Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana
Notas iniciais do capítulo
Oii!! Tudo bem com vocês? Antes de mais nada eu queria agradecer muito à Bec (Rebeca) e à Jana. Eu chorei muito com as duas recomendações, muito obrigada. Eu amei, do fundo do meu coração. Obrigada!
Então agora vamos a mais um capítulo. Vamos aumentar um pouquinho o suspense? Então lá vai...
A Astrid disse-me que iria para casa tomar um banho e que depois iria direto para a minha casa. Eu concordei afinal eu também queria tomar um banho.
Quando chegamos em casa, minha mãe foi para o seu quarto (que era o antigo quarto do meu pai. Até hoje eu não sei como ela conseguia dormir com todas aquelas lembranças dele) e eu fui tomar o meu tão sonhado banho. Foi relaxante (até certo momento), pelo dia cheio que eu tive. Porém, o Banguela ficou batendo na porta do banheiro. Ele era um dragão esfomeado que queria peixe.
–BANGUELA! – eu gritei para ele parar. Acontece que ele não parou. –Está bem, eu mereço. EU JÁ VOU BANGUELA!
Eu vesti uma blusa verde, uma calça relativamente normal e uma bota (uma mesmo) e abri a porta. O Banguela estava do lado de fora me esperando.
–Nem banhou eu posso tomar mais, mandão? – ele riu da minha cara. O censo de humor dele não terminava nunca, principalmente se fosse para rir de mim. – Vem logo então réptil mandão.
Eu fui para a cozinha e puxei para sala uma cesta cheia de peixes para o Banguela. Ele começou a pular imediatamente. Eu ri da agitação dele pelos peixes e resolvi fazer uma brincadeira com ele. Então me sentei em cima da cesta fechada.
–Não vai comer Banguela! Quem mandou me tirar do meu banho? – eu falei para ele.
Ele dilatou os olhos de uma forma tão fofa e começou a ronronar para mim. Concordo: quando ele fazia isso ninguém resistia, é impressionante. Por que será?
–Vai bancar o bebezão agora, é?- eu falei.
Então a minha brincadeira deu errado, porque ele, como sempre, começou a me lamber. Ele me derrubou no chão, fazendo com que eu obviamente saísse de cima da cesta.
–Para! Para! – ele parou e riu para mim, como se dissesse VENCI! E foi comer. Eu me levantei finalmente me queixando para o Banguela do seu temperamento. Ele apenas ria. Eu merecia um dragão desses né? Apesar de tudo, ele sabe que eu gosto muito dele. Isso é brincadeira de irmãos. Nós éramos como irmãos um para o outro. Poucas amizades entre humanos e dragões chegam a tal ponto.
Alguém bateu na porta e eu fui abri-la, embora soubesse quem era. Era a Astrid.
–Oi milady.
–Oi Soluço.
–Entra, por favor – ela entrou. – Eu estava numa pequena guerra com o Banguela – ele parou de comer e virou-se para nós com a menção do seu nome. – Ele me tirou do meu banho relaxante para eu dar peixe para ele. Vê se pode?
Como ele era um dragão sem vergonha, ele olhou para a Astrid com uma carinha de completa inocência.
–Tadinho Soluço – Astrid falou com pena do Banguela e ela foi fazer carinho nele. Não falei que ele era um dragão sem vergonha?
–Ah, para ela você é o dragão bonzinho? Muito bonito – ele riu. E o censo de humor do Banguela estava em 1000%... – Vamos ter que cozinhar – falei para Astrid.
–Ótimo, vamos lá!
Como sempre fizemos uma bagunça na minha cozinha. Mas pelo menos a comida ficou boa. Então colocamos tudo na mesa.
–Vou chamar a mamãe – eu falei.
Quando fui subir as escadas ela estava descendo.
–Não precisa, estava tomando banho, mas já terminei.
–Ok, vamos comer então.
Nós conversamos sobre outros problemas menores em Berk e sobre o Grande Encontro. Foi um jantar muito prazeroso.
O Banguela então veio até mim e deitou sua cabeça em meu colo, me olhando de uma forma que significava que queria algo. E eu sabia o que era.
–Mãe se importa se eu for voar com o Banguela? A Astrid virá junto porque ela quer revanche da última corrida que eu ganhei dela com sobra.
–Vai rindo Strondus – Astrid disse para mim e eu ri dela.
–Claro que não Soluço, óbvio que podem ir. Aliás, você não precisa da minha permissão para mais nada, já está bem grandinho – eu ri.
