Ontem, hoje e sempre escrita por Fenix Carvalho


Capítulo 2
Capítulo 2 - A fundação


Notas iniciais do capítulo

Esse é um capítulo mais explicativo do momento onde nossos personagens se encontram!



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Por onde vocês duas andaram, vocês sabem que as pessoas atravessam o oceano para vir se consultar com vocês e olhem só estão atrasadas e sei que não tem nada a ver com as crianças porque Grey estava de baba para vocês.

– Tivemos uma noite e uma manhã romântica e sexy...

– Eu não quero saber Robbins das suas coisas, vocês bagunçam toda minha agenda, minha escala de cirurgias e aparecem com essas caras lavadas de que tiveram uma manhã bem sem vergonha.

– Sabe de uma coisa Dra. Miranda Bailey, acho que você precisa de uns dias de folga para aproveitar aquele seu marido deus grego, porque você anda muito ranzinza.

– Para seu governo Torres minha vida sexual anda bem, o que tem me tirado do sério é meu filho mais velho e sua atual namorada, Truck quer dar um tempo depois da faculdade para passar um ano viajando pela Europa com Agnes e só depois iniciar a escola de medicina.

– Deixe me adivinhar, você não aprova e o pai de Truck acha isso muito bom já que ele não quer que o filho siga os passos da sua mãe como cirurgião.

– Exatamente já que ele culpa minha carreira por ter estragado nosso casamento.

– Então?

– Então pedi ao Ben para falar com ele e sabe o que ele fez? Deu força ao Truck nessa loucura de ficar um ano na Europa com a aguada da Agnes que escolheu ser fotógrafa.

– Talvez Ben, tenha razão e Truck tenha que amadurecer a ideia da escola de medicina, eu mesma fiquei um ano no corpo da paz até me decidir entre direito e medicina.

– Vocês acham que Truck está indeciso entre medicina e engenharia?

– Você já perguntou a ele sobre isso?

Nesse momento as portas do elevador se abrem mostrando nada mais nada menos que Derek Shepherd tentando engolir Meredhit Grey em um beijo apaixonado.

– Vocês não tem um quarto na sua casa para fazerem isso, achei que com os anos eu seria privada de cenas como essa, me poupe Dr. Shepherd e Dra. Grey.

Entramos no elevador ele se pôs a andar.

– Temos um quarto, mas hoje de manhã a população de crianças era maior em nossa casa.

– Se vocês não conseguem cuidar dos próprios filhos não deveriam pegar os dos outros para olharem.

O elevador parou Bailey saiu e deu de topa com Owen Hunt.

– Dr. Hunt deveria olhar para onde anda.

Hunt com aquele seu jeito educado apenas respondeu.

– Mas ....

– E quer saber vou trabalhar e espero não ter que me deparar mais esse tipo de cenas no elevador desse Hospital.

– O que deu nela, que está mais brava que o normal.

– Truck quer passar um ano na Europa, antes na faculdade de medicina.

– Ahammm, os outros médico responderam ao mesmo tempo.

Muitas coisa mudaram também no Grey-Sloan Memorial, agora nossa Chefe de Cirurgia é Miranda Bailey, isso aconteceu a um tempo atrás devido algumas mudanças em nossas vidas que afetaram o Hospital.

Cristina Yang foi sabotada pela fundação Avery e não recebeu o prêmio Haper Avery da primeira vez que concorreu, o hospital ficou em uma situação complicada perdemos alguns talentos médicos e investidores que acreditaram que nunca um médico daqui ganharia um Haper Avery pelo hospital ser controlado pela fundação, o que não estavam enganados, até mesmo Yang quis ir embora para um lugar onde ela pudesse ter liberdade de ganhar seus próprios prêmios.

