O Acordo escrita por Bel Russeal


Capítulo 22
Fim de jogo, Hamilton.


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, sei que demorei, mas esse é meu presente de natal pra vocês kkkk
Desculpe alguns erros, não tive muito tempo de avaliar melhor. Espero que gostem e postem sua opinião.
Boa leitura e Feliz natal!!



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_ Tem certeza que não quer que eu entre com você? – Dylan me olhava aflito e segurava a porta do elevador.

_ Não, eu preciso ter essa conversa com meu pai sozinha. Antes de entregar o passaporte dele para cadeia. – Disse tentando parecer que eu estava bem e segura do que tava fazendo, mas eu não estava.

_ Tudo bem, eu vou para o trabalho, mas agendei um almoço no hotel do Daniel, te encontro lá ? – Ele disse e assenti, logo ele entrou no elevador.

Bati na porta do escritório do meu pai, sua secretária não estava ali, então não tive nenhum impedimento de chegar até lá de surpresa. Ouvi um “entra” e respirei fundo e entrei.

_ Filha? – Meu pai me olhou surpreso e animado – Que bom vê-la aqui. – Ele disse deixando a cadeira que estava sentando e vindo ao meu encontro.

Ele me abraçou e eu correspondi meio fria e sem ação, ele tinha um sorriso enorme no rosto, que me deu a sensação que ele era o meu velho pai e que não me escondia nada, aquele que contava historias pra mim, que antes de me botar pra dormir sempre dizia “ eu te amo por toda a vida” e sempre me dava um beijo na testa toda vez que se despedia. Mas não era ele, tudo o que eu sabia, me fazia ver que era uma ilusão.

_O que houve? – Ele perguntou ao me ver observá-lo com os olhos marejados.- Aconteceu algo? Sente-se aqui, filha. – Ele disse puxando uma cadeira pra mim e resolvi sentar, minhas pernas tremiam de tanto nervosismo.

_ Foi o Dylan ? Porque se aquele filho da mãe te magoou, eu juro que...

_ Jura o quê, pai? – falei ríspida- Mesmo que jurasse não seria verdade.

_ Não estou entendendo. - Ele disse confuso.

_ Dylan não fez nada, acho que ele é o único efeito colateral bom de tudo o que senhor fez. – Disse limpando uma lágrima que escorreu em meu rosto.

_ É sobre o acordo? Filha, eu pensei que estava tudo bem agora que você e ele se apaixonaram. – Ele disse ainda confuso.

_ Meu Deus, como consegue ser tão cínico com sua própria filha? Sangue do seu sangue. – Perguntei em um tom mais alto. – Eu sei de tudo, de toda a sua sabotagem na empresa e no dinheiro da nossa família e de outras famílias, sei do seu processo de lavagem de dinheiro e fraudes, sei que nossa família nunca faliu de verdade, sei que você me usou para não ir pra cadeia, sei que matou uma pessoa para não ir pra lá e assumir tudo de ruim que você fez. – Gritei e fiquei ofegante depois de soprar as palavras, o choro estava engatado em minha garganta assim como todo sentimento de decepção.

Ele me olhou espantado, surpreso, mas de todas as feições que pude encontrar em seu rosto nenhuma foi de arrependimento e culpa, e aquilo me deixou mais arrasada porque me fez perceber que eu não conhecia meu pai, na verdade, aquele homem era outra pessoa.

_ Eu não sei como você ficou sabendo de tudo isso, mas eu te garanto, filha, que é...

_ Que é mentira? – Alfredo disse entrando na sala e meu pai afundou o rosto em suas mãos – O fato de você destruir todas as provas que te façam pagar pelo o que fez, não faz disso uma mentira, João Pedro. – Ele disse encarando o meu pai com toda a sua pose de autoridade de sempre.

_ Alfredo, estão tentando envenenar minha família, veja só a policia federal encerrou o caso. – Meu pai se aproximou de mim na cadeira e segurou o meu rosto – A única culpa que eu tenho, filha, é de me envolver com a louca da Sara, foi ela que te falou isso não foi?

