Laços de Guerra - 3ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 15
Capítulo 15 - Um triste dia para o mundo bruxo.


Notas iniciais do capítulo

Quem é a melhor? Aaaaaaah, moleque! Eu consegui conectar a internet do celular da minha mãe ao computador e cá estou eu postando o último capítulo de Laços de Guerra em pleno Domingo. Boa leitura ;)



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24 de Junho de 1997.

— O que Dumbledore queria? — perguntou Hermione assim que viu Harry entrar rapidamente pelo Salão Comunal, mas ele correu para os dormitórios sem responder — Harry, você está bem?

— Eu estou bem — respondeu antes de sumir pelos dormitórios masculinos.

Eles tiveram tempo para se entreolharem antes que Harry voltasse com o mapa do marauder.

— Eu tenho muito tempo — disse Harry — Dumbledore pensa que estou pegando minha Capa da Invisibilidade. Escutem, Dumbledore encontrou mais uma horcrux e eu vou com ele. Entendem o que isto significa? Dumbledore não estará aqui esta noite, então Malfoy terá campo livre para o que quer que seja que ele está tramando. Não, escutem! Eu sei que era Malfoy celebrando na Room of Requirement. Aqui — ele entregou o mapa para eles — vocês tem que vigiar Snape também. Usem qualquer pessoa que vocês conseguirem da D.A também. Hermione, aqueles galeões que usávamos para contato ainda funcionam, certo? Dumbledore disse que ele colocou proteção extra na escola, mas se Snape estiver envolvido, ele saberá que proteção é essa e como evitá-la, mas ele não estará esperando que vocês o estejam vigiando, estará?

— Harry... — tentou interromper Hermione.

— Não tenho tempo para argumentar. Peguem isso também — ele jogou uma meia para Rony.

— Obrigado — agradeceu Rony, sem entender — Hum... Por que eu preciso de meias?

— Vai precisar do que estiver dentro delas. É Felix Felicis. Dividam entre vocês e Ginny. Digam “tchau” a ela por mim. Eu preciso ir, Dumbledore está me esperando.

Hermione discutiu que ele quem deveria levar a poção, mas ele negou argumentando que estaria com Dumbledore e saiu correndo novamente.

— Ele tem razão, Hermione — disse Amber antes que ela pudesse dizer qualquer coisa — Ele estará com Dumbledore e se a escola ficar desprotegida isso não vai ser bom.

— Eu vou pegar o galeão falso — disse Hermione, indo para dentro do dormitório feminino e mandando a mensagem para o pessoal da D.A para se reunirem próximos a Room of Requirement.

Quando chegaram lá, apenas Ginny, Neville e Sarah estavam lá.

— Eu vou vigiar Snape — avisou Hermione, se afastando.

— Sozinha? — perguntou Rony, alarmado.

— Eu vou ficar bem, lembra? — disse Hermione, eles já tinham tomado o Felix Felicis, Amber se negou a tomar alegando que a dose era pequena para os quatro.

— Eu vou com você — disse Luna, aparecendo no corredor.

Hermione concordou e elas se foram, fazendo Amber e os outros se concentrarem na parede onde ficava a Room of Requirement.

— Levantem as varinhas — aconselhou Ginny quando uma porta apareceu.

Antes que pudessem agir, Malfoy jogou algo e tudo ficou escuro.

— Lumus — disse Ginny, tossindo, mas isso não adiantou.

— Incendio — tentou Rony.

— Não vai funcionar, é o Pó de Escuridão Instantânea de Fred e George — disse Sarah.

— E o que fazemos? — perguntou Ginny.

— Vamos tateando. O que mais podemos fazer? — disse Amber, enquanto eles tentavam seguir.

Dava para escutar vários passos pelo corredor, mas ninguém se atrevia a soltar um feitiço com medo de acertar um dos seus. Malfoy, de uma forma, tinha conseguido fazer os Death Eaters entrarem no castelo.

