Os Vingadores do tempo perdido - Interativa escrita por Broke


Capítulo 2
A Torre Stark


Notas iniciais do capítulo

Essa história se passa muitos anos depois das histórias do Universo Marvel, portanto não mandem fichas falando que é filho do homem de ferro ou coisa parecida.
Para situar vocês, este capítulo se passa seis meses após o prólogo.
Boa leitura.



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Kaya sincronizava cada floco de neve que caía nos ombros de seu casaco. Em Nova York o inverno estava cruel como de costume, o frio estava a ponto de congelar lágrimas rapidamente, mas isso não era problema para Kaya, afinal, vê-la chorar não era nem um pouco comum.

Ela andava de um lado para o outro na frente da entrada do grande Edifício Baxter, a antiga base de operações e lar dos renomados membros do Quarteto Fantástico, hoje, nada mais nada menos que um grande museu da história dos super-heróis e vigilantes.

A porta se abriu e um menino alto e magro saiu de lá, ele tinha o cabelo castanho com uma pequena franja jogada para a esquerda e usava um casaco preto pesado acompanhado de um cachecol cinza.

— Acabou meu turno. — o menino disse com um grande sorriso no rosto — Quer ir onde?

Kaya estava com um casaco vermelho de botões pretos com uma calça jeans e um chapéu também preto. Drake, o menino com o casaco preto, e ela haviam combinado de sair hoje, mas Drake havia ficado preso no trabalho como guia de museu e isso havia deixado Kaya mais mal humorada que o usual.

— Vamos até a sorveteria, você vai me pagar um milkshake. — ela disse mexendo nas pontas de seus longos cabelos castanhos molhados por conta da neve.

O menino que até agora estava com as mãos no bolso deu uma pequena ajeitada no cabelo e ainda com o mesmo sorriso no rosto começou a caminhar ao lado da garota a caminho da primeira sorveteria.

Kaya e Drake eram amigos já há algum tempo. Ele talvez fosse o único amigo de Kaya, aquela que todos que conheciam consideravam rebelde, distante e mal humorada. Já ele, era um tanto esquentadinho, fazia amizades bem fácil, mas não era muito bom em mantê-las.

O frio era intenso e o rio à direita do casal de amigos estava congelado. Estalactites se formavam nos cabos de ferro que separavam a calçada do rio e a calçada da rua.

— Só não entendi ainda como você conseguiu emprego como guia de museu — Kaya comentou balançando seu corpo para frente e para trás algumas vezes.

— O que posso dizer... — ele abriu as mãos e subiu os ombros enquanto suavemente jofava sua cabeça pro lado esquerdo — Sei tudo de super-heróis.

A menina deixou escapar um riso que acabou por contaminar Drake também.

Ambos seguiram o percurso conversando sobre coisas banais, pelo menos até que ao longe os dois avistaram uma quantidade atípica de fumaça saindo por uma janela de um prédio que os dois, assim como qualquer outro habitante de Nova York, conheciam muito bem: A Torre Stark.

Eles não trocaram uma palavra sequer. Os dois começaram a correr em direção ao perigo, mesmo que um não entendesse a atitude do outro.

Cerca de cinco minutos depois, os dois se encontravam em frente a Torre. Kaya hiperventilava com as mãos apoiadas em seus joelhos, enquanto Drake, apesar de também estar cansado, mantinha uma pose de herói.

Em frente a Torre alguns policiais falavam ao megafone escondidos atrás de suas viaturas.

— SEJA QUEM ESTIVER AÍ, RENDA-SE E SAIA COM AS MÃOS PARA CIMA.

A fumaça continuava a sair e gritos de possíveis reféns ecoavam por toda avenida.

Drake pulou por sobre um carro, adentrou o prédio disparado como uma bala e começou a subir as escadas para onde ele calculou rapidamente como sendo o vigésimo segundo andar. Ao recobrar o ar, Kaya tentou seguir o amigo, mas foi impedida por um policial próximo. Ela fez uma carranca, sabia que poderia ser útil, mas não conseguiria se livrar daquele policial de maneira discreta.

