Clash Of Clans:O começo de uma nova era-Interativa escrita por Gladiadora
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal hoje o capítulo é o maior que eu já fiz pois tinha muitas ideias fluindo na cabeça e eu queria deixar tudo isso, mas enfim, espero que gostem XD
POV BAN
O medo não conseguia dominar meu corpo. Eu tinha coragem suficiente para lutar nessa guerra, e eu sabia disso. Mas, ao contrário de mim, todos e os magos e magas ao meu redor estavam nervosos e com um medo assombroso. Olhei para meu lado direito e vi Sora, uma amiga minha, sentada.
— Sora? — chamei ela vendo seu cabelo longo e branco com duas tranças presas por fitas pretas.
Vi um escudo roxo ser ativado nas suas costas, talvez ela pensou que fosse um inimigo. Depois de alguns segundos Sora o desativou. Ela virou repentinamente e me olhou com seus olhos penetrantes.
— Ban! — ela falou assustada — Quer me matar do coração?
— Não. Só aos Rivers. — eu disse calmamente — O que estava fazendo?
— Meditando, não percebeu? — ela falou com um suspiro — Preciso me concentrar para esta batalha.
— Entendo. — eu resposto arrumando meu cabelo — Parece que sou o único que estou tranquilo por aqui.
— Não sei como. A dez anos atrás a batalha foi sanguinária. Perdi parentes nessa guerra! — ela falou friamente.
— Eu também perdi parentes. — retruquei — Mas eu gostaria de ter estado lá.
— O que disse?! — ela perguntou assustada — Gostaria de estar naquela guerra?!
— Foi uma guerra sanguinária, não foi? — eu falei sorrindo no canto da boca — Eu teria protegido meus parentes e presenciado rios de sangue! Mas não tem problema. Vou fazer jorrar sangue de todas as tropas dos Rivers!
— Desculpe. — ela falou olhando para o céu — Mas não chego a ser tão fria assim. Você devia controlar seu desejo de matar.
— Realmente meu desejo é incontrolável as vezes. Mas eu considero isso como uma qualidade minha. — falei com uma leve risada.
— Pois fique com esse desejo para você. Para mim, basta desmaiá-los. Mesmo com a sede de vingança, prefiro pensar estrategicamente antes de agir.
— Cada um tem seu jeito de pensar e agir, Sora. — eu falei colocando meu capuz — Não vou culpa-la por ter medo de matá-los.
— Espera aí! — ela falou em um tom mais rude — Eu não tenho medo de matá-los! Apenas uso a cabeça antes de tirar uma vida de alguém. — ela disse nervosa, enquanto o vento forte balançava suas tranças.
— Está me dizendo que não uso a cabeça antes de agir? — eu falei ainda calmo — Está me chamando de burro?!
— Não foi essa a minha intenção, Ashiya Ban. — ela disse me fitando com seus olhos azuis — Eu disse que eu uso a cabeça antes de agir, se você usa ou não, o problema é seu. — ela retruca virando de costas.
— Muito bem...você sabe que não gosto de lutar com mulheres, senão você já teria levado um banho de sangue. — eu falei com uma pequena risada.
— Hum. — ela murmurou movimentando a cabeça para o lado — Todo homem não passa de uma fera por ser amansada.
— O que quer dizer com isso? — eu perguntei curioso.
— Simples. Nós mulheres temos o poder de domar vocês...porque em toda nossa fragilidade, encontramos a força de um homem! — ela falou jogando um ar cortante em minha direção.
Eu arregalei os olhos e desviei do poder, enquanto ela me olhava friamente ainda com o braço estendido.
— So-sora? — eu gaguejei.
— Arg. — ela falou me segurando — Acho que passei dos limites. Me desculpe.
— Porque toda essa raiva? — eu perguntei assustado.