— Temos que avisar a alguém! — gritou Neville.

Eles foram tateando até que conseguiram escapar do Pó, então correram em direção ao escritório da professora McGonagall, mas esbarraram em Marlene no meio do corredor.

— Ei! O que está acontecendo? — perguntou.

— Death Eaters entraram no castelo — disse Sarah.

— Mas como?

— Room of Requirement.

— Tenho que avisar os outros.

Eles correram até darem de cara com Remus, Tonks e Bill, avisando-os.

— Temos que chamar o resto da Order — disse Tonks, levantando a varinha — Só nós não basta.

— Olhem! — exclamou Amber, apontando para a janela.

Todos olharam para o céu, a marca negra estava lá.

Eles correram pelos corredores até que encontraram os Death Eaters lutando com alguns alunos do D.A que se atrasaram para acudir ao chamado de Hermione.

— Não tentem atacar, se proteger é mais importante — disse Marlene para Sarah, antes de intervir.

— Fica só se protegendo não vai ajudar em nada — disse Ginny.

— No seu caso vai — disse Amber, levantando uma sobrancelha para ela, enquanto desviava um feitiço com Protego — Onde estão Hermione e Luna?

— Avis — conjurou Sarah, apontando para os Death Eaters — Oppugno.

As aves se dirigiram para os Death Eaters atrasando-os, mesmo que algumas foram mortas ou torturadas.

— Ora, seus pirralhos — disse um deles, aproximando-se deles, junto com outros dois companheiros.

— Impedimenta! — gritou Amber — Corram!

Os Death Eaters tentaram se aproximar, mas não conseguiram e eles aproveitaram para tentar escapar. Neville escapou de um raio verde e Sarah virou para trás:

— Everte Statum — acertou um que foi lançado para longe, dando cambalhotas, e derrubando outro parceiro.

— Vocês estão ou não no 6º ano? — perguntou Ginny, incrédula para Amber e Rony — Façam feitiços não-verbais.

— Não dá para pensar nisso em cima da hora — respondeu Amber.

— Eu não consigo fazer muitos feitiços sem falar — disse Rony — Posso acabar engolindo lesmas e essa é uma experiência que não quero repetir.

Eles param de correr ao ver outros dois Death Eaters se aproximarem, Sarah olhou para trás e viu que o feitiço de impedimento tinha sido anulado e o Death Eater que estava desmaiado acordou, por sorte Marlene começou a travar uma luta com eles.

— Mais alguma ideia brilhante? — ela murmurou, amontoando-se com os outros.

— Levicorpus — gritou Rony, lembrando-se do feitiço que Harry conjurou nele.

— Inflatus — gritou Ginny, ao mesmo tempo.

A varinha deles caiu quando um começou a inchar feito um balão e o outro foi levitado de cabeça para baixo.

— Uma homenagem a Marge Dursley — disse Amber, pomposamente.

Eles correram para o outro corredor, vendo a luta se estender por lá também e os Death Eaters passaram do lado delas, correndo para lá, o último lançou algum feitiço na porta.

— Ginny, não!

Neville correu em direção a porta e bateu com uma barreira invisível, fazendo-o cair e desmaiar.

— Maravilhoso! Tudo o que precisávamos... — ironizou Sarah, olhando em volta — Esperem! Onde está Ginny?

— Deve ter ido procurar Luna e Hermione — disse Rony, dando de ombros.

— Ela pode estar em apuros — disse Amber, procurando com o olhar.

— Não dá para encontrarmos ela no meio dessa bagunça — disse Sarah.

— Flagrate.

Amber gritou quando sentiu sua panturrilha queimar.

— Ai, Merlin! Aguamenti! — disse Rony, apontando para a perna de Amber, fazendo o fogo se apagar.

Snape passou correndo do outro lado e passou pela passagem para as escadas. Um Death Eater jogou um feitiço que acertou Ginny, fazendo-a cair e bater a cabeça, deixando-a desmaiada.

