Clash Of Clans:O começo de uma nova era-Interativa escrita por Gladiadora


Capítulo 10
A batalha da derrotada


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Vocês me desculpem, essa semana de natal e ano novo é muito corrida, mas estou aqui de volta, com um capítulo maior, pra compensar (:



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POV ALLAN

Olhava atentamente para os cabelos ruivos dessa valquíria, enquanto ela apreciava seu machado afiado. Surgiu um leve arrepio na minha barriga, mas eu sabia que tinha condições de vencer. Ouvi então alguns gritos dela, dizendo:

— Três...dois...um!

Começamos a correr alucinadamente um na direção do outro. Surgiu em minhas mãos uma bola de fogo azulada, enquanto ela apontava o machado para minha direção. Antes que ela me alcançasse, eu joguei uma bola de fogo em sua direção. Parei de correr e avistei o poder se aproximando dela, mas ela se abaixou, desviando do poder e a bola caiu em uma árvore, derrubando-a. Ficamos olhando a árvore cair, mas quando percebi, ela já estava correndo no meu sentido. Ela deu uma machadada mas eu acionei o escudo azulado em volta de mim. Ela continuou dando muitas machadadas, até que meu escudo se quebrou.

POV KYOKO

Eu olhei para ele assim que seu escudo quebrou e dei uma risada de leve (ele acha mesmo que pode ganhar de mim?!). Avistei ele correndo para trás assim que seu escudo quebrou.

— Está com medo, mago todo poderoso? — provoquei, ainda rindo.

— Nem um pouco. — ele disse ativando um feitiço em suas mãos novamente.

Corri rumo a ele quando vi umas faíscas saindo de sua mão, e me atingindo. Senti a minha pele arder um pouco, e bloqueei o poder que ele ainda lançava com a meu machado. Assim que ele parou, eu tirei uma corrente que ficava junto ao meu cinto e liguei ela a aponta do meu machado. Balancei ele me sentindo uma verdadeira vaqueira, mas minha missão são era laçar os bois, e sim matar um mago idiota e inútil.

— Estou sentindo falta de sangue. — eu falei balançando a corrente junto ao machado.

— Sabe que também estou? — ele disse flutuando levemente no ar.

Eu lancei o machado mas ele o envolveu com uma esfera mágica e laçou ele contra mim. Eu rolei para a esquerda desviando do machado e vi ele fincar na terra bem do meu lado. Ser morta com meu próprio machado? E ainda meu machado da sorte? Isso não!

Tirei meu machado da terra e sacudi ele. Quando me virei para ver o mago, avistei ele flutuando novamente só que com os olhos brilhosos, e em volta do seu corpo, um feitiço amarelo se formando. Ele ia crescendo cada vez mais, e eu me afastava cada vez mais. Não conseguia mas enxergar o mago, só via o poder amarelo crescendo. Depois de alguns minutos, o poder parou de crescer, e foi lançado direto para o chão. O amarelo se desintegrou no contato com a terra e o barulho foi silenciado.

Eu olhei para o chão mas não via nada, até que o chão começou a criar pequenas rachaduras, que rapidamente alcançaram meu pé, e eu senti que o chão iria desabar. A terra de longe já estava desabando, e rapidamente a minha desabaria, então eu desviei dando um mortal para trás e escalando em um galho baixo que havia em uma árvore. Depois que tudo desabou vi os olhos dele voltando ao normal e seu corpo descendo ao chão. Fui pulando de galho em galho até chegar na superfície onde não havia nenhum buraco. Corri para perto dele, e enquanto ele me procurava, eu lancei minha corrente ligada ao machado na suas costas.

POV ALLAN

Senti um arranhão nas minhas costas do nada. Coloquei minha mão e vi que minhas costas sangravam um pouco, mas nem liguei pro machucado, liguei é para a poça de sangue que havia na minha capa de mago favorita. Eu virei e vi a valquíria com seu machado sujo de sangue.

— Arranquei um pedaço pequeno, não foi?! Da próxima vez fica tranquilo que eu te mato de uma vez. — ela disse maléfica enquanto eu tentava me recuperar do poder grande que eu havia usado, pois consome muita energia.

— Muito engraçada, não? — eu respondi, irônico — Vamos ver o que acha disso. — eu retruquei vendo ela de braços cruzados.

Acionei meu poder em seus pés e ela rapidamente caiu no chão. Bufou, e levantou tentando tirar a terra dos seus braços. Avistei seu machado que estava se modificando, ficando com a ponta toda vermelha. Ela se direcionou a uma árvore grande que havia perto de mim e deu uma machadada só. Senti tudo tremer, o chão, meu corpo, as árvores...e depois percebi que ela havia cortado a árvore e que ela estava prestes a cair em mim. Tentei correr mas caí de barriga, vendo que a árvore ficou presa no meu pé.

