A Seleção - Interativa escrita por Lady Ann


Capítulo 17
Cuidado com as Escadas


Notas iniciais do capítulo

MUITO OBRIGAAAADA, Ella, por ter recomendado a fic! Eu fiquei muuuito feliz quando entrei assim sem mais nem menos para responder aos comentários e vi lá uma recomendação! Eu não posso pensar em um jeito de te agradecer! Você me deixou tão feliz :3 muuuuito obrigada! Você é simplesmente demais! MUUUUITO OBRIGADA MESMO! Suas palavras foram as coisas mais lindas que li!

Bem, gente, este é o único capítulo até agora que é só uma Selecionada narrando do início ao fim. E sim, é a Taylor, "filha" de uma das melhores leitoras do universo Miss Harondale :3 Espero que gostem, amores!



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Taylor Chase

Todas as Selecionadas foram levadas para a Sala de Jantar para que começássemos o café da manhã. Eu sinceramente não estava com muita vontade de comer naquele dia, mas era obrigatório. Era quarta-feira e os príncipes, assim como toda Illéa, veriam as entrevistas com Alec indo ao ar. Os produtores deviam estar retirando todas as caretas que fizemos e colocando o rosto de Alec na frente. Eu me sentia nervosa, mesmo que tivesse dado o meu melhor na entrevista. Sendo conhecida, dar entrevistas não era difícil, mas quando se tratava de uma entrevista para que toda Illéa visse e nos amasse isso te coloca uma certa pressão.

O primeiro prato foi servido para as Selecionadas e nada da família real.

– Onde acha que estão? – perguntou Victória que sentava à minha direita.

– Não sei, mas prefiro assim, sabe? Parece que nos observam comer... – Dei um sorrisinho.

Por sentar sempre do meu lado, eu e Victória ficamos “amigas” nas horas onde tínhamos que comer juntas. Sabia que ela tinha o grupo dela, e que eles se encontravam e conversavam, mas ela nunca me chamou para um encontro do grupo.

Victória sentava na ponta do U, o lugar mais perto dos príncipes, e ela não parecia muito incomodada. Eu também não estava por sentar no segundo lugar mais perto deles, mas ainda assim, agradecia por sentar no segundo.

– Acho que eles estão comendo longe de nós – sugeriu Karen.

Karen sentava à minha esquerda e raramente falava. Ela sentava em um dos dois lugares do salão inteiro que eu nunca gostaria de sentar: ao lado de Dakota.

– Se for o caso, podem estar falando sobre nós – falei.

Victória comeu um pedaço de seu pão de mel e esperou mastigar para completar:

– E se for pra falar de nós longe de nós, talvez estejam falando mal.

Sorri. Achei engraçado a forma como ela tratou do assunto tão naturalmente. Lembrei dos tempos de modelo quando os estilistas comentavam entre si por cochichos enquanto eu desfilava. Sempre detestei aquilo.

– Ou talvez só... – Karen foi interrompida pela porta lateral do salão se abrindo.

Era a família real. Todos deslumbrantes. Mas claro, Matthew e Thomas chamavam atenção. As meninas do salão se ajeitaram e ficaram de pé para receber a realeza.

– Bom dia, meninas! – cumprimentou a Rainha Naomi e sentou-se.

Esperamos o rei sentar para que fizéssemos o mesmo. De acordo com Rosie, somente quando o rei sentasse poderíamos sentar também.

– Bom dia! – respondemos em uníssono.

Os príncipes não disseram nada e sentaram-se. Eles cochichavam entre si coisas que eu não conseguia ouvir e o tilintar de colheres e facas pelo salão dificultava ainda mais. Haviam garotas que simplesmente não sabiam como se comportar à mesa.

Já estávamos na sobremesa quando trouxeram-nos o melhor bolo de todos.

No meu prato havia apenas uma fatia de bolo e algumas torradas com um tipo de patê que eu não sabia do que era. Eu não queria comer, mas a comida do palácio era irresistível. Comi um pedacinho do meu bolo. Uma dama não come a garfadas enormes e, estando tão perto da Rainha, não queria que ela me visse de boca cheia.