POV SORA
— Eu...há muito tempo atrás...quando eu tinha sete anos, tentava liberar os poderes que o mestre da escola me ensinava. Mas eu falhava, falhava e falhava. Minha turma nunca teve muitas garotas, pois eu estudava numa escola mais humilde e mais afastada da vila. Eu me lembro muito bem dos garotos. Eles zombavam-nos por sermos mulheres e nunca termos o potencial deles... — contei, relembrando o passado.
“Andei pelo corredor percebendo os olhares de todo mundo. Peguei o que era necessário no meu armário, um frasco de poção, uma amostra de veneno de rato, uma luva de plástico e o meu caderno para anotações. Fui em direção ao laboratório, onde seria minha aula. Coloquei meu capuz e entrei na sala.
— Olha quem chegou...a menina que se diz maga. — um garoto falou e os outros começaram a rir.
Ignorei eles e apenas desejei com todas as forças que eles engolissem o veneno de rato.
— Não liga para eles, Sora. — minha amiga falou.
— Já não ligo a muito tempo. — falei revirando os olhos.
Assim que saímos da sala eles estavam andando na minha frente e pude perceber os gestos que faziam.
— Olhem só! — o menino falou mostrando seu bíceps — Eu estou mais forte agora.
— Sim, sim. E saiba que isso é um privilégio nosso, meninas nunca serão fortes. Por isso é que somos melhores. — o menino disse olhando para trás enquanto eu desviei o olhar.
— Chega! — eu gritei fazendo eles pararem no corredor.
— Que fera, em. Estou morrendo de medo. — o menino falou cruzando os braços.
— Se não fosse as mulheres, não existiriam os homens! Suas mães deram duro para carregar vocês nove meses na barriga! Suas mães dão duro para cuidar de vocês e ensinar o que é certo! Todas elas são mulheres e guerreiras! — eu gritei me ajoelhando no chão — Esse machismo de vocês...parecem bebês que não sabem o que falam! Nossa pele é a mesma que a sua, todos nós somos da mesma espécie, e todos nós podemos ser fortes! Se é de músculos que estão falando, ótimo. Se lembram da nossa ex-professora de química?! Ela era conhecida como hulk! E não interessa a força dos músculos e sim a força de vontade de vencer de cada um! — completei soltando uma lágrima.
— Sora está certa. Vocês não vão ficar zombando a gente pelo resto da vida! Vocês reconhecem esses nomes?! Watanabe Asako, esposa de Baltazar? — minha amiga perguntou.
— Sim... — eles sussurraram.
— Ela realizou uma explosão capaz de matar duzentos bárbaros de uma só vez! E sabem quem é Naomi Gomez?
— A terceira líder dos bárbaros? — eles perguntaram.
— Sim. Ela fez um furacão com suas espadas que destruiu um morteiro, sozinha!
— Mas elas...— um dos meninos disse pensativo — Elas são exceção, assim como nossas mães! Vocês são fracassadas! — ele falou e os outros concordaram, indo embora do corredor.
— Droga! Seus bebês machistas! — eu disse limpando a única lágrima que havia soltado.”
— Eu não sabia que você sofreu assim no passado! — ele falou me abraçando depois de ouvir a história.
— Peço desculpas pelo meu comportamento impulsivo. Não gosto de homens machistas desde a infância.
— Quanto a isso fique tranquila. Não sou machista. Só não gosto de lutar com mulheres porquê...eu me sinto no dever de protegê-las. Elas é que dão origem a vida...matá-las seria como matar umas vidas que poderiam estar nas barrigas delas. E outra, quem deve pedir desculpas sou eu. Te deixei nesse estado!
— Você está certo...tanto os homens quanto as mulheres têm direito à vida. E não se preocupe comigo. Um dia eu vou conseguir controlar esse ódio...já estou meditando para isso. — falei deixando o vento bater em meu rosto.
POV GEORGE
Caminhamos em direção a vila dos Rivers, em meio a uma mata. A lua já estava se pondo e nós caminhávamos silenciosamente para não chamar a atenção dos animais.