Soltei as mãos dele do meu rosto e levantei da cadeira:

_ Para, por favor, para de mentir pra mim. Ah minha nossa, você é pior do que eu pensei. – Disse entre choro e Alfredo me olhou preocupado.

_ João Pedro, você é muito descarado. – Alfredo disse dando uma risada e caminhando até meu pai. – Acha que um homem poderoso como eu, seria enganado por muito tempo por você? Eu te ajudei com o acordo, pensei que estivesse na pior, e um casamento com uma boa moça era o que eu procurava para o meu filho, queria unir a minha família com uma família de uma boa índole... Bom, a sua família é ótima, sua filha é o que eu sempre sonhei para o meu filho, mas você, logo você que era o meu amigo, é a única parte podre dela.

Eu estava suando frio, nunca pensei que aquilo seria tão mais difícil, eu olhava para o meu pai e não o reconhecia, sentia vontade de vomitar.

_ Talvez tenha razão, mas tudo que eu fiz foi justamente pela minha família. – Meu pai dizia dessa vez me olhando – Tudo começou quando os negócios estavam em colapso, se eu não fizesse algo, nossa família entraria em falência realmente, e você Bia estava na faculdade, seu irmão na escola, estava tudo tão perfeito, então eu tive que fazer algo...

_ Aí você escolheu o narcotráfico, os fraudes, os golpes com outras pessoas.. – Dizia sarcástica – Que ótimo pai você é! – Disse em uma risada misturada com choro.

_ Talvez vendo assim eu seja o monstro, mas foi assim que dei tudo do bom e do melhor para você, seu irmão e sua mãe.

_ Ah ! E agora você vai pra cadeia, do adiantou isso tudo? – gritei.

_ Eu não vou para cadeia, eu já fiz de tudo para continuar aqui com vocês. – Ele disse com um sorriso no rosto e os olhos marejados, ele estava doente, louco... Era essa a única explicação que eu conseguia imaginar.

_Não pai, um estelionatário, traficante e assassino, não pode ficar impune, nem mesmo sendo o meu pai. – Disse enxugando as lágrimas e respirando fundo.

_ E nem preciso dizer que esta demitido e nossa sociedade acabou não é? – Alfredo disse.

_ Eu não preciso da sua empresa, Alfredo. Na verdade, agora que o caso foi fechado, eu não preciso ficar aguentando seu enorme ego, eu não preciso da merreca que ganho aqui, eu ainda tenho minha fortuna. – Ele disse rindo e aquilo me deu mais coragem de enfrentá-lo

_ Uma fortuna que não poderá usar na cadeia. – Disse e ele me olhou confuso.

_ Filha, eu já falei que não vou ser preso.

_ Eu tenho provas suficientes para dizer que você vai sim. – Disse segura.

_ Como.. O quê? Você é minha filha.. não pode.

Alfredo abriu a porta e o olhei confusa, fiquei surpresa também ao ver Gabriel e mais dois homens entrarem na sala.

_ Desculpe Bia, mas eu tomei essa liberdade, e eu sei o quanto isso custará para minha empresa mais um escândalo, mas eu creio também que isso é a coisa certa a se fazer. - Alfredo disse me olhando com um sorriso leve confortador, e então peguei o pendrive em minha bolsa e encarei meu pai mais uma vez, não vi arrependimento.

_ O que? Vão invadir aqui e me prender? Não podem fazer isso. - Meu pai disse rindo.

_ Primeiro, eles entraram aqui com meu convite, não é uma invasão, a empresa é minha. – Alfredo dizia – E bem, eles só vão te prender se... – Alfredo me olhou e eu entendi.

Respirei fundo e caminhei até Gabriel que me olhava atento:

_ Creio que isso seja suficiente para fazer o seu trabalho. – Disse entregando o objeto para Gabriel que me olhou surpreso.