— Ah, coitado. — ela disse correndo para perto de mim.

Nem respondi, apenas utilizei um feitiço transparente e quebrei alguns galhos, direcionando eles a cabeça da valquíria. Ela viu os galhos caindo lá de cima em direção a sua cabeça, e depois caindo no chão.

— Arg! — ela disse cambaleando um pouco, com a mão na cabeça.

Para completar, peguei uma maçã da macieira que havia aqui perto, e joguei de novo na sua cabeça. Ela caiu no chão, desmaiada, e me fechou os olhos, com uma cara de exausta. Meu pé já estava dormente, e eu suava muito. Fazia força mais não consegui tirá-lo. Usei meu poder para levantar a árvore de volta, e senti um alívio no meu pé. Resolvi consertar o buraco que havia feito na terra também, e depois deitei na grama para me recuperar. Depois de alguns minutos, escutei alguns gritos de dor da valquíria, e resolvi ir lá.

— O que está fazendo?! — eu perguntei, vendo seu braço ensanguentado.

— Me cortando, não está vendo? — ela diz, passando a lâmina do machado no seu braço mais uma vez, fazendo sangrar mais — Eu não posso perder! Nunca!

— Quem disse que você perdeu? — eu perguntei assustado, vendo sua pele branca como neve escorrendo sangue vermelho vivo.

— Está óbvio! — ela fala nervosa — Eu fui fraca! — ela diz fincando o machado na grama com força, e se ajoelhando.

— A batalha ainda não acabou. — eu falei tentando acalmá-la (lembrando que sou péssimo nisso) — Você ainda pode me matar.

— Não. Assim não vale. — a valquíria negou de cabeça baixa — Eu não estou mas em condições.

Arregalei os olhos quando ela disse isso, nunca imaginei que ela um dia ia desistir de batalhar.

— E agora? — eu disse deitando — Eu nem vou contra-atacar. Só me dê uma machadada no peito.

Ficamos nos encarando por alguns segundos em total silêncio, depois ela se aproximou de mim e perguntou:

— Porque você está deixando que eu te mate?

— Se eu morrer...ninguém vai sentir falta. Sou sozinho no mundo. — eu murmurei.

POV KYOKO

Depois que eu ouvi essa frase fiquei com um pingo de dó (e olha que eu nunca tenho dó, nunca mesmo). Eu também não era muito sociável, por isso eu entendia ele.

— E sua família? — eu perguntei deitando na grama.

— Prefiro não falar sobre ela. — ele respondeu, olhando o céu.

Achei melhor deixar pra lá. Matar um mago do nível dele seria ruim. Agora só me resta elogiá-lo, eu sempre me achei superior, mas a partir de agora não.

— Você é um bom mago, parabéns. — eu disse tentando não elogiar muito (que nem aquelas meninas chatas cheias de frufru que elogiam a cada segundo).

— E você também...uma valquíria exemplar. — ele respondeu olhando para mim.

— Não. Eu era exemplar, era boa, era esperançosa. Agora não mais. — falei baixinho.

— É raro eu elogiar alguém, sempre me achei superior. — ele disse com sinceridade (esse é dos meus) — Mas quando esse alguém é muito bom, eu elogio, como fiz com você.

— Você não está entendendo...meu avô está olhando tudo, eu decepcionei ele.

— Como? Ele está escondido aqui? — ele perguntou confuso.

— Ele morreu. Está me olhando lá do céu. — eu disse, fazendo um minuto de silêncio — Ele foi o único que acreditou na minha capacidade, e me treinou por alguns anos. Era tão dedicado...que se tornou o líder das valquírias e dos “valquírios”.

— Nossa... — o mago respondeu pensativo — Tenho certeza que esses treinos com ele valeram a pena.

— Podem ter valido, foi uma honra treinar com meu avô. Mas agora, parece que tudo que ele me ensinou foi por água abaixo. — eu falei segurando o choro — Antes dele morrer, ele pediu uma coisa: para que eu continuasse o orgulhando. Perder uma batalha fácil assim não é de se orgulhar. — eu respondi ficando de costas para ele.

— Você ainda tem tempo de voltar para a batalha. E olha, se eu fosse o seu avô, eu estaria orgulhoso. Você deu seu melhor.

Limpei disfarçadamente uma lágrima do meu rosto, para que o mago não me visse chorando, afinal eu não choro, isso é RARIDADE. Ninguém nunca me viu chorar além dos meus pais, e não vai ser hoje que um mago ridículo vai me ver chorar. É só quando eu decepciono meu avô que eu fico assim, porque eu fui falar dele?!

— Quer saber? Eu nem devia ter contado sobre meu avô pra você! — disse brava ainda de costas — Mal te conheço.

Ele continuou mudo, eu aproveitei que estava deitada e passei o sangue do braço pelo resto do corpo.

