Don't Forget It escrita por Slendon6336


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ouçam solo de piano como trilha sonora. Adoro esse tipo de música, me faz bem.
~Boa Leitura o/



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O ruim de estar apaixonado por Kyou Misaki é que ele sequer lembra-se do seu nome. Não importa quantas vezes você o diga, no dia seguinte ele se esquece. Mas o amor é uma coisa que muda qualquer pessoa, e no meu caso, me transformei no cara mais idiota de toda a Terra.

Cada dia que passa, fico mais apaixonado e a vontade de falar com ele é o que mais cresce. Observá-lo só de longe e dar algumas simples saudações já não está resolvendo. Kyou é do segundo ano assim como eu, porém ele passa os seus dias na sala A enquanto eu me mato na sala C. Ouvi dizer que aquele garoto no recreio costumava passar seu tempo na biblioteca, jogando videogame no seu 3DS.

Era o começo do inverno e perto da minha escola havia uma espécie de parque. O típico parque japonês com árvores de cerejeira e ponte curvada sobre um rio congelado. Em volto em um cachecol vermelho, embrulhado em um casaco preto sobre o uniforme da escola – que consistia em uma camisa social branca, blazer bege e gravata vermelha listrada com linhas diagonais brancas – e sempre empurrando os óculos sobre o nariz, resolvi dar uma fugida para lá; levando somente minha maleta com meus materiais.

Encontrei bancos de pedra cobertos por um pequeno pedaço de teto construído com o mesmo material. Porém o que me deixou surpreso, era o fato de que aquela pequena construção já abrigava outro aluno desocupado.

Este tinha cabelos negros, compridos até a nuca como os meus, mas com a diferença que sou loiro. Os fios lhe caiam sobre a testa e cobria-lhe um pouco dos olhos. Servia-se de alguma bebida quente que deixava a fumaça escapar e tremia de frio apesar de vestir uma jaqueta sobre o uniforme escolar.

Kyou parece não me perceber quando sento no banco a sua frente. Devia estar acostumado. Nos corredores do colégio sempre o vi cercado de atenção por garotas e garotos todos os santos dias. Faziam quase tudo para ele, como se o garoto fosse aleijado ou coisa do tipo.

Após muito hesitar, tomei folego e comecei:

–- Olá –- Minha voz saiu tão baixa que acho que ele não ouviu. Tento mais uma vez –- Oi Kyou-kun.

Ele me encarou assustado.

–- E- eu?

–- Sim, sim. Tudo bem com você?

–- C- comigo está tudo bem... Desculpe-me a ignorância, mas da onde eu te conheço?

–- Sou seu colega de escola – Esperei para ver se ele se lembrava de meu nome, mas apenas ficou encarando meu rosto de boca entreaberta –- Yuu Akamori, segundo ano C. –- Como eu havia dito: Nunca se lembrava do meu nome.

–- Ah! Claro. Eu sou meio esquecido, sabe? –- Abaixou os olhos para o chão.

–- Também sou meio assim –- Ri um pouco –- Não me lembro do que jantei ontem anoite.

–- Ah... –- Ele riu um pouco, meio sem-graça. E então murmurou –- E eu sequer lembro onde dormi ontem anoite.

–- O que disse? –- Pensei não ter ouvido direito.

–- N- nada, nada! –- Afirmou balançando as mãos como se pedisse para esquecer o assunto.

Kyou estava corado de vergonha, e devo admitir que ele ficasse bem fofinho desse jeito.

Após mais minutos de silêncio, comecei a puxar assunto, fazendo com que sempre estivéssemos conversando. Acho que mais contei sobre mim do que ele sobre ele. Mas eu estava gostando e muito de poder olhar em seu rosto assim de perto. Ouvir sua voz macia me acalmava e o frio até parecia ter sumido por alguns instantes.

Quando deu quinze para as sete da noite, ele pulou do banco.

–- Meu Deus! Esqueci-me completamente! Tenho que ir para casa.

Desengonçado, pegou suas coisas e começou a sair correndo. Porém voltou para trás umas duas vezes por conta de um objeto que caía.

–- Espere! –- Corri atrás dele –- Tenho que lhe dizer uma coisa!

Eu pretendia me confessar. Dizer o quanto eu estava apaixonado por ele. Kyou parou e esperou que eu dissesse. Agora, olhando em seus olhos, é difícil fazer com que as palavras saíssem da minha boca. Puxa, acho que ele me encara como um desconhecido ainda, embora eu já soubesse praticamente tudo sobre ele. E também tem o fato de que somos os dois homens... A reação dele poderia não ser das melhores. Eu poderia acabar perdendo, ainda por cima, sua amizade.