— Deve ser encantado para só quem ter a marca passar — disse Rony, pensativo, sem ter visto Ginny sendo acertada — Ali dá na Torre de Astronomia.

— Eu vou te levar a Madame Pomfrey — disse Sarah, enquanto observava a panturrilha de Amber em carne viva.

— Não temos tempo para isso — disse Amber, tremendo.

— Você não está em condições de lutar — retrucou Sarah.

Amber, por fim, abaixou o olhar para a panturrilha e voltou o olhar para cima quase imediatamente.

— Amber — disse Sarah, com medo, ela não entendia de queimaduras.

— Fica calma, Rony foi rápido — disse Amber, respirando fundo — É queimadura de segundo grau.

— Sarah, leva a Amber para o banheiro. Lava com água fria e espere até nós irmos buscá-las — indicou Rony, ajudando a levantar Amber — Charlie se queima muito com os dragões, nos deu umas dicas. Coloca a perna dela para cima, assim para com o inchaço.

— Mas e as bolhas? — perguntou Sarah.

— Não meche! Deixa que Madame Pomfrey resolva. Vão!

Rony moveu a varinha quebrando a proteção que tinha colocado em volta deles para que não fossem acertados. Ele tinha tomado Felix Felicis, mas elas não.

Nesse momento, ele avistou Hermione do outro lado escapando, por pouco, de uma Maldição da Morte, dando em outro Death Eater e foi para perto dela.

Antes que elas pudessem chegar ao banheiro, um Death Eater soltou um feitiço, derrubando metade do teto e acertando o caminho da Torre de Astronomia e Snape e Malfoy apareceram. Snape gritou alguma coisa e os Death Eaters pararam de lutar, correndo para fora do castelo.

— O que ele gritou? O que aconteceu? — perguntou Amber, nervosa.

— Vamos para a Ala Hospitalar — disse Sarah, levando-a.

No meio do caminho, Sarah tropeçou na perna de uma pessoa, mas não era nenhum dos seus.

— Espero que mais ninguém tenha se machucado — disse Amber, preocupada, enquanto mordia o lábio.

Elas chegaram à Ala Hospitalar e Madame Pomfrey já tinha trabalho a fazer lá dentro. Sarah ajudou Amber a se deitar em uma maca, enquanto esperavam pelo atendimento da enfermeira.

— Death Eaters no castelo... Onde esse mundo vai parar! — resmungava Madame Pomfrey, pegando uma pomada para queimaduras e passando na panturrilha de Amber.

Por sorte, as bolhas e tudo o mais sumiram, mas a dor permanecia.

— Não posso lhe dar anestesia agora, querida. Aguente mais um pouco — disse, antes de se dirigir para atender a Neville que estava em uma cama perto da porta.

— Ai, meu Deus! — exclamou Sarah, ao levantar a vista.

Três camas a direita de Amber estava Bill Weasley, com marcas de garra no rosto.

— Greyback — sussurrou Amber, enquanto colocava uma almofada embaixo da panturrilha.

— Acha que ele foi mordido? — perguntou Sarah, preocupada.

— Não é lua cheia, ele não vai se transformar — respondeu Amber, jogando a cabeça para trás.

As portas se abriram deixando entrar Rony, Luna e Hermione, sendo acompanhados por Tonks e Remus.

— Mais feridos? — perguntou Madame Pomfrey.

— Nenhum que tenhamos encontrado — respondeu Tonks, enquanto Remus se aproximava pálido de Bill — Por sorte não havia muitos alunos fora da cama. Pergunto-me o porquê vocês estavam.

— Harry nos avisou que ele e Dumbledore sairiam do castelo — respondeu Luna, aproximando-se da maca de Amber — Hermione enviou uma mensagem pelo galeão falso da Dumbledore’s Army.