Nesse mesmo período a fundação cancelou muitas pesquisas e estudos realizados por nós e fez muitos cortes de verbas, Webber não aceitou essa condição e começou uma campanha contra a fundação Avery e a coisa tomou proporções astronômicas, a ponto da fundação nos dar um cheque mate, colocar suas ações a venda e retirou todos os recursos do hospital vindo dela, mais uma vez nos vimos em um situação catastrófica.

Diante de toda nossa situação de calamidade Hunt teve uma brilhante ideia, vender a pesquisa de Callie para o governo a fim de ajudar os amputados de guerra o que não foi difícil já que a pesquisa de mapeamento de cérebro do Shepherd estava sendo patrocinada pelo mesmo e as duas pesquisas estavam interligadas, com isso recebemos uma enorme quantia de ajuda de custos que nos proporcionou a voltar outras pesquisas que haviam sido cortadas.

Tínhamos agora a preocupação em quem mãos iriam parar as ações da Fundação Avery, era uma manhã de outubro quando os advogados da fundação Avery nos comunicou que as ações foram vendidas, da seguinte forma, uma pequena parte fora comprada por uma pequena cooperativa fundada dentro do próprio hospital, uma outra pequena parte fora comprada por uma das médicas April Kepner, Jackson pagou com sua pequena fortuna particular por essas ações, enquanto a parte maior fora comprada por uma empresa de investimento imobiliário que atuava em todo o mundo, nossa maior surpresa foi quando lemos nos documentos o nome da empresa, Torres Internacional Empreendimento S/A. Carlos e Lúcia Torres haviam compro parte do nosso hospital e nomeou Calliope como sendo a representante legal dessa parte no Conselho alguns anos depois essas ações foram incorporada a herança que Carlos nos deu.

Enfim estávamos livres da Fundação Avery, formamos um novo conselho e reformulamos as ações do hospital entre os novos acionistas se encontravam mais três médicos que sempre estavam ao nosso lado mesmo nos momentos em que tudo desabava, demos cinco por cento a cada um deles Hunt, Bailey e Karev que agora também faziam parte do conselho do Grey-Sloan Hospital. Com isso atraímos novas mentes brilhantes para nosso hospital, criamos um novo estatuto mais moderno e voltado para a pesquisa, ensino e inovação da medicina que foi escrito pelo conselho e aprovado pelos funcionários.

Hunt juntamente com Kepner, que não quis fazer parte do conselho nomeando Jackson como seu representante legal, desenvolveu um método de trauma que colocou o Grey-Sloam Memorial no ranking mundial de traumas, agora eles viajavam o mundo todo para consultorias e aplicação do seu método em outros hospitais, isso fez com que Hunt se demitisse do cargo de Chefe de Cirurgia, eu estive no posto por algum tempo mas desisti logo e com apoio de Callie eu voltei a um antigo sonho, Karev, Callie e eu fundamos uma fundação para levar a medicina até as crianças da África, com isso o conselho decidiu que a pessoa mais apropriada para assumir o cargo de Chefe de Cirurgia é Dra. Miranda Bailey e foi a coisa mais acertada que fizemos.

A pesquisa de Genoma da Bailey não ganhou um Haper Avery mas trouxe muitos pacientes e investidores para o hospital e sua pequisa corre o mundo todo, muitas pessoas tem sido salvas, por conseguir se antecipara a doença e rendeu outros prêmios de medicina, Cristina Yang e Meredith Grey ganharam o Haper Avery anos depois, Callie também ganhou seu próprio Haper Avery com prótese biônica que desenvolveu inclusive eu sou uma usuária dessa prótese que melhorou em muito minha qualidade de vida, ela tem um trabalho junto ao Hospital dos Veteranos que tem ajudado muitas pessoas a voltar ter sua mobilidade. E por incrível que pareça Karev e eu estamos concorrendo ao prêmio internacional de Medicina este ano por nossa atuação no continente Africano, com a ajuda da fundação "Medicina for Africa", conseguimos implantar três hospitais de ponta no continente Africano e ainda continuamos com o projeto de trazer crianças de lá para cirurgias aqui e não somente o nosso hospital tem ajudado essas crianças como também outros que se filiaram a fundação nesses anos.

