Meia hora se passou, eu então saí de casa não demorou muito até eu chegar ao Valle Verde. Um lugar tranqüilo, longe do movimento de pessoas. Normalmente se encontra vazio. Pelo menos de noite... aquele lugar é assustador na escuridão da noite.

Me lembro de quando eu ia até esse Valle Verde com meu pai e minha mãe, éramos tão felizes... Mas tudo acabou com um triste atropelamento por um motorista nunca identificado porém embriagado.

Flashback:

– Papai, por que o senhor trabalha tanto ? – Perguntei quando tinha sete anos no Valle Verde com meu pai.

– É preciso trabalhar filha,por que se não ficaremos sem ter o que comer. – Disse ele dando um sorriso

– O que é aquilo que você esconde no cofre? Tem algo a ver com seu trabalho? - Falei

– Não tem anda a ver com meu trabalho, é apenas uma forma de nos proteger em momentos inoportunos. – Disse meu pai

– O que é? – Perguntei curiosa

– Você saberá. – Disse meu pai

–...

– Pai, você é feliz com a mamãe? Sempre vejo ela tão triste. – Falei

– Claro que sim, só estamos passando por momentos difíceis. – Disse meu pai

– Ainda bem, não gosto de ver minha mamãe triste. – Falei

Meu pai deu um sorriso e me abraçou.

Fim de Flashback.

Continuei aguardando Rafa chegar, pensamentos ruins e o ódio tomavam conta de mim. Eu estava ferida, com o coração partido em fragmentos sem dó e sem piedade.

Nunca esquecerei isso... Nunca irei perdoar isso

Minhas chances acabaram e minha auto-estima está abaixo de zero

O que me resta é apenas: Dor e sofrimento. Embora eu ainda amo a pessoa que me tratou como lixo e apenas teve dó de mim, brincou com meus sentimentos. No final de tudo sou apenas uma idiota.

– Ana. – Disse Rafa chegando

Mas isso ainda não acabou...

– Creio que você não está bem, podemos conversar sobre o que houve naquele dia. – Disse ele

Apenas continuei parada de costas.

– Imagino que você já está bem com sua namorada... Não quero causar mais danos na sua vida. – Falei

– Terminamos... – Disse ele

Dei um sorriso

– Que pena... Mas sabe de uma coisa é melhor que seja assim, uma pobre garota está feliz agora. – Falei

– O que você disse? – Perguntou Rafa

– Você sabe quando uma garota bem pequena sempre foi maltratada por todos, por nenhum motivo especial. E a idiota dessa garota passou por isso a vida toda até chegar em sua adolescência onde sua paciência se esgotou. – Falei

– Eu sei que você está tão machucada quanto... eu – Disse ele

Dei uma risada

– Você não sabe o que é amar alguém, certo? – Perguntei

– Claro que s-sei, eu juro que estou arrependido e espero que você possa aceitar minhas desculpas. – Disse ele

– Por que? Você já é dono do meu coração. – Falei

– S-sério? – Disse ele ficando sem jeito

– Atualmente ele está despedaçado.. .e morto. – Falei e dei um sorriso no rosto

– Nunca quis brincar com seus sentimentos eu realmente tinha uma queda por você... eu só não sabia que isso machucaria tanto assim. – Disse ele

Eu apenas fiquei parada sem dizer nada.

– Sou como você disse, Ninguém de importante. Você sabe que não precisa se desculpar. – Falei

– CLARO QUE PRECISO, EU NUNCA QUIS TE MACHUCAR ESSA NÃO ERA MINHA INTENÇÃO... FOI TUDO DE UMA HORA PRA OUTRA, EU FAÇO O QUE QUISER MAS POR FAVOR ME DESCULPE. – Disse ele gritando e chorando

– Não seja ridículo, você é apenas um hipócrita, é como todos os outros não gostam de mim só sentem dó, outros apenas me menosprezam feito lixo...Mas você ainda não sabe quem saiu perdendo nessa sua brincadeirinha. – Falei

– A-na? O-o que aconteceu com você? – Perguntou Rafa

– O que aconteceu comigo? Hehe, ótima pergunta. Mas a melhor... O que vai acontecer com você a partir de agora? – Falei

– E-eu j-juro que estou arrependido. – Disse Rafa

– Cale a boca, você não sabe de nada,nada,nada,nada,nada,nada,nadaaa nem da metade do que isso fez pra mim. A partir de agora eu só desejo que você queime no inferno junto com suas hipocrisias e falsos amores... Quero que sofra com a mesma intensidade que sofri. - Falei

Ele continuou parado chorando, eu então me virei com meu sorriso no rosto.