— Minerva enviou uma mensagem a todos os professores para encaminharem os que estiveram na luta para cá — avisou Tonks a Madame Pomfrey que agradeceu e continuou seu trabalho — Muito engenhoso da parte de vocês, mas Dumbledore avisou a Order. Pediu para que fizéssemos uma patrulha nos corredores, só por acaso.

Astoria entrou acompanhada pela professora Sprout, chorando.

Tonks olhou surpresa para a garota que parecia ter bom relacionamento com todos. Não tinha preconceito com os Slytherin, até porque sua mãe era uma, mas Rony, por exemplo, sempre mostrou certo receio e rivalidade com a casa, mas a tratava quase solidário.

Antes que Amber pudesse perguntar a Astoria por que ela estava chorando, Harry e Ginny entraram e professora Sprout aproveitou para sair. Remus levantou-se rapidamente para falar com Harry. Madame Pomfrey terminou de medicar Neville, e pegou uma pomada para passar em Bill.

— Você não pode curá-las com feitiços ou algo assim? — perguntou Harry à enfermeira.

— Nenhuma magia vai resolver isso. Eu tentei de tudo que conheço, mas não há nenhuma cura para mordidas de lobisomem — disse Madame Pomfrey, com pesar.

— É seu segundo objetivo, não? — murmurou Sarah para Amber que estava acariciando o cabelo de Astoria que seguia chorando.

— Não, eu não acho que Bill tenha virado um lobisomem — disse Remus — Mas isso não quer dizer que não houve contaminação. Essas feridas estão amaldiçoadas. É improvável que elas sejam completamente curadas e... Bill pode ter algumas características de lobo de agora em diante.

— Acho que talvez Dumbledore saiba de alguma coisa que possa resolver — disse Rony — Onde está ele? Bill lutou com aqueles maníacos sob ordem de Dumbledore, Dumbledore deve a ele, ele não pode deixá-lo neste estado!

— Dumbledore morreu — conseguiu dizer Astoria sob o choro.

Todos se tensaram e olharem para Harry e Ginny querendo uma negação, mas eles confirmaram. Astoria levantou-se bruscamente.

— Harry, me diga, por favor, que Draco não o fez — ela pediu.

— Foi Snape — disse Harry, negando com a cabeça.

— Essa era a missão dele? Matar a Dumbledore? — perguntou Amber — Foi ele quem enviou a garrafa para Slughorn e o colar a Katie?

Astoria assentiu com a cabeça, voltando a se sentar derrotada.

— Como isso aconteceu? — sussurrou Tonks.

— Nós chegamos atrás da Torre de Astronomia porque era lá o lugar onde estava a Marca... — Harry começou a contar, enquanto Amber consolava Astoria.

— Shh! Escutem! — sussurrou Ginny, depois do relato de Harry, fazendo Madame Pomfrey se calar.

Fawkes, na calada da noite, estava cantando. Uma canção bela e ao mesmo tempo triste. De luto pela morte de seu dono, isso parecia acalmar um pouco da dor deles.

A professora McGonagall entrou na Ala Hospitalar com a túnica rasgada e o rosto ferido.

— Molly e Arthur estão a caminho — disse, despertando-os do transe.

Marlene levantou-se e se sentou ao lado da cama de Amber, abraçando a Sarah e Amber com cada um dos seus braços.

— Eu não acredito que ele fez isso — sussurrou Amber, sentindo seus olhos aguarem — Dumbledore confiou nele, foi o único a...

Ela se calou, lembrando-se que talvez tenha sido melhor já que ele já iria morrer por causa da maldição. Dumbledore sempre demonstrou confiança em Snape... Ele já iria morrer por causa da maldição.

“Será possível que...?” se perguntou Amber.

— Snape os entregou? — perguntou Marlene com o punho do braço direito cerrado — E Dumbledore o perdoou? Como...? Como ele...? Eu perdi...