Não me prendi muito naquilo, eu queria acabar logo com todo aquele momento, caminhei até o meu pai que me olhava espantado e decepcionado, mas não via remorso.

_ Então é isso? – Ele me perguntou.

_ É isso – afirmei – Adeus pai. – Falei e uma lágrima escorreu em meus olhos, mas antes que eu saísse, ele se aproximou e beijou a minha testa, e logo concretizei que aquilo era mesmo uma despedida.

_ Eu não posso te pedir perdão – Ele disse ainda concentrado em meus olhos – Mas eu te amo por toda a vida. – Arfei surpresa com suas palavras, logo os dois homens algemaram meu pai e o retiraram da sala, ainda estava paralisada ali no centro, ouvia toda movimentação, mas era como se eu estivesse desligada.

_ Bianca? – Senti alguém pegar no meu ombro e logo sai do meu transe, olhei e era Gabriel, todo mundo já havia saído e estávamos sozinhos no lugar.

_ Tudo bem? – Ele perguntou me analisando.

_ Anram. – Disse balançando a cabeça e enxugando as lágrimas.

_ Nem consigo imaginar a dor que está sentido...

_ Eu vou ficar bem, Gabriel. – Disse o interrompendo – E me desculpe...

_ Eu sei. – Ele disse dessa vez me interrompendo – E não precisa se desculpar, ele é seu pai, claro que acreditaria nele. Mas que bom que descobriu toda a verdade.

_ É .. –Disse suspirando.

_ Perdão por me aproximar de você por causa da investigação – Ele me olhou arrependido.

_Tudo bem, você estava fazendo seu trabalho. – disse e ele colocou um leve sorriso no rosto, ele se aproximou e colocou a mão no meu rosto...

_ Chefe... – um homem disse entrando no escritório e nos encarou envergonhado- Desculpa, é que está tudo pronto.

_ Ok, eu já estou a caminho. – Gabriel disse tirando a mão do meu rosto.

_ Fica bem, Bia, e adeus. – Ele disse saindo da sala.

***

Cheguei ao hotel de Daniel, estava faminta e louca para encontrar Dylan e abraça-lo depois da manhã terrível que tive, fora que a prisão do meu pai estava estampado em todos os blogs de noticias. Entrei no hotel e logo recebi uma mensagem de Dylan:

“ Amor, vou atrasar. Já vi os blogs de noticias, então acho melhor você me esperar no apartamento de Daniel, já liguei avisando. Beijos”

Entrei no elevador e logo cheguei na cobertura, e quando á bater na porta do apartamento de Daniel, Caroline abriu a porta e me encarou espantada e pálida, ela estava com os cabelos bagunçados e com as alças das blusas mal colocas, tinha o sapato, a bolsa e o casaco na mão, bom, não precisa ser muito gênio, para imaginar o porquê dela está ali.

Eu a olhei por mais três segundos e tropecei para trás de tanto rir, Caroline bufou, revirando os olhos e começou a vestir o casaco e calçar o sapato mais calma.

_ Estava saindo de fininho é isso? – Perguntei entre risos.

_ Mais ou menos, Daniel disse que você e Dylan estavam vindo pra cá. – Ela disse bufando e logo Daniel apareceu atrás da porta vestindo a camisa.

_ Eu falei pra você ficar. – Daniel disse rindo também.

_ Você achou que podia esconder isso de mim? E por quê? – perguntei rindo.

_ Olha, isso não aconteceu. Você não me viu aqui. – Caroline disse caminhando até o elevador.

_ Ei e o meu beijo de despedida? – Daniel gritou pra ela.

_ Ah vai te catar, Daniel. – A loira disse entrando no elevado

...

Daniel estava no telefone ele pedia para trazer a nossa refeição para o seu apartamento, já que descer no restaurante estava fora de questão. Me acomodei no sofá e logo vi Dylan entrar no apartamento, o abracei forte, como eu precisava daquele abraço.

