Caminhando Com A Morte - Hiatus escrita por Saibotris


Capítulo 5
A Fuga


Notas iniciais do capítulo

OI OI GENTE AMADA, AQUI QUEM FALA É A PIOR AUTORA DESSE MUNDO.
Me desculpem por ser tão má :c Já expliquei antes a razão de não ter postado, e agora, finalmente, estou atualizando aqui. Desculpa de verdade, e vou obviamente compreender o motivo de muitos abandonarem a história após esse capítulo.
PS: Dedico esse capítulo pro Paul/Ariel/Eduardo/Duduzin/Lusca/Lusguenha ou seja lá o que ele preferir.



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Sarah corria pela floresta, estava ofegante, sem rumo, apenas queria fugir, apenas queria uma saída, não necessariamente física, mas sim, para o labirinto mental ao qual estava presa, confusa, triste, sentia a mesma dor de quando perdeu seu amigo, August. O que não sabia de fato, era o que estava perdendo.

Lembrou de alguns minutos atrás, quando sua mãe começou a fazer um escândalo, uma crise de loucura, tentou atacar os homens e todo o imaginável e inimaginável, tudo isso apenas para distraí-los e a filha conseguir fugir sã, o que quase conseguiu, por pouca coisa que perceberam, o que resultou em uma perseguição.

Corria pelo meio de uma floresta, sempre dando uma olhada para trás, vendo a distância que tinha dos outros. De fato, era algo difícil: Suas mãos atadas, e o tempo que se encontrava em tal situação começava a deixar sua respiração árdua, além de ter que checar sempre o espaço que a separava dos outros, Sarah queria desistir, mas, ela não desistiria, não agora. Não conseguiria aceitar caso desistisse e o sofrimento de sua mãe fosse em vão.

Ouvia alguns tiros à sua frente, e nesse momento sentiu um pânico maior ainda, poderiam ser mais homens? E caso fossem, seriam bons, ou mais daqueles que a seguiam, apenas esperando para uma emboscada? E se fossem zumbis sendo atingidos? Não sabia qual das opções seria pior, mas precisava descobrir. Aliás, se perguntava como não havia levado nenhum tiro até o momento, talvez não tivessem pego as armas, ou talvez quisessem-na viva à qualquer custo.

Olhou por alguns segundos para trás, estavam se aproximando um pouco, apesar de ainda estarem distantes. Ao olhar novamente para frente, pode ver que a floresta chegava ao fim, agora, aparecia o início de uma estrada, isso fez a garota recuperar as esperanças e tentar aumentar a velocidade.

Até Sarah não sabia a razão de ver uma estrada ter aumentado suas esperanças, mas antes que pudesse pensar em alguma explicação, ouviu alguns tiros, logo após, via na estrada alguns zumbis caídos no chão. Continuou a correr por mais alguns instantes, e os tiros não cessavam, cada vez mais próximos.

– Recuem, não vale a pena nos arriscar por ela. – Disse alguma das vozes que a seguia, seu tom era autoritário, um verdadeiro líder, do tipo que não arrisca a equipe inteira e suas vidas por apenas um prêmio.

Ao mesmo tempo em que isso era bom, era ruim. Ela se livrara daquelas pessoas, mas e as da frente? Demorou alguns segundos, Sarah não ouvia mais o som dos calcanhares pesados dos homens que a seguiam pela floresta, agora era apenas ela. Olhou para trás para confirmar se haviam parado de segui-la, então, sentiu seu corpo se chocar contra algo.

Merda. – Praguejou.

Sentiu o calor do asfalto, sua visão começava a ficar turva, algumas esferas pretas, azuis e roxas começavam a brincar por seus olhos, via as silhuetas de alguns corpos em decomposição vindo em sua direção, a única coisa que ouvia era um terrível ruído. Sarah tentava se mexer, mas não conseguia, logo, o primeiro ser a tocou.

“ – Diga. – Me dizia um homem alto, que apontava uma arma em minha direção.

Não. – Respondi firmemente.

Eu queria continuar vivo, mas não poderia colocar tanta coisa a perder. Isso é engraçado, ninguém nunca imaginaria o Mitchel, magricelo, nerd e careta sendo líder de um grupo de sobrevivência em um apocalipse. Ninguém nunca confiou em mim. Mas lá estava eu, sendo ameaçado para proteger meu grupo.

