Um Amor Quase Impossível escrita por D3sc0nh3cid4


Capítulo 1
Cap 1.


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá? Espero que gostem!



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Estava um calor infernal, eu estava no meu quarto ( ou meio quarto já que eu dividia com a minha irmã Bianca), coloquei os fones de ouvido no volume máximo, a música me acalmava.

A Bianca andava para lá e pra cá procurando o seu biquíni para ir ao clube com o Duca. Confesso que ver os dois juntos ainda me dói um pouco, mas mesmo eu brigando com a Bi, eu não quero atrapalhar a felicidade dela, então finjo para todos que não estou nem ai, e como não sou a pessoa mais delicada do mundo as pessoas acreditam.

- Karina você tem certeza que não viu o meu biquíni roxo? - Ela perguntou pela milésima vez.

Fingi que não estava ouvindo, mas ela puxou o fone do meu ouvido.

- Droga Bianca eu não sei onde está a porcaria desse seu biquíni, e quer saber não me interessa! Vai pelada pro clube e me esquece. - Respondi.

- Ai credo Karina! Eu só estava perguntando, não da mesmo para da para falar com você!

Fique nervosa e peguei um retrato com uma foto minha e joguei nela.

- Pronto Bi, conversa ai com a minha foto que eu vou sair.

Passei pela porta correndo, não deu tempo dela falar nada.Peguei a mochila do sofá e fui para a academia sem olhar para trás.

Meu pai estava treinando uma turma quando eu cheguei.

- Karina você não vai para o clube com a Bianca? - Perguntou ele, com uma cara de insatisfação.

- Não pai, eu vou treinar.

- Então põem as luvas em vem.

Fiquei alongando e socando o saco, eu não cansava, aquilo me distraia também era um jeito meu de descontar a raiva do mundo.

- Karina eu já vou fechar a academia.

- Deixa eu ficar mais um pouco pai! Depois eu fecho. - Eu disse.

Ele me olhou sério e eu conhecia aquele olhar, quando ela ficava assim começava aquela velha ladainha " Karina faça amigos", "

Karina saia com a sua irmã".

- Filha senta aqui.

Ele sentou no ringue e eu o acompanhei.

- Ka você está aqui das 10h da manhã e já são 15h da tarde e você não quer sair. Filha hoje é sábado saia com seus amigos.

Eu estava cansada dessa conversa e disse que sairia com meus amigos, mas na verdade eu ia fazer o que sempre fazia ia ao cinema sozinha, assistia o filme e comia algo e quando chegava em casa inventando um monte de histórias.

Tomei uma ducha longa, coloquei uma calça rasgada no joelho, um tope preto e uma regata larga do Nirvana.

Peguei minhas coisas e sai de pressa. Resolvi ir de ônibus ao shopping assistir um filme e comprar uns CDs, fui andando até o ponto de ônibus que ficava na praça, estava distraída ouvido música.

Um garoto do cabelo bagunçado veio rua a baixo todo torto no skate e caiu em cima de mim, senti uma raiva de mim por estar distraída, raiva dele por cair em cima de mim, então resolvi isso do único jeito que eu seu, brigando.

- garoto você se não sabe andar de skate nem tenta! - Gritei. - Sai de cima de mim!

Ele deu uma risadinha e levantou, estendeu a mão para me ajudar mas eu ignorei.

- Se você fazer isso outra vez, eu vou quebrar a sua cara.

- Ih você é toda esquentadinha! Foi um acidente.

- Esquentadinha vai ficar a sua cara se falar assim comigo de novo. - Gritei.

- Estou pagando para ver! Esquentadinha! - Ele disse.

Fiquei muito brava e levantei a mão para bater nele mas ele segurou a minha mão.

- Moleque eu vou te matar.

- Eu me chamo Pedro e não moleque. - Ele respondia com uma calma.

Fiquei parada olhando para ele, ele era muito gato mas também era um mala, usava uma camiseta do AC/DC, uma calça rasgada e o cabelo bagunçado.

- Ih esquentadinha, não olha muito se não eu apaixono em! - Ele sorria enquanto dizia.

- Arg!

Me soltei e fui em direção ao ponto de ônibus, sentei e fiquei pensando do jeito que ele me tratou mesmo eu quase batendo nele.

Acho que aquilo ali era só o começo.

Cheguei em casa todos dormiam, fui até a cozinha tomar um copo de leite.

Quando entrei no quarto vi que a Bianca estava no último sono, tirei o tênis e pulei na cama, em menos de três minutos eu dormi.

....

Acordei com o sol em meus olhos, olhei para o relógio era 7h da manhã, me troquei e fui até o quarto do meu pai que já tinha saído, peguei a roupa e a mochila da escola e fui para academia.

Na entrada tinha um monte de gente esquisita, era da Ribalta a escola de arte que ficava em cima da academia, minha mãe era atriz de lá, a eterna Julieta, e o sonho da Bianca era ser uma atriz da Ribalta também, porém, o seu Gael era osso duro de roer e como a Bianca eu também tinha um sonho que meu pai não deixava eu realizar.

Troquei de roupa no vestiário e fui ao escritório, meu pai estava preparando as próximas aulas quando eu entrei.

- Bom dia Ka. - Ele disse sem olhar para mim.

- Bom dia mestre. - Eu disse.

A aula começou as 8h da manhã, os alunos estava chegando e Duca junto com eles.