— Por favor, silêncio! — eu murmurei após escutar algumas vozes.
O silêncio voltou e finalmente pude enxergar a vila no meio da mata.
— A vila está ali. — eu disse parando de andar.
— Mas tem tropas nos acampamentos. — Tainá me contou após espiar a vila.
— Vamos esperar que elas saiam. Quando o inimigo menos esperar, atacaremos. — eu disse com um olhar estratégico — Quantas tropas temos no total, Rainha Tainá?
— Oito mil tropas, Rei George. — ela respondeu olhando nos rascunhos da guerra.
POV TAINÁ
Fiquei observando a vila poderosa a nossa frente. Meu coração batia cada vez mais forte, e o nervosismo tomou conta de mim. Eu só queria acabar logo com essa guerra e ver todos sãs e salvos. Meu corpo começou a tremer descontroladamente e eu mal conseguia manusear minha besta, além de sentir um pingo de suor escorrer da minha testa. Será porque é uma guerra sanguinária? Ou porque eu vou ser a primeira a entrar nela?
— Tainá. — alguém me chamou e eu dei um pulo de susto.
— Stevan? — eu perguntei assustada.
— Desculpe, não sabia que você estava distraída. — ele disse abaixado.
É, distraída é pouco para explicar o que eu estava sentindo...quer dizer, o que eu estou sentindo.
— Volte a sua posição. Não fique aqui de bobeira. — eu falei friamente.
Ele ficou mudo por um tempo como se eu tivesse entristecido ele com minhas palavras frias, e rapidamente meu coração se amoleceu.
— Ok...me diga, o que quer? — eu perguntei com um leve sorriso mas com um olhar preocupado.
— Eu preciso falar muito com você a sós. — ele murmurou se levantando.
— A guerra está prestes a começar. Depois conversamos. — eu alertei.
— Tainá! — ele disse normalmente e me encarou com seus olhos — É urgente! — ele falou segurando nos meus ombros.
Percebi que o olhar dele havia mudado...eu nunca tinha visto esse olhar de preocupação vindo dele. Ele segurava meus ombros com as unhas quase fincadas e respirava ofegante.
— Tu-tudo bem. — eu disse nervosa, mas aliviada porque ele tirou o peso de suas mãos dos meus ombros — Rei George?
— O que foi? — ele perguntou estranhando.
— Ainda vai demorar? — eu perguntei duvidosa.
— Receio que sim. Os acampamentos ainda não estão cheios...assim que eles encherem, as tropas vão à caça de ouro e elixir, e enfim esvaziarão o acampamento.
— Ótimo. — eu falei satisfeita com a estratégia — Eu vou ali e já volto.
— Cuidado. — ele alerta.
— Eu terei. — avisei, caminhando para me encontrar com Stevan.
Cheguei perto do Stevan. Ele me deu a mão e me puxou rapidamente.
— Achei um lugar mais escondido. — ele falou tirando alguns galhos do caminho.
Fiquei pensando o que ele queria me falar de tão secreto assim, a ponto de me levar a um lugar tão afastado...não estava entendendo nada. Assim que chegamos vi um espaço pequeno mas totalmente vazio, sem árvores e plantas pelo caminho, apenas com muitas folhas mortas no chão. Ele tirou sua mão e virou para mim.
— O que você quer falar de tão secreto? — perguntei estranhando seu gesto.
— É que eu...olha...eu não...— ele tentou dizer atrapalhado.
— Se for sobre aquela discussão terrível que tivemos naquela manhã, eu me recuso a conversar.
— Não quero brigar mais com você. — ele disse um pouco envergonhado — Eu quero pela última vez te convencer de que você vai estragar todo o plano de ataque se você ir na frente de todos.
— Eu e George somos os mais fortes...eu protejo a primeira leva e ele protege a segunda leva...é assim que vai ser. — falei tremendo um pouco.
