Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 2
Capítulo 2: Coronel; Pizza; "Sim, eu gostei dela"


Notas iniciais do capítulo

Boa madruga, gatos e gatas!! Já venho com o segundo capítulo rapidinho, culpem minha ansiedade!
Bem, o que dizer desse capítulo? Não, não é o que eu mais gosto nem nada, mas aparece o Coronel *u* Vcs já vão entender!
Aí em baixo eu vou deixar uma foto do gato, lindo e maravilhoso Adam Levine. Por quê, Ju?, vcs me perguntam. Pra quem não sabe quem é o Adam, nunca ouviu falar nem nada, é o vocalista da Maroon 5, e pra qm sabe, mas ainda está na dúvida, a tatto do Peeta, na realidade existe e pertence ao Adam, ele me inspirou, já q tem o mesmo significado.
Antes de lerem, deixo os agradecimentos a:
— BooksLover;
— Rai Everdeen
Que favoritaram, obrigada, babys, fico feliz de terem gostado :D
Sem mais enrolação, enjoy!
Comentem e favoritem!!!
Beijos ;*



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– Hey. - alguém bate na janela da sala. Olho para trás. Katniss fazia caretas no vidro. Eu rio e desço da escada, largando o pincel sobre o jornal todo respingado de tinta.
Destravo a janela e a levanto.
– E aí, Peeta? - ela apoia os cotovelos no parapeito.
– Oi.
– O que tá fazendo?
– Terminando de pintar minha sala. - Olho para trás.
– Cor palha, hein? - levanta ambas as sobrancelhas. - Tudo bem, já que está ocupado, eu vou assistir um filme. Estou morrendo de tédio. Tchau. - Ela se vira e atravessa o gramado para voltar até sua casa.
– Tchau. - Digo, sabendo que ela ouviria. Fecho a janela de novo, voltando ao meu trabalho.
Eu estava tentando me ocupar ao máximo depois que voltara para Denver. Não seria saudável ficar parado.
Terminei a última parede e fui tomar um banho.
Decidi andar um pouco. Coloquei uma bermuda jeans e uma camiseta vermelha, junto com um tênis. Pensei em chamar Katniss, mas achei melhor não. Ainda não.
Dei uma volta pelo quarteirão e mais uma. Enquanto passava pela segunda vez na frente de uma padaria, ouvi alguns resmungos. Estranhei. Vinha debaixo de um carro estacionado na frente de uma casa. Não tinha ninguém na rua. Abaixei-me e vi um cachorro ali embaixo.
Era um filhote de Pastor Alemão. Ele resmungava, tentando sair dali. Fiquei com pena.
– Ei, amigão, calma. Eu vou te tirar daí. - Me sentei na rua. A patinha estava presa debaixo da roda. A empurrei para baixo, tirando dali. Trouxe o filhote para frente, perto de mim e o peguei no colo. - Como você foi para ali embaixo, hein? - ele parou de resmungar. Acariciei o pelo da sua cabeça, o segurando. - E o seu dono? - Não havia coleira alguma. Ou ele estava perdido, ou abandonado, ou não tinha dono. - Já que você está sozinho, vou te levar pra casa. Além de que temos que cuidar dessa patinha. - Avisei. Andei até em casa, carregando ele.
Acho que ter um cachorro me ocuparia e seria uma boa companhia.
Quando chegamos, peguei um kit de primeiros socorros e fiz um curativo na sua pata. Coloquei água em uma tigela e deixei ali perto para ele beber.
– O que será que você come? - pergunto, passando a mão sobre sua cabeça.
– Toc toc. - Alguém grita na porta. Agora eu sabia exatamente quem era. Levantei e fui abrir. - Não tô afim de jantar sozinha. Já comeu? Eu trouxe pizza. - Cantarola a última parte, balançando a caixa em suas mãos. - Oh. Meu. Deus. Quem é essa coisinha linda? - deixou a pizza em minhas mãos e entrou correndo para o filhote. Fechei a porta e coloquei a pizza na mesa de centro. - Own, você é muito fofinho. Desde quando tem um cachorro? Como ele chama?