– Taylor – chamou Thomas.

Todos os músculos do meu corpo viraram gelo. Engoli o bolo como se fosse areia. Thomas nunca tinha falado comigo daquela forma, pelo primeiro nome, cheio de atitude e descontração.

– Alteza – falei, um pouco baixo demais.

Olhei para ele. Como ele conseguia ficar mais bonito a cada dia? Não ousaria desviar o olhar um segundo. Ele me olhava como se conseguisse devorar minha alma. Porém, sorria. Podia perceber que os olhares de todos do salão repousaram sobre nós.

– Se não for muito inconveniente, gostaria de te ver hoje no jardim, o que acha?

Pude ver a Rainha sorrindo por um segundo. Matthew continuava a comer como se nada tivesse acontecendo, meus olhos eram só para Thomas.

– Nunca é inconveniente, alteza – respondi. – Adoraria.

Sabia o quanto aquilo era importante. Seria meu primeiro encontro com os príncipes, eu não podia vacilar.

Matthew pigarreou e limpou a boca com o guardanapo antes de dizer:

– Só para que pareça mais uma competição – Olhou para Thomas sorrindo –, também convidarei uma dama para ser minha companhia de hoje.

Seus olhos percorreram todo o salão, cada garota, inclusive eu. Algumas meninas desviavam o olhar na hora, outras, o sustentavam por dois segundos antes de Matthew passar para outra. Mas uma delas estava à quem do que estava acontecendo. Ela cutucava um pedaço de bolo e sentava bem perto de mim, quatro cadeiras à minha esquerda.

– Alexia? – chamou Matthew.

Ela pareceu acordar de um sonho.

– Sim, alteza – falou, e olhou para Matthew.

Ele estava com a barba por fazer e parecia ainda mais bonito. Só reparei ali que havia dois dias que não o víamos. Eu, pelo menos. Continuei a comer sem me importar muito com a conversa, mas ainda ouvia tudo.

– No que está pensando?

– Nos ingredientes que este bolo leva – ela sorriu. Sua sinceridade foi impressionante.

Matthew se levantou. Achei que fosse mandar ela embora.

– Levante-se, por favor – pediu.

Alexia levantou-se na hora. Ela não parecia nem um pouco preocupada de ir embora, nem parecia saber com quem estava falando. Eu comi uma torradinha enquanto observava o movimento.

Matthew andou até ela. Todos, absolutamente todos, olhavam para os dois. Se eu estivesse no lugar dela, morreria. Sua autoconfiança era impressionante. Dakota estava com uma cara emburrada por não estar no lugar de Alexia.

– Venha comigo – ele deu o braço e ela trançou o dela.

– Como o príncipe desejar – falou.

Matthew sorriu. O tom de ironia na voz de Alexia era quase imperceptível. Quase.

Olhei para o rei. Queria ver o que todos estavam achando daquilo. Ele olhava como se dissesse “meu garoto”. A Rainha estava desconfiada e Thomas não estava dando a mínima para a situação, seu ovo com bacon parecia bem mais interessante.

Matthew e Alexia saíram da sala pela porta em que Matthew entrou.

– O que acabou de acontecer aqui? – perguntou Victória, um pouco alto demais.

Algumas meninas riram baixinho.

Thomas olhou para mim e eu retribui o olhar. Sabia o que ele estava querendo dizer: “Matthew só quer aparecer, mas não ache que também não sei”. Arqueei as sobrancelhas em um desafio silencioso. Eu parecia combinar mais com Thomas do que com Matthew, embora o último fosse, nossa!, irresistível. E acho que, por ele saber disso, aquilo só o tornava ainda mais... Quente.

Continuei a comer meu bolo que, por sinal, também estava irresistível.

● ● ●

Minhas criadas escolheram o vestido perfeito para mim. Por ter uma pele meio pálida, eu não gostava de vestidos muito brancos ou nude, e o preto que elas escolheram realmente me realçava. Achei a combinação perfeita e o batom não era muito vermelho, assim como a maquiagem não era muito carregada, o que não dava o ar de “noite”.