— A força não ajuda em nada pois assim que você entrar já vai haver tiros de canhões e morteiros!
— Eu sei. — falei tristemente — Mas não quero decepcionar meu povo. Eles dependem de mim.
— Já vi que minhas chances estão se esgotando... — ele falou ficando a espada no chão.
— Quer dizer, elas já se esgotaram! — eu falei virando de costas.
— Porque você não confia em mim... — eu escutei suas palavras enquanto ainda estava de costas.
Eu me virei e vi ele ajoelhado com a mão na cabeça.
— Não... — eu murmurei — Não é questão de confiança. É questão de obrigação.
— Você pode proteger os kethorianos estando em qualquer posição. Você não é obrigada a ficar na frente de nós.
— Eu-eu sei. Mas eu que-quero isso. — gaguejei.
— Você não quer. — ele disse e eu olhei para ele assustada com suas palavras.
Ele tirou sua espada da terra e guardou ela em sua capa.
— Co-como? — eu sussurrei assustada.
— Olha só pra você! Está suando e gaguejando. — ele disse e eu me olhei.
— É o calor chegando, o mormaço. E também é uma guerra pesada...estou me concentrando para ela ainda, e as vezes gaguejo.
— Mas então porque estava tremendo ao lado de George?
Eu arregalei os olhos e parece que eu ia ter um ataque cardíaco. Como ele sentiu que estou tão nervosa e trêmula? Porque ele consegue perceber tudo que eu estou sentindo apenas ao olhar para mim ou apenas conversando comigo? Ele é o único que parece ler minha mente. E tudo isso estava me deixando confusa...se ele descobrir que eu não queria estar lá porque sei que estou na pior posição de rainha arqueira...quem corre risco de morte é ele! E também tem o George. Eu não havia contado sobre a minha posição verdadeira para ele, e como regras da vila, tudo o que eu modificar deve ser contado para ele. Mas ele vai ficar furioso...estava com um pé na casca de banana, e o outro no caixão! O que eu poderia fazer agora?!
POV BAN
O medo não conseguia dominar meu corpo. Eu tinha coragem suficiente para lutar nessa guerra, e eu sabia disso. Mas, ao contrário de mim, todos e os magos e magas ao meu redor estavam nervosos e com um medo assombroso. Olhei para meu lado direito e vi Sora, uma amiga minha, sentada.
— Sora? — chamei ela vendo seu cabelo longo e branco com duas tranças presas por fitas pretas.
Vi um escudo roxo ser ativado nas suas costas, talvez ela pensou que fosse um inimigo. Depois de alguns segundos Sora o desativou. Ela virou repentinamente e me olhou com seus olhos penetrantes.
— Ban! — ela falou assustada — Quer me matar do coração?
— Não. Só aos Rivers. — eu disse calmamente — O que estava fazendo?
— Meditando, não percebeu? — ela falou com um suspiro — Preciso me concentrar para esta batalha.
— Entendo. — eu resposto arrumando meu cabelo — Parece que sou o único que estou tranquilo por aqui.
— Não sei como. A dez anos atrás a batalha foi sanguinária. Perdi parentes nessa guerra! — ela falou friamente.
— Eu também perdi parentes. — retruquei — Mas eu gostaria de ter estado lá.
— O que disse?! — ela perguntou assustada — Gostaria de estar naquela guerra?!
— Foi uma guerra sanguinária, não foi? — eu falei sorrindo no canto da boca — Eu teria protegido meus parentes e presenciado rios de sangue! Mas não tem problema. Vou fazer jorrar sangue de todas as tropas dos Rivers!
— Desculpe. — ela falou olhando para o céu — Mas não chego a ser tão fria assim. Você devia controlar seu desejo de matar.
— Realmente meu desejo é incontrolável as vezes. Mas eu considero isso como uma qualidade minha. — falei com uma leve risada.