_Desculpe, meu pai não tinha direito de chamar a policia para prendê-lo em sua frente. – Ele disse e depois me deu um beijo no canto da boca e logo voltei a sufocá-lo com meu abraço, me sentia confortável ali.

_ Acho melhor a gente ficar longe da TV e seus noticiários. – Daniel disse desligando a TV que passava uma noticia da prisão de meu pai.

A campainha tocou e Daniel atendeu voltando de lá com um carrinho cheio de pratos deliciosos.

_ Acho que depois da manhã terrível que você teve, merece um almoço de rainha. – Daniel disse piscando e sorri.

***

_ Ei devolve, esse é o ultimo pote de sorvete. – Julia disse para Dylan que devorava o pote de sorvete de chocolate da irmã.

_ Guloso. – Disse rindo da cena.

_ Olha só quem fala, esse é o seu segundo pote de sorvete. – Dylan disse e revirei os olhos.

_ Ela adora sorvete mais do que qualquer coisa. – Lucas disse rindo, era bom o vê-lo sorrir, desde que eu e Dylan conversamos com ele sobre o acontecido com o meu pai ele chorou bastante.

Julia teve a ideia de assistirmos um filme juntos, ela e meu irmão estavam bem próximos, mas mesmo aquela tarde de sorvete e filmve não eram suficientes para animá-lo, mas eu , mais do que ninguém, entendia que era difícil se distrair dos pensamentos sobre o acontecido. Mamãe estava trancada no seu quarto e não queria falar com ninguém, ouvi seus soluços e seus choros mais cedo, mas ela precisa de um tempo sozinha, afinal descobri que o seu marido e homem com quem dividiu a vida por mais de 25 anos é um bandido deve ser tão difícil como descobrir isso de seu pai.

Conversávamos assuntos aleatórios e já me sentia feliz ao ver Lucas mais envolvido e menos triste, aproveitei aquele momento e desci na cozinha para buscar uma água, era estranho estar na minha antiga casa, pois cada cômodo dela tinha lembranças de nossa família unida.

Caminhava de volta ao quarto de Lucas que era onde nós assistíamos ao filme, mas antes mesmo de subir as escadas ouvi barulho de vidros quebrados vindo do escritório do meu pai. Abri a porta e vi minha mãe em choro quebrando os objetos dos locais.

_ Desgraçado... – Ela gritava, mas parou quando me viu.

_Mãe mantenha calma. – Disse me aproximando.

_ Não acredito que seu pai fez isso comigo, ele me deixou aqui sozinha, ele destruiu a imagem de nossa família, ele nos enganou... – Ela falou chorando.

_ Mãe, vai ficar tudo bem.

_ Não vai não, ele está preso e por culpa sua também. Por que tinha que entregar ele para policia? – Ela gritou indignada – Nós poderíamos resolver isso, iria ficar tudo bem.

_ Mãe, ele é um criminoso. Olha a loucura que a senhora ta dizendo. Queria que continuássemos vivendo em segredos e mentiras?

_ Mas ele ainda estaria aqui... – Ela disse chorando.

_ Eu sei que você é o ama e é difícil, mas temos que aceitar, vamos sobreviver sem o João Pedro.

_ Não chama ele assim, ele é seu pai. – Ela gritou novamente.

_ Que é um assassino e que está preso. – Disse fria.

_ E ainda sim continua sendo seu pai. – Ela disse, enxugando as lágrimas e se aproximou de mim.

_ Eu vou para uma reunião com um advogado, ver o que pode ser feito, ver se consigo falar com João Pedro, você não vem... – Ela dizia com a voz embargada pelo choro.

_ Eu vou ficar com Lucas, e tudo que eu tinha que falar com ele já foi falado. – Disse limpando uma lágrima que escorreu em meus olhos.

***

2 semana depois:

O local estava um estresse total, funcionários andando de um lado para outro com roupas, arrastando modelos, outros arrumando o cenário, e tudo para deixa o evento de Isabelle perfeito. Hoje ela lançaria sua nova coleção, depois de quase dois meses de preparo hoje teria o desfile.

