POV Reyna

Sempre amei as festas da Salute, desde os anos 20 elas são incríveis, música boa, bebias que não tem fim e os seres mais fortes que se pode imaginar, porém sempre tem um motivo, uma comemoração ou para esconder algo.

–Porque esta tão pensativa? -Leo perguntou, parando de me girar pela sala.

–Impressão sua. -Falei dando um selinho nele que corou violentamente, estar com Leo é muito fácil, ele me faz esquecer tudo o que esta acontecendo, seu jeito brincalhão e divertido me lembra seu avó Sammy, nos tínhamos ficado muito amigos quando ele tinha seus 15 anos e eu viajava pela Espanha.

Continuamos conversando e dançando, até que olho Annabeth, desde que ela matou Cara a loira tem ficado cada vez mais sombria, não comia, não dormia, só treinava e lutava, agora ela tomava um copo de whisky sem gelo, o vestido preto se moldava ao corpo cada vez mais bonito dela, seus olhos cinza fuzilavam algo atrás de mim, me virei vendo Percy e Rachel dançando bem juntos, bem juntos mesmo, havia algo estranho neles, os olhos vidrados, os movimentos robóticos e ritmados, quando vi que Rachel mal piscava, tive certeza que eles foram compulsados.

–Leo, preciso achar minha irmã, ok? -Pergunto abraçando o garoto de cabelos cacheados e inalando seu cheiro cítrico misturado com graxa.

–Claro, vou beber alguma coisa. -Ele me da um beijo na bochecha e vai até o bar.

Depois de andar por toda sala enorme das Amazonas, encontrei Hylla em cima da escada, com seu enorme vestido preto com detalhes transparentes batendo no chão, o pescoço ornamentado por diamantes enormes e uma taça de champanhe na mão direita, seus olhos castanhos focados em Percy e Rachel, o sorriso vitorioso sempre em seus lábios rosados.

–Solte-os. -Falo entre dentes para minha irmã, que apenas sorri mais ainda para mim.

–Soltar quem querida irmã? -Seu olhar divertido me irritava profundamente. -Se divertindo com o Valdez? Uma pena ele não saber quem você é, não é mesmo.

–Não fale sobre o Leo, tire a compulsão do Percy e da Rachel agora. -Subo as escadas ficando de frente para ela.

–Porque eu faria isso? -Pergunta tomando um gole do liquido borbulhante.

–Porque esta ferindo a Annie, achei que você gostasse dela. -Sussurro revirando os olhos.

–Ela tem potencial, por isso mesmo estou fazendo isso. -Falo olhando para a loira que andava até Percy e Rachel. -Quero ver o que ela fara com eles.

–Se ela os machucar nunca ira se perdoar! -Exclamei irritada.

–Eu sei. -As vezes acho que Hylla é manipuladora, mas não posso muda-la, ela é minha irmã, cuida de mim desde começo do século, quando paramos de envelhecer, quase lembro de quando nossa mãe Bellona tentou me fazer matar alguém, ela era uma das anciãs das Salute, até que um dia ela ficou louca, completamente pirada, matava garotas inocentes em busca de poder, quanto mais matava mais forte e louca ficava, então um dia ela simplesmente sumiu, sabíamos que ela estava morta, Hylla herdou a maior parte dos seus poderes por ser uma Salute formada e paramos de envelhecer.

–Se eu fosse você ia parar de tentar cuidar da Annabeth e ficaria de olho no Valdez. -Hylla aponta Leo que estava sentado no bar bebendo uma cerveja com Calipso ao lado, ela falava coisas e ria, sempre tocando os braços o a perna dele.

–Isso não termina por aqui. -Digo segurando o braço de Hylla com força e fazendo chamar brilharem em meus olhos, por meros segundos ela pareceu assustada, mas logo recuperou sua pose de rainha.

–Tenho certeza que não querida irmã. -Disse cordialmente.

Solto seu braço e vou até Calipso e Leo.

–Olá. -Digo interrompendo algo que Calipso ia dizer.

–Reyna querida. -Calipso falsamente me abraça.

–Cali, posso falar com você um minuto? -Pergunto puxando seu braço. -Com licença Leo.

