de ter ajudado ela. A verdade é que ela sabia... – Revelou Janjão. – Ela sabia sobre minha mãe me espancar. E ameaçou contar a escola inteira se eu não topasse ajudá-la. – Completou.

– O quê?! Como ela soube? – Perguntou Bia, intrigada.

– Eu não sei, aquela menina é o demônio... – Disse Janjão. – Enfim, só queria pedir desculpas por não ter contado antes, e ter feito você ficar com raiva de mim.

– Imagina! Era uma coisa sua, você não tinha que me contar. – Falou Bia. – Acho que quem deve pedir desculpas sou eu... – Completou.

– Sério? – Perguntou Janjão.

– Claro, eu não tenho mais motivos pra ficar com raiva de você. – Disse Bia.

– Isso quer dizer que nos estamos de bem? – Perguntou Janjão sorrindo.

– Acho que sim né? – Disse Bia sorrindo.

– Você não sabe o quanto isso me deixa aliviado. – Disse Janjão.

– A mim também. Odeio ficar mal com alguém. – Disse Bia. Logo estes ficaram em silêncio por uns segundos. – Janjão...

– O que? – Perguntou Janjão.

– Eu sinto muito pelo que a sua mãe te faz... – Disse Bia, desconfortável.

– Deixa pra lá... Eu já tô acostumado. – Respondeu o garoto. Então estes saíram da sala e foram embora.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem! Beijo e adoro vocês õ/ *-*