Byakuya de Kenseikaans ~ (Chapeuzinho Vermelho)

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Era uma vez um garoto chamado Kuchiki Byakuya que vivia no vilarejo Seireitei. Ele era um garoto cobiçado, sua beleza chamava atenção. Era adorado tanto por seu pai como por seu avô. Seu pai havia lhe dado umas presilhinhas brancas que ficavam tão bem que ele era reconhecido de longe.

– Seu avô não se sente muito bem. Vá visitá-lo e veja como ele está. Você pode levar-lhe saquê e este pote de dangôs. - o pai disse ao garoto.

Byakuya partiu imediatamente para visitar seu vovô que morava em outro vilarejo. Foi meio assim, de má vontade, como todo adolescente, apesar de amar o vovozinho. Mas também viu, quem mandou ser um vovozinho viciado no saquê?! Agora fica aí, doente, dependendo do netinho para sustentar seu vício. É, nem tudo é o que parece.

No seu caminho através da floresta do Rukongai, ele encontrou um lobo que era conhecido pela região, chamado Zaraki. Assim que ele bateu os olhos no garoto, sentiu tamanha excitação, que gostaria de tê-lo possuído ali mesmo, mas não se atreveu porque havia alguns lenhadores ali por perto. Ele então fingiu ser muito amável e perguntou aonde ele ia. O pobre garoto não sabia que era perigoso falar com um lobo e lhe disse:

– Eu vou visitar o meu avô, e levar saquê e dangô que o meu pai fez para ele.

– Ele mora muito longe? - perguntou o lobo Zaraki.

– Ah, sim. - respondeu Byakuya. - Sua casa fica depois do moinho, junto à primeira casa do vilarejo.

– Muito bem, - disse o lobo. - Eu também gostaria de visitá-lo. Eu vou tomar este caminho aqui é você toma o outro e vamos ver quem chega primeiro.

O lobo tomou o caminho mais curto, o mais rápido que pode, enquanto que o moreno, chateado por não ser tão rápido, ia pelo outro caminho, mais longo sem perceber.

Não demorou muito para Zaraki chegar a casa do avô de Byakuya. Ele se aproximou e bateu na porta. Toc, toc.

– Quem é? uma voz grave perguntou uma voz de dentro.

– É o seu neto, Byakuya. - disse o lobo disfarçando a voz. - Eu lhe trouxe saquê e dangô que o meu pai fez para o senhor.

O bondoso avô, que se encontrava na cama, respondeu: - Levante o trinco e entre.

O lobo levantou o trincoo e a porta de abriu.

Imediatamente ele pulou na cama e derrubando o velhote no chão. Vendo que ele acabou ficando desacordado, o lobo tinha de pensar em um lugar para escondê-lo. Para azar do vovô, a primeira coisa que Zaraki avistou foi um armário. Isso mesmo, não havia lugar melhor!

Abriu as portas do grande armário de madeira. Lá avistou cachecóis, potes de gel, cola e... Bigodes? Perai, como assim bigodes? Além de tudo o velho ainda tinha o bigode falso? O lobo riria se não tivesse o que fazer. Colocou o vovô dentro do armário, mas quando ia fechar a porta reparou em um espelho que havia ao fundo e raciocinou: como se passaria pelo avô com aquele pelo assanhado e a cara de mal? Olhou bem para o homem desacordado, analisando-o. Então pegou um cachecol e colocou de qualquer jeito no pescoço. Em seguida pegou um pouco de gel e espalhou nas mãos, passando-as pelos cabelos, na tentativa de jogar os cabelos displicentes para trás. Só faltava o último item para seu disfarce: o bigode! Pegou um dos bigodes falsos, passando cola nele, e então o pregou na cara, ajeitando-o diante do espelho. Estava mais do que ótimo. Em seguida deitou-se na cama do velho para esperar por Byakuya. Pelo menos a cama já estava garantida. Momentos depois ele bateu a porta. Toc, toc.

– Quem é? - perguntou o lobo com a voz áspera.

Quando escutou a voz Byakuya ficou um pouco amedrontado a princípio, mas lembrando de que seu avô estava doente e provavelmente isso poderia ter afetado a sua voz, respondeu:

– É o seu neto, Byakuya. Eu lhe trouxe um saquê e dangô que o meu pai fez para o senhor.