Ela ficou sem palavras, mas não era a única. Todos pareciam chocados com a notícia e todos começaram a contar o que havia acontecido. Como McGonagall tinha pedido para que Flitwick chamasse Snape, Hermione disse que Snape tinha estuporado Flitwick, mas elas não sabiam e foram ajudá-lo, Harry contou sobre os Armários Sumidouros (isso fez Astoria soluçar) e os outros seguiram o relato sobre a batalha.

Todos se sobressaltaram ao serem retirados de seus pensamentos quando o Sr e a Srª Weasley entraram na Ala Hospitalar com Fleur atrás.

— Molly... Arthur... — a professora McGonagall prontificou-se a recebê-los — Eu sinto muito...

Marlene olhou preocupada para Tonks, ela iria explodir uma hora ou outra com essa pressão toda sobre Bill ser um lobisomem ou não. A Srª Weasley aproximou-se chocada de Bill, enquanto o Sr Weasley pedia a história para a professora McGonagall, transtornado.

A Srª Weasley pegou a pomada de Madame Pomfrey e começou a passar no rosto de Bill, enquanto a professora McGonagall confirmava a morte de Dumbledore, fazendo-a chorar.

— Dumbledore se foi — chorava Srª Weasley — Claro que não importa como está sua aparência... Isso não é r-realmente importante... Mas ele era um g-garotinho muito bonito... Sempre era muito bonito... E ele ia se casar!

— O que você quer dizer com isto? O que você quis dizer com “ele ia se casar”? — perguntou Fleur, imediatamente.

— Vai dar zebra... — murmurou Sarah, olhando para o outro lado.

Fleur e a Srª Weasley tiveram uma breve discussão, Srª Weasley assustada e envergonhada, enquanto Fleur estava indignada e frustrada. Pegou a pomada das mãos dela e começou a passar ela mesma no rosto de Bill, então elas estavam chorando abraçadas, sob o olhar incrédulo de Hermione e Ginny.

— Tonks... — alertou Marlene ao perceber o olhar dela, mas ela disse do mesmo jeito:

— Veja! Ela ainda quer se casar com ele, mesmo ele estando com essas mordidas! Ela não se importa! — explodiu Tonks, fazendo Remus se tensar.

— Vai dar zebra... — Marlene repetiu a fala de Sarah.

— É diferente — disse Remus, quase não movendo os lábios — Bill não vai ser um lobisomem por completo. Os dois casos são completamente...

— Mas eu não me importo com nenhum dos dois, não me importo! Eu te disse um milhão de vezes... — disse Tonks, chacoalhando a capa dele.

— E eu te disse milhões de vezes que eu sou muito velho para você, muito pobre... Muito perigoso...

Amber, Sarah e Marlene trocaram olhares cansados. O Sr e Srª Weasley também deram suas opiniões sobre o assunto, mas Marlene já tinha dito tudo o que tinha para falar e, pelo olhar de Remus, ele estava em um confronto interno onde a sua parte idiota lutava com a outra parte.

— Dumbledore ficaria feliz se soubesse que há algum amor no mundo — disse a professora McGonagall, de um jeito cortante.

Hagrid entrou e Marlene aproveitou para dar a última cartada, algo que esperava que o convencesse junto com suas palavras de mais cedo e a frase de McGonagall. Levantou-se e se aproximou de Remus, abaixou-se na altura dele e murmurou:

— Grande Gryffindor você se tornou, Remus. Um perfeito covarde que foge ao primeiro problema que aparece.

Antes que ele pudesse reagir, ela se afastou, dando um beijo na testa de Amber e Sarah antes de sair atrás de Hagrid. Tonks apressou-se para acompanhá-la, deixando Remus observando a direção em que ela foi, mesmo depois da porta ter se fechado.

— Vamos, você precisa descansar — disse Madame Pomfrey, dando uma Poção Drenhose para Amber que a bebeu sem nem pensar com Sarah ao seu lado, acariciando seu cabelo até que ela adormeceu.

Fleur e os senhores Weasley seguiram ao lado de Bill, cuidando-o. Astoria levantou-se em um momento, já tinha parado de chorar, mas seguia sofrendo por igual.