_ Estou com a lista dos convidados e seus assentos, e vejo que você não colocou a Luana Belinque na primeira fileira, você pirou? – Isabelle falava estressada com uma estagiaria – Ela é a principal editora de moda do país, sua tonta.

_ Não seja malvada. – Disse interrompendo e dando um copo de água para Isabelle, que respirou fundo e bebeu.

_ A ultima vez que a vi tão estressada foi no fashion Rio. – Caroline disse para Isabelle.

_ Isso porque você não estava comigo no Paris Fashion Week. – Isabelle disse devolvendo o copo vazio pra mim.

_ E o que você ainda faz aqui? – Isabelle disse me fuzilando – Vai já pro camarim se preparar, você vai abrir o desfile. – Ela disse estressada e a olhei com medo, Isabelle conseguia ser extremamente neurótica quando se tratava de eventos importantes que envolvia sua grife.

_ Tudo bem, vamos com calma, Bianca você vá para o Camarim e Isa trate já de se desestressar, deixa comigo, esse evento precisa um pouco de Caroline. – A loira disse rindo e tomando a prancheta das mãos de Isa.

_ Você já arrumou a ordem dos assentos? –Caroline perguntou para estagiaria que confirmou – Ótimo, agora chama o assessor de imprensa pra mim, cadê o eletricista? Precisamos de mais iluminação nessa passarela. – Caroline saiu gritando com todos os funcionários pelo local e tudo pareceu realmente funcionar, ela realmente era boa com isso.

...

Juliana, minha maquiadora, pincelava meu rosto, quase durmo durante a maquiagem, essa semana foi cansativa e praticamente a onde eu me encostava eu dormia.

_ Bi, chegou isso pra você – Roberta disse me entregando um envelope amarelo grande.

_ Enviaram pra cá? Que estranho. – Disse pegando o envelope e tentando abrir.

_ Ah não depois você ver, só falta uma hora pro desfile começar, precisa se vestir. – Roberta disse me puxando da cadeira e me passando uma cruzeta encapada por uma lona.

Coloquei o envelope na bolsa e me deixei ser arrastar por ela.

...

_ Acho que trocaram suas medidas, esse vestido está um pouco apertado na cintura. – Isabelle disse me observando – Em compensação as mangas estão folgadas. – Ela disse enfiando alfinetes em minha roupa.

_ Está um pouco apertado mesmo – Disse me incomodando com o vestido.

_ Dá de respirar? – Isabelle disse costurando algo perto das mangas no vestido.

_ Um pouco.

_ Ótimo! – Ela disse se afastando e me rodando – Esta perfeito e não estrague com o vestido, não coma, não beba... Ah você ta tão linda. – Ela disse me abraçando.

_ Nossa seu humor está me matando. – Disse rindo.

Ainda abraçada com Isabelle que ria, vi o meu marido mais gato entrar no camarim acompanhado do melhor amigo, eles pareciam perdido no meio de tantas modelos e maquiadoras, até nos avistarem.

_ Nossa, isso é o paraíso. – Daniel disse olhando para algumas modelos que ainda se vestiam.

_ O que fazem aqui? Não é permitida a entrada de homens aqui. – Isa falava estressada.

_ E ele? – Daniel apontou para Junior que arrumava uma outra modelo.

_ Bom, eu não sou exatamente homem, bonitão. – Junior disse rindo.

_ De qualquer forma, eu só passei pra te desejar boa sorte. – Dylan disse me dando um selinho.

_ Obrigada. – Disse me agarrando ao seu pescoço.

_ Você esta incrivelmente sexy nessa roupa. – Dylan disse sussurrando e mordendo o meu lóbulo.

_ Ah que nojo! – Caroline disse entrando no camarim e revirando os olhos pra mim e Dylan.

