Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana


Capítulo 15
Noivado


Notas iniciais do capítulo

E de novo não respondi aos comentários. Acontece que a minha internet não está em sua melhor semana.... Bom eu agradeço a todos os comentários, desculpa não respondê-los. Mas postarei o capítulo, custe o que custar (está ouvindo internet???).
Bom, vamos deixar um Soluço nervoso??? Até as notas finais.



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Após nossas conversas eu fui fazer o jantar de noivado. Modéstia parte ficou muito bom. Já que tive que virar o cozinheiro da casa, pelo menos tinha que cozinhar bem, não é mesmo? Fiz minha especialidade (pelo menos é o que minha mãe e a Astrid diziam): Bacalhau.

Quando terminei de fazê-lo, comecei a andar de um lado para o outro da casa de tanto nervosismo. O Banguela chegou a ficar tonto ao me seguir com o olhar. Resolvi ir tomar meu banho e me arrumar de uma vez, com o objetivo de me acalmar. Porém fiquei mais nervoso do que antes quando coloquei a minha roupa e voltei a andar de um lado para o outro da sala. Minha mãe começou então a me acompanhava com o olhar no lugar do Banguela.

Mas por que, você deve estar se perguntando, por que o Soluço está nervoso? O porquê de eu estar tão nervoso era que eu iria ganhar a mão da Astrid. Agora pense comigo: não fazia sentido eu ficar nervoso com algo que já estava certo que aconteceria, já que Axel e Léia (e até Berk inteira eu poderia acrescentar) já haviam concordado com tudo. Mas eu agia como se nada tivesse resolvido ainda. Vai entender... Eu só tinha 21 anos (não sei se isso justifica).

–Soluço, fique calmo, por favor. Pare de andar de um lado para o outro da sala – minha mãe falou calmamente. – Você vai acabar me deixando nervosa.

–Ah, mãe. É meio impossível eu ficar calmo agora. Eu não consigo, desculpe.

–Você percebe que já é noivo dela?

–Eu sei. Sei disso. Mas é que vamos oficializar as coisas e isso me deixa nervoso.

–Os Hoffersons são muito simpáticos e calmos- digamos que a Astrid é calma só às vezes, mas isso não vinha ao caso. - Não há motivo para você ficar nervoso.

–Eu sei, mas isso não ajuda em nada agora.

–Ok, vamos descontrair as coisas. Conte-me do pedido do Melequento para a Cabeça Quente. Tenho certeza que foi engraçado, ou pelo menos a história que levou a isso é – eu olhei para ela sem entender nada, mas resolvi sentar ao lado dela e contar-lhe tudo.

–Bom... O Melequento e o Perna de Peixe começaram a disputar pela Cabeça Quente há dois anos. Acontece que quando eu e Astrid começamos a namorar eles viram que a Cabeça Quente acabou virando a última solteira de Berk. O Melequento ainda passou quatro anos tentando fazer com que a Astrid mudasse de ideia e gostasse dele, mas não deu muito certo. Acho que nunca a Astrid namoraria ele se eu não a namorasse, mas deixa pra lá. Então esses dois anos que passaram foram compostos das paqueras mais loucas dos dois em relação à Cabeça Quente.

–Você namora há seis anos com a Astrid? – minha mãe interrompeu.

–Digamos que sim. É que só oficializamos isso um ano depois das descobertas da amizade dos dragões. Mas há seis anos estamos juntos, então nós contamos seis anos de namoro. Então voltando ao assunto... Em um dia de treinamento, acho que no começo da semana, o Melequento do nada perguntou se eu poderia fazer o seu casamento com a Cabeça Quente. Nós ficamos todos surpresos com a repentina decisão. Quando eu falei com o Perna de Peixe ele apenas me disse que eles eram feito um para o outro já que não pensam muito bem. E por esse motivo havia desistido da Cabeça Quente. Na verdade ele nem sabia o motivo pelo qual passou dois anos disputando por ela com o Melequento. Espero que pelo menos juntos esses dois tenham meio cérebro funcionando.

Nós rimos juntos e realmente a história serviu para descontrair-me. Embora sejam pessoas com pensamentos destrutivos, o Melequento e os Gêmeos sempre nos fazem rir de um jeito ou de outro.

–O Perna de Peixe então é inteligente? – minha mãe perguntou.

–Sim, ele é muito inteligente. É um dos mais interessados por toda a teoria que envolve os dragões e também pelas minhas aulas na Academia. Ele sempre me ajuda a completar algo a mais no Livro dos Dragões e qualquer dragão novo que aparece ele está disposto a descobrir seus segredos junto comigo. Ele é um grande amigo e também está sempre disposto a lutar, na maioria das vezes.

–Ele é órfão, não é mesmo?

–Sim, ele chegou em uma cestinha no porto da nossa ilha. Era um bebê bem bonito, segundo as pessoas.

–Sim, era um bebê encantador, que não imagino como sua mãe pode deixa-lo.

–Um casal na época resolveu adotá-lo.

–Agora estou me lembrando. Bom, agora mudando de assunto... você está muito bonito.