A fundação surgiu depois que Callie recebeu uma quantia exorbitante em imóveis como parte de sua herança, Carlos e Lucia Torres se aposentaram para desfrutar da enorme fortuna acumulada com os anos de trabalho, eles dividiram a maior parte dela entre suas duas filhas Ária e Calliope, eu sabia que minha esposa era rica, mas não tinha ideia do quanto.

Acho que Sofia tinha uns noves anos nessa época, o engraçado é que depois que seus filhos nascem você passa a contar as datas pelos seus anos.

Estávamos recebendo mais uma remessa de crianças Africanas no hospital para cirurgias naquele verão, tinha sido isso por quase nove anos, estávamos eu e Cristina Yang na OS consertando o coração de umas das crianças e essa conversa surgiu.

– Eu fico imaginando por que essas crianças são tão propensas a esses tumores.

– Essa é muitas das vezes a falta de pré-natal e de nutrição que esse povo vive e a falta de acompanhamento quando bebês, de médicos bem estruturados.

– Você se arrepende de ter largado o seu sonho de levar saúde a esses pequenos e voltar para Seatlle.

– Não de ter voltado para Seatlle, eu tinha que voltar, nada nessa vida vale a pena se estamos longe da pessoa que amamos, Callie é o amor da minha vida se continuasse lá não poderia fazer meu melhor para as crianças porque meu coração estava aqui em Seatlle e pertence a ela, e acredite eu fiz a coisa certa, tenho uma família linda Cristina e sou capaz de fazer tudo por eles, não conseguiria continuar sem Callie ao meu lado.

– Mas você abdicou de um sonho por um amor e uma família.

– Eu sei o que você está pensando, conheço seu ponto de vista quanto a ter filhos e uma carreira, eu não me sinto arrependida só um pouco frustrada por não poder fazer mais por essas crianças ou lutar para desenvolver um método que evite que elas cheguem até nossas mesas de cirurgias ou até morram na espera de ter a chance de chegar até nós, Callie, Sofia e Tim são minha razão de viver, então não me arrependo de ter deixado Malawi e voltado para Callie.

Não percebi que durante toda nossa conversa Callie estava sentada na galeria atrás de um dos residentes fazendo seu Sudoku e nos ouvindo, somente vi quando ela se levantou e saiu.

– Você vai ter problemas com Torres por essa conversa?

– Não, acho que não, Callie sabe sobre esse meu sentimento.

Alguns dias depois da conversa que Callie presenciou na OS, entre Yang e eu, ela me procurou no meio do expediente.

Arizona posso ter uma palavrinha com você?

– Você precisa de uma palavra com sua esposa ou com a chefe de cirurgia?

– Na verdade com a médica Dra. Robbins e com a minha esposa Arizona.

– Posso passar pelo seu laboratório dentro de uma meia hora tenho que terminar de rever esses orçamentos para as cirurgias pro-bono do mês.

– Certo eu te aguardo lá.

Quarenta minutos mais tarde entrei no seu laboratório levando dois cafés com creme e um saquinho de bolinhos.

– Então com quem quer falar primeiro com a esposa ou a médica?

– Com as duas juntas. Tome veja isso.

Ela me entregou uma pasta contendo vários gráficos e planilhas financeiras e umas perspectivas de vida com nossos nomes impresso neles.

– Certo isso são documentos do administrador da herança que seu pai nos deu e esses são documentos de venda de algumas propriedades no exterior. O que exatamente é isso tudo.

Isso é exatamente o que você está vendo, esses gráficos representa todo o dinheiro que temos empregado em imóveis, esses outros os rendimentos que tivemos nos últimos cinco anos, isso o que nós gastamos de todo esse ganho e uma perspectiva de quanto vamos ter em dez anos, e de quanto vamos gastar com a vida que levamos.

