Ela era apenas uma garota doce, ingênua e cheia de sonhos, almejava ser formar em direito e ter uma vida tranquila. Sempre soube como aproveitar a vida, com aquele toque de aventura.

Aventuras amorosas foram várias.

Umas bem sucedidas que eram boas para se guardar na memória, e outras eram preferíveis serem excluídas de suas lembranças. Essa ela não iria querer guardar, porém não é algo que vai esvair de sua mente tão cedo.

Há coisas na vida que acontecem com nosso consentimento e logo após percebemos que não temos nenhum controle sobre tal situação. E o momento em que a garota estava havia fugido de todo o seu controle. De todos os seus pesadelos nunca sonhara que um deles se tornara realidade.

Nunca poderia imaginar que pudesse acontecer com ela tal coisa, mas agora não havia como reverter.

Ela teria que tomar decisões importantes e distintas, que mudariam o rumo de sua vida. Havia duas opções, uma era péssima e de certa forma ''errada'', mas seu futuro poderia estar garantido, a outra opção era talvez a mais correta a ser tomada, porém vários de seus sonhos iriam se tornar impossíveis e ela teria que renunciar várias coisas.

A menina não sabia o que fazer, como agir ou que providência tomar. Ela bem que tentou evitar, que tudo aquilo tivesse acontecido, a vida as vezes tende a nos dar uma lição. A culpa não era só dela. Mas ela teve de pensar sozinha no que fazer. Preferiu agir por impulso e tomou a decisão mais drástica que uma pessoa em completo desespero poderia tomar.

Depois de uma noite louca, que envolvia bebidas, música alta e um amor do passado(amor esse que se mostrou o pior de todos) o “mau” tinha acontecido. Um ser estava sendo gerado.

Ela não podia ser mãe,não estava preparada pra isso, era cedo demais. Foi uma aventura que foi longe demais, não era pra acabar assim. Era pra ter sido uma noite de diversão entre amigos.

Com a pressão e responsabilidade que estava sendo imposta, levou a menina por escolher e não voltar mas atrás.

Não há com voltar. Estava feito. Uma pílula e todos os '' problemas '' se foram.

Aquele que menos tinha a culpa pagou pelos que tinham. Era menos uma vida no mundo, menos uma mãe muito jovem, menos uma dificuldade na vida da garota... Mas era um nova péssima lembrança.

Uma vida havia sido interrompida.

Um anjo retornara ao céu sem cumprir sua missão. Ou talvez já tivesse cumprido...

[...]

Quando se faz essa escolha, optamos também por carregar o peso na consciência de ter interrompido uma vida. Não se é possível imaginar como poderia ter sido e o que poderia ter acontecido. A gestação, o nascimento, o crescimento, a alegria e o orgulho que ela poderia ter sentido... Todas as possibilidades acabaram quando ela optou por não continuar gerando aquele ser.

Era uma situação a qual lhe foi imposta duas opções, e as duas acabavam em morte, ela teve de escolher entre um ser que estava sendo gerado e o outro sem qualquer sentimento que se recusou a aceitar o filho.

Se tivesse dado a continuidade, como ela estaria hoje? Mãe solteira, dependendo da ajuda da família para criar o filho enquanto dava continuidade aos seus estudos. Seria mais um ponto positivo? Isso justificaria? Sim ou Não?