Destino. - Vida Atual escrita por Seth


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar amanhã, mas eu como eu sou muito ansiosa....
Boa Leitura.



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Resolvi comprar alguma coisa para comer, não ia ficar comendo na casa da Yuuko todos os dias, não que ela se importasse, mas eu não queria dar mais trabalho. Aparentemente agora o gato achava que era meu, ou que era meu segurança, por que me escoltava em todos os lugares onde eu ia, quando cheguei na loja de conveniência ele ficou parado, sentado do lado de fora me esperando sair, eu comprei dois diferentes tipos de comida congelada, e algumas coisas que estavam faltando na geladeira, coloquei tudo em uma sacola de papel e saí, o olho direito do gato estava vermelho, e eu senti o amuleto que a Yuuko me deu esquentar no bolso dos meus shorts, legal mais uma coisa pra me dizer quando alguma coisa está para acontecer.

Ele veio andando na minha direção pela calçada, um perfeito cliché, o jeito que ele me olhou me deixou paralisada. Ele usava jaqueta de couro, calça jeans azul escura, coturno, eu acho, talvez fossem botas, camisa branca por baixo da jaqueta, correntes com soqueiras penduradas no pescoço, tinha um cigarro na boca, mas não estava aceso, algo no jeito dele andar dizia que alguma coisa o incomodava quando ele andava, talvez uma arma pequena, ou um canivete retrátil, dava para ver o volume em sua cintura, seu cabelo era comprido o suficiente para fazer um rabo-de-cavalo mas não suficiente para fazer uma trança, e ele tinha uma tatuagem no pescoço que descia para o ombro esquerdo, mas não dava pra ver o que era, com certeza eu não devia nem olhar para ele, Destino, fugiu assim que o viu, definitivamente, vermelho não era coisa boa.

Ele parou na minha frente, perto demais de mim, perto o suficiente para eu sentir a respiração dele na minha testa, ele devia ser da mesma altura do Enzo, eu ainda estava paralisada.

“Você é bonitinha, acho que você faz meu tipo, a gente pode conversar. Quem sabe eu até te beijo.” Quem é essa pessoa descarada e possivelmente perigosa?! Talvez se eu falar não talvez descubra o que ele tem na cintura, e eu não quero saber o que é. Ele é bonito… Mas que porra!? Do que eu tô falando?! Já tem garotos demais nessa história pra complicar minha vida não preciso de outro.

“Já atingi minha cota de beijos por hoje, obrigada” desviei para o lado pra tentar voltar pra casa tranquilamente, fingindo que nada aconteceu, mas ele se colocou na minha frente.

“Acabou de passar de bonitinha pra bonita, e com essa atitude você se encaixa perfeitamente no meu tipo de garota, não importa quem você beijou hoje, pode dizer a ele que agora você é minha.” ele tirou o cigarro da boca e jogou no chão, o que me fez a apanhar o cigarro do chão e jogar na lixeira que fica na frente da loja.

“Escuta aqui, eu não sei quem é você, nem por que você quer que eu seja sua, o que logicamente não vai acontecer, nem que esse volume misterioso na sua cintura seja uma granada pronta pra explodir se eu rejeitar você, e com uma lixeira menos de quatro passos você podia ser mais educado.” Agora eu estava ao lado da lixeira, quase encostada na parede da loja, e ele estava na minha frente, me olhando, intrigado, pelo jeito eu fui a primeira garota que o rejeitou.

“Meu nome é Hayato, tenho dezoito anos, me formei no ensino médio no fim do ano passado, era chefe do clube de disciplina da escola, o que me garantiu a vaga de chefe de uma das gangues mais respeitadas da cidade, há duas semanas tive que resolver um assunto na escola, então vi você alimentando um gato no intervalo, no banco onde eu sempre sentava para olhar a ordem das turmas enquanto dava comida aos gatos que ficavam por ali, então tentei descobri mais sobre você, mas você é tão reservada que eu só descobri seu nome e onde você mora, por que chantageei o diretor, e só hoje tomei coragem pra falar com você. Agora você sabe quem sou eu. Sua vez.” Ele falou tudo isso sério, em momento nenhum pareceu estar brincando, ele colocou as mãos na parede atrás de mim, fazendo eu me encostar nela para que não ficássemos próximos demais, mas isso não adiantou muito, continuávamos tão perto um do outro quanto antes, ele tinha tentado me stalkear, o que deu errado por que eu não tenho amigos e normalmente não saiu de casa depois que volto da escola, ele era chefe de uma gangue, okay, definitivamente tenho que me afastar dele não importa o quão bonito ele seja.

“Ame. E isso é tudo que você tem que saber de mim. Ah é, Você já sabe.” Parece que tudo na minha vida envolve gatos, ele só me viu por que eu estava alimentando os gatos, o Destino, que é um gato, é quem estava tecnicamente controlando minha vida nos últimos três dias, quando eu era pequena eu achava que podia falar com os gatos, apesar de nunca entender o que eles diziam em resposta.

“Sei, mas quero saber mais, quero saber tudo sobre você.”