— Para que isso? — ele perguntou, espantado.

— Para ficar parecida com uma derrotada. — eu falei pensando em várias coisas — Meu novo nome é Derrotada. Podem até lançar um filme “A Derrotada”, em minha homenagem. Apesar de que eu não mereço ser homenageada. — eu pensei alto.

— Você nunca vai parecer uma derrotada. — ele murmurou.

Eu fiquei calada, apenas abri um sorriso no canto da boca.

— Eu vou indo. — falei me levantando da grama.

— Você vai assim? — ele perguntou se levantando também,

— Vou...quero que vejam a fracassada que sou.

— Fica parada um segundo. — ele disse olhando para meus machucados — Não vai doer tanto.

Eu fiz uma cara de confusa e apenas observei a mão dele. Ele movimentou a mão girando ela lentamente, e rapidamente eu senti uma dor profunda no meu braço, dando um grito bem alto.

— Pronto. — ele disse com um sorriso fraco, enquanto eu colocava minha mão no braço.

— O que você fez? — eu perguntei olhando meu braço, que não estava tão sangrento mais.

— Apenas estanquei o sangue dos cortes. Meu pai sabia muitos poderes de cura, ele me ensinou. — ele falou com um ar de convencido — Eu sei, é doloroso. — ele disse abanando a mão próximo ao meu braço.

— Primeiro, eu não gritei de dor, eu gritei de prazer, eu gosto de sentir dor. — eu falei friamente — E segundo, eu quero sangrar até morrer. — conclui tentando puxar meu machado da terra.

— Lumus! — ele grita usando um feitiço amarelo formando um cubo de gelo em volta do machado.

— Ficou louco? Por que fez isso? — eu perguntei nervosa.

— Melhor evitar que você faça mais besteiras com ele. — ele responde apontando para o machado.

Tentei puxar com toda a força mas o machado se congelou.

— Pare de me proteger! — eu berrei — Eu não vou mais me cortar. Não vou morrer. Prometo. — eu sussurrei.

— Eu não estou te protegendo...é que você é muito boa, não merece morrer. — ele diz me olhando desconfiado — Tudo bem. Vou confiar em você. — ele completa descongelando o machado.

Puxei o machado e como prometido não me cortei mais. Corri em direção a saída e resolvi ir no rio da vila para me lavar.

POV MIKAY

Estava no banho relembrando meu dia. Por mais que eu me esforçasse Raistlin não saía da minha cabeça. Eu olhava para o box e imaginava ele do lado de fora, surgindo no meio da escuridão, abrindo seus olhos amarelados e chamativos para mim. Quando eu passei o shampoo, lembrei dos cabelos negros dele. Quando passei o sabonete, lembrei do toque das mãos geladas dele sobre o meu corpo. Eu saí do banho, me embrulhei na toalha e segui em direção a minha cama, ouvindo o meu celular tocando. Saí correndo para pegá-lo, e olhei na tela quem estava me ligando. Estava escrito apenas “número desconhecido”. Resolvi atender, vai que era algo importante.

— Alô? — perguntei em meio ao silêncio — Quem é?!

A pessoa não respondeu, estava tudo em silêncio, então desliguei rapidamente.

Joguei meu celular na cama e ouvi outro barulho. Era uma notificação do FaceClash.

“Clube das Arqueiras te enviou um pedido de amizade.”

Eu resolvi olhar e vi que tinha fotos dos treinos das arqueiras. Aceitei o pedido de amizade, e logo recebi uma mensagem deles no chat.

“Que bom que você aceitou o pedido de amizade, Mikan.”

“Eu nem sabia que tinha um Clube das Arqueiras no FaceClash, senão já teria entrado.”

“Que bom! Quem sabe marcamos um horário para tirar fotos dos seus treinos, um dia?”

“Seria ótimo, mas agora não dá, quem sabe mais para frente. Quem criou o Clube das Arqueiras?”

“Eu, líder da arqueiras, Aoki. Fiquei super animada quando me deram essa ideia.”

“Então é você, Senhora Aoki! Que bom. Eu preciso ir dormir, depois nos falamos.”

“Tá tudo bem querida. Beijos.”

Fiz uma cara bem estranha. Ela me chamou de querida? E mandou beijos? A Aoki nunca faria isso, não é o estilo dela!

Fui me trocar, afinal, eu tenho mania de responder todo mundo, e quando eu saio do banho e vejo um monte de mensagens, eu fico no celular, deito na cama de toalha e fico por um bom tempo (eu e minhas manias...). Deitei na minha cama e fiquei pensando...essa pessoa não podia ser a Aoki. Ou alguém estava se passando por ela, ou ela se tornou uma menina dócil (o que eu duvido MESMO).


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Notas finais do capítulo

Valeu galera, espero que vocês tenham gostado!



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