— É melhor eu ir... — ela sussurrou — A Ala Hospitalar está meio congestionada.

— Você o ama? — sussurrou Sarah, com pena.

— Não conte a ninguém nem me julgue, por favor. Nós não escolhemos por quem nos apaixonamos...

Remus se levantou e saiu antes mesmo que Sarah pudesse responder. Sarah deu de ombros para Astoria, antes de a mesma sair mais silenciosamente do que ele, fechando a porta aberta.

— Querida, deveria descansar — aconselhou Madame Pomfrey.

— Tudo bem — concordou Sarah, sem vontade de discutir.

25 de Junho de 1997.

Amber entrou no Salão Comunal com a panturrilha ainda dolorida e encontrou pela primeira vez, o Golden Trio reunido em silêncio.

— O Half-Blood Prince era Snape — disse Rony.

— Como podem ter tanta certeza disso? — perguntou Amber.

Hermione levantou um jornal da escola dizendo que Eileen Prince tinha se casado com Tobias Snape.

“E pensando que não tínhamos que invadir o arquivo do Filch” pensou Amber.

— No final você foi ajudado pela pessoa que menos te ajudou — disse Amber — Irônico isso.

Mas Harry não estava com humor para brincadeiras.

27 de Junho de 1997.

— Não acho que mamãe apareça no enterro — murmurou Sarah, sem tocar no café da manhã.

Amber lembrou-se de quando Sarah decidiu que seu pai merecia um enterro digno, semanas antes de Marlene ser convocada pela Order. Como ele atravessou o véu, não havia um corpo para ser enterrado, mas Sarah pegou cinzas quaisquer como representação e elas enterraram a caixa com as cinzas no jardim de casa.

Também duvidava que Marlene comparecesse no enterro. Mesmo um ano, agora recém cumprido da morte de Sirius, ela ainda associava tudo a ele e um enterro a faria se lembrar que não puderam fazer um enterro apropriado.

Não demorou para que os chefes das casas levassem os alunos que ainda não haviam partido para casa para o lado de fora, assistir o enterro de Dumbledore. Era o desejo dele ser enterrado em Hogwarts.

— Também gostaria de ser enterrada em um lugar alegre como Hogwarts — disse Sarah.

Tonks tentou colocar o cabelo em uma cor mais respeitável como o preto, mas a professora McGonagall lhe pediu para que não fizesse isso, disse que Dumbledore gostaria de vê-la com seu cabelo rosa, feliz enquanto andava de mãos dadas com Remus.

Todos estavam no enterro. Donos de lojas no Diagon Alley, funcionários de Hogsmeade, de Hogwarts (inclusive a moça do carrinho de doces), pessoas importantes como o Ministro, os fantasmas (até Sir Cloggs apareceu), jornalistas (como a odiosa Rita Skeeter) e até Firenze.

Todos se assustaram quando ouviram um canto sobrenatural, eram os sereianos que prestavam homenagem a Dumbledore.

Hagrid levou o corpo de Dumbledore coberto por um veludo roxo cheio de estrelas douradas e colocou cuidadosamente em cima da mesa de mármore.

Inclusive os centauros aproximaram-se da orla da floresta para ouvir, não se juntaram aos demais como Firenze e quase ninguém pareceu ter notado, mas estavam lá.

Fawkes fez o corpo de Dumbledore pegar fogo, assustando os demais, mas logo o fogo sumiu. Quando o corpo sumiu dentro do túmulo, os centauros jogaram flechas, mas foram longe de alcance do público, e partiram para dentro da Floresta Proibida. Os sereianos voltaram para dentro da água também, mas não enterraram o túmulo.

Talvez não enterrassem mesmo ou queriam esperar para que todos se despedissem antes de enterrar, mas a maioria não quis ficar para ver isso.