–- O que foi Yuu? –- Indagou um pouco impaciente.

–- Ér... –- Decidi. Não era a hora –- Podemos nos encontrar aqui amanhã? De novo?

Kyou pareceu perplexo por alguns instantes. Depois sorriu:

–- Claro. Disso eu não me esquecerei.

E voltou a correr.

Fiquei muito feliz. Um belo sorriso bobo ficou estampado em meu rosto pelo resto da noite.

==========(X)==========

No dia seguinte as horas na escola pareciam nunca passar. Enquanto o professor de filosofia falava, minha mente voava longe, e meus olhos se concentravam no relógio de parede, que fazia seus ponteiros percorrer cada casinha, contando os segundos.

–- Akamori! –- O professor, com sua expressão fechada, me chamou –- Por que não lê de onde paramos?

–- O quê? –- Olhei assustado para os lados e para o livro aberto sobre a minha mesa.

–- Página noventa e sete, Akamori.

Abri na página citada.

–- Pode ler para a gente, por favor? Segundo paragrafo.

Respirei fundo e comecei a ler:

–- Diz Sócrates, o pai da filosofia: “Se a morte fosse mesmo o fim de tudo, seria isso um ótimo negócio para os perversos, pois ao morrer teriam canceladas todas as maldades, não apenas do seu corpo, mas também de sua alma.”...

O sinal tocara justo nessa hora. Ninguém tardou em pegar correndo suas coisas e saindo da sala logo em seguida.

Cheguei ao parque, sorridente. E lá estava Kyou, sentado no mesmo lugar de ontem, com a mesma bebida entre as mãos. Aproximei-me.

–- Olá –- Cumprimentei.

–- O- oi... Ér...?

–- Yuu. Yuu Akamori –- Eu completei por ele –- Puxa, meu nome é tão complicado assim para você não conseguir se lembrar?

–- Desculpe, é que... De onde nos conhecemos?

Sério mesmo que ele esquecia-se rápido assim das coisas? Quando ele me disse isso ontem eu não imaginava que era tão grave. Eu ri achando que era brincadeira de sua parte.

–- A gente conversou aqui ontem mesmo, não está recordando?

–- Ah, pensei que era apenas um simples deja vú... Mas não me recordo. Meu Deus –- Riu –- Como minha cabeça é ruim!

Fiz como no dia anterior. Conversamos sem parar. Certo que o moreno acabava fazendo as mesmas perguntas do dia anterior, mas eu respondia-as mesmo assim.

Bateu quinze para as sete novamente.

–- Tenho que ir agora! –- Pulou do banco e saiu correndo.

–- Espere! Nos veremos amanhã aqui? –- Gritei para que ele pudesse ouvir.

–- Sim, sim! Claro! Adorei falar com você. Tchau!

Ele havia dito que adorara falar comigo...?

Passei a noite em claro. Com a frase em minha cabeça. Confessaria tudo no dia seguinte.

===============(X)===========

O sinal do fim das aulas tocou. Como fiz nos últimos dois dias, saí da escola em direção ao parque. E mais uma vez Kyou estava lá. Do mesmo jeito. Com as mesmas roupas. Com a mesma bebida.

–- Oi Kyou-kun –- Comecei como sempre.

Ele me encarou.

–- Perdão?

De novo não! Eu suspirei.

–- Yuu. Segundo ano C. Venho aqui todos os dias para te ver.

–- Ã? –- Ele parecia realmente perdido. Cocei a nuca, tentando formular um jeito de fazê-lo se lembrar.

–- Por que você vem aqui sempre depois da aula? –- Perguntei na esperança de que ele respondesse que vinha aqui para poder conversar comigo, a pedido meu do dia anterior.

–- O pior é que... –- Respondeu-me –- É que eu nem sei por que venho aqui todos os dias. Não me lembro. Só sei que... Lá no fundo acho que eu tenho algo importante para fazer aqui.

Sua fala me fez pensar melhor. Era por isso que vivia cercado de gente que fazia as coisas para ele. Era por isso que vivia esquecendo meu nome. E era por isso que sequer se lembrava das conversas que tivemos.

–- Você... Tem alguma doença? –- Tá bom. Sei que não fora o melhor jeito de saber o que ele tinha, mas eu queria ser direto. E queria saber se eu podia fazer alguma coisa para ajuda-lo.

–- Ninguém pôde me dizer exatamente o que eu tenho. Só me lembro das coisas que fiz antes dos meus quatorze anos. Desde então, diz minha mãe, que todo dia que acordo, é como se eu tivesse acordado depois do acidente que eu tive naquela época, e os verdadeiros dias que vivi tivesse sidos apagados de minha memória. Hoje de manhã, antes de vir para o colégio, minha mãe me contou que eu tinha dezesseis anos. Fora a coisa mais estranha que eu ouvi. Toda essa história de acidente e tal. Eu simplesmente não consegui acreditar. Ainda agora me sinto como se tivesse quatorze anos.