– Eu m-me arrependo... eu g-gosto de v-você – Disse Rafa

– Tchauzinho. – Falei

Dei um disparo com a Arma o objeto do Cofre Secreto

– NÃÃOOOO. – Gritou uma voz familiar

Flashback:

– Papai, para que você quer essa arma aqui em casa? E por que tranca ela nesse cofre? – Perguntei

– Para sua segurança, a minha e de sua mãe. Logo te ensinarei o básico de usar essa pistola. – Disse meu pai

– Para que? Se podemos usar ela por que ela fica guardada aí? – Perguntei

– Filha você já tem 10 anos de idade. Tem que saber que isso é algo perigoso, pode tirar a vida de uma pessoa. Você só pode usar isso para emergências, Entendeu? – Disse meu pai

– Entendi pai. Eu espero que seja divertido aprender a usar isto com você. – Falei dando um abraço em meu pai

Meses depois meu pai foi morto, atropelado. Mas tive a oportunidade de aprender como se usa.

Fim de Flashback

Dei uma risada em ver Rafa caindo no chão após levar o tiro.

– Espero que me perdoe.. – Disse Rafa sangrando á beira da morte.

Dei mais risada ainda.

– Queime no inferno...Rafa. – Falei

– DESGRAÇADA. – Disse essa mesma voz familiar

– Lorena? Hehe, pelo visto a festa só começou. – Falei

Dei mais dois tiros no Rafa, já morto. Eu ria sem parar e Lorena estava chorando.

– P-por que fez isso? Por que? Ele era meu irmão, ele era importante pra mim... sempre me ajudou em tudo e você acabou de... – Disse ela chorando

Lorena estava chorando tanto que me deu vontade de matar ela antes que alguém a escutasse. Fui até Lorena e segurei ela pelo cabelo e coloquei a arma em sua garganta.

– Me diga, onde aquela vadiazinha da tal Melanie mora? – Perguntei

– M-mel? P-por que? – Perguntou ela

– Ela também merece o mesmo destino infeliz junto com o desgraçado do seu irmão. – Falei

Lorena continuava a chorar.

– PARA COM ISSO MALUCA VADIA. – Gritava Lorena

– Mais um grito seu e eu te mato,te mato,te mato. No lugar daquela P-UT-A. – Falei

– Eu realmente quis ser sua amiga.. – Disse Lorena se acalmando

– Eu realmente amava ou melhor ainda “amo” seu irmão, hehehehe mas olha só... coitado. – Falei

– Ela mora perto da nossa casa, ela está sozinha por que seus pais estão em uma viagem... – Disse Lorena

Dei um sorriso soltei o cabelo de Lorena e fui até o bolso de Rafa, peguei seu celular mandei Lorena dizer a senha e mandei uma mensagem pelo WhatsApp de Rafa para Mel, dizendo que ele iria lá.

Me apressei para sair de lá, antes que alguém que possa ter escutado os tiros me encontrasse.

Lorena se abraçava com o cadáver de seu irmão.Ela poderia chamar a policia se eu a deixasse ali...

Olhei para ela e apontei a pistola para ela...

–Não, por favor... – Disse Lorena chorando e se segurando em seu irmão já morto.

– Adeus “amiga”... – Falei dando um tiro

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Escondi a arma em meu agasalho novamente, e fui até a casa de Mel rapidamente.

Toquei a campainha e ela me atendeu

– Rafa... el? – Disse ela com cara de espanto

– Olá. – Falei

– O-que quer aqui? Cachorra. – Disse ela

– Temos que conversar. – Falei

Empurrei ela para dentro e já fui entrando.