– Desde uma hora atrás, portanto, ele ainda não tem nome. O encontrei preso debaixo de um carro.
– Awn, que dó. Vamos ver um nome... - ela começa a pensar. - Que tal... Totó? - ela ri sozinha. - Não, né? Hmm... Pretinho? Não, claro que não. - Só fico assistindo ela perguntar os nomes para o cachorro, e acabar desistindo sozinha. - Ah, já sei! Coronel! - o cachorrinho late. - Gostou? Viu, Peeta? Descobrimos. Coronel. E combinou, você soldado, ele coronel - Ela bate continência, brincando. - Estou com fome e não quero comer pizza fria. - Ela se senta na frente da mesa e abre a caixa. - Ah, escolhi meia quatro queijos, meia portuguesa. Não sabia do que você gostava. - Dá de ombros e pega um pedaço da de portuguesa. Ligo a TV e me junto a ela.
Me admirava o quanto ela era espontânea. Às vezes me lembrava uma criança. Mas também era divertida, parecia gostar de ver as pessoas sorrirem. E havia apenas um dia que eu a conhecia.
– O que você faz? - Pergunto.
– Sou fotógrafa de uma revista. - Dá de ombros - Mas também gosto de dançar. E de animais. Você tem refri aí? - Morde a pizza.
– Vou pegar. - Vou até a cozinha e pego a garrafa de Coca Cola, levando dois copos junto.
– Eu acho esses personagens de filmes muito engraçados. Todos sempre são bonitos e formam o casal perfeito. É inacreditável. - Ela ri balançando a cabeça.
– Eles meio que se esquecem de retratar a realidade nos filmes. - Qual é a realidade pra você?
– Que nada é realmente perfeito e nem sempre dá pra alcançar a felicidade plena. - Ela me olha por um tempo. Era a primeira vez que eu via sua expressão séria.
– Uau. - Ela finalmente diz algo.
– O quê? - pergunto tomando um gole do refrigerante.
– Isso nos seus olhos. Você parece bem, mas eles me dizem que você está triste e machucado. - Olho para baixo.
– A guerra é uma experiência difícil. - Dou de ombros.
– Eu imagino. Sei que não quer falar sobre isso. Acho melhor eu ir. Amanhã vou trabalhar mais cedo pra sair mais cedo. Nos vemos depois. - Ela vai embora.
Me senti triste de novo. Por mais que eu soubesse mascarar minhas emoções, meus olhos sempre demonstrariam que eu não estava bem. E Katniss conseguiu ver isso. Estava me sentindo vulnerável perto dela. E a conhecia em muito pouco tempo.
*******
– Bom dia, amigo. - Falo para Coronel quando desço as escadas. Ele veio meio que mancando até mim, lambendo meus pés descalços. - Vou ver alguma coisa pra gente comer.
Preparo ovos com bacon e coloco em um prato. Me sento no sofá e ligo a TV num jornal matinal. Coronel tentava pular no sofá, mas sua pata machucada o impedia. O peguei e o coloquei ao meu lado. Acabei dando duas tiras de bacon para ele.
Subi e me troquei.
– Eu volto já, ok? Preciso comprar algumas coisas pra você. - lhe acariciei.
Sai e fui ao supermercado. Comprei um saco de ração, recipientes para água e comida e uma coleira vermelha.
Quando voltei, ele estava do mesmo jeito, deitado no jornal. Mas no momento que me viu, latiu e levantou.
– Hey, amigo, olha o que eu trouxe pra você. - Tirei tudo do saco pardo e coloquei em cima da mesa.
Coloquei um pouco da ração em uma das tigelas e deixei-oele comer. Enquanto isso, fui lavar a louça, deixando a televisão ligada.
A janela da minha cozinha dava de frente para a cozinha de Katniss. Eu não ouvia, mas ela cantarolava alguma música enquanto dançava, balançando a cabeça e mexendo os quadris enquanto preparava seu café. Eu ri sozinho e voltei minha atenção para a louça.