Sarah levantou-se para cumprimentar a Srª Weasley e Fred a abraçou fortemente, enquanto os dois deixavam rolar algumas lágrimas pelo rosto. Amber ficou observando o túmulo de Dumbledore enquanto observava Scrimgeour sair frustrado com seus capangas do Ministério. Nem em um enterro ele desistiria de tentar tirar informações de Harry?

Amber paralisou no banco ao ver os senhores McLaggen com Cormac, mas por sorte eles não a perceberam, passaram pelas cadeiras, indo conversar com a professora McGonagall sobre o tempo que ele tinha perdido no colégio.

Ginny sentou-se ao lado dela, com uma expressão meio conformada meio dolorida.

— O que aconteceu? — perguntou Amber.

— Harry terminou comigo por causa de Voldemort — respondeu Ginny.

— Idiotice é uma das virtudes masculinas — resmungou Amber — Eu vou falar com ele.

— Nada vai mudar — disse Ginny, forçando um sorriso de lado — Você conhece o seu irmão.

Tonks aproximou-se delas e abaixou-se levemente para falar com Amber.

— Marlene me pediu para que eu as levasse até Hogsmeade. Ela vai lhes buscar lá — murmurou.

— O que aconteceu com o Hogwarts Express? — perguntou Ginny, confusa.

— Todos os pais estão buscando os alunos. McGonagall enviou uma carta informando sobre a morte de Dumbledore — disse Tonks — Estão pensando em fechar a escola.

— Dumbledore gostaria de continuassem ensinando apesar de sua morte — disse Amber.

— Com Voldemort podendo tomar controle da escola? — retrucou Tonks.

— Duvido que os pais queiram trazer os filhos mesmo que abrissem a escola — disse Ginny.

— E Harry? Hermione? Os nascidos muggles? — perguntou Amber.

— O Hogwarts Express ainda vai partir — disse Tonks — Sugiro que se despeça de seu irmão.

Ela afastou-se delas, voltando para perto de Remus que conversava com Kingsley e Sr Weasley.

— Vai. Eu vou falar com a Fleur, suponho que vou ter começar a me dar bem com ela — disse Ginny, com uma careta, levantando-se da cadeira.

Amber olhou para trás vendo Rony, Hermione e Harry conversando com expressões sérias e ela tinha uma pequena ideia de onde ia essa conversa.

— Posso falar a sós com você, Harry? — ela perguntou, ao se aproximar.

Harry concordou com a cabeça, levantando-se e eles seguiram andando pelo campo.

— Já pensou que ela talvez prefira estar em perigo do seu lado do que sozinha? Você poderia protegê-la melhor — disse Amber, escolhendo cuidadosamente suas palavras.

Harry olhou por um momento para ela até perceber de quem ela falava.

— É perigoso demais — disse Harry.

— Seria mais fácil Voldemort usá-la se ela estiver longe de você — disse Amber, pacificamente — Você parece Remus agindo desse jeito.

— É diferente. Ele está dando desculpas só por ser um lobisomem. Não está sendo perseguido por Voldemort — retrucou Harry.

— A mesma desculpa que ele disse para Bill — disse Amber.

— Ela precisa ficar com a família, não indo de um lado para... — Harry se interrompeu.

— De um lado para o outro? Você não vir para Hogwarts nem ficar em The Burrow, Harry?

Harry olhou ao redor buscando fugir, mas Rony e Hermione estavam distantes conversando tranquilamente.

— Dumbledore me deixou uma missão — disse Harry — Eu preciso cumpri-la para acabar com todo esse sofrimento. Sem mais pessoas mortas!

— E você não vai me deixar ir — completou Amber.

— É perigoso demais. Eu não queria nem que Rony e Hermione viessem comigo.

— Eles são seus melhores amigos, Harry. Onde você estaria sem eles? Não pode afastar a todos quem ama e que te amam. “O amor é nossa maior força”. Lembre-se disso!

— Eu só não quero pôr-los em perigo.

