Navegação na correnteza foi divertido.

Cassandra e eu estávamos na mesma canoa e ela deu um jeito de cair no rio para o Percy ir ajuda-la.

Mas eu descobri que gostava mas de nadar na água do que navegar nela.

*****

Era hora de escrever cartas para casa. Resolvi me sentar apoiada a um tronco de árvore para escrever para meu pai. Contei a ele o que fazia no acampamento e que já havia descoberto que era minha mãe, e que ele estava certo eu e ela éramos parecidas.

– Então, você é a garota que anda com aquele filho de Hades? -uma voz falou com desprezo.

Um cara estava de pé na minha frente. O reconheci como sendo um dos que derrubei com minhas flechas na captura de bandeiras. Ele era um filho de Ares, mas eu não me lembrava o nome dele.

– É, sou eu sim. Algum problema com isso? -ele havia realmente me deixado com raiva. Me lembrava um daqueles valentões das escolas.

– Tenho muitos. Como você, filha de uma olimpiana, vai andar com ele? O pai dele não é bem vindo no Olimpo. Nem ele é bem vindo aqui.

Me levantei.

– E quem é você para determinar que ele não é bem vindo aqui? -elevei meu tom de voz. Não suportava esse tipo de coisa.

Ele me segurou fortemente pelo braço. E devo dizer que me machucou.

– Não levante o tom comigo filhinha de Ártemis. -ele alteou a voz também.

– Algum problema? - perguntou uma voz. Me virei e o filho de Ares também.

Era impressionante a capacidade que Nico tinha de aparecer do nada.

– Nada que seja da sua conta, filho de Hades. -rosnou o garoto, mas sua mão se afrouxou um pouco em meu braço- Por que não volta para o Mundo Inferior, onde é o seu lugar?

– Lá também tem um lugar reservado para você. -a voz de Nico transbordava de raiva. Os olhos dele desviaram para a mão que apertava meu braço- E solte a Alexandra. -o chão começou a tremer levemente, como se os mortos estivessem chegando a superfície. Eu tinha certeza de que Nico estava fazendo isso.

Relutante o filho de Ares me soltou.

– Depois nós resolveremos isso. -sussurrou e foi embora.