Cisne Negro escrita por Corujinha


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, demorei mais cheguei. Me perdoem pela decima oitava vez pela demora das postagens dos capítulos, mas como vocês sabem, não tá fácil. Só que como agora eu to de férias talvez as postagens acelerarem :D

Capítulo sem revisão, por isso me desculpem os erros ortográficos, a desorganização e claro, as palavras trocadas ou usadas de forma incorreta.

Boa Leitura!!!



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Essa voz.

O corpo de Lucy tremeu da cabeça aos pés e ela começou a ficar tremula. Ela reconhecia essa voz, não sabia dizer de onde nem quando, mas reconhecia. Podia sentir no seu coração, ele palpitava violentamente e sua respiração ficava irregular, sendo guiada pelo seu instinto conseguiu virar lentamente e com temor. A pessoa a sua frente era inconfundível longos cabelos negro iguais aos seus, pele perfeita e muito bem cuidada á deixando com ar de 28 sendo que aparentava ter 38 anos, mesmo rosto. As duas únicas diferenças que aparentava eram os olhos verdes ao invés de azuis e sua baixa altura.

— Lucy, ela é idêntica a você — ouviu Lucas sussurra, mas estava inapta a ouvir, sua atenção estava toda voltada à mulher á sua frente.

Ela se aproximava aos poucos, seus passos deduravam o quanto ela estava nervosa e tremendo. Enquanto ela avançava Lucy não conseguia se distanciar, não conseguia, mas sabia que no fundo a verdade era que não queria, sentia que não precisava e que podia confiar nela. Próximas o suficiente a desconhecida ergueu sua mão tremula e tocou de leve o rosto de Lucy, mas o choque repentino foi inevitável. Naquele momento veio um deja vu e todas e quaisquer memória que Lucy tinha em relação á aquela desconhecida vieram à tona. Memórias de sua infância, momentos em que ela desconhecia o que ela verdadeiramente era, momentos que se permitiu ser verdadeiramente feliz, momentos antes de fugir. Não podia...naquela mulher a sua frente... não podia ser...

— Mãe?

Sua voz saiu rachada e bastante baixa, como se fosse um sussurro, não conseguia acreditar que estava pronunciando aquelas palavras, nem ao menos soube como conseguiu tal proeza. A mulher a sua frente se sobre saltou, arregalando os olhos e prendendo a respiração, fazia tempo que não escutava tal palavra. Seu coração se alegrou batendo acelerado. Ela passa a mão no rosto de sua filha contendo as lágrimas:

— Minha filha

Não se segurando mais a mulher abraça sua filha bem apertado e Lucy retribui. Elas não queriam se soltar e não iriam, pelo menos não naquele momento, não aguentam mais e caíram em lágrimas. Choro que transmitam saudades e medo, saudades por parte de mãe e medo por parte de filha, medo de não conseguir protegê-la do mal que a afronta. Motivo de ter saído de casa. Mas seu maior medo é de nunca mais poder voltar a vê-la, que talvez essa caçada sem fim nunca termine.

Não havia palavras que pudessem descrever a felicidade daquela mulher de ter sua filha em seus braços novamente, mesmo que temporariamente, só havia uma segunda pessoa que compartilhava o mesmo sentimento que o seu e que entendia o que ela passava:

— Marcos, vem cá Marcos, rápido.

Um homem alto e muito lindo adentrou a porta assustado por pensa que havia acontecido algo com a sua mulher, mas ao ver a cena a sua frente estancou, por tudo que é mais sagrado ele reconhecia aquela menina no segundo em que colocou seus olhos. Só podia ser sua filha, é igual à mãe.

Lucy ao ergue o olhar para aquele homem que adentrou de forma tão assustada ficou boquiaberta. O homen era alto, bonito, tinha um corpo que deixava mais do que claro que se cuidava. Não era musculoso, mas também não era extremamente magro. Seus cabelos também eram negros, mas os seus olhos eram azuis iguais os de Lucy. Como se toda aquela emoção fosse pouca ela não esperava reencontra seu pai, seu coração começou a bater ainda mais forte e um repetindo friozinho na sua barriga se formou. Sua mãe a soltou e se virou para seu marido o encontrando parado feito uma estátua alguns centímetro perto da porta. Lucy lentamente soltou seu braço que ainda estava na cintura de sua mãe e, não conseguindo segurar, correu para o seu pai se jogando em seus braços. Ele a agarrou e a girou no ar nem fazendo questão de segurar suas lágrimas e como já estava chorando a única coisa que Lucy vez foi desabar de vez. Chorou muito, colocou tudo para fora, como nunca antes.