— Você não tem escolha. E, vamos combinar, você não chegaria nem a esquina sem Hermione com sua inteligência e Rony com seu companheirismo.

Harry ficou em silêncio, concordando silenciosamente. Olhou para trás novamente vendo Rony e Hermione também lhes observando. Eles sorriram levemente.

— O Hogwarts Express vai partir ao meio-dia — avisou Amber — Eu preciso ir.

— Como assim? — perguntou Harry, confuso.

— Marlene está aqui. Nos vemos... Bem, nos vemos — ela o abraçou com força, sentindo as lágrimas voltarem a encher seus olhos.

— Estarei no casamento de Bill e Fleur — tranquilizou-a Harry.

— E depois você vai — completou Amber.

Harry não respondeu, continuou abraçando-a, até que eles se separaram e Amber acenou para Rony e Hermione, antes de voltar para perto de Tonks.

— Vocês se encontraram no casamento de Bill e Fleur — disse Tonks, sorrindo levemente para Sarah e Fred.

— Está difícil, meu amor — disse Fred, fazendo Sarah rir — Toda vez que nos vemos alguém interrompe ou algo acontece.

— Se não fosse por mim, vocês nem teriam se encontrado em Março — retrucou Rony, aproximando-se — Posso ficar mais um tempo, mãe?

— Não vamos demorar muito — avisou a Srª Weasley — Eu lhe chamo quando estivermos indo.

Rony concordou com a cabeça e voltou para perto de Harry e Hermione.

— Na verdade, a culpa é de Hogwarts que cancelou o passeio — murmurou Fred, não sendo ouvido por sua mãe.

— Eu tenho que ir. A minha mãe está me esperando — disse Sarah.

— Isso vai demorar — Amber avisou para Tonks.

Quando a Srª Weasley interviu divertida, Sarah foi com Amber e Tonks a caminho de Hogsmeade.

— Entregues — disse Tonks, sem se aproximar de Marlene, virando-se para voltar ao castelo.

— Acho que se sente culpada por estar feliz com Remus, enquanto mamãe está sozinha — murmurou Sarah.

— Mas Marlene torcia por eles! — disse Amber, confusa.

Sarah deu de ombros, como se dizendo “vai entender”.

Elas aproximaram da castanha que deu um sorriso triste assim que as viu.

— Vamos? — perguntou.

— Sim — respondeu Sarah, agarrando sua mão no braço da mãe.

Amber fez o mesmo e as três aparataram para a sua casa. Assim que aparataram, Sarah franziu o cenho ao olhar em volta e Amber imitou sua ação.

— Village D’Enchan Loire? — perguntou Sarah, jamais pensou que voltaria a pisar em terreno francês.

— Vai ser mais seguro para nós agora — sussurrou Marlene, olhando em volta.

Elas foram até uma casa algumas casas distante da antiga e guardaram as coisas nas gavetas e armários.

— Como você acha que será agora? — sussurrou Sarah, sentando na cama — Sem Dumbledore.

— Eu não tenho ideia... — respondeu Amber, olhando a paisagem pela janela.

— Eu acho que Fleur está certa — disse Sarah, após momentos de silêncio — Um casamento no meio desse cenário vai alegrar um pouco as coisas.

Amber deu um sorriso sem mostrar os dentes.

— Quem diria que Fleur Delacour encontraria um garoto a sua altura algum dia — disse quase nostálgica.

— E quem diria que algum garoto conseguiria chegar ao coração de Ambrose Potter — disse Sarah.

— E quem diria que Sarah Black teria um relacionamento sério com alguém — finalizou Amber.

As duas se sorriram brevemente, antes de voltarem a olhar para a paisagem pela janela, cada uma perdida em seus pensamentos.

Mas uma coisa que as duas queriam por igual era que tudo isso acabasse.


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Notas finais do capítulo

Espero vê-los na 4ª temporada, hein ;)
Link: http://fanfiction.com.br/historia/587909/Lacos_de_Guerra_-_4_Temporada/



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