Eu não sabia onde devia esperar Thomas, então fiquei na entrada para o jardim. Um dos guardas disse que eu não poderia passar sem a autorização do príncipe, e me senti chateada por isso, gostava de ir lá fora. Começamos a conversar sobre os limites do palácio do nada.

– Aquelas árvores ali ficam numa parte do palácio onde os muros são deficientes – disse um guarda.

O outro riu.

– Como? – perguntei, sem entender.

– É que aqueles...

O guarda parou sem mais delongas e ficou a postos. Eu fiquei sem entender e me virei para assegurar que não tivesse nenhum lobo por perto. E não tinha, era "apenas" o príncipe Thomas.

– Olá – cumprimentou-me.

Fiz uma breve reverência segurando um lado de meu vestido e Thomas chegou mais perto.

– Atrasei?

– Ou isso ou eu estava muito ansiosa – respondi sorridente.

Thomas riu e, em um pequeno gesto com a mão, fez com que os guardas abrissem as portas. Será que era sempre fácil assim para as pessoas da casta Um abrir as portas? No sentido literal e figurado.

– Vamos? – Thomas me deu o braço e tentei ser o mais próximo de Alexia que consegui.

Descemos os três degraus que separavam o palácio do jardim e eu senti a brisa do ar livre no meu rosto. Acho que foi o melhor momento desde que eu cheguei ao palácio.

Thomas reparou meu sorriso.

– Gosta do ar livre?

– Gosto, é muito bom como tudo parece no lugar quando estamos do lado de fora. E aqui também é bem quentinho.

– Tem razão – ele sorriu.

– E você?

Percebi que não havia dado o tratamento adequado e me levei a mão à boca. Thomas riu.

– Me chame de Thomas, não precisa me chamar de príncipe ou alteza ou qualquer coisa parecida.

– Não gosta desse tratamento? – perguntei, mais por curiosidade mesmo.

Continuamos a andar. O jardim era imenso e, por ora, estávamos apenas rondando o palácio, sem pisar na grama ou algo do tipo. A presença de Thomas era ótima e ele sabia mesmo como nos deixar confortáveis. Ele estava com uma camisa social fina e uma gravata não muito apertada; eu podia sentir seu braço através da camisa e gostava.

– Bom, teremos um longo tempo pela frente juntos para continuar com esse tipo de tratamento chato. Já me chamam demais de Alteza, não custa variar, não?

Sorri com a ligeira impressão de que ele estava falando do futuro.

– Essa vida de príncipe parece ser bem difícil – ironizei.

– E é mesmo! Vocês não sabem da metade.

– Claro que é, sempre com várias criadas em volta e agora trinta e cinco mulheres para escolher...

Thomas riu.

– Vida de Dois também não parece nada mal... Ainda mais sendo tão bonita e tendo tantos estilistas ao seu redor.

Ele sabia da minha história. Ai, meu deus, ele sabia! Isso significa que ele dedicou um tempo a ler sobre mim!

– A maioria são gays – admiti fingindo tristeza.

– Pelo menos têm um ótimo gosto para moda. – Thomas me fez rir. – E vi que você também tem.

Gelei.

– Como assim?

Thomas parou e se virou para mim sorrindo.

– Só quis dizer que está linda.

Parem borboletas! Maldita hora para entrarem na minha barriga.

– Obrigada, digo o mesmo para sua alte... – E me corrigi: – Para você.

– Bem melhor – sorriu.

– Achei que gostaria mesmo – Thomas achou graça.

Ele ficou alguns segundos olhando para mim. Tentei não ficar nervosa: não consegui. Eu mais reclamei do que perguntei:

– O que foi?

Ele esticou os ombros e sorriu.

– Nada, só estava pensando em por que uma modelo com a vida feita entra para a Seleção para aturar dois caras como Matthew e eu.