A família se reuniu novamente, todos os três abraços como Lucy em seu meio, naquele abraço ela se sentia uma menininha novamente. Sem conhecimento do mundo, sem conhecimento do seu ser e do peso que sua espécie carrega, e pela primeira vez ela se permitiu assim. A família estava reunida e eles iriam aproveitar aquilo ao máximo

~*~

A sua mãe conversava animadamente com Luke, Lucas e Laila na sala enquanto Lucy e seu pai estavam na cozinha, preparando o almoço. Dúvidas e incertezas ocupavam a mente de Lucy, mas ela tinha receio de pergunta, pois não queria estragar o momento de relaxamento com seu pai. Ele cortava as verduras e de vez em quando olhava para ela e lhe dava um sorriso de canto. Se aproximou e beijou sua testa assim dizendo:

— Estou tão feliz de você estar aqui filha.

Há! Como era bom ouvir aquelas palavras, mas o motivo de ter vindo até aqui sempre a rodeava então falou:

— Eu também pai, mas...

É interrompida por Marcos que beija sua testa e sorrir:

— É tão bom ouvir essas palavras

Lucy abri um sorriso tímido

— É verdade, mas pai...

— Sim?

Lucy abaixa seu olhar para a faca que segurava, sem jeito para começar aquela conversa, Marcos nota e fala em um tom mais firma:

— O que foi filha?

— É que...o verdadeiro motivo de nós termos vindo aqui é que...queremos informações.

Após falar timidamente e sem jeito Lucy consegue dizer o que procurar, bom, pelo menos o lógico. Marcos franze a testa e inclina a cabeça para o lado demonstrando desentendimento:

— Informações? Como assim filha?

Lucy respira fundo e diz o mais rápido possível

— Nós precisamos de informações sobre a minha infância ou qualquer coisa que nós ajude a entender o meu passado melhor para nós possamos ter algo contra a Caveira da Morte.

Após ouvir aquele nome Marco fecha a cara, sabia muito bem quem era a Caveira da Morte e principal o líder. Era difícil desconhecer a Caveira da Morte, a organização mais perigosa que existe.

— Bom, filha. É melhor eu lhe contar então. Eu sou uma espécie, e a minha é Genes.

Lucy franze a testa:

— Genes?

— Sim. Os Genes são a espécie reprodutora, é através de nós que as outras espécies nascem.

Lucy já ouviu falar sobre essa espécie, mas não tinha conhecido e muito menos imaginava que seu pai era um. Mas era muito burra, lógico que seu pai era um se não, não teria nascido como espécie teria nascido como uma simples humana, mas será que a vida era mais fácil como humana? Vivendo de uma maneira diferente da sua atual? Ela não sabia e as vezes preferia não saber.

— Os Genes — seu pai continua — por ser a espécie reprodutora, tem um espermatozoide diferente. Eles são biologicamente mais evoluídos e carregam dentro de si a famosa energia, o que da origem a vocês. Quando mais o acúmulo de esperma, mais forte a espécie. É por essa razão que é recomendável que os Genes sejam mulherengos, nunca dormirem com a mesma mulher, é proibido dormir com a mesma mulher mais de uma vez. Quando um Gene dormir só uma vez a grande chance de nascer um Progenes é máxima, mas claro que a outras espécies, contanto são as mais comuns.

No exato momento em que ele começa a dormir mais de uma vez com a mesma mulher o risco de nascer uma espécie mais forte e perigosa é grande, e com isso o risco aumenta.

— Mas porque o risco aumenta?

Lucy fez a pergunta mesmo já suspeitando da resposta.

