Terapia Alternativa escrita por Fenix Carvalho


Capítulo 2
O começo e um plano




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550369/chapter/2

– Hey mãe, como está?

– Hey bebê, estou bem e você, Callie e Sofia.

– Estamos bem e você e papai? E mãe não sou mais um bebê.

– Querida quando Sofia vai deixar de ser seu bebê?

– Nunca.

– Então querida você nunca vai deixar de ser meu bebê, eu e seu pai estamos ótimos curtindo o sol do Caribe, então como estão as coisa em Seattle?

– Estamos bem mãe, Callie está no hospital e Sofia está brincando no quintal.

– Então porque essa vozinha triste?

– Callie e eu queremos outro bebê, só que ela não pode engravidar devido a umas aderências que surgiu depois do acidente, então tentamos uma barriga de aluguel e fomos reprovadas.

– Por que você não engravida então?

– Por que Callie ainda não confia plenamente em mim e acho que nem eu.

– Arizona você e Callie já consideram ir a terapia?

– Callie não acredita em terapias, nossos amigos fizeram terapias e os casamentos acabaram, mãe não quero que meu casamento com Callie acabe, mas já não sei mas o que posso fazer para seguirmos em frente sem ter sempre esse fantasma do passado a nos rondar.

– Querida ninguém disse a vocês que uma reconciliação seria fácil.

– Eu sei mãe eu sinto que mudei que sou uma outra pessoa me sinto mais forte e feliz, mas Callie ainda não acredita plenamente nisso.

– Filha desculpe perguntar, mas como anda a intimidade de vocês, eu quero dizer vocês tem se entendido na cama?

– Mãe essa não é uma coisa que a gente fala com os pais.

– Arizona tudo a gente fala com os pais, principalmente quando estamos em apuros e precisamos de ajuda e não se preocupe seu pai está no banho, ele não vai ouvir essa parte.

– Bem Callie é sempre muito quente e carinhosa, não posso dizer que está ruim, mas sinto que falta algo que não sei dizer o que é.

– Então?

– Sinto Callie distante e eu também me sinto distante dela, as vezes não temos o que falar e Callie sempre foi muito faladeira, ela anda mais quieta do que de costume.

– Então fale com ela.

– Eu não sei o que falar, tenho tanto para falar, mas tenho medo de falar.

– Querida do que você tem medo?

– De Callie ir embora de novo.

– Ela já demonstrou vontade de ir embora de novo?

– Não, mas passado quando as coisas eram muito ruim, ela aconselhou a Bailey a fugir do casamento e depois ela foi embora.

– Querida vocês não estão mais no passado e são outras pessoas e precisam lidar com isso, e precisam conversar você acha que eu e seu pai teríamos um casamento de quarenta anos se não conversássemos sobre como nos sentimos em relação as coisas que nos aconteceram durante a nossa caminhada? Pense nisso querida arrume um jeito de falar com Callie e não deixe mais fios soltos na sua relação com ela para que no futuro as coisa não fujam do controle de vocês.

– Você também pensa como ela que eu não sou confiável.

– Arizona você confia em si mesma?

Arizona parou por um momento para pensar e respondeu.

– Eu não sei.

– Então querida se você não confia em si mesma como sua esposa pode confiar em você? Você entende isso?

– Sim acho que sim mãe eu entendo.

– Ei o seu pai saiu do banho vou colocar no viva vóz e chame minha neta preciso ter um pouco da sua alegria.

– Claro, hey papi como está?

– Hey Flor do Dia, muito bem e descansado, e você, Sofia e Callie.

Depois de mais de trinta minutos falando com os pais e Sofia falando com os avós Arizona terminou o jantar, ela e Sofia comeram, lavou a louça ajudou a filha com o banho e a colocou para dormir, ela mesma tomou banho e se colocou sentada na cama fazendo uma pesquisa de sobre terapias de casal alternativas ela tinha um plano e sorriu para si mesma e pensou, "Eu tenho um plano, eu sempre tenho uma plano".

Alguns dias depois uma nova conversa se desenrolava no laboratório de ortopedia.

– Callie é só um final de semana, é um hotel só para casais dar um tempo para aconselhamentos e divertir juntos, por favor Callie pense um pouco.

– Arizona é uma terapia de casais, você sabe o que penso sobre terapias de casais Bailey e Truker, Shepherd e Addison, Cristina e Owen, fizeram terapia e o casamento deles: no lixo.

– Calliope por favor! Olha pelo menos veja o site, eles dizem aqui que participaremos de algumas palestras e o restante será dedicado a atividades de casais, para reconectarmos, há quanto tempo não fazemos algo juntas, não dedicamos um momento só pra nós, pense Calliope pense pode ser muito bom.