Subi novamente e tomei um banho. Saí do Box com a toalha presa no quadril e parei em frente ao espelho.
Passei a espuma no rosto e a lâmina para fazer a barba. Quando terminei, coloquei só uma bermuda.
Sentei no chão da sala com Coronel, brincando com ele.
O telefone toca, mas não atendo, eu sabia que era Finnick - já que ele era o único que tinha o número - e que deixaria um recado.
"Ei, irmão. Tudo beleza? Bom, só quero dizer que vou passar aí depois do almoço, ok? Até mais tarde."
Suspiro e viro a cabeça para olhar o relógio pendurado na parede. Eram nove e meia. Fiquei brincando com Coronel e assistindo Tv, depois fiz meu almoço e esperei Finnick.
Ele tocou a campanhinha às uma e meia.
– Hey, brother. - Ele apertou minha mão, me abraçou brevemente e entrou. - Pintou a sala! Ficou legal. Tá faltando alguma coisa?
– Tô pensando em pintar o quarto também. E segundo sua namorada, tenho que mudar a cozinha. - ele sorri e se senta no sofá.
– Tem um cachorro desde quando? - Ele olha para Coronel.
– Desde ontem. - Pego o pastor alemão.
– E a vizinhança?
– Conheci só uma vizinha. Katniss.
– E...? - ele pergunta interessado. Eu também me sento no outro sofá. Dou de ombros.
– Ela é legal. - Na verdade, eu sabia o que ele queria dizer com sua pergunta, mas acho que eu não queria falar.
– Você sabe o que eu quero dizer.
– Ela é bonita, sim. E divertida. Tem vinte e quatro anos e é fotógrafa. Na verdade, ela é bem espontânea. E diferente.
– E você gostou dela? - perguntou atentamente.
– Finn...
– Peeta, foi só uma pergunta. E você tem que viver de novo. Eu sei como estar numa guerra abala. Eu estava lá também. Mas além de aprender como o mundo realmente é, temos que aprender a superar também. Por favor, aja como uma cara de vinte seis anos. Flerte, conheça pessoas, saia, viaje. Eu estou pedindo isso por você, irmão. Isso não é saudável e você sabe disso.
– Uma pergunta te levou a esse discurso. - Suspiro. - Finn, eu esqueci como é isso. Como é ter uma vida normal, tudo bem? Você continuou vivendo, mas porque tinha alguém para pensar. Tinha uma família pedindo para você voltar pra casa. Eu não tenho família desde os meus treze anos. - Minha voz sai calma.
– Eu entendo o quanto é difícil pra você. Eu sei toda a sua história. Cara, eu sinto como se tivesse passado tudo com você. Mas como eu disse, todos têm que superar.
– Sim. - respondo olhando para baixo.
– Sim o quê? - Ele se confunde. Finnick era meio lerdo às vezes.
– Sim. Eu gostei dela. - Ele sorri.
– Isso é ótimo. Ela deve ser muito legal. Você merece ser feliz, cara.
Eu não sabia por que ele falava daquela maneira. Eu conhecia Katniss há menos de três dias. Não era como se ela fosse minha alma gêmea ou algo parecido, mesmo eu me sentindo melhor do lado dela.
– Eu preciso te contar uma coisa. - Diz. Aceno para ele continuar. - Vou pedir Annie em casamento. - Eu sorrio. Sabia que isso não demoraria a acontecer.
– O que está planejando?
– Minha vó deu a aliança que meu vô deu pra ela na época. - Tira uma caixinha de veludo do bolso e a abre. Tinha um anel com o aro fino de ouro e uma esmeralda no centro. Era muito bonita. - Sábado vou levá-la no restaurante italiano preferido dela, depois vou levá-la ao parque e pedí-la no coreto, onde foi nosso primeiro beijo. - Ele já estava distante, pensando.
– Eu fico feliz por vocês. Muito mesmo. - Digo sorrindo.
– Valeu, cara.


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