–- Mas se você esquece assim das coisas, como se vira na escola?

–- A professora me passa matérias diferentes dos outros alunos. Coisas que eu posso responder com apenas aquilo que sei. Ela me explicou isso hoje de manhã também.

Se Kyou era daquele jeito... Como eu iria poder ficar com ele? Como seria ter de acordar todos os dias ao lado de uma pessoa que acha que nunca te viu na vida?

Respirei fundo, decepcionado. Pensei por longos instantes, até olhar novamente em seus olhos.

–- Você tem que ir para casa quinze para as sete não é mesmo?

–- Sim, como você...

–- O motivo de você vir aqui todos os dias é para me ver –- Segurei suas mãos nas minhas –- Farei como todos fazem. Contarei todos os dias sobre mim e sobre nós, não importa quantas vezes você se esqueça.

–- Moço, eu nem te conheço...

–- Sou Yuu, o cara mais apaixonado por você nesse mundo!

Kyou congelou e suas bochechas enrubesceram, deixando-o parecido com uma pimenta malagueta.

–- M- mais a- a- apaixonado...?

–- Sim Kyou. Todos esses dias que eu ensinava meu nome para você era com paciência, pois não importava quantas vezes você me esquecesse, eu continuava te amando cada dia mais, mesmo não querendo.

–- Mas eu s- sou home...

–- Homem, eu sei. Também sou. Imagino como é estranho você estar ouvindo isso de um cara que você acha nunca ter visto na vida, porém... Porém...

Abaixei os olhos, procurando palavras. Nenhuma vinha à tona. Kyou já abaixara a cabeça, com a boca tremula. Para a minha surpresa, vi lágrimas rolando em sua face.

–- Yuu –- Fitei-o –- Eu queria... Queria muito poder me lembrar de você. Sério. Mas não consigo. Esse maldito cérebro! Não consigo duvidar de você. De todo esse seu sentimento. Parece verdadeiro, mas... Eu não... Eu não... Consigo...

Kyou começara a chorar. Era tão ingênuo, tão puro. Chorando assim pelo sentimento dos outros. Não consegui segurar-me e fiz a primeira coisa que me veio na cabeça: abracei-o com força, e ali ele explodiu, soluçando e enxugando sem parar suas lágrimas, na tentativa desesperada de estancar o choro.

Eu havia esperado muito tempo para poder tê-lo assim em meus braços. Poder abraça-lo, dar todo o meu carinho. Mas meu coração estava partido com aquela cena.

–- Hey –- Tentei acalma-lo, falando em voz baixa –- Você não deve procurar coisas assim na cabeça –- Afastei-o um pouco e coloquei minha mão sobre seu peito –- Deve procurar aqui. Sei que encontrará suas melhores memórias no seu coração.

Kyou pôs suas mãos em cima das minhas, e deu um curto sorriso de repente em meio a cara triste e avermelhada.

–- Você realmente me parece uma boa pessoa. Ama-me tanto assim de verdade?

–- Não tenha dúvidas.

–- E você... Das vezes que nos falamos... Acha que eu gosto de você?

Mordi os lábios perante a uma pergunta tão difícil. Todas as respostas da minha cabeça não pareciam certas.

–- Talvez –- Foi o que saiu.

Kyou me puxou pelo casaco e prensou seus lábios nos meus. Arregalei os olhos totalmente surpreso com sua ação, todavia não demorou muito até que eu retribuísse. Puxei seus cabelos para mais perto e fui aprofundando cada vez mais. Seu beijo fora terno e aparentava ser sincero. O calor de seu corpo era reconfortante, dando-me vontade de tê-lo comigo sempre.

Ao nos afastarmos por conta da falta de ar, mantive meus olhos fechados, com a testa encostada na dele.

–- Anote isso em algum lugar: –- Falei –- De hoje em diante te conquistarei todos os dias.

Rimos juntos. Mas de supetão ele parou, gemendo baixo.

–- O que houve? –- Quis saber preocupado.

–- Minha cabeça. Estou sentindo uma dor muito forte.

Kyou se afastou mais de mim para poder sentar com as pernas próximas ao corpo, apertando sua cabeça entre os joelhos e as mãos.

–- Quer que eu te leve para um hospital?

–- Não, eu-... –- Gemeu mais uma vez.

–- Kyou?

–- Tá... Muit- –- Não conseguiu terminar a frase.