Puxo Calipso até o corredor mais vario da mansão e a jogo contra a parede.

–Fique longe do Leo, esta me ouvindo, se eu a vir com ele mais uma vez ira pagar caro. -Digo entre dentes de braços cruzados.

–Vai fazer o que pequena Reyna? Nem um Salute completa você é, se não fosse irmã da Hylla e filha de Bellona não estaria aqui. -Um sorriso diabólico brilhava em seus lábios, algo bem comum em uma Salute.

–Sou filha de Bellona, mesmo não sendo uma de vocês ainda posso acabar com você. -Me concentrei em seu sangue que fluía rápido com o coração acelerado, em segundos a loira a minha frente estava arfando e suando. -Sente isso, é o seu sangue ruim fervendo, eu posso fazer seu coração explodir se quiser, tenho o sangue das verdadeiras Salutes, enquanto você é apenas uma sangue ruim, teve que matar para ter poder, enquanto o meu corre em minhas veias. -Quanto mais eu falava, mais Calipso se encolhia, ela ainda suava, estava pálida e em pouco tempo iria desmaiar.

–Continua sendo uma iniciante. -Fala com o pouco de ar que tinha.

–Ainda posso te matar. -Digo dando o mesmo sorriso que Hylla.

–Então porque não matou ainda. -Diz se levantando, apoiando na parede antiga e muito cara. Olho para Calipso e depois para a parede do outro lado do corredor, ela voa até lá e bate com tudo no concreto revestido de veludo, Calipso caiu no chão gemendo de dor quase inconsciente, andei até ela, me abaixei, tirando seu falso cabelo loiro da orelha e sussurrei.

–Ele é meu. -Depois saio do corredor com os salto estalando pelo chão de madeira. "Essa festa só esta me dando dor de cabeça" penso, tudo que eu quero é dançar com o Leo, beber, depois transar com ele em algum quarto, mas não, tenho que cuidar da Annabeth que é minha única amiga, não deixar que Hylla frite os miolos dela e não deixar a Calipso vadia pegar o meu homem.

Um grito me faz parar no corredor, conheço aquela voz é Rachel, corro até onde o grito estava saindo, saio pela porta dos fundos e encontro Annabeth e Rachel no jardim de inverno, Rachel levitava a um metro do chão, com a adaga da loira fincada em seu peito, seus olhos estavam vidrados e sem vida, focados em qualquer lugar onde Annabeth esta, os cabelos ruivos balançando como se ela estivesse nadando, a loira esta estática olhando para o corpo da sua amiga.

–Annabeth. -Falo indo até ela, que não se mexe nem um milímetro. -Annie sou eu, Reyna.

Ela ainda não se mexe, quando vejo seu rosto, não o reconheço, os olhos cinzas agora são buracos negros, as veias em seu rosto parecem saltar, em um tom roxo vivido, toco seu ombro e Annabeth me encara, ela então desmaia tendo convulsões, enquanto uma luz fraca sai do corpo de Rachel e entra onde esta o coração de Annabeth, seguro o loira em meus braços, no chão, ela ainda se debatia e cada movimento que fazia Rachel também se mexia, minha visão ficou embaçada, com as lágrimas. Annabeth abria os olhos, uma hora estavam cinzas e outra completamente negros, lágrimas cristalinas saiam deles, ela mexia a boca sem parar como se estivesse sussurrando algo.

–Socorro. -Foi o que ela falou o mais alto que conseguia. Quando ela apagou completamente a peguei no coloco, fazendo o corpo de Rachel nos seguir, fui até o quarto de Annabeth e a deitei na sua cama, tirando os altos da loira e ainda chorando a cobri. Pequei um grande cobertor e coloquei Rachel no sofá o cobrindo completamente.

–Rey, dorme comigo. -Annabeth sussurrou sem abrir os olhos.

–Claro. -Tiro meus salto e deito na cama de casal ao lado de Annabeth, que me abraça e desmaia, ela com certeza não sabe o que fez, estava dominada pelo poder das Salute, não quero nem imaginar o que vai acontecer quando acordar.