– O que é isso garota? Vou chamar a polícia.

Peguei a pistola e apontei para cara dela.

– M-mas o que... – Disse Mel

– Escuta aqui garotinha, não estou pra brincadeirinhas ou me escuta ou atiro nesse seu rostinho. – Falei

Ela começou a chorar como um bebê

– Cale a porra da boca. – Falei

Ela então parou.

– O Rafinha está num lugar “melhor” agora. Fique tranqüila – Falei dando um sorriso

– O-o que? – Perguntou ela tremendo

– Bem, eu estava apaixonada por ele, estava dando TUDO certo... mas uma certa infeliz apareceu para estragar tudo. – Falei

Joguei a arma no chão e peguei o celular de Rafa mostrando uma foto deles juntos.

– Que fofos pelo visto ele ainda gostava de você, Certo? – Falei

Joguei o celular no chão em cima da pistola.

– É uma pena que isso tenha acabado assim. Eu espero que me entenda.. você não gostava mais dele do que eu. – Falei

– CLARO QUE EU GOSTAVA... EU SEMPRE GOSTEI DELE. DEPOIS QUE ELE TERMINOU COMIGO EU ME ISOLEI AQUI E TUDO ISSO POR CULPA SUA. – Disse ela

Acabei me afogando em risadas.

– Ah por favor, não fique dando show aqui, Okay? – Falei

Empurrei ela para o sofá, peguei a arma e procurei a cozinha onde peguei uma garrafa de Álcool e um isqueiro antigo de meu pai que eu carregava em um dos bolsos do agasalho.

Espalhei o Álcool por alguns cantos sem ela perceber. E logo depois procurei algum lugar para sair.

– Rafa... – Disse Mel chorando vendo a foto deles juntos no celular dele.

Achei uma janela de vidro no final do corredor mas era de vidro, não perdi tempo e logo quebrei a janela o vidro da janela em cacos com um tiro.

– PORRA. – Disse Mel se assustando

– Tchauzinho- falei enquanto jogava o isqueiro para longe. Fugi pela janela.

O fogo se espalhou rapidamente pela casa, e eu consegui me afastar andando pela rua com a luz do incêndio daquela casa e os gritos perturbadores de Melanie.

– Rafa, eu ainda te amo... mesmo você ter me dito que gostava mais dela do que de mim.... Mel então abraçou a foto dos dois no celular e foi circulada pelo fogo chorando e sem saída.

“Eu andava em meio a rua, enquanto ás luzes dos postes com defeito acendiam e apagavam esquisitamente .

Eu estava despenteada e com rosto sorridente, minhas vestes estavam sujas e escutava gritos que pareciam estar não muito longe mas não me virei para olhar o que era.”

– Entendi o significado daquele pesadelo... – Falei dando um sorriso

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Não muito tempo depois cheguei em casa e fui direto para meu quarto. Minha mãe não estava em casa,tirei toda aquela roupa e coloquei meu pijama branco. Fui até o espelho no meu quarto e peguei uma tesoura.

Cortei os fios de cabelo longos o que fazia-os ficarem curtos até os ombros.

Sentei em frente ao meu computador.

– Eu amo, não amo, eu amo, não amo, eu amo, não amo. – Falava

– Detesto eles, detesto eles, detesto eles, trocariam todos por um dia de neve...

Eu ria e ria sem parar. Me levantei da cadeira e tirei todos os fios do computador, desmanchei os lençóis da cama, joguei um abajur no chão, tirei todos os meus livros das prateleiras e depois derrubei a prateleira toda, fechei a cortina do quarto,peguei meu celular e o joguei no chão e pisei nele diversas vezes depois abri a cortina e joguei-o pela janela.

– É uma pena em que eu não tenha conseguido matar aquelas duas vadias e aqueles outros dois... Hehehe. - Falei

Com o quarto completamente destruído, peguei a arma que estava enrolada com meu agasalho preto, e apontei para minha cabeça

– Acho que isso já deu...Chega de brincadeirinhas,hehe. – Falei

– NÃO ESPERA. – Disse uma voz entrando em meu quarto.

–...

Continua...