–- Kyou?! Droga! Vou chamar uma ambulância!

Ele tentou contrariar, mas a dor de cabeça pareceu ganhar.

[...]

Dentro da ambulância Kyou havia desmaiado. Sei disso, pois estava do seu lado quando aconteceu. Agora eu estava esperando notícias dele na sala de espera do hospital. Nunca me sentira tão preocupado e ansioso.

Uma enfermeira se aproximara:

–- O senhor é acompanhante de Kyou Misaki, não é mesmo?

–- Sim. Como ele está?

–- Não acordou ainda. Creio que o problema em seu cérebro esteja agravando.

–- Mas ele ficará bem?

A enfermeira abaixou a cabeça, me deixando mais angustiado.

–- Não sabemos de nada ainda.

=============(X)===========

Passou-se uma semana desde aquele dia. Kyou havia finalmente acordado do pequeno coma. Fiquei muito aliviado ao ver seus olhos se abrirem e ouvir suas primeiras palavras depois daquele longo tempo. Tomei-o em meus braços.

–- Kyou, você não sabe como fiquei preocupado! –- Exclamei.

–- Mas quem diabo é você? –- Sua fala cortou meu coração como uma espada.

Depois sua família aparecera, também se livrando da angustia. Kyou fora levado para sua casa.

Algum tempo depois, ele pôde voltar as suas tarefas normais na escola e tudo mais. Também voltei a minha rotina. Após o sinal, fui ao parque.

–- Oi Kyou –- Cumprimentei.

–- Ér... Quem é você...?

–- Yuu, seu namorado.

Algumas horas de papo levaram-nos a uma conclusão. Tiramos uma foto juntos e colocamos como papel de parede de seu celular. Assim, todo dia ele teria uma prova.

Desse jeito passaram-se um mês. Apesar de tudo, cada dia eu tinha de conquista-lo de novo e de novo, porém tudo valia a pena. Receber seus beijos no final da tarde compensava todas as tentativas de convencê-lo. Mas algo sempre faltava. Eu queria que ele se lembrasse todos os dias de mim assim como eu me lembrava dele. Queria que seu amor por mim crescesse cada dia mais, e eu já não precisasse repetir meu nome.

===============(X)=============

O verão estava chegando, o frio já não era o principal dos problemas. Kyou se tornara meu motivo de viver. Cada sorriso seu fazia meu coração palpitar como um pássaro.

Mas já fazia um tempo que eu não o vejo. Sempre que eu ia ao parque não o via mais ali em seu lugarzinho de sempre. A preocupação já estava se tornando desespero, até que cansei só de esperar e corri atrás.

O primeiro lugar que fui fora à diretoria da escola. Talvez eles soubessem o que estava resultando nas faltas de Kyou.

–- Com licença –- Pedi enquanto entrava na sala.

–- Sim? –- Um coordenador foi quem me atendeu.

–- Eu gostaria de tirar uma dúvida, por favor.

–- Qualquer coisa meu jovem.

–- Sobre Kyou Misaki, vocês por acaso sabem o que o leva a faltar tanto?

A sua expressão e a expressão dos outros que também estavam na sala mudaram radicalmente. O coordenador olhou ao redor e depois pousou sua mão em meu ombro.

–- Você era muito amigo dele? –- Quis saber.

–- Sim, muito –- Respondi já pressentindo o pior.

–- Kyou Misaki... Faleceu há três semanas durante a madrugada.

Bum! Uma bomba explodiu dentro de mim. Era como se eu tivesse sido esfaqueado doze vezes no peito.

–- Não. Não pode ser! –- Minhas pernas fraquejavam. Algumas pessoas me fizeram sentar em uma cadeira –- Não pode. Kyou... Como assim?!

–- Simplesmente aconteceu. Pelo menos foi enquanto dormia.

Não me lembrava de ter chorado tanto em minha vida. Acabei perdendo o grande amor da minha vida.

Depois daquele dia, nunca parei de ir ao parque. Sempre que eu me sentava no banco de pedra, meu coração se encontrava com o de Kyou. Vi neve caindo e cobrindo aquele parque mais de quarenta vezes, e me lembrava de seu sorriso, da sua voz, de seu corpo. Lembrava-me de cada pergunta repetida sua, de seus beijos quentes e carinhosos como se estivesse os dando sempre pela primeira vez. E eu tive a sorte de poder ser seu primeiro amor todos os dias. Poder conquista-lo uma vez mais.

Com toda a certeza, nunca que eu encontraria uma pessoa tão especial para mim quanto ele fora.

E eu nunca, jamais, o esqueceria. Nunca.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar, responderei a todos ^^ Se favoritar estará me ajudando muito.
~Até mais.



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