– Não me chame de Calliope e não faça essa cara, eu não vou ceder para essas covinhas.

– Calliope por favor!

– Isso é desonesto Arizona, usar Calliope, covinhas, sorriso branquinho e olhos azuis brilhantes na mesma frase.

– Pense Calliope, nós duas sozinhas em um quarto de hotel...UHMMMM

– Tá bom pode nos inscrever nesse hotel fazenda ou sei lá o nome que você dá a isso, acho que não vou morrer de passar um final de semana no meio do mato com minha esposa, espero que você saiba me recompensar.

Arizona pulou no pescoço da esposa e a trouxe para um beijo caloroso, como uma criança que acabara de ganhar um presente de natal. Callie enlaçou sua cintura.

– Calliope eu saberei te recompensar.

– E Sofia? Nossa agenda?

– Com os Shepherds, eu cobrei um favor dele. Owen nos liberou por quatro dias consecutivos.

Callie sorriu com sua esposa ainda pendurada em seu pescoço e seus braços em volta de sua cintura.

– Pelo jeito você pensou e já organizou tudo.

Na sexta-feira seguinte elas desembarcavam em um pequeno Aeroporto em uma pequena cidade quente, em algum lugar ermo no meio do nada, um rapaz bastante jovem em roupa de safari com um sorriso simpático estampado no rosto e uma van as aguardava na porta de desembarque do pequeno aeroporto.

Callie por um momento sentiu vontade de entrar novamente no avião e voltar para Seatlle, para o meio da civilização, mas Arizona parecia tão empolgada com esse passeio de índio que não parava de sorrir, o que por algum momento a fez duvidar desse mesmo sorriso, mas ela havia se empenhado tanto em convencê-la a estarem ali não queria decepcioná-la, então se esforçou em colocar um sorriso no rosto e convencer seu cérebro que isso era divertido.

Arizona tratou de colocar um belo sorriso no rosto ao notar um pouco de decepção no rosto de sua esposa, mesmo achando que seu plano não estava começando muito bem, o lugar não parecia em nada com o que ela tinha visto no site, mas tinha sido cuidadosa em ler todos os comentário o que na maioria eram bons, então esperava que isso melhorasse, pelos menos estava torcendo internamente que isso realmente melhorasse ou seu plano iria para águas abaixo.

– Boa tarde vocês devem ser Dra. Torres e Dra. Robbins, sejam bem vindas eu sou Jeremy e vou levá-las até o hotel.

O rapaz fez um cumprimento bastante empolgado e recebeu de volta outro não tão empolgado assim das mulheres assim como várias perguntas sobre o local principalmente de Callie, que estava um pouco indignada que Arizona as tinham levado no meio daquele calor e no meio do nada para recuperam sua intimidade, com todo aquele calor o que eles precisam e ficar longe uma da outra pensava, como se reconectariam assim.

Arizona por outro lado estava achando que seu plano estava indo por águas a baixo e que tinha sido enganada, ela sorria para não chorar mas não achava que iria conseguir isso por muito tempo.

Depois de uns quarenta minutos de viagem por um estrada de terra no meio do mato, elas nem acreditavam que existiam lugares assim ainda no Estados Unidos eles chegaram a uma lindíssima fazenda toda arborizada, com uma casa enorme em uma construção moderna e limpa, a grama reluzia o verde sobre o sol quente, ao fundo dava para ver uma enorme piscina de pedras com cascata que dava ar de fresco ao ambiente, em um lado podia ser visto um salão muito bem decorado que ambas deduziram ser o restaurante a construção situava dentro de uma depressão e em volta era visível vários chalés tudo apresentava ser de muito bom gosto e conforto.

– Bem Senhoras sejam bem vindas ao Acampamento Renascer para Casais, bem como vocês podem ver essa construção grande é nossa sede onde vocês podem encontrar os alojamentos de uso comum como a recepção, o restaurante, o bar, a piscina, o salão de palestras e ao redor são os chalés dormitórios, na parte de trás da construção temos um belo lago com uma linda cachoeira convidativa para um refrescante banho. Estamos recebendo por vez apenas quinze casais e não permitimos crianças para preservar a liberdade dos mesmos.

As duas mulheres estavam deslumbradas com o lugar, tudo parecia lindo, logo duas pessoas apareceram e pegaram suas malas enquanto as duas faziam seu chekin e logo foram conduzidas a um chalé.