Zaraki suavizou um pouco a voz e disse: - Levante o trinco e entre.

Byakuya levantou o trinco e a porta se abriu. O lobo, que já estava imaginando o garoto com ele naquela cama, estava excitado demais para disfarçar, então se escondeu debaixo das cobertas e disse assim que ele se aproximou:

– Ponha o saquê e o dangô na mesa e venha se deitar... err, quer dizer, venha se sentar na cama junto a mim.

Byakuya subiu na cama e ficou observando o avô de cima a baixo. Ele parecia tão diferente! Seu cabelo estava desgrenhado e parecia que seu bigode estava... Torto? Será que a doença era tão grave assim?!

– Vovô, que braços grandes o senhor tem! ele exclamou, observando os músculos tão proeminentes.

– É para te agarrar...hmm, te abraçar melhor. - respondeu Zaraki.

– Vovô, que mãos enormes você tem! - ele observou as mãos grandes e másculas.

– É para te acariciar melhor! - o lobo tentava se segurar diante daquela criaturinha tão inocente e sensual. Ele estava pegado fogo!

Então Byakuya reparou em algo. Seus olhos se arregalaram ao perceber um volume alto sobre os lençóis, o que o deixou corado e assustado, fazendo dele mais lindo. Suspirou diante do clima suspeito, e sem conseguir tirar os olhos dali, tentou juntar as palavras para perguntar:

– Vo-vovô... ele engoliu seco. - O-o que é esse volume... Bem aí... apontou discretamente para o meio das pernas do lobão.

– É pra te comer! - vociferou Zaraki, num sorriso maníaco, atirando de lado as cobertas.

Na hora em que o pobre garoto pode comtemplar o grande, extremamente grande volume entre as pernas do lobo, ficou tão desesperado que quase caiu para trás. E ele ainda tinha um... Bigode? Oh God. Na distração, o lobo puxou o garoto para perto de si.

Jogou-o na cama, pensando em como se aproveitaria de seu brinquedinho, antes de possuí-lo. Há tempos o observava esperando por essa oportunidade. Arrancou as roupas dele aos golpes, rasgando-as e assustando o pobre Byakuya.

O beijou com vontade, provando dos lábios rosados do garoto, em seguida descendo a língua pelo pescoço e seguindo pelo corpo todo, provando a maciez daquela pele tão juvenil. Não tinha paciência. Por mais que quisesse brincar com o corpo dele, não conseguia esperar. Estava em chamas! Então forçou Byakuya a manter as pernas abertas enquanto se posicionava de um modo confortável. O garoto não deixou barato, pondo a boca no mundo, gritando sem parar enquanto se debatia, atrapalhando o lobo Zaraki de ir direto ao ponto.

Na hora em que ele finalmente o controlou e ia começar a devorar Byakuya, uma figura irrompeu dentro da cabana. Os dois pararam para observa-lo. Ele era alto, forte e sua cabeleira ruiva era farta. Ele se chamava Renji, um dos muitos lenhadores que trabalhavam na floresta. Mas havia algo que o diferenciava dos outros: ele era secretamente apaixonado por Byakuya e sempre o seguia, zelando pela segurança do garoto.

Assim que viu Byakuya conversando com o lobo na floresta decidiu segui-la, temendo que algo ruim pudesse acontecer com ele. Dito e feito. Assim que ouviu os gritos dele não hesitou arrobar a porta da casa e entrar. Ficou furioso ao perceber que o safado do lobo Zaraki tentava e aproveitar do seu Byakuya. Então, com um golpe da espada, que sempre carregava, ele cortou a cabeça do lobo para que ninguém nunca mais fosse molestado por esse feroz animal.

Depois de ter acabado com a raça do lobo, Renji ajudou Byakuya a se vestir e o acompanhou por todo o caminho de volta até a casa dele. Pararam em frente à porta, em uma troca de olhares significativa. Byakuya desejava agradecer e Renji, se declarar. Mas a proximidade foi maior do que as palavras. Os lábios se encontraram e eles trocaram um beijo rápido e terno. Quando o beijo se partiu, Byakuya sorriu levemente e adentrou a casa. O ruivo se sentia nas nuvens.

Deste dia em diante, Byakuya e Renji passaram a se encontrar todos os dias na floresta, mas esta é outra história!

E viveram felizes para sempre!