Pensei por um segundo. Quando a carta da Seleção chegou, meu namoro com o ator Ryan Archibald tinha acabado de... ir por água abaixo. Meus pais sempre quiseram que ficássemos juntos, porém, eles não ligavam para o que eu queria. E eu até tentei, mas depois de um tempo isso não deu certo. E então a carta para a Seleção chegou. Eu fiquei muito feliz, de verdade. Aquela era a chance para encontrar o amor e ficar bem longe dos meus pais e suas ideias malucas para me juntar com homens esquisitos.

– Quando uma menina entra para Seleção – comecei, olhando para Thomas com um sorrisinho sugestivo no rosto –, ela pode estar à procura das seguintes coisas: da fama, do dinheiro... – Thomas não gostou dessas alternativas pela cara que fez. – E do amor.

Thomas completou meu raciocínio:

– E como você já tem os outros dois...

– Exato Sherlock! – Pisquei.

Ele riu e, entrelaçando os dedos aos meus, chamou-me para ver uma coisa dentro do palácio.

● ● ●

Eu não era tão rápida quando Thomas. Pois primeiro: ele andava mais rápido que eu. Segundo: ele conhecia o palácio inteiro. Terceiro: ele não usava saltos. Quarto: eu não queria sair do jardim.

Thomas me puxava pela mão, mas não andava muito longe de mim. Ele sorria quando eu fazia caretas de tão cansada que estava. Havíamos subido três andares inteiros e eu estava cansada. Achava que devíamos ter ido pelo elevador, mas Thomas assegurou que fosse mais divertido pelas escadas. Até agora eu não estava vendo nada de divertido em sair correndo por três andares.

Quando chegamos ao terceiro andar, parei ao me lembrar do que Rosie disse: “Vocês não podem em alternativa nenhuma subirem até o terceiro ou quarto andar. Os únicos andares onde serão bem vindas serão o segundo, onde ficam os seus aposentos, e o térreo, e, mesmo assim, não fiquem perambulando pelo palácio sem conhecerem as coisas!”. Nossas mãos se separaram e eu fiquei parada no topo das escadas.

Thomas se virou quando percebeu que sua mão não mais tocava a minha. Ele me olhou confuso.

– O que foi?

Chegou mais para perto.

Eu olhei para o terceiro andar, a escada dava de frente para os elevadores. Três elevadores, um ao lado do outro. De onde eu estava também podia ver à esquerda uma área mobiliada com um sofá de três lugares e mais três poltronas no mesmo estilo, além de flores e mesinhas. Do outro lado, à direita, parecia ter a mesma coisa, apenas com alguns detalhes alterados. Eu não poderia estar vendo aquelas coisas, Rosie disse que nunca poderíamos ir para lá...

– Taylor? – Thomas tocou-me o rosto.

– Eu não devia estar aqui...

Dei um passo para trás. Pude sentir o ar onde devia ter chão. Esqueci completamente da escada. Já sabia o que viria a seguir: rolaria todas as escadas, talvez quebrasse o pescoço ou talvez só arranhasse o ombro, mas a dignidade não voltaria.

E foi quando eu senti: Thomas foi rápido o suficiente para me puxar para si e me envolver em um abraço salva-vidas. Ele girou para o lado de modo que pudesse usar a gravidade a seu favor e ficamos seguros quando ele se encostou à parede. Ele soltou-me o suficiente para que pudesse me olhar nos olhos. Seu toque era inconfundível.

– O que estava pensando? – falou, seus olhos tinham um ar de repreensão que eu não gostei.

Eu tinha acabado de destruir o encontro inteiro. Toda a conversa até ali, todas as risadas e caretas que fizemos enquanto subíamos... Tudo aquilo eu joguei fora.

– E-eu... – Tentei me explicar, mas é difícil explicar uma coisa que nem você sabe por que fez.

– Poderia ter se machucado feio.

– Eu sei – falei, dura. Ele não precisava me dizer o óbvio.

– Então, por que fez aquilo?

– Eu acho que preciso ir.