– Certo, mas não entendi onde você está querendo chegar.

– Arizona este dinheiro todo que temos é mais do que precisamos e vamos precisar para criar e pagar pela educação de nossos filhos e usar em nossa velhice, então o que estou propondo a você é que pegue essa parte que não irá nos fazer falta e vá realizar o seu sonho.

– Que sonho?

– Salvar as crianças da África.

Callie eu admiro sua benevolência, mas esse dinheiro é seu e dos nossos filhos não posso simplesmente pegá-lo e investir numa clinica na África, sem contar que em poucos anos não teríamos como sustenta-la, fora que teria que me mudar para lá e como seria isso, você, nosso casamento, nossos filhos.

– Na verdade estou pensando em algo diferente, uma fundação.

– Uma fundação? Como a fundação Avery?

– Quase isso, você pega parte da nossa herança, funda uma fundação de apoio à medicina na África, cria seu método de prevenção a doenças, treina profissionais que queiram ir para lá ajudar e não precisa estar lá o ano todo, pode ir até lá alguns vezes ao ano e até aplicar o treinamento aqui mesmo, somos dona de parte desse hospital, você e Karev trazem essas poucas criança até aqui, o conselho é solidário com esse programa, imagina quanto mais vocês podem ajudar levando tudo isso até lá.

– E como vamos sustentar tudo isso, nosso dinheiro não durará por muito tempo e não deixarei você gastar todo o seu assim sem um retorno.

– A fundação vai correr atrás de financiadores para o futuro como toda fundação faz.

– É pelo jeito você pensou em tudo né.

– Na verdade nosso advogado é que pensou em tudo e me deu as soluções, ele vale cada centavos que o pagamos.

Calliope Iphigênia Torres você é incrível e eu te amo.

Sentei-me no seu colo e a chamei para um beijo molhado e apaixonado, quando a porta do seu laboratório foi aberta por ninguém menos do que Sofia.

– Desse jeito vou crescer traumatizada, nenhum dos meus amigos pegam seus pais se agarrando tanto quanto eu pego vocês duas, vai ter que gastar uma grana com psicólogo comigo.

– Não se preocupe Sofia somos ricos, podemos pagar psicólogos para você. Callie disse com um sorriso malicioso nos lábios.

– O que vocês está fazendo aqui no hospital essa hora não deveria estar na escola?

– Deveria, mas a professora de Educação Física ficou doente, ela está grávida, Seth ligou para seu pai e ele nos trouxe até aqui, então Tia Bailey me disse que vocês estavam aqui no laboratório da ortopedia. Posso ficar aqui com vocês e fazer meu dever?

– Claro que pode, mas antes não esqueceu de nada?

– É claro dos beijos.

Sofia beijou e mim e Callie e pegou nosso pacote de bolinhos e sentou-se no canto da mesa e começou a descer seus livros e cadernos.

– Bem que dizem que mães não morrem engasgadas, não dá tempo, olhamos as duas para Sofia.

– O que foi o que eu fiz?

– Nada, respondemos juntas.

– Preciso ir trabalhar, vou pensar em sua proposta à noite conversamos sobre esse assunto, Sofia avise Daya que está no hospital conosco.

Daya foi outra mudança que fizemos, uma governanta para a nossa, com Sofia e Tim crescendo eles não queriam ficar trancados na creche, fora os inúmeros afazeres que eles arrumavam, então em comum acordo contratamos Daya uma jovem Senhora Mexicana para cuidar deles no período em que não estamos em casa e eles não estão na escola até demos um carro para ela levar e buscar os dois nos lugares quando não podemos ir, aprendi a falar espanhol, já que meus filhos e até a governanta falam, não poderia ficar alheio a isso, para a família Torres falar espanhol é uma questão de guardar as poucas tradições e cultura Mexicana que eles ainda tinham, faz parte da sua educação.


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