— Pois fique com esse desejo para você. Para mim, basta desmaiá-los. Mesmo com a sede de vingança, prefiro pensar estrategicamente antes de agir.
— Cada um tem seu jeito de pensar e agir, Sora. — eu falei colocando meu capuz — Não vou culpa-la por ter medo de matá-los.
— Espera aí! — ela falou em um tom mais rude — Eu não tenho medo de matá-los! Apenas uso a cabeça antes de tirar uma vida de alguém. — ela disse nervosa, enquanto o vento forte balançava suas tranças.
— Está me dizendo que não uso a cabeça antes de agir? — eu falei ainda calmo — Está me chamando de burro?!
— Não foi essa a minha intenção, Ashiya Ban. — ela disse me fitando com seus olhos azuis — Eu disse que eu uso a cabeça antes de agir, se você usa ou não, o problema é seu. — ela retruca virando de costas.
— Muito bem...você sabe que não gosto de lutar com mulheres, senão você já teria levado um banho de sangue. — eu falei com uma pequena risada.
— Hum. — ela murmurou movimentando a cabeça para o lado — Todo homem não passa de uma fera por ser amansada.
— O que quer dizer com isso? — eu perguntei curioso.
— Simples. Nós mulheres temos o poder de domar vocês...porque em toda nossa fragilidade, encontramos a força de um homem! — ela falou jogando um ar cortante em minha direção.
Eu arregalei os olhos e desviei do poder, enquanto ela me olhava friamente ainda com o braço estendido.
— So-sora? — eu gaguejei.
— Arg. — ela falou me segurando — Acho que passei dos limites. Me desculpe.
— Porque toda essa raiva? — eu perguntei assustado.
POV SORA
— Eu...há muito tempo atrás...quando eu tinha sete anos, tentava liberar os poderes que o mestre da escola me ensinava. Mas eu falhava, falhava e falhava. Minha turma nunca teve muitas garotas, pois eu estudava numa escola mais humilde e mais afastada da vila. Eu me lembro muito bem dos garotos. Eles zombavam-nos por sermos mulheres e nunca termos o potencial deles... — contei, relembrando o passado.
“Andei pelo corredor percebendo os olhares de todo mundo. Peguei o que era necessário no meu armário, um frasco de poção, uma amostra de veneno de rato, uma luva de plástico e o meu caderno para anotações. Fui em direção ao laboratório, onde seria minha aula. Coloquei meu capuz e entrei na sala.
— Olha quem chegou...a menina que se diz maga. — um garoto falou e os outros começaram a rir.
Ignorei eles e apenas desejei com todas as forças que eles engolissem o veneno de rato.
— Não liga para eles, Sora. — minha amiga falou.
— Já não ligo a muito tempo. — falei revirando os olhos.
Assim que saímos da sala eles estavam andando na minha frente e pude perceber os gestos que faziam.
— Olhem só! — o menino falou mostrando seu bíceps — Eu estou mais forte agora.
— Sim, sim. E saiba que isso é um privilégio nosso, meninas nunca serão fortes. Por isso é que somos melhores. — o menino disse olhando para trás enquanto eu desviei o olhar.
— Chega! — eu gritei fazendo eles pararem no corredor.
— Que fera, em. Estou morrendo de medo. — o menino falou cruzando os braços.
— Se não fosse as mulheres, não existiriam os homens! Suas mães deram duro para carregar vocês nove meses na barriga! Suas mães dão duro para cuidar de vocês e ensinar o que é certo! Todas elas são mulheres e guerreiras! — eu gritei me ajoelhando no chão — Esse machismo de vocês...parecem bebês que não sabem o que falam! Nossa pele é a mesma que a sua, todos nós somos da mesma espécie, e todos nós podemos ser fortes! Se é de músculos que estão falando, ótimo. Se lembram da nossa ex-professora de química?! Ela era conhecida como hulk! E não interessa a força dos músculos e sim a força de vontade de vencer de cada um! — completei soltando uma lágrima.