Thomas soltou-me no ato. Acho que ele não sabia como agir com uma garota assustada e confusa. Olhei para ele, parecia com um pouco de raiva, mas também estava confuso e surpreso. Se a situação já estava ruim quando eu subi até o terceiro andar sem a permissão de Rosie ou do rei, quando eu quase caí de uma escada de aproximadamente vinte degraus ela acabara de ficar milhões de vezes pior.

Torci para que Thomas não me seguisse, e ele não o fez.

Existem momentos onde as circunstâncias são péssimas e então você faz burradas, mas também existem momentos onde as circunstâncias não têm nada a ver com as burradas que você faz. E o meu caso era o segundo. Eu não devia ter feito nada daquilo.

Quando cheguei ao segundo andar, queria chorar. Não era possível que eu tive todas as chances do mundo de fazer aquilo dar certo e eu joguei todas elas no lixo. Virei à esquerda, o corredor dos quartos das Selecionadas ficava para lá e dava a volta no corredor, porém, era sem saída. Muitas meninas estavam no corredor e eu percebi quem era a atração: Alexia.

– Depois provamos vários bolos! Ele é perfeito! – As meninas deram gritinhos.

Ela só poderia estar contando de seu encontro perfeito com o príncipe Matthew. E o que eu diria às meninas? “Ah, oi gente, meu encontro estava maravilhoso até subirmos pro terceiro andar que, olha que coincidência, é proibido para nós, e eu quase me atirar da escada.”

Eu mal virei o corredor e as meninas olharam para mim. Queria ter saltos que não fizessem barulho.

– Taylor! – gritou Karen, ela veio correndo até mim.

Forcei um sorriso, não queria parecer mal na frente delas. Queria que elas também pensassem que tive um ótimo encontro, queria ter gritinhos também, não queria que elas pensassem que estraguei tudo e rissem de mim, pensando que seriam melhor que eu em todos os sentidos.

– Oi! – falei, com o melhor sorriso falso que já dei na minha vida.

Alexia também veio, seguida de todas as meninas. Eu queria sair da visão das escadas, Thomas poderia aparecer ali a qualquer momento e eu não conseguiria encarar ele.

– Como foi?! – perguntou Karen, praticamente gritando.

Eu sorri e olhei para as escadas: nenhum sinal de Thomas. Fui desviando de uma a uma até ter uma parede entre mim e a escada, de modo que, se Thomas passasse por ali, ele não me veria. Veria todas as outras meninas que ele poderia escolher agora que eu estava fora de questão.

– Foi maravilhoso! – falei. Só Karen pareceu perceber como eu estava estranha. – Andamos pelo jardim inteiro! Foi perfeito!

Poucas meninas deram gritinhos, mas várias comentaram.

– Mas eu estou muito cansada agora, vou para o quarto.

E, sem dar nem mais uma palavra, andei para o quarto e as meninas começaram a comentar. Algumas voltaram a falar com Alexia.

– E rolou beijo? – perguntou alguém.

– Não! Ele foi muito gentil, segurou minha cintura... – A voz de Alexia diminuía conforme eu andava.

Estava tentando muito não correr, não poderia demonstrar o quanto eu estava desesperava para chegar ao quarto. E o meu era quase no final do corredor. Lembrei-me de como Thomas me segurou. Seu toque era maravilhoso, era como se não houvesse mais nada no mundo, será que o de Matthew chegava aos pés do de Thomas? Será que eu conseguiria sentir Thomas tocar-me depois da merda que eu tinha feito? Difícil.

– Colocou bolo no meu rosto, foi muito engraçado!

Thomas também foi engraçado. Até o momento em que tudo perdeu a graça.

Abri a porta do meu quarto e olhei para o aglomerado de mulheres no corredor. Karen olhou para mim preocupada e eu sorri de novo, o segundo sorriso mais falso que já dei.

Bati a porta e comecei a chorar.


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Notas finais do capítulo

Não, não teremos um capítulo só para o encontro de Alexia e Matthew.
OBS: pode ter ficado um pouco confusa a descrição do castelo, por isso vou editar uma planta que eu tenho aqui pra que ela fique do jeito que eu desejo para o castelo, ok? No próximo capítulo ela já vai estar lá :)



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