–Venha cá Dona Emma!-disse calma.

–Sim, Dona Mary Margaret?!-pedi que continuasse descendo os 3 degraus que subi.

–Eu fiz isso para os vizinhos novos-me mostrou uma torta de maçã,que no caso é a melhor do mundo!-...e você vai levar lá para eles,e dar as boas vindas!

–Porque eu? Pede para o Jefferson, ele é o caçula!-disse fazendo manha.

–Não, você vai.

–Mas porque?-perguntei.

–Porque eu quero!-minha mãe disse sorrindo vitoriosa.-Agora vai, e seja gentil!-ela sorriu.

–Ta bom...-fui meio sem reclamar.-Ja volto!-disse e saí.

Cheguei na casa dele.

Bati na porta.

Demorou um pouco para abrirem mas até que emfim, uma senhora já de cabelos brancos atendeu a porta.

–Olá, quem é?

–Sou Emma...

–Killian!!!-ela me interrompeu.-Visita para você!!!-gritou.

–Não, não precisa cham...-parei de falar.

–Quem é vó?!-ele disse descendo as escadas.

Ele me viu, sorriu e eu acenei.

–Conhece?!!-ela gritou.

–Sim vó, pode deixar! E deixa eu ajeitar o seu aparelho auditivo.-ele ajeitou-Pronto...pode ir vó!-ele novamente pôs o sorriso galante no rosto e escorou na porta para falar comigo.

–Então, Emma, sabia que logo que descobrisse, viria correndo me visitar.

–Me desculpe tirar você de suas ilusões, mas minha mãe mandou eu vir aqui! Toma.-dei a torta para ele.

–Ah, torta também!Que beleza!-ele ainda sorria.

–Então ta...Bem vindo!-me virei para voltar para casa.

Logo senti uma mão me puxando de volta para perto da porta.

–Mas, antes de ir, admita...você quis me ver quando veio aqui,amor?-sorriu.

Olhei para aqueles olhos por alguns segundos sorri e disse.

–Não...-com o meu sorriso, ele entendeu exatamente o que eu quiz dizer: Sim.

Voltei para casa considerando a possibilidade de me aproximar mais do Killian.Ele é um mulherengo,não foi preciso muito para notar, mas parece ser um cara legal...como amigo, para deixar bem claro!

Voltei para casa e fui deitar para descançar.

Logico que eu apaguei! Eram umas 16:40 quando eu apaguei e 21:00 eu acordo com o barulho de conversa na sala.

Ainda deitada, escuto risadas e barulhos de talheres.

"Será que minha mãe ta com algum namoradinho?!"-pensei.

Sim, minha mãe é solteira! Desde que ela disse que meu pai "saiu de casa" nunca mais "achou" ninguém que prestasse.(eu n lembro dele, ele quase nunca estava em casa.)

–Claro! Fiquem á vontade.-Minha mãe falando.

Mais conversa.

Decidi descer e ver o que estava acontecendo.

Desci de camisola mesmo.Nem liguei.Eu gosto de usar pijama como "roupa de casa"... devia ser Granny, uma amiga da minha mãe, ela já é uma senhora...é como uma avó para mim...e para o Jefferson!

–Emma!Acordou, finalmente!

Então eu viminha mãe, o Jefferson, um homem de uns 37 anos moreno de olhos claros sentado na mesa, uma senhora de uns 50 ao lado dele, a mesma velhinha que me atendeu na porta da casa do Killian hoje, e é claro que o mico de estar de pijama na frente dos visinhos não seria completo sem o Neal e o Killian junto!

Nunca mais vou "não ligar" e descer de camisola...

–Vem Emma!Ainda tem torta.-minha mãe adora me fazer pagar mico...

–Não mãe! Eu estou de pijama, vou me trocar e já volto.

–Não tem problema, você está em casa!-A velhinha disse.

–É, vem Emma! Deixa de ser boba!

–É...vem Emma!-gritaram Neal e Killian rindo da minha situação.

Subi correndo coloquei um short de laycra e troquei a camisola por uma blusa.

Desci as escadas.

Encontrei Neal e Killian no mesmo lugar que estavam quando subi.

Eles sorriram ao mesmo tempo.

Dei língua.

Eles riram.

–Vem comer Emma.-minha mãe chamou.

A torta maravilhosa que ela deu para os novos visinhos acabou voltando aqui para casa...bom para mim!

Logo sinto duas criaturas vindo em minha direção e sentando um da cada lado meu.

conversamos um pouco, e logo eles tiveram que ir embora pois amanhã tem aula "afff..."-pensei.

Dei "tchau" para todos que logo fecharam a porta e voltaram para casa.

–Mãe, linda do meu coração...já pode me explicar como eles vieram parar aqui?!-perguntei

Minha mãe sorriu e começou a lavar a louça enquanto conversava comigo.

–Ah querida, o rapaz filho do vizinho...que por sinal é bem bonito- aumentou o sorriso,revirei os olhos ao ouvir aquilo.

Ela riu.

–Emfim, o rapaz veio aqui para devolver o prato onde estava a torta, então eu resolvi chama-los para "jantar" aqui!-fez aspas com as mãos. (já que só tinha torta não era considerado um jantar)

–Ah, ótimo! O filho do vizinho vem aqui para devolver um prato e você chama ele para jantar...-resmunguei quase rindo.

–Vai ma dizer que foi ruim?!-perguntou.

Só sorri, dei um beijinho nela e fui dormir sem dizer mais nada!