— Porque a energia é mais forte e as organizações só querem energia diferenciada e não fraca. Os métodos de protejam humanos não funcionam conosco, não adianta eu usar uma camisinha que além de machuca o meu membro não vai ter nenhum efeito, pois os espermas são mais fortes então eles atravessam. Os DST não tem efeito em nós então não corremos o risco de pegar, ou seja, somos praticamente "livres".

— O senhor também era? Um mulherengo?

Março sorrir pela pergunta e conta sua pequena história:

— Sim, eu era. Eu gostava da minha vida, era livre e sem amarros, podia fazer o que bem quisesse. Podia ter a mulher que quisesse e nunca repetia. Eu chamava a atenção, olhos azuis e cabelos negros atrai as mulheres principalmente porque nós Genes temos uma atração por natureza, já praticamente nascemos assim. Temos a mulher que quiséssemos na palma da mão a hora que quiséssemos. Somos iguais aos seres humanos, temos sangue ao invés de energia, não temos habilidades e podemos viver entre eles tranquilamente, a única diferença é o esperma mesmo.

‘Então eu não tinha do que reclamar, mas um dia, na balada, eu vi a sua mãe. Ela tava tão linda, quando eu a vi pela primeira vez não conseguir desgruda os meus olhos dela, me apaixonei na hora. Acabamos nós envolvendo, me apaixonei cada vez mais e bem, nós casamos. Eu conversei com ela, contei toda a verdade e a minha situação, então prometemos que tentaríamos ao máximo só ter uma única noite, que foi justamente na nossa lua de mel. Mas um dia, de noite, a sua mãe teve um pesadelo e para tentar acalma-la eu distribui beijos pelo seu rosto e pescoço, mas a coisa começou a esquentar e deu no deu. Ai a coisa saiu meio do controle, as vezes não conseguimos nós segurar, foram poucas vezes mas o suficiente para você ter nascido metarmofose. Eu errei e agora eu e sua mãe pagamos o preço’.

Lucy permaneceu calada, não conseguia pensar em nada para dizer. A culpa não era do seu pai ele apenas se entregou ao amor, tentou tomar cuidado, mas a paixão era mais forte. Ele amou e ainda ama. Não a culpados. Não é culpa de Lucy ela ter nascido assim, assim como não é culpa de seu pai por ter a reproduzido assim, afinal, ele não sabia.

— Minha filha me desculpe, é culpa minha você ter nascido dessa espécie, eu deveria ter dito mais cuidado.

Marcos abaixa os olhos e olha para o vazio, a tristeza claramente refletida nos seus olhos, Lucy se aproximou e lhe segurou a mão

— Não pai, não é culpa do senhor, não é culpa de ninguém. O senhor só amou e se entregou a essa paixão, só isso. Não podemos culpar ninguém.

Eles se abraçam esmagando a dor de cada um à sua maneira, as reprimindo e tentando ao máximo guarda naquele momento na memória, pois temiam ser o último.

~*~

Sentados em frente um ao outro mãe e filha se encaravam sabendo que o momento da despedida chegava. Elena segurava as mãos de sua filha que eram tão macias quando as suas enquanto dizia:

— Minha filha, quando nós descobrirmos que você era uma metamorfose foi da forma mais natural possível. Era um simples dia em que eu colocava você para dormir, com apenas seus poucos meses de vida, quando a lua aparece, te iluminou e você se transformou na minha frente. Um pequeno e feinho cisne, muito pequeno mesmo, cabia na palma da minha mão. Seu e pai ficamos em choque, tínhamos medo do que aquilo acarretaria como iríamos viver com uma metamorfose em segurança, mas claro que nunca passou pela nossa cabeça a ideia de um abandono ou algo assim, te amamos muito para tal ato. O tempo passando, você crescendo e nós percebendo que à cada dia sua forma de cisne crescia junto com você e cada vez ficava mais bonito.

'Nós só não esperávamos que você se tornasse tão perspicaz, com seus seis anos você nós abandonou, ficamos em choque e nós percebemos que você tinha percebido tudo, compreendido não somente o que você era como o risco que você corria, assim nós abandonando.'

