We Are Demigods II escrita por Alice Kirkland, The duck next door


Capítulo 10
Operação Tia Pomba


Notas iniciais do capítulo

Nós demoramos, né? Desculpe...
Ah, como já passou da meia noite foi ontem, mas dia 18 foi o aniversário da Cat! Yay! Parabéns para essa diva!
Sem mais delongas, aqui está o capítulo.



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ANGEL

– Cat...

– Sim?

– Eu tenho uma pergunta.

– Pergunte.

– Por que eu não pude escolher a fantasia do elefante rosa?

– Angel, a fantasia de elefante rosa só tinha tamanho para bebês, você não caberia!

– Mas... Eu queria ser um elefante rosa!

– Essa fantasia só serve em pessoas com menos de um metro, Angel.

– Argh! Do que adianta ser baixa se eu não posso usar uma fantasia de elefante rosa?! E eu também não pude escolher a fantasia do macaco alado porque era grande demais!

– Isso é muito trágico, mas é para um bem maior! Salvar o nosso mangá!

Então, aqui estamos nós. Duas garotas normais, uma vestida de Aslam e outra vestida de guarda roupa, na perigosa Manhattan, seguindo seus sonhos, o de reaver seu precioso mangá shojo. Mas, antes da operação resgate começar, elas precisarão passar por um enorme desafio: entrar em um elevador.

O desafio começou no momento em que pisamos no Empire State, porque o porteiro demorou para entender que éramos semideusas (não, andar na rua não foi complicado porque os monstros parecem não nos perceber, graças à. essas fantasias. Bem, menos aquela empousa há duas ruas atrás, mas tudo bem).

– Barney, nós precisamos ir para o Olimpo! - exclamei - Você sabe o que é perder uma coisa na qual você passou a noite inteira trabalhando? Que nasceu do seu sacrifício?

– Bem... Eu não, mas... Espera, como você sabia que o meu nome é Barney? Você é a primeira a acertar há tanto tempo! Normalmente as pessoas me chamam de Billy, Carl e teve aquele pigmeu de cabelo colorido que me chamou de Gilberto... Mas você é a primeira a me chamar de Barney, meu verdadeiro nome!

Ok, Angel, hora de invocar o Tamaki-senpai e a Kashima-kun!

– Mas é claro que eu lembraria de você, como eu me esqueceria do melhor porteiro que o Empire States já contratou? - Digo, e pude jurar que tinha uns brilhos e flores em volta de mim.

– Ah, você... Tudo bem, vocês podem entrar... E aqui, pode escolher dois para cada. - Barney nos deu o cartão de acesso e tirou uma jarra cheia de pirulitos de detrás da mesa dele. Yay! Adoro pirulito!

– Nós temos que ser muito cuidadosas a partir de agora, senão a Tia Pomba vai nos descobrir! - Diz Cat com um olhar sombrio.

– Sim... Nossa cautela deve ser maior do que a que nós temos ao assaltar a geladeira dos outros no meio da noite.

– Muito mais. - Cat concordou. Então, entramos no elevador.

Quando uma pessoa vestida de guarda-roupa e uma vestida de Aslam entram em um elevador, é de senso comum que as outras esperem o elevador esvaziar para chama-lo novamente, sabe? Enquanto o elevador subia, ficamos em silêncio ouvindo aquela musiquinha brega, porque já tínhamos repassado o plano várias vezes antes de chegarmos aqui (além de que podem haver escutas, um bom ninja nunca deve revelar seus planos!).

As coisas começaram a dar errado quando as portas do elevador se abriram e uma ninfa nos viu. Não que fosse uma coisa ruim, mas aquela não era uma ninfa qualquer, aquela era a prima chata de Katia, Karina.

– Angélica? Camila? São vocês? Ai meu Zeus, quanto tempooo! - Karina gritou, imitando a voz de uma gralha.

– Sim, sim, bastante tempo, mas não o bastante para você esquecer nossos nomes. - falei - É Angeline e Catherine.

– Ah, minha filha, tanto faz. Então, o que vocês estão fazendo aqui? - Ela perguntou com uma cara de velha enxerida, apesar de que ela não parecia tão velha...

– Nós estamos aqui para... Uma festa... - Comecei olhando para Cat pedindo ajuda.

– ... De comemoração... - Ela disse olhando para mim pedindo por uma conclusão.

– ... Ao aniversário do cachorro de estimação de Afrodite! - Digo inventando qualquer coisa, assim ela não acharia estranho se nós formos vistas perto da casa dela.

– Eu não fiquei sabendo disso!

– É que... Bem... É uma festa surpresa! - Cat falou.

