Para Não Dizer Que Não Falei De Flores escrita por Dih Rohling


Capítulo 1
Caminhando


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. É simplesmente uma ideia reflexiva que veio a minha mente.



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Caminhava e cantava, triste, seguindo a canção. Eu sou igual a todos, e todos são iguais a mim, de braços dados, ou não.

Em minha escola, ou como em qual quer outra, nas ruas, campos de qual quer lugar, em construções.

Eu continuava a cantar, triste, e seguindo veemente a canção.Penso quedevo ir embora, como todos, pois esperar não é ter o conhecimento, saber. E quem sabe foge, faz a hora, e não espera acontecer. Acontecer...Pelos lugares por onde passo... Nos camposá fome, mesmo em grandes plantações.Pelas ruas estão marchandoindecisos cordões.Aqueles que fazem da flor seu mais nobre refrão, tem a esperança, existindo-a ou não.Eles acreditam nelas, nas flores, delicadas, coloridas, vencendo um canhão.Mas, se não podemos acreditar em algo, por mais absurdo que seja, em que nós iremos depositar nossa esperança?Há soldados armados, prontos para matar, como cães que obedecem seus donos, mesmo eles sendoamados ou não.Quase todos perdidos com as armas na mão, pois nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição, tão antiga quanto o próprio pais, queira ou não. Pois émorrer pela pátria e viver sem razão. Como um peão.E eu descubro cada dia mais, que não importa onde estejamos, nas escolas, nas ruas, campos econstruções, de toda forma, somos todos soldados, armados ou não. Peões.Mas, temos algo que ninguém pode nos tirar, a maior arma que já existiu, a esperança.Por isso, continuo caminhando e cantando e seguindo a canção. Pelas ruas que passo, onde só a destruição, vejo mortes, vejo sangue, e vejo cinzas. Pois é das cinzasquenascemos e para lá voltaremos, morremos.E para aqueles que ficam, estão os amores na mente eas flores no chão,a certeza na frenteea história na mão. Mas continuamos com nosso bem mais precioso, aquela que é a ultima que morre. Esperança.É por isso que continuo firmemente caminhando, cantando e seguindo a canção. Pois na vida, vivemos aprendendo e ensinando, e agoraesta éuma nova lição.E alguns querem ir embora, poisesperar não é saber, tenho conhecimento de meus saberes, e sei que quem sabe faz a hora não espera acontecer. E vai acontecer.Sei que na verdade, muitos querem ir embora, e de fato esperar não é ter sabedoria, faz a hora e não espera acontecer. O fato, é que as cinzas prevalecem. E o reinado escuro já esta envolto aos meus olhos.Desejo um futuro mais claro. E que a esperança prevaleça. Para não dizer que não falei de flores, aquelas que derrotam o canhão, sua delicadeza me leva, me lava. Me ilumina.E continuo cantando e seguindo a canção, meus irmãos. Deem-me as mãos. Pois aqui esta tão longe do chão, de braços dados, subimos pelas nuvens, e pelas mãos, levamos aos céus nossas esperanças carregadas em cada coração.


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Notas finais do capítulo

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas campos construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

(refrão)

Então vem vamos embora que esperar não é saber
e quem sabe faz a hora não espera acontecer

Então vem vamos embora que esperar não é saber
e quem sabe faz a hora não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais nobre refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Há soldados armados amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Nas escolas nas ruas campos construções
Somos todos soldados armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção


Os amores na mente as flores no chão
A certeza na frente a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Então vem vamos embora que esperar não é saber
e quem sabe faz a hora não espera acontecer

Então vem vamos embora que esperar não é saber
e quem sabe faz a hora não espera acontecer