Natsu e Mizuki, duas crianças birrentas

Totalmente desnorteada, era assim que Lucy estava.

Ela estava sentada de baixo de uma arvore que tinha do lado da casa de Natsu, olhava as nuvens brancas passando pelo céu azul, pensando em tudo de anormal que (mais que o de costume) tinha acontecido.

Ela pegou uma missão que deveria ser normal, e bem, acabou nem sendo.

Ai teve a surpresa de ter que cuidar de uma criança, sendo que ela nem sabiam o que fazer, e pra ajudar ela (ou nem tanto assim) Natsu também estava responsável pelo Mizuki.

O Mizuki é um bom garoto, Lucy não podia reclamar disso, mas pessoas más e estranhas estavam atrás dele.

Sua casa foi explodida por essa pessoas estranhas, com certeza a Proprietária iria lhe cobrar o concerto.

E por ultimo, mas não melhor que o resto, depois de uma ideia construtiva (e uma ameaça assustadora) da Erza, eles estão temporariamente vivendo juntos.

Não que ela achasse morar com ele ruim, era legal, mas ainda estranho, eles pareciam recém-casados.

"Recém-casados...?" ao constatar esse pensamento, Lucy corou fortemente, reparando bem, era isso mesmo que pareciam; eles tinham que tomar conta de uma criança e estavam morando justos (mesmo que temporariamente).

Lucy deu leves tapinhas em sua bochecha tentando evitar esse pensamento nada prudente e quando ia se levantar, ouviu um grito vindo de dentro da casa.

— Ahhhhh... Seu pirralho maldito — era a voz de Natsu e ele parecia nervoso.

Ela se levantou um pouco afobada e correu pra dentro do apartamento, vendo a cena mais engraçada em toda a sua vida.

O grande Salamander, Natsu Dragneel, o poderoso Dragon Slayer da Fairy Tail, tinha sido derrotado, sim, DERROTADO por uma criança de seis anos.

Lucy não pode controlar o ataque de risos que teve, a visão que teve era a seguinte; Natsu estava com as mãos amarradas pra trás por uma corda que Mizuki puxava pra firmar o nó enquanto que o pequeno estava sentado nas suas costas.

Enquanto que Lucy ria descontroladamente, Natsu se debatia debaixo de Mizuki, rugindo ameaças.

— Pirralho... eu vou te bater se não me desamarrar agora — gritou com uma veiazinha saltando em sua testa, Mizuki pouco se importou e apenas apertou mais o laço e saiu de cima do mago.

— Quero ver você tentar... bleerrr — provocou mostrando a linguá, uma tipica atitude infantil, o que irritou mais ainda o rosado.

— Ora seu... — se debateu mais um pouco, mas não conseguiu se desatar — Kuso... É uma corda magica... merda, merda — praguejou.

O pequeno riu mais uma vez da cara do rosado e saiu rindo pra fora gritando "Natsu baka, baka, baaaaka".

Lucy limpou as lagrimas que saíram de tanto rir e foi até o rosado, desata-lo.

— Ainda não sei como ele conseguiu isso — comentou a loira depois de soltar Natsu que massageava os pulsos.

— Aquele moleque... vou me vingar — prometeu fazendo a loira dar um risinho.

Mesmo os dois negando firmemente, eles até que estavam se dando bem (N/A: Estão mesmo, Lucy? Tem certeza O.o?) e foi ai que Lucy teve uma linda, brilhante e interessante ideia.

— Ei, Natsu — chamou ele o tirando de seus planos de vingança — Sabe, eu preciso ir conversar com a proprietária do meu apartamento.

— E o que tem? — perguntou sem entender.

— E eu não vou poder levar o Mizuki comigo — disse e Natsu pareceu não entender, Lucy suspirou, Natsu as vezes parecia muito lerdo (N/A: As vezes O.o? você quis dizer sempre né?!) — Você vai ter que cuidar dele até que eu volte.

Natsu a olhou como se ela tivesse dito algo abominável.

— Ah, não, nem pensar.... não, não, não, não mesmo — disse abanando as mãos na frente do rosto — Aquele moleque irritante me odeia, não dá pra gente ficar nem dois minutos juntos e saiu briga.

Lucy riu.

— Com você e o Gray é o mesmo e mesmo assim vocês podem conviver, não é — disse e Natsu pareceu pensar um pouco — Ele não te odeia, eu acho que ele gosta de você, nem que seja um pouquinho que seja... provavelmente — disse dando dois tapinhas no ombro do rapaz.

Natsu suspirou.

— Ta, beleza, mas não me culpe se a casa estiver destruída depois — avisou e saiu pra cozinha.

Lucy riu consigo mesmo, seria engraçado de se ver Natsu cuidando de uma criança, como se realmente fosse um pai.

"Um pai...?" Lucy analisou e constatou uma coisa "Se ele é o pai, então... então eu sou a mãe...?" logo depois desse pensamento Lucy mais uma vez corou e se levantou cambaleante, rumando até a porta "É melhor eu parar de ter esses pensamentos constrangedores..." e saiu indo a seu apartamento deixando Natsu e Mizuki sozinhos.

Isso dará uma coisa bem interessante, com certeza.