–Vamos então.
O Banguela se animou todo quando eu me levantei. Fomos para frente da minha casa e a Astrid chamou a Tempestade.
–Não vai por a armadura?- ela me perguntou.
–Ah não. Acho que eu não vou fazer loucuras com o Banguela hoje, para variar. E então Hofferson, revanche?
–Não verá nem minha cauda Strondus – sim, quando estamos competindo nos chamamos pelos nossos sobrenomes. Fazer o que? A gente não tinha o que fazer. Não achou a Astrid extremamente competitiva?
–Muito bem então. Vamos Banguela!
Decolamos e começamos a “corrida”. No começo eu a deixei-a ficar na liderança.
–Vamos lá amigão!
Troquei a posição do leme da cauda do Banguela e ele aumentou absurdamente a velocidade. Passamos pela Astrid como um raio, cria diabólica do raio e... está bem parei. Ela ficou muito braba comigo.
–SOLUÇO! – ela gritou. Eu apenas ri.
***
Eu pousei numa ilha que eu o Banguela havíamos apelidado de Ilha Sorridente. Nem me pergunte o porquê desse nome horrível. A Astrid chegou um pouco depois. Está bem, bem depois.
–Muito engraçado, senhor Soluço e senhor Banguela – ela falou descendo da Tempestade.
Eu ri obviamente. A Astrid com raiva é engraçado, embora seja perigoso. E para demonstrar esse nível de perigo ela atirou o seu machado em minha direção. Por sorte eu abaixei na hora certa. Eu falei que era perigoso. Foi a vez de ela rir.
–Muito Obrigado!
–Não há de que.
Eu sentei-me na grama. A ilha tinha uma grande floresta e estávamos no meio dela. Habitavam nessa ilha os dragões da classe afiada, como os naders e alguns da classe pedregulho como gronckles e alguns poucos gritos da morte que nunca incomodaram ninguém. Se ninguém os incomodassem.
Mas era a proximidade da Ilha do Santuário, a ilha da morte do meu pai que estava me deixando sério. Eu estava pensando na guerra e em tudo que a antecedeu. A Astrid se sentou ao meu lado, após recuperar o seu machado na árvore que me salvou.
–Como é o nome dessa ilha? – ela perguntou, mesmo sabendo qual era o nome.
–Ilha Sorridente – eu respondi.
– E por que você está tão sério?
–É que... eu... eu estou pensando nessa guerra. Em tudo o que houve. Em toda minha vida. E o quanto eu não queria isso. Refiro-me à guerra, claro. E também pensando que não temos outro jeito a não ser lutar. E você sabe o quanto eu odeio isso.
–Não devia se preocupar com tudo isso. É muita coisa pra você, eu sei. Mas nós estamos tão confiantes. Você também tem que ficar confiante. Confiante em você mesmo. Vai dar tudo certo Soluço – ela disse fazendo as minhas tranças, como sempre. Não sei por que ela se dava o trabalho, se logo se desmanchavam.
–É o que eu espero. Espero que dê tudo certo. Não quero que nada dê errado. Eu não me perdoaria.
O Banguela começou a rugir de repente para algo atrás de nós, algo nas árvores.
–O que foi amigão? – eu falei me levantando num pulo. Ele ficou na minha frente. - Para trás de mim Astrid, agora.
–Mas Soluço...
–Para trás!- eu falei concentrado em enxergar além das árvores.
Tempestade ficou de costas para Astrid. Estávamos nós quatro em posição de ataque, Astrid com seu machado e eu com a minha espada “flamejante” (de um lado solta gás de zíper arrepiante e do outro soltava saliva de pesadelo monstruoso. Essa substância pode formar uma explosão ou apenas acender a espada embutida no equipamento. Embora eu preferisse a minha outra espada, naquele momento essa poderia servir).
–QUEM ESTÁ AÍ? – ninguém respondeu. Nenhum som, nenhuma voz. – APAREÇA AGORA! – eu bradei fortemente.
–Olá Soluço. Não se lembra de mim?
Aquela voz. Aquela voz tão parecida. Aquela voz não podia ser dele. Ou podia?
–Pai? – eu sussurrei em forma de pergunta. E apaguei a minha espada na hora.
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Humm... gostaram? Um pouquinho de suspense sempre caí bem em minha humilde opinião. Meus agradecimentos novamente à Jana e Bec. Muito obrigada.
Então, até o próximo capítulo pessoal... Beijos, Temp