Star Trek USS NUUK 1x1 cordeiro em pele de lobo escrita por Doc Yewll


Capítulo 2
Pais e filhos.


Notas iniciais do capítulo

O evento do manifesto da tripulação ocorre logo apos O Almirante ficar sabendo que seria avô, mas mesmo conseguindo manter comunicação regular com a Voyager , ele sofre por talvez nunca conhecer o neto pessoalmente, afinal eles estão perdidos no Quadrante Delta a uns 40 anos de viagem de casa.



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Kelly se ajoelha para poder olhar nos olhos da menina, e sorrindo fala com doçura:

– Querida, sei que seu trabalho é muito importante, eu leio tudo que você me manda e acho incrível como alguém com sua idade pode ser tão sensível e inteligente, mas está escrito, “tudo tem tempo debaixo do céu, tempo pra falar e tempo pra ficar quieta”; mamãe esta conversando com o Almirante, preciso trabalhar agora, eu prometo que vou pedir para ele conversar com você outra hora...

Mas mamãe, eu vou embora à segunda-feira! Só vou ficar aqui esse fim de semana.

Kelly olha para o Almirante que parece estar chocado pelo modo descarado com que Kelly da mais atenção para a filha do que para ele, isso o irrita e o faz sentir culpado, ele nunca foi capaz de fazer algo assim, ele se lembra do tempo em que o Tom vinha correndo pra mostrar algo, e ele simplesmente expulsava-o da sala prometendo que veria depois, mas pensando bem, ele não se recorda de ter cumprido com a palavra, com o tempo Tom não mostrava mais nada, não dizia mais nada, e sua opinião não era mais importante para ele.

"Agora ele estava tão longe".

Kelly notou a sombra no rosto do Almirante, uma sombra que escapava para fora de sua mascara, algo que dizia que aquele homem estava sofrendo, uma onda de ternura passou por ela e ela se lembrou do próprio pai, dizendo que "estava tudo bem", enquanto ia preso pelos soldados da guarda Veracruziana, foi a ultima vez que ela o viu com vida, ele desapareceu nos porões da repressão, e nem sequer teve direito a um enterro, de repente ela percebeu que toda sinceridade dolorida com que ele a tratou jogando na sua cara sua pouca importância e impotência, era na verdade ele gritando com um espelho.

Kelly tinha visto sua dor, e ele sabia:

– Bem, eu vou fazer um churrasco informal no fim de semana para alguns amigos, a senhora e sua família estão convidados – a menina pulou de alegria, saiu do colo da mãe e se jogou nos braços sem jeito do almirante agradecendo, - Almirante , eu rezo toda noite pra eles chegarem logo! – disse num lindo sorriso.

Kelly bateu em seu combadge ;

Mont! Onde você está? Sua irmã invadiu a sala do Almirante! – Um jovem meio oriano alto ainda com uniforme da academia, parou na porta quase sem fôlego, pedindo licença para entrar, o Almirante sinalizou e ele entrou já se desculpando:

– Desculpa ai mãe, a Tália saiu correndo quando eu estava distraído...

Ele tava paquerando mãe..

.- Para com isso sua pirralha dedo duro!

.- Parem vocês dois – disse ela com uma voz calma - depois a gente conversa, agora, por favor, lá fora!

Sim mamãe- responderam em uníssono - ele a pegou no colo e saíram – Vamos te esperar lá embaixo.

Kelly sentou-se na cadeira toda a fúria, a revolta, e todos os desaforos que ela ia dizer ficaram sem sentido, quem diria ela ia à casa do Almirante para um churrasco, mas é lógico que ele fez isso para amenizar a situação, e ela era grata por isso.

– Agradeço pela sinceridade, melhor assim do que desculpas esfarrapadas; prefiro jogar sabendo quais são os meus limites, agora; sei que o senhor deve ter nos convidado para acalmar a minha filha, não se preocupe eu darei uma desculpa, te livrarei do compromisso - O Almirante queria feri-la, jogar sobre ela sua frustração, mas ela sinceramente o agradeceu pela franqueza, não era essa reação que ele esperava.

– Não, por favor, faço questão, a Srª Paris adora crianças e sua filha é adorável – Realmente ele não sabia por que estava fazendo isso, mas de repente ele podia ter feito mal juízo dela.

– Bem senhor, desculpe a sinceridade, mas acho que sou eu que vou ficar deslocada...

– Prefere dar festas que ir a festas?Lembro-me de uma época que as festas das Três Marias eram disputadíssimas, lendárias... O Almirante riu.

– Faz muito tempo, éramos um terror, é um mistério como conseguimos nos formar... espera ai, o Sr. está zombando de mim?Perguntou Kelly franzindo a testa..

– De forma alguma, Fazer uma boa festa é muito importante para boas missões diplomáticas.

– Tem certeza que não iremos incomodar?

– Venha você, e seus filhos minha esposa vai adorar ela assiste sua filha toda a semana!

– Bem vou pensar nisso como uma missão diplomática então – disse sorrindo.

– Vou levar o salpicão de frango.

– Como quiser só não falte.

Quem pode ser tão gentil com sua filha não podia ser de todo mal, droga ele já sabe da sua fraqueza: seus filhos.

– Senhor, eu entendo que com tantas guerras não temos oficiais suficientes, não vai ser fácil, mas, por favor, da próxima vez me avise, eu sei que farei um trabalho melhor ainda. Espero cuidar bem dos jovens que o senhor me confiou, ok? Fique tranquilo.

– Pelo que vi você sabe lidar com os jovens muito bem, dispensado.

Kelly não conseguiria ficar indiferente a dor de um pai, ela veio brigar e acabou consolando o figurão.

“Hunf, tô ficando mole.” ela pensou.


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Notas finais do capítulo

Agradeço por ler, comentários construtivos são bem vindos



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