Dentro do chalé encontraram uma outra surpresa, ali dentro era tudo lindo até o clima era mais fresco além de uma cama enorme, havia em um canto uma banheira branca de hidromassagem para duas pessoas, com um deck em madeira que dava em uma janela de vidro com vista para floresta e muitos produtos de banhos em um canto, que agradou em muito Callie, no lado oposto uma pequena varanda com uma rede armada e uma mesa com um belo lanche sobre ela e duas cadeiras e de frente para cama uma pequena sala com um sofá de dois lugares alguns pufs, um tapete felpudo que parecia muito fofo de frente para uma lareira, tudo muito bem decorado em cores quentes que contratavam com as paredes em cores leves, produzindo um ambiente aconchegante e romântico.

Arizona estava encantada com a lugar se elas não conseguissem se reconectar nesse lugar, então não saberia mais o que fazer.

– Bem senhoras fiquem a vontade, o jantar acontece às dezenove horas até lá tem tempo livre para aproveitar o quarto o passear pela propriedade.

– Obrigada, as duas mulheres disseram ao mesmo tempo.

O recepcionista saiu do quarto deixando-as só no quarto.

– Então o que achou?

– Quer que seja sincera?

– Claro.

– A princípio achei que você tinha batido com a cabeça em algum lugar, porque tudo parecia sul real e absurdo, tive vontade de voltar para Seatle.

– Eu também.

As duas riram juntas.

– Bem o restante é tudo muito lindo, igual a você.

Arizona sentiu seu coração saltar ao peito ouvir sua esposa elogiando sua beleza não tinha preço.

– Então o que você quer fazer?

– Eu não sei de repente me senti nervosa e sem planos.

– Ok. Podemos tomar um banho de banheira com muito espumas enquanto comemos e depois dormir nuas.

– Callie!

– O que foi quase não temos oportunidade de dormirmos nuas, Sofia está sempre em todo lugar, isso sou rude, acha que sou uma mãe terrível?

– Claro que não, realmente depois que Sofia nasceu tivemos poucas oportunidades de dormirmos nuas, principalmente depois que ela começou a andar e dormir na cama.

– Então vamos aproveitar, vamos encher a banheira e fazer um piqui-nique dentro da banheira regado a champagne.

Arizona se encarregou de encher a banheira e Callie de buscar a bandeja de lanche e colocar ao lado da banheira.

Callie se despiu entrou primeiro se aconchegando em uma lado da banheira, seguida por Arizona que se sentou do ouro lado de frente para esposa ela queria contemplar sua beleza.

– O que foi?

– O que foi o que?

– Você está olhando.

– Estou contemplando sua beleza, gosto de ficar olhando, você é linda.

– Você que é linda.

– Essa água está ótima eu estava precisando relaxar um pouco, esse lugar é maravilhoso, confesso que quando chegamos imaginei passar três dias dormindo em uma barraca no meio do mato.

– Eu fiquei imaginando como seria isso.

– Não ia ser nada divertido.

– Não ia.

Elas começaram a rir, passaram um bom par de horas ali relaxando e comendo o maravilhoso lanche, elas começaram uma brincadeira divertida de se alimentarem uma a outra que logo tornou algo mais sexy.

– Quero fazer algo.

– O quê?

– Isso.

Arizona adorava morangos e principalmente saborear eles junto ao sabor da pele de sua esposa, algo que a muito tempo ela não saboreava, então começou a brincadeira em colocar o morango no pescoço de Callie e lambê-lo. Callie gemeu ao sentir a boca macia da esposa em seu ponto de pulsação.

– Unhunn, isso é muito bom.

Depois colocou outro pedaço sobre os seios de Callie e o mordeu deixando escorrer um pouco de seu suco pelos mamilos que foi prontamente lambido com muita paciência e bem devagar e depois sugado.

– Isso é melhor.

Arizona continuou a explorar as partes do corpo de sua amada que não estavam submersos pela água com sua boca, que por sua vez respondeu claramente com gemidos e com as mãos que estava gostando, depois de um tempo de relaxamento elas foram para cama e transaram.

Arizona contemplava a esposa dormindo, sua latina é muito linda e sexy, mesmo roncando, elas tinham feito amor de forma quente, calma e tranquila, Callie agora dormia nua ao seu lado, o sexo tinha sido ótimo, sexo com a esposa desde a primeira vez sempre foi algo inexplicável, mesmo na época de sua pouca experiência em estar com outra mulher, ela nunca deixou a desejar e hoje não foi diferente, mas algo estava faltando e pensando ela se lembrou de como era o sexo antes do acidente e anotou mentalmente ser isso algo que gostaria de falar com Callie mas ainda não sabia como fazer.

A noite elas participaram de um jantar de reconhecimento juntamente com mais quatorze casais que estavam ali pelo mesmo motivo se reconectarem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!