- Bom dia Ka. - Disse o Duca com um sorriso no rosto.

- Bom dia Duca. - Respondi seca.

A aula começou e fui para o lado da Fabi, ela até que era legal sabe, mas ela era muito delicada e cheia de frescuras e não gosto muito dessas coisas.

- Karina você vai a festa que vai ter no clube? vai ser a união das pessoas da Ribalta e a gente. - Ela disse.

- Eu tenho cara de quem vai em festinha ? - Perguntei.Ele ficou quieta e continuamos a aula, quando encerrou a aula, fui ao vestiário tomei banho e coloquei o uniforme da escola.

- Pai já estou indo. - Eu disse.

- Ka come alguma coisa, da tempo filha, você quase não come.

- Tá seu Gael, eu passo naquele restaurante e compro um lanche antes de ir para o ponto de Ônibus.

Eu estava saindo quando a Bianca estava chegando.

- Bom dia Ka. - Ela sorria.

- Bom dia Bianca.

Sai andando rápido, fui até o restaurante, e encostei no balcão estava distraída olhando para o celular, quando chegou a minha vez eu ouvi aquela voz outra vez.

- O que deseja esquentadinha? - Ele ria.

- Você de novo moleque! - Falei.

- É um prazer te ver de novo.

Estava quase desistindo do lanche mas eu realmente estava com fome.

- Eu quero um pão de queijo e um suco de mamão. - Falei.

Paguei e sentei em uma das mesas para comer, lá de trás saiu uma menina de uns doze anos muito linda que sentou ao meu lado.

- Oi meu nome é Tomtom, qual é o seu?

Não consegui conter o sorriso, ela era um amor.

- Meu nome é Karina. - Respondi.

- Alguém já te disse que seus olhos parecem duas estrelas de brilhantes.

Meus olhos são azuis.

- Obrigado. - Sorri sem graça, não era sempre que alguém me elogiava.

Lá de trás saiu o Pedro, sorrindo e sentou ao lado da Tomtom dizendo:

- Ih Tomtom cuidado com a fera! - Ele ria.

- Garoto eu juro que se você falar mais uma palavra de mim eu vou socar a sua cara.

- Para Pê de falar assim com a minha amiga. - Tomtom disse.

- Tá bom maninha vou deixar você e a esquentadinha em paz. - Ele falou.

- Você luta Karina? - Perguntou a Tomtom.

- Sim, na academia do meu pai ali na esquina. - Respondi.

- Ah da para perceber pelo jeito que ela é violenta. - Pedro se intrometeu de novo.

- Olha Tomtom eu estou indo para escola, tchau. - Falei.

- Beijo Karina. - Ela disse.

Quando eu estava na porta o Pedro gritou:

- Beijo esquentadinha!

Fui para o ponto de Ônibus, quando cheguei na escola fui direto para sala de aula, sentei no fundo da sala e comecei a ler meu

livro O moro dos ventos uivantes.

Quando a professora chegou na sala todos ficaram em silêncio, e a ela começou a dar a aula.

Alguém bateu na porta e a professora parou de escrever, ela começou a falar com alguém do lado de fora, e de repente entrou acompanhada com alguém, quando olhei não acreditei, o destino deve estar de sacanagem comigo.

- Gente esse é o novo aluno da escola, Pedro. - A professora disse.

Acho que eu nunca tinha ficado com tanta raiva na vida, já não basta eu ter que ver ele no bairro agora na escola não dava mais.

Ele era insuportavelmente chato, e me chama de esquentadinha o tempo todo, isso realmente me irritava.

- Oi esquentadinha! - Disse ele vindo sentar ao meu lado, que era o único lugar vago da sala, já que ninguém gostava de sentar perto de mim.

- Ah eu não acredito! Que porra! - Falei.

A professora me repreendeu pelo palavrão mas eu nem liguei.

- Pelo jeito vocês dois já se conhecem. - A professora disse.

Pude ouvir os suspiros das garotas da sala do outro lado, e olha que ele nem era tudo isso.

Ele usava o mesmo cabelo bagunçado ( estou começando a achar que é o natural do cabelo dele) o uniforme, e uma calça desbotada.

- Quero que vocês formem grupos de quatro para fazer um seminário para semana que vem. Vai valer três pontos para nota final.

Todos estavam se arrumando, eu normalmente fazia sozinha.

- Posso fazer com você? - Ele perguntou.

- Tenho certeza que as meninas do fundo querem fazer com você, vai lá. - Respondi.

- Não, eu quero fazer com você. - Ele insistiu.

- Se você não me chamar de esquentadinha tudo Okay.

Então ficamos lá eu e ele um encarando o outro, as vezes ele sorria e eu abaixava a cabeça, seu sorriso era lindo mas eu nunca assumira para ninguém.

Quando as aulas terminaram, estava indo para o ponto,o Pedro não desgrudou de mim um segundo, acho que ele estava com medo de ficar sozinho ou queria ficar perto de mim para me zoar.

O ônibus passou e entramos, eu sentei no fundo e ele perto do cobrador, coloquei os fones e voltei a ouvir música, pensando o que o destino queria fazer com nós dois, mas eu sabia que só tinha duas opções, ou eu o matava ou me rendia a ele.

Eu o conhecia a dois dias e já sabia que tinha sentimentos intensos por ele, só falta eu descobrir se são bons ou ruins.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
Enjoy ♥



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