Pela primeira vez, pessoas confiaram em mim, deixaram de lado minha aparência física, criaram um laço comigo. Essas pessoas quase morreram para um dia me salvar, e se for para morrer hoje, não me importaria de morrer por elas, será uma morte por algo, nesse caso, alguém, merecedor.

Última chance. – Sua expressão dura me dava arrepios.

Vá para o inferno. – Cuspi as palavras. Literalmente, agora, uma poça de saliva tomava o rosto do homem.

Aquele “armário”, se é que assim posso dizer, já que nem esse móvel provavelmente teria tal tamanho, pegou uma agulha que estava na mesa ao seu lado, um sorriso surgiu em seu rosto ao encarar tal.

Você escolheu isto. – Sussurou.

Logo, sinto o objeto penetrando a carne entre minha unha e meus dedos, não consigo fazer nada além de tentar conter um gemido de dor, aquilo era horrível, me mate logo, por fav...”

Pela primeira vez, a visão da morte de algum dos zumbis foi interrompida, agora, um cadáver estava sobre o corpo quase desacordado de Sarah. A última coisa que a garota viu antes de perder a consciência foi o azul. Um azul intenso, belo. Poderia ser o azul do céu, mas nem o céu possuía uma cor tão bonita, era um azul que dava inveja ao céu, bem provavelmente ao mar também, já que, para descrever tal tom, seria no mínimo a mistura perfeita dos dois elementos, era a cor mais linda que a jovem já havia visto a vida inteira, então, nada mais viu.

Carl se ajoelhou ao lado da garota, tirou o corpo do zumbi de cima do dela, e a admirou por alguns segundos, sem saber o que falar ao certo. Na verdade, não se havia nada para falar, ela estava desmaiada, e de nada adiantaria, mas, foi como se o mundo do garoto tivesse parado por um curto período, sem explicações.

Ao voltar para a realidade, viu o esforço de seu pai para afastar os mortos de Sarah, que ainda era uma desconhecida para ambos, mas que por algum motivo, ao sair da mata, era como se já fosse uma peça importante de suas vidas que deveria ser protegida a qualquer custo.

Um por um, todos os zumbis já estavam mortos, Rick parou ao lado de Carl e encarou a menor.

– Ela está bem? – Disse com uma ruga de preocupação se formando em sua testa.

– Eu não sei. O único machucado visível é a poça de sangue em sua testa, pelo impacto com a árvore.

Rick pegou Sarah em seus braços, e junto com Carl caminhou até o encontro de Michonne, que se encontrava recostada em uma árvore, juntos decidiram que iriam descansar e cuidar da jovem até que ela acordasse, o que demorou menos do que o esperado.

– Onde estou? – Disse lentamente. Ela estava assutada ao recobrar a consciência, não apenas com o lugar estranho, ou com as pessoas que a rodeavam, mas sim, pela ausência de sua família.

Sarah olhava ao redor, algumas das esferas ainda brincavam nas laterais de sua visão, porém agora era mais fácil de enxergar. Se sentia cada vez mais oprimida, cada vez com mais medo, queria saber aonde estava, qual era a intenção das pessoas – Rick e Michonne eram os únicos que ela podia ver de seu ângulo de vista – e se elas estavam juntas com seus sequestradores. Seus olhos se enchem de lágrimas, e antes mesmo de receber uma resposta já começa a falar

– Por favor, não me matem. – Falou aos prantos.

– Se acalme. – Rick diz as palavras calmamente, e pousa a mão em seu ombro, um jesto de carinho. – Não vamos te matar, muito menos te machucar. Eu sou Rick, – Disse com um sorriso acolhedor – aquela é Michonne, e meu filho, Carl.

Carl se mexeu ao ouvir seu nome, dessa maneira, agora Sarah podia vê-lo, mas a garota ainda não o observara com atenção – apenas olhou de relance em sua direção –, estava focada demais em Rick, não o temia mais tanto depois de sua breve apresentação, provavelmente pela presença de seu filho ou algo do tipo, mas ainda estava receosa se deveria confiar naquelas pessoas ou não. Depois de alguns segundos de silêncio total, esticou sua mão e o cumprimentou.

– Sarah. – Um sorriso tímido e triste se estampara em seus lábios. – Meu nome é Sarah.


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