— Sora está certa. Vocês não vão ficar zombando a gente pelo resto da vida! Vocês reconhecem esses nomes?! Watanabe Asako, esposa de Baltazar? — minha amiga perguntou.
— Sim... — eles sussurraram.
— Ela realizou uma explosão capaz de matar duzentos bárbaros de uma só vez! E sabem quem é Naomi Gomez?
— A terceira líder dos bárbaros? — eles perguntaram.
— Sim. Ela fez um furacão com suas espadas que destruiu um morteiro, sozinha!
— Mas elas...— um dos meninos disse pensativo — Elas são exceção, assim como nossas mães! Vocês são fracassadas! — ele falou e os outros concordaram, indo embora do corredor.
— Droga! Seus bebês machistas! — eu disse limpando a única lágrima que havia soltado.”
— Eu não sabia que você sofreu assim no passado! — ele falou me abraçando depois de ouvir a história.
— Peço desculpas pelo meu comportamento impulsivo. Não gosto de homens machistas desde a infância.
— Quanto a isso fique tranquila. Não sou machista. Só não gosto de lutar com mulheres porquê...eu me sinto no dever de protegê-las. Elas é que dão origem a vida...matá-las seria como matar umas vidas que poderiam estar nas barrigas delas. E outra, quem deve pedir desculpas sou eu. Te deixei nesse estado!
— Você está certo...tanto os homens quanto as mulheres têm direito à vida. E não se preocupe comigo. Um dia eu vou conseguir controlar esse ódio...já estou meditando para isso. — falei deixando o vento bater em meu rosto.
POV GEORGE
Caminhamos em direção a vila dos Rivers, em meio a uma mata. A lua já estava se pondo e nós caminhávamos silenciosamente para não chamar a atenção dos animais.
— Por favor, silêncio! — eu murmurei após escutar algumas vozes.
O silêncio voltou e finalmente pude enxergar a vila no meio da mata.
— A vila está ali. — eu disse parando de andar.
— Mas tem tropas nos acampamentos. — Tainá me contou após espiar a vila.
— Vamos esperar que elas saiam. Quando o inimigo menos esperar, atacaremos. — eu disse com um olhar estratégico — Quantas tropas temos no total, Rainha Tainá?
— Oito mil tropas, Rei George. — ela respondeu olhando nos rascunhos da guerra.
POV TAINÁ
Fiquei observando a vila poderosa a nossa frente. Meu coração batia cada vez mais forte, e o nervosismo tomou conta de mim. Eu só queria acabar logo com essa guerra e ver todos sãs e salvos. Meu corpo começou a tremer descontroladamente e eu mal conseguia manusear minha besta, além de sentir um pingo de suor escorrer da minha testa. Será porque é uma guerra sanguinária? Ou porque eu vou ser a primeira a entrar nela?
— Tainá. — alguém me chamou e eu dei um pulo de susto.
— Stevan? — eu perguntei assustada.
— Desculpe, não sabia que você estava distraída. — ele disse abaixado.
É, distraída é pouco para explicar o que eu estava sentindo...quer dizer, o que eu estou sentindo.
— Volte a sua posição. Não fique aqui de bobeira. — eu falei friamente.
Ele ficou mudo por um tempo como se eu tivesse entristecido ele com minhas palavras frias, e rapidamente meu coração se amoleceu.
— Ok...me diga, o que quer? — eu perguntei com um leve sorriso mas com um olhar preocupado.
— Eu preciso falar muito com você a sós. — ele murmurou se levantando.
— A guerra está prestes a começar. Depois conversamos. — eu alertei.
— Tainá! — ele disse normalmente e me encarou com seus olhos — É urgente! — ele falou segurando nos meus ombros.
Percebi que o olhar dele havia mudado...eu nunca tinha visto esse olhar de preocupação vindo dele. Ele segurava meus ombros com as unhas quase fincadas e respirava ofegante.