–Ah, obrigado mãe – Ok, a mãe dizer que nós estamos bonitos é meio que sem sentido. Elas sempre irão dizer que estamos bonitos. Eu apenas estava vestindo uma camisa de manga longa vermelha (já estava ficando frio à noite infelizmente, por isso a camisa de manga longa). A camisa tinha bordado atrás o símbolo da classe raio dos dragões (que por acaso era o símbolo do Fúria da Noite e por outro acaso era o meu símbolo por todo o mundo, já que o Banguela era o único Fúria da Noite de todo o mundo e ele era o meu dragão). O Fúria da Noite da minha camisa era preto, mas um dos lemes era branco, representando o leme postiço do Banguela. Sim era uma camisa bem bonita. No mais, vestia uma calça e uma bota normal e meu cabelo também esta do jeito de sempre, quanto a ele não tinha muito o que fazer (a não ser as tranças que a Astrid insistia em fazer às vezes). – Estou normal mãe, não é nada demais.

–Você está lindo. Amei a camisa, quem te deu?

–A senhora Hofferson. Ela borda muito bem além de lutar bravamente. Ela fez uma camisa dessas pretas para cada um da Academia, com um símbolo de seus dragões na cor que quisessem. Mas ela me deu duas. Ela me deu essa vermelha. Ela disse que era para usar em ocasiões especiais. Eu acho que essa é uma ocasião especial.

O Banguela chamou minha atenção para que eu o levasse para dormir.

–Está bem dorminhoco, te levarei lá em cima.

Eu acariciei-o e levei-o para o quarto. Eu tirei sua sela e guardei-a enquanto ele aquecia seu cantinho. Quando voltei, ele já estava adormecendo. Eu passei a mão em sua cabeça e desejei-lhe Boa Noite. Fechei a porta e desci para a sala.

Ouvimos então uma batida na porta.

–São eles – eu falei. E o nervosismo voltou todo. – Eu estou bem mãe? Não tem nada de errado? Eu não... ? – disparei as perguntas sobre a minha mãe.

–Calma Soluço, você está ótimo. Apenas respire e abra a porto.

–Está bem – eu respirei fundo e me dirigi para a porta. Quando a abri a porta perdi o fôlego.

Bom, a Astrid estava incrível. Ok, ela está sempre incrível, mas naquele dia ela estava mais que incrível (tudo bem, ela superou a perfeição no nosso casamento, mas isso não vem ao caso). Ela usava um vestido azul escuro abaixo do joelho com uma calça por baixo também azul, porém mais claro (não é característica das vikings usarem apenas vestido, já que a região escandinava é muito fria). Também estava como uma bota preta e seu cabelo estava arrumado em uma trança como ela usava quando começamos a namorar, mas enfeitada com pequeníssimas fores.

–Olá Soluço – ela disse. Eu torci para não gaguejar e respondi.

–Olá Astrid. Senhor e Senhora Hofferson, Boa Noite. Entrem por favor.

Eles me disseram Boa Noite e entraram primeiro. A Astrid ficou por último e enquanto minha mãe cumprimentava-os ela falou comigo.

–Você se saiu bem não gaguejou.

–Ah muito obrigado pelo elogio – eu falei ironicamente e ela riu – Você está incrível.

–Obrigada, você também não está nada mal.

–Eu tento. Vamos nos sentar.

Acomodamo-nos enquanto minha mãe colocava o jantar na mesa. Minha mãe sentou-se ao meu lado. Os Hoffersons sentaram a nossa frente, e a Astrid ficou bem a minha frente.

–Primeiramente – eu comecei – gostaria de agradecê-los por virem. Na verdade é uma honra recebe-los – falei olhando para Axel e Léia. Eles sorriram.

–A honra é toda nossa querido – Léia disse. Sempre simpática. Sempre. –Gostou mesmo da camisa?

–A senhora disse que era para ocasiões especiais – ela sorriu. – Também gostaria de agradecê-los por outra honra. A de poder casar-me com sua filha – eu olhei para ela. – Ela é uma pessoa maravilhosa.

–A honra é nossa Soluço – Axel disse. – Você também é uma grande pessoa. É um grande líder como Stoico foi. E sabemos que você fará tudo por Berk e por ela. Além disso, você sempre a respeitou. E mesmo que disséssemos não, vocês se amariam na mesma intensidade. Então realmente a honra é nossa.

–Obrigado. Mesmo.

Nós começamos a comer e o jantar fluiu de forma tão descontraída que chegou a ser muito divertido. Foi uma noite maravilhosa. Nunca havia me divertido tanto e aposto que a Astrid também não. Os olhos dela brilharam e o sorriso só ilumina seu rosto. E também a minha noite.

Depois de muito conversamos, eu perguntei.

–Será que posso roubar a Astrid um pouquinho?

–Claro que sim Soluço – Axel disse, seguindo das concordâncias da minha mãe e de Léia.

Eles ficaram conversando e nós dois saímos por Berk. Andávamos de mãos dadas e conversando sobre o jantar e rindo de nossas lembranças. A frase Eu te amo foi dita várias vezes. Nunca é demais expressar o amor. E para se despedir dela, quando fui deixa-la em casa, um beijo sempre resolve tudo. E esse beijo teve o sabor do céu iluminado pela lua daquela noite.


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Notas finais do capítulo

Hoffersons fofos não?? Gostaram??? Soluço surtando?? kk
Bom, obrigada novamente pelos comentários, tentarei respondê-los se a dona internet permitir...
Um beijo enorme, e até o próximo capítulo. Temp