Após termina sua pequena narração a sala se encontra em um silêncio absoluto, ninguém falava nem murmurava, apenas os sons das suas respirações se fazia ouvir. Até Luke interromper:

— Mas e as esferas? Como surgiu as esferas envolta da pupila?

— As esferas começaram a nascer no exato momento em que ela completou 2 anos. Uma por uma. Lucy sentia uma forte dor no determinado olho e uma bolinha branca aparecia para segundos depois escurecer, em sequência, foi assim por 16 dias seguidos e elas sempre apareciam na presença da lua.

Passaram o resto da tarde conversando. Os meninos as vezes ficavam sozinhos e conversam entre si, outras vezes ou eles conversam com a mãe ou com o pai, sempre num rodeio. A conversa mais importante se centraliza entre pai e filha assim como filha e mãe, também estavam num rodízio, mas no último momento os três estavam juntos tendo a conversa mais silenciosa e dolorosa que existe.

Agora com os três juntos Lucas podia ver da onde Lucy herdeu tanta beleza e força. De longe dava para ver que seu pai era um Genes, apesar dele em momento nenhum ter lhe contado enquanto eles conversavam e o admirava em segredo por isso. Por ser tão corajoso a ponto de não fugir da sua mulher quando a coisa ficou preta e a ponto de ficar com a mesma mulher e até se casado com ela, e tudo isso por causa desse sentimento chamado amor. Ele é engraçado, pode acabar com você ao mesmo que te salvar, como isso é possível? Ele não sabia, mas tinha mais do que certeza de que sentia. Toda vez que olhava para Lucy seu coração ficava frenético e movia mil terras para se segurar de sabe-se lá o quer que queria fazer com ela.

Sabia que ainda era muito cedo, tudo muito rápido, mas não pode evitar. Foi no momento em que a viu. Quando viu aqueles cabelos negros levando um choque atrás do outro naquela maldita rede foi como seu coração leva-se uma facada atrás da outra. Naquele momento não havia entendido aquele sentimento, mas agora entendia e muito bem, e com toda força lutaria por ele.

Estava anoitecendo, hora de se despedir novamente e agora sabe-se lá Deus até quando, os meninos já estavam montados nos cavalos só a espera de Lucy.

— Eu tenho que ir

— Nós sabemos — diz sua mãe já aos prantos. Ela abraça Lucy muito forte que responde prontamente, no fundo Lucy não queria ir embora, de novo.

— Minha filha — Marcos a chama e Lucy se solta da mãe indo até o pai — eu sei que você tem que partir, mas quero que saiba que te amamos muito e sempre queremos o seu bem. Se cuida filha e se possível, volta para casa.

Pai e filha se abraçam, o último abraço, a última despedida. Sabe-se lá quando eles poderão se ver de novo. Lágrimas eram derramados e neles eram transmitidos todo o amor e sofrimento pelo qual passaram, Lucy guardava isso dentro do seu coração e aquele momento na sua memória.

~*~

Voltaram a lagoa, Lucy estava abraçada a Lucas que já sentia sua pele muito fria. Lucy desmontou do cavalo e ficou na lagoa só a esperando a lua que já começará a aparecer. Lucas coloca a mão no braço de Lucy e começa a fazer um carinho enquanto falava:

— Tudo bem?

Lucy olha para cima e suspirar, aquela era a primeira vez que não sabia responder aquela simples pergunta:

— Não sei, mas não se preocupe vou ficar.

Lucas chega mais perto e aperta sua mão com mais firmeza no braço de Lucy e diz em seu ouvido:

— Você sabe que pode contar comigo a qualquer hora, não sei?

Lucy nada diz, apenas da uma aceno com a cabeça, Lucas beija sua bochecha e se afasta. A transformação começa e quando Lucy percebe já estar em seu pequeno corpinho de cisne e como naquele dia ela estava sem força para fazer qualquer coisa, logo adormece.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!

Bom, eu gostaria de fazer um pedido: Por favor aos leitores invisíveis ou os que dão só uma olhada ou só aqueles que leem só para passa o tempo que por favor me digam o que acharam nos comentários, pois eu ando meio desanimada e preciso saber o que as pessoas acham da minha estória assim talvez eu possa crescer como escritora. Por favor *-*
Beijos =*



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