_Agora sim, realmente estou no céu. – Daniel disse observando Caroline que corou ao vê-lo.

_ Isa, a imprensa ta te esperando, vamos logo! – Caroline disse nervosa e puxou Isa para fora do local.

_ Quando essa mulher vai perceber que nascemos um para o outro? – Daniel disse rindo e passando as mãos nos cabelo, ele era realmente muito bonito e as modelos ao redor, todas o olhavam com desejo, mas ele foi correndo atrás da loirinha.

***

O desfile havia sido um sucesso e todos os sites de moda aclamavam e tinham boas criticas a respeito da coleção de Isabelle. Na saída do local alguns jornalistas fizeram perguntas a respeito do meu pai, eu não respondi nenhuma delas, na verdade desde sua prisão me distanciei de tudo que envolvia ele.

_ Aqui estão suas coisas, Bia. Parabéns, você estava linda. – Roberta disse me entregando minha bolsa.

_ Obrigada, Rô. Até amanhã. – Disse entrando no carro de Caroline

_ Pensei que iria terminar a noite com o Daniel. –Disse a provocando.

_ Engraçadinha, foi uma recaída o que aconteceu semana retrasada e desde lá eu venho evitado ele muito bem, obrigada. – Ela disse ligando o carro

_ De qualquer forma vai encontrar ele na boite. Dylan me mandou mensagem e disse que ta com o Daniel me esperando. – Disse rindo.

_ Tomei providencias quanto a isso e chamei um acompanhante. – Ela disse misteriosa.

_ Acompanhante uhh!! – Disse rindo – E quem é? – perguntei curiosa.

_ Ah é um antigo voluntário da ONG, ele voltou há alguns dias a trabalhar conosco. – Ela disse concentrada no volante.

_ Ah ta, falando em ONG, to morrendo de saudade das crianças. – Realmente eu estava, esses últimos dias não tive tempo de ir à organização.

_ E esse meu acompanhante, na verdade, é só meu amigo. – Ela disse nervosa e franzi minha testa confusa. _ Essas duas semanas que você faltou, eu o adulei para voltar, porque sei que ele gostava da ONG e eu estava em crise com o Marcelo e sem você, aquilo tava uma bagunça, enfim, as crianças sentiam falta dele e ...

_ Não vai me dizer que esta falando do Gabriel ? – Perguntei assustada e ela mordeu os lábios e me olhou com receio.

_ Caroline, você pirou? Depois de tudo, você ainda ... Ah não acredito nisso. – Falei irritada.

_ Ta... Eu sei que ele estava investigando você, mas nem tudo era mentira e eu e ele somos amigos e preciso dele hoje pra me manter afastada de Daniel e não fazer besteira.

_ E eu devia te jogar desse carro. – falei revirando os olhos e ela sorriu.

Caroline dirigia o carro em silencio, eu estava irritada com ela, e não é por menos.

_ Ah Bia não vai ficar assim comigo o tempo todo, vai? – Caroline disse bufando.

_ Eu ainda estou pensando. – Disse e ela riu.

_ E o que é esse envelope enorme aí dentro? – Ela perguntou olhando para minha bolsa.

_ Sei lá, recebi hoje no evento. – Disse pegando o envelope.

_ Não vai abrir? – Ela perguntou.

Peguei o grande envelope e avaliei melhor, não tinha nada escrito, não tinha remetente e nem estava endereçado.

_ Estranho. – Disse abrindo e Caroline estacionou o carro e me observava.

_ Estranho por quê? – Ela perguntou.

_ Não tem dizendo quem enviou. – Falei, tirando um monte de papeis fotográficos de dentro – São fotos, eu acho. – Disse olhando para Caroline que logo entendeu e ligou a luz interior do carro.

Podemos assim enxergar melhor e ver outra vez que eu fui enganada de novo, e isso vinha acontecendo com tanta frequência que não sei se teria mais força pra superar isso.


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Notas finais do capítulo

Espero vcs nos comentários, beijoos!!



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