Três originais e um bebê-Klaroline escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Convivência.




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P.O.V. Hope.

Isso nunca vai deixar de ser estranho. 

Chego na sala de estar e vejo o meu pai beijando a minha melhor amiga. Ele pega ela no colo e ela dá um gritinho de susto.

—Eu amo você senhorita Cullen.

—Não tanto quanto eu amo você senhor Mikaelson.

Eles se beijam de novo. Assim que eles param ela diz:

—É muito feio espionar as outras pessoas Hope.

—Como é que você faz isso?

—Eu sinto o seu cheiro e ouço seus pensamentos.

—Isso é mesmo um pé no saco.

—Esse colar no seu pescoço, onde arrumou?

—Foi um presente do seu pai. Era da sua avó.

—Eu sei. Por isso eu perguntei.

—Tudo bem.

—Eu tenho que perguntar uma coisa.

—Pois diga.

—Eu sonhei com você ontem, mas aquilo não era um sonho normal.

—Você não sonhou comigo, eu entrei no seu sonho. Infelizmente eu sou uma andarilha dos sonhos.

—Uma o que?

—É um dom negro. Eu posso entrar na mente das pessoas e fazer elas verem o que eu quiser que elas vejam, antigamente os andarilhos dos sonhos eram responsáveis por deixar os inimigos das bruxas loucos. Nós podemos te prender num pesadelo eterno, transformar seus piores medos em realidade dentro da sua cabeça. 

—Credo. Agora eu fiquei com medo.

—Não precisa. Eu não faço isso.

—Porque entrou no meu sonho ontem?

—Pra transformar seu pesadelo em sonho. Podemos fazer o contrário do que costumamos fazer, transformar os sonhos ruins em sonhos bons.

—Que legal.

—Nem tanto. Esse não é o meu único dom negro. Infelizmente eu tenho vários outros, mas dou um jeito de usá-los pra fazer o bem ao invés do mal.

—Que outro dom negro você possui?

—Segundo a igreja ser profeta é um dom negro e eu sou capaz de sair do meu corpo e vagar por ai mesmo estando acordada.

—Tem razão isso é mesmo um dom negro.

—Você consegue controlar?

—Consigo.

—Porque você tem isso?

—Aparentemente minha família é proveniente dos primórdios da bruxaria. E eu sou descendente de um cara chamado Francis Balcoin que por acaso foi o primeiro bruxo a desenvolver magia negra.

—Caramba!

—A linhagem de Francis não foi extinta, foi escondida. Porque todos os caçadores foram atrás de seus descendentes e começou o expurgo, mas mudamos de nome para nos esconder e sobreviver. Fomos de Balcoin para Masen. Um nome totalmente diferente do original assim ninguém jamais suspeitaria de nosso parentesco com o pai da magia negra.

—Caramba!

—Eu sei. Fiquei apavorada quando descobri que eu tinha magia negra poderosa dentro de mim e todos os dias eu rezo para que Deus me ilumine e me de forças para eu não cair na tentação de usar meus dons negros contra alguém.

—Você já quis usar em alguém?

—Claro que já. Mas, eu sou melhor que isso.

—Com certeza.

—Não é fácil. Ter que lutar contra isso todos os dias, mas quando eu penso em desistir e sucumbir eu rezo, acendo velas e faço oferendas. Daí tudo melhora. Eu tomo banho de sal grosso todos os dias é uma obrigação.

—Porque?

—Impede que a energia negativa acumule e diminuí a força da magia negra.

—Muito bem Elijah. Como sabe?

—Minha mãe era uma bruxa.

—Verdade.

—Você já perdeu o controle alguma vez?

—Já. E não foi bom, foi horrível.

—O que aconteceu?

—Uma menina e suas amigas gostavam de pegar no meu pé e um dia elas passaram demais do limite. Eu usei o meu dom de andarilha dos sonhos nelas, transformei todos os seus sonhos bons em pesadelos e deixei bem claro que era eu quem estava fazendo aquilo. Depois de uma semana elas ficaram com tanto medo que pediram transferência.

—Uau!

—Depois disso ninguém nunca mais reclamou delas em lugar nenhum. Porque elas sabiam que se voltassem a incomodar alguém eu iria ficar sabendo e voltaria a usar meu dom nelas. Eu avisei.

—Caramba!

—Porque a gente não assiste um filme ein? Só nós três já que o povo saiu.

—Boa ideia.

Nós assistimos "Cartas para Julieta."

Eu estava deitada em um dos sofás e o meu pai e a Renesmee no outro.

A cabeça dele estava no colo dela que lhe fazia um cafuné, enquanto ele acariciava a lateral de sua coxa esquerda. Dava pra ver que eles realmente se amavam apesar da abismal diferença de idade. Quer dizer, ele tinha mil anos e ela tinha apenas sete e aparência de 17.

Ela era muito madura para a idade. 

Notei que em determinada parte do filme ela estava chorando. E quando acabou ela estava rindo.

—O seu humor é bastante instável.

—Que nada. É um filme eu sempre choro nas cenas tristes e rio nas engraçadas como qualquer pessoa normal.

—Você colocou verbena no colar dela pai?

—Coloquei. 

—Eu vou querer saber o que é isso?

—É uma planta. Uma erva que protege contra o controle mental. A maneira da natureza revidar.

—Revidar?

—Verbena é uma flor que crescia ao pé do carvalho branco para o qual a minha mãe pediu a vida eterna. Ela nos queima e protege os humanos do controle mental.

—Demais. Vivendo e aprendendo. Agora, com licença eu tenho que ir ao banheiro.

Meu pai levantou pra ela conseguir levantar. A nossa família é complicada, brigamos por qualquer coisinha, a nossa família é esquisita, minha melhor amiga é minha madrasta, meu pai e meus tios são os primeiros vampiros do mundo, minha avó e minha tia de vigésimo grau querem me matar, meu tio quer o sangue da minha melhor amiga pra fazer híbridos. É, apenas mais um dia normal na rotina na família Mikaelson.

 


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