— Tu-tudo bem. — eu disse nervosa, mas aliviada porque ele tirou o peso de suas mãos dos meus ombros — Rei George?
— O que foi? — ele perguntou estranhando.
— Ainda vai demorar? — eu perguntei duvidosa.
— Receio que sim. Os acampamentos ainda não estão cheios...assim que eles encherem, as tropas vão à caça de ouro e elixir, e enfim esvaziarão o acampamento.
— Ótimo. — eu falei satisfeita com a estratégia — Eu vou ali e já volto.
— Cuidado. — ele alerta.
— Eu terei. — avisei, caminhando para me encontrar com Stevan.
Cheguei perto do Stevan. Ele me deu a mão e me puxou rapidamente.
— Achei um lugar mais escondido. — ele falou tirando alguns galhos do caminho.
Fiquei pensando o que ele queria me falar de tão secreto assim, a ponto de me levar a um lugar tão afastado...não estava entendendo nada. Assim que chegamos vi um espaço pequeno mas totalmente vazio, sem árvores e plantas pelo caminho, apenas com muitas folhas mortas no chão. Ele tirou sua mão e virou para mim.
— O que você quer falar de tão secreto? — perguntei estranhando seu gesto.
— É que eu...olha...eu não...— ele tentou dizer atrapalhado.
— Se for sobre aquela discussão terrível que tivemos naquela manhã, eu me recuso a conversar.
— Não quero brigar mais com você. — ele disse um pouco envergonhado — Eu quero pela última vez te convencer de que você vai estragar todo o plano de ataque se você ir na frente de todos.
— Eu e George somos os mais fortes...eu protejo a primeira leva e ele protege a segunda leva...é assim que vai ser. — falei tremendo um pouco.
— A força não ajuda em nada pois assim que você entrar já vai haver tiros de canhões e morteiros!
— Eu sei. — falei tristemente — Mas não quero decepcionar meu povo. Eles dependem de mim.
— Já vi que minhas chances estão se esgotando... — ele falou ficando a espada no chão.
— Quer dizer, elas já se esgotaram! — eu falei virando de costas.
— Porque você não confia em mim... — eu escutei suas palavras enquanto ainda estava de costas.
Eu me virei e vi ele ajoelhado com a mão na cabeça.
— Não... — eu murmurei — Não é questão de confiança. É questão de obrigação.
— Você pode proteger os kethorianos estando em qualquer posição. Você não é obrigada a ficar na frente de nós.
— Eu-eu sei. Mas eu que-quero isso. — gaguejei.
— Você não quer. — ele disse e eu olhei para ele assustada com suas palavras.
Ele tirou sua espada da terra e guardou ela em sua capa.
— Co-como? — eu sussurrei assustada.
— Olha só pra você! Está suando e gaguejando. — ele disse e eu me olhei.
— É o calor chegando, o mormaço. E também é uma guerra pesada...estou me concentrando para ela ainda, e as vezes gaguejo.
— Mas então porque estava tremendo ao lado de George?
Eu arregalei os olhos e parece que eu ia ter um ataque cardíaco. Como ele sentiu que estou tão nervosa e trêmula? Porque ele consegue perceber tudo que eu estou sentindo apenas ao olhar para mim ou apenas conversando comigo? Ele é o único que parece ler minha mente. E tudo isso estava me deixando confusa...se ele descobrir que eu não queria estar lá porque sei que estou na pior posição de rainha arqueira...quem corre risco de morte é ele! E também tem o George. Eu não havia contado sobre a minha posição verdadeira para ele, e como regras da vila, tudo o que eu modificar deve ser contado para ele. Mas ele vai ficar furioso...estava com um pé na casca de banana, e o outro no caixão! O que eu poderia fazer agora?!
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Eu sei que o final do capitulo deixou vocês aflitos mas se controlem hahaha