“Comece sabendo que eu não gosto de stalkers, não gosto de violência, não gosto de pessoas que jogam coisas na rua, não gosto de pessoas que usam coisas de couro, a não ser que seja sintético, não gosto de pessoas que me dizem o que fazer e aparentemente não gosto de você.” Eu tentei falar olhando nos olhos deve, o que não foi uma boa ideia por que quanto mais eu falava mais ele se aproximava, quando acabei de falar ele estava tão perto que se eu não tivesse abraçada a sacola de compras ele provavelmente já teria me beijado.

“Eu gosto de você, então vou te ajudar” Ele pegou a sacola dos meus braços e saiu em direção ao meu prédio. “A propósito, a jaqueta é de couro sintético.”

“Onde você vai com minhas coisas?”

“Vou levar no seu apartamento, eu sei onde é, lembra?”

“Quem disse que vou deixar você ir até lá?”

“Quem disse que você vai me impedir?”

Ele estava certo… eu não ia consegui impedir, nem se eu tivesse uma arma laser, ou um tanque de guerra, que merda. Quando passamos na frente da casa da Yuuko o Destino estava em cima do muro, a Yuuko estava no portão, como se estivesse esperando a gente passar, ela olhou para o Hayato com desconfiança, se ela soubesse o que ele era aí ficaria muito mais do que desconfiada. Ele subiu direto para o meu apartamento, maldito diretor, caindo em chantagens de ex alunos, antes que eu conseguisse impedir ele entrou, eu tinha esquecido de trancar a porta quando fui para o apartamento do Enzo.

“O que você acha que está fazendo?! Não te deixei entrar.” Peguei a sacola dele e levei pra cozinha, ouvi ele fechar a porta e os passos dele vindo atrás de mim.

“Seu apartamento é legal, você mora sozinha né? Ele é bem organizado, o meu é um pouco bagunçado, eu moro com a minha irmã. Mas ela foi passar um tempo com meus pais, ela conseguiu dar um jeito de deslocar uma costela na escola.” Ele sentou na mesa e ficou me olhando guardar as coisas, eu devia estar louca, o beijo do Enzo deve ter queimado alguma parte do meu cérebro, tinha um chefe de uma gangue sentado na mesa da minha cozinha, e eu nem ao menos conhecia ele, mas eu estava agindo como se ele fosse uma visita normal, não um chefe de gangue que tinha chantageado o diretor da escola pra saber sobre a minha vida. Acabei de guardar as coisas e voltei para a sala, onde sentei no sofá e ele sentou do meu lado, ele já estava ali, não tinha mais nada que eu pudesse fazer.

“Não pense que vou lhe oferecer chá ou bolo, você não foi convidado para vir.”

“Não gosto de bolo, mas se foi você que fez eu adoraria provar” ele estava rindo, aqueles sorrisos com o canto da boca, que não parece um sorriso, mas, mesmo assim, é um sorriso, e ficou ainda mais bonito assim.

“Do que você está rindo?”

“Nada, tsundere.”

“Não sou uma tsundere, não gosto de você”

“Vou deixar você pensar que me convenceu.”

Que cara chato, bonito, mas chato, convencido, arrogante, prepotente, eu já devia ter expulsado ele daqui… ele disse que a irmã deslocou uma costela na escola, será que...

“Sua irmã estuda na mesma escola que eu?”

“Sim, Emily, você deve conhecer, todo mundo conhece.”

“ai que merda... você é irmão da Emily”

“Sim, Por que? Vocês não se dão bem?”

“Nem um pouco, ela espalhou para a escola toda que eu sou uma Prostituta, e que eu tenho aids. O que eu não sou, você saberia se eu fosse, e eu também não tenho aids.”

“Serio que ela fez isso? Eu dou um jeito nela depois.”

“Já dei um jeito nela, ela deslocou uma costela por que eu a empurrei e ela caiu em cima da cadeira.”
“E você não gosta de violência né? Tsundere.” ele tinha se aproximado de mim, eu não tinha percebido até ele passou o braço por cima do meu ombro.

“O que você está fazendo?” eu estava olhando nos olhos dele, e ele estava olhando nos meus, ele não respondeu, simplesmente me beijou.

O beijo dele não foi igual ao do Enzo, não me deixou sem ar, não fez meus pensamentos sumirem, foi o oposto, me encheu de pensamentos, eu sentia as mãos dele em minha nuca, e minhas mão automaticamente o abraçaram, foi como se esse beijo tá tivesse acontecido muitas vezes, agora ele ia poder me chamar de tsundere, por que minha atitude dizia que eu gostava dele, mesmo que meu coração não tivesse certeza de nada.


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Notas finais do capítulo

Tsundere:.é um termo japonês para uma personalidade que é inicialmente agressiva, que alterna com uma outra mais amável.
Não sei quando vou postar o capitulo 9, é provável que eu faça um capitulo 8.1. mas isso vocês só vão saber quando eu postar.
espero que tenham gostado. qual quer duvida, reclamação ou elogio vocês sabem o que fazer. ;)



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