Já no vigésimo segundo andar, Drake imaginou uma entrada, afinal, não se preocupava com bandidos e suas armas. Porém, ao adentrar a sala de onde a fumaça saía, teve uma bela surpresa. Não havia um simples ladrão com uma metralhadora, mas sim um monstro negro, bípede, do tamanho médio de um adulto, com dentes afiados e uma língua lona,

— Porra — Drake pensou alto.

O monstro soltou um grito estridente que fez com que Drake fosse obrigado a tampar os ouvidos e pulasse para trás de uma mesa próxima. Ele começou a se desesperar. Estava pronto pra lidar com qualquer tipo de pessoa, mas aquilo sem sombra de dúvidas não era uma pessoa.

— Acho que a gente consegue se fizer isso junto. — um homem um pouco mais velho que Drake disse.

O homem tinha mais ou menos o mesmo tamanho de Drake, tinha os cabelos negros arrepiados e além das calças jeans usava uma camisa de manga comprida com as mangas arregaçadas.

Impressionantemente Drake não havia percebido a presença dele, tampouco das outras pessoas atrás de todas as mesas próximas.

— O que você sugere? — Drake perguntou.

— Segue minha deixa — ele começou a se movimentar, mas lembrou-se de uma coisa — Pode me chamar de Max.

Ao dizer isso, Max correu para o lado direito do monstro. Drake ainda não tinha entendido o que fazer, mas julgou que correr para o lado esquerdo seria uma boa ideia.

O monstro ficou com a atenção dividida, mas, por fim, decidiu jogar uma poltrona em Max. A poltrona atravessou alguns metros, mas parou ao chocar-se com uma espécie de barreira de ferro que com toda certeza não estava lá um segundo atrás.

O monstro parecer confuso, então virou-se para Drake e arremessou um gabinete de computador na direção do jovem. Semelhantemente ao momento anterior, o gabinete parou, porém dessa vez ele parou sem atingir nada e voltou em direção ao monstro. O monstro ficou desnorteado por um momento e teve pouco tempo para virar para trás e perceber que a barreira de ferro avançava ferozmente em sua direção, fazendo com que assim, o monstro fosse arremessado para a sala adjacente.

Drake e Max trocaram olhares, era óbvio que ainda não tinha acabado, mas aquela brecha abria uma oportunidade para os civis escaparem. Os ditos cujos pareceram entender o recado e correram para as escadas.

Coincidentemente, assim que o último civil deixou o andar, o monstro saltou em direção aos dois heróis, mas para sua surpresa, atingiu outra grande barreira de ferro e esta novamente avançou, fazendo com que o monstro fosse espremido contra a parede, matando ele de vez.

No chão, do outro lado da barreira, uma poça de sangue vermelho escarlate se formava e em cima dela, uma espécie de meleca preta parecia estar viva e tentava correr.

Drake buscou em sua mente por todos os conhecimentos que possuía sobre o mundo dos super-heróis e concluiu.

— Simbiose...

A barreira foi desfeita e um corpo humano caiu no chão, sem vida.

— Não queria matar esse homem, mas não sabia como retirar isso do corpo dele de outra maneira — Max disse com tristeza na voz.

Drake fitou suas mãos por alguns segundos. Não havia sangue nelas, mas ele sentia como se houvesse. Max não parecia se importar, afinal, não era a primeira pessoa que ele matara.

— Não sei o que a gente faz com isso — Max apontou pra gosma negra que tentava fugir lentamente — Qual é o seu nome? Acho que deveríamos manter contato.

— Meu nome é Drake — ele respondeu sem deixar de olhar suas mãos.

Max pegou a gosma com as mãos e a depositou em um saco destacável que pegara na cozinha daquele andar, bem perto da onde estavam.

— Eu te acho então — foi a ultimá coisa que Max disse antes de pegar o elevador e deixar aquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro pode apontar que eu ajeito ^^
Criticas são bem vindas também, não sou um escritor profissional e quero melhorar.
Espero que tenham gostado!



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