Número 002 escrita por roux


Capítulo 1
Dia da escolha.


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira fanfic original e eu espero que vocês curtam, capítulo curtinho e com algumas interrogações explicitas e outras ocultas. Leia, descubra, se apaixone e espere o próximo.



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O dia amanheceu nublado e a cidade está ainda mais triste. Não que isso não ocorra todos os dias, mas em dias cinza como esse. As pessoas ficam ainda mais tristes mais desanimadas e muito mais paradas.

Eu não me apresentei ainda, me chamo Akise Kane, eu tenho 17 anos. Eu vivo nesse lugar desde que me lembro. E bom, na verdade não lembro muito, as minhas lembranças são limitadas. Bom, eu não me lembro de muita coisa da minha infância, a não ser pelas bombas explodindo, ou dos gritos de horror. Pelo que parece tudo aconteceu, há 11 anos, então eu deveria ter seis anos. Lembro das palavras do meu pai até hoje. “Viva!” Mas não consigo entender o que isso significa. Ele e a minha mãe morreram, e me deixaram de brinde minha irmã, Yuno de presente. E como todos os irmãos mais novos, ela só me dá trabalho. Yuno é três anos mais jovem que eu, e está na fase “aborrecência” e a minha vontade as vezes é de quebrar todos os dentes que ela tem na boca.

– Akise! – A voz de Kun me chamava.

Bufei sentado em baixo da grande árvore no centro da floresta.

– Aqui! – Respondi para que ele fosse guiado pelo som da minha voz.

Não demorou muito e eu senti Kun sentando-se ao meu lado. Olhei pra ele que sorria pra mim carinhosamente. Kun é o meu melhor amigo, ele tem cabelos vermelhos, e olhos meio avermelhados, não me pergunte o porque, não faço idéia. Ele diz que é por conta das toxinas que ele foi exposto ainda na barriga de sua mãe. Ela era uma drogada. Kun era um garoto atlético e muito forte, seus músculos sempre ficam expostos na suas camisetas, ele é realmente forte, e uma próxima vez eu conto como um cara assim ficou amigo de um garoto como eu.

– Estive procurando você em todo lugar. – Kun disse com sua voz, grave e bonita.

Eu não podia negar, Kun mexia comigo. É, eu sei, sou estranho, eu não me imagino gay. Não me imagino namorando outro cara, mas Kun mexia comigo.

– Akise?! – Kun chamou minha atenção.

– Sim! – Respondi agora olhando em seus olhos vermelhos.

– Eu estava procurando você, não te encontrava em nenhum lugar, fiquei preocupado. – Kun disse.

– Eu só queria pensar... – Eu disse baixo.

– Não se preocupe Akise. Você com certeza não será escolhido. – Ele falou afagando meus cabelos. – Eles sempre escolhem os caras mais fortes como eu. – E então ele riu.

– É aí que mora o problema. – Eu disse baixo. – Eu quero ser escolhido!

Kun me olhou meio irritado e então me deu um tapa. Um tapa bem forte por sinal.

– Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – Respondi irritado.

– Você tem merda na cabeça? E a Yuno? E a Nora? – Ele me perguntou.

Eu apenas sorri, na verdade eu estava nem aí pra Nora. Ela era minha namorada, mas me traia mais que qualquer coisa. Ela não tinha importância pra mim, desde que eu a peguei transando com o “Fortão” o capitão dos nadadores. Kun me olhou nos olhos esperando uma resposta a mais, bem melhor que apenas um sorriso.

– Eu sei, tem a Yuno. Mas eu sei que ela vai ficar bem. Eu preciso saber como é o mundo lá fora. Eu quero sair, quero ser livre. Sinto-me como um animal no zoológico. – Eu disse sério. E eu só sei o que é zoológico, pois vejo nos livros da escola, nunca fui a um.

– Não fale merdas, pirralho. Se eles nos coloram aqui, é porque o mundo lá fora deve estar uma desordem absurda. E eu te quero aqui em segurança, não lá fora fazendo sei lá o que! – Kun disse.

– Mas... – Eu comecei.

– Mas nada, Akise. Já parou pra pensar no que será que acontece com as pessoas escolhidas? E se elas simplesmente forem mortas, aqui dentro está cheio de gente. E eles sempre trazem novatos e vão descartando os mais velhos. Não diga que quer sair daqui. – Kun me olhou nos olhos. – Tire esses pensamentos da cabeça Akise!

Eu apenas balancei a cabeça afirmativamente e então sorri. Ele se levantou e me estendeu a mão.

– Agora vamos, vamos procurar alguma coisa pra fazer, aliás, hoje é sábado. – Ele disse sorrindo.

O dia ficou mais animado depois que encontrei com Kun, e passou mais rápido do que eu esperava. Fui pra cama cedo. Eu dividia meu dormitório com Kun e Yuno. Ela ficava comigo por que era minha parente, quem quer que nos tenha colocado ali, não gostava de separar as famílias antes do dia da escolha. Fiquei pensando no que aconteceria amanhã no tão esperado dia da escolha até cair no sono.

Acordei cedo com o barulho da sirene, todos os dias de escolha aquele maldito som tocava as 5:00h da manhã nos indicando que as 6:00h era preciso estar no grande pátio da cidade para a cerimônia de escolha.

Assim como o planejado eu estava lá junto dos meus amigos, dos meus colegas e da minha namorada. Ela como sempre não soltava a minha mão, mas a qualquer garoto bonito que passava ela olhava. Seria uma pena se ela visse que eu também olhava.

– Mais um dia de escolha, isso é tão chato. – Nora disse.

– Fique quieta, vai começar. – Kun repreendeu minha namorada. Ele era o mais velho do meu grupo e mais chato também.

Drika então surgiu no palco, como sempre ela não sorriu.

– Hora de escolher, garotos. – Ela disse séria. – Sortearemos quatro de vocês e então serão levados para ouvirem as maiores explicações do que significa ser escolhido. – Ela olhou séria em volta e parou o olhar em mim. Senti meu coração parar e então ela continuou. – Os demais que não forem escolhidos vão logo para suas aulas complementares de domingo, porque amanhã as atividades voltam ao seu rumo normal.

O tempo passou e ela explicou, deu bronca sobre mais algumas coisas.

– Então vamos logo ao que interessa certo? – Drika disse com um meio sorriso.

Então dois homens vestidos de roupas de soldado pretas entraram trazendo duas caixas transparentes cheia de papel com os nomes dos escolhidos. Uma contendo os nomes das garotas e outra contendo os nomes dos garotos.

– Vou começar! – Ela então pegou o nome dentro da caixa masculina. – Kun Spring. – Ela olhou em volta procurando quem era.

Kun então levantou a mão. Lembrei então do que ele disse sobre eles sempre escolherem os maiores. Kun se dirigiu até o palco e Drika foi pegar o nome de uma garota.

– Armani Salandra. – Ela disse.

Eu não conhecia a garota.

– Akise Kane! – Ouvi a voz de Drika chamar meu nome e então olhei pro palco, pude ver os olhos vermelhos de Kun se arregalando de nervoso e susto.

Olhei para Yuno e ela me abraçou forte, eu estava feliz por isso, agora iria descobrir o que havia lá fora. Mas saber que deixaria minha irmã me partia o coração.

– Yuno Kane! – Drika disse por fim.

O que? A minha irmã? Eu não teria de abandoná-la? Isso era bom demais pra ser verdade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Curtiram? Espero que sim, deixem seu comentário que isso vai ajudar muito. E lembrem-se, autores gostam de comentários. Beijos.



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