– E nós fomos mandadas aqui porque se fosse alguma das crias de Afrodite seria muito óbvio. E, por favor, não fale com ninguém sobre isso, nós queremos manter o efeito surpresa!

Karina pareceu suspeitar um pouco, mas apenas deu de ombros e foi embora.

– Cat... Aquele menina acabou de... Dar de ombros...?

– Angel, não entre em uma confusão agora, nós temos um plano, lembra?

– Eu... Vou... Matar...

– A nossa criança! Pela nossa criança!

– Matar... Eu vou... Matar...

– Você não é o basilisco e é por uma boa causa, pela nossa criança!

– Nossa... Criança. Argh! Eu ainda mato ela! Mas posso esperar... Vamos resgatar nossa preciosa criança! - Digo por fim.

O caminho até a casa da Tia Pomba foi tranquilo e seguro, sem nenhum encontro inesperado. Arrombar uma das janelas foi fácil também (usar os meus poderes seria o mesmo que pedir para sermos descobertas) e chegar até o quarto da Tia Pomba foi rápido e fácil. Tudo de acordo com o plano. Mas essas eram as coisas fáceis de se fazer, a parte difícil era agora.

– Cat, você está com o outro mangá? - Digo me referindo ao mangá shounem que Cat e eu havíamos feito há um tempo. Mas é claro que o original está com a gente, aquela é só uma cópia que estamos usando!

– Óbvio! Me dói ter que usar a cópia do nosso shounem... Mas vamos lá!

O quarto da Tia Pomba não estava exatamente organizado, mas havia uma estante bem organizada com - surpreendam-se - mangás shoujo.

– Aquilo ali é Koe no Katachi? - Cat sussurrou/gritou ao perceber esse mangá. Ela parecia a ponto de se jogar no chão e começar a gritar sobre o mangá.

– Cat, acalma os nervo... Aquilo é Kaichou wa Maid-sama! - Agora eu estava no mesmo estado que ela, apenas com o diferencial de que eu queria fazer uma dancinha sexy e diva, enquanto Cat queria chorar em um canto escuro.

– Temos que nos controlar, vamos deixar os ataques para depois! - falei.

– Sim... Você tem razão. Podemos aguentar até termos nosso mangá de volta.

Os mangás shoujo da Tia Pomba estavam lindamente arrumados na parte de baixo da estante, e sozinho, na parte de cima... O nosso mangá. Na parte de cima. Mas é claro que tinha que ser na parte de cima, ne? POR QUE O UNIVERSO TEM QUE SER TÃO CRUEL COMIGO? ISSO ESTÁ CLARAMENTE ZOMBANDO COM O FATO DE QUE EU SOU BAIXINHA! EU VOU ACABAR COM ALGUÉM! A PRÓXIMA PESSOA ALTA QUE APARECER NA MINHA FRENTE VAI SE VER COMIGO!

– Cat, como nós vamos pegar aquilo? - Pergunto olhando para a coisa mais cruel do mundo, a estante de cima.

– Nós só precisamos achar uma escada ou um banquinho...

Nós olhamos tudo quanto é canto, mas não achamos nada alto o suficiente para nos levantar até o lugar. Até que eu tive a ideia perfeita.

– Cat, e se nós colocássemos um banquinho em cima do outro?

– Isso é uma ideia de jerico, Angel. E nós nem temos um banquinho!

– Tá certo, mas o que nós vamos fazer?

Cat olhou para mim. Eu olhei para Cat. When I look at her... And she looks at me... And I look at her... And she looks at me. Acho que nós tivemos a mesma ideia.

Um minuto depois, eu estava nos ombros de Cat tentando trocar os mangás de lugar.

– Vai mais pra esse lado! - falei.

– Seu disfarce não me deixa ver, esquerda ou direita?

– Pra esquerda! Não, não, a outra esquerda!

– E por acaso existe mais de uma esquerda?

– Apenas vá para a esquerda!

Finalmente eu consegui pegar o nosso mangá lindo criança nascida do nosso sacrifício e trocar pela cópia do nosso mangá shounem lindo e divo nascido da nossa mente perversa.

– Ok, consegui, vamos embora. - Digo tentando descer dos ombros de Cat com a fantasia de guarda roupa. Foi difícil, mas eu consegui.

– Missão cumprida! - Digo assim que chegamos ao elevador.

– Hey! Você se esqueceu do que a Akame disse? A missão não termina até você fazer o relatório! - Diz Cat gritando. Credo, que tipo de pessoa grita em um elevador?

– Para quem nós vamos relatar a missão?

– Eu fui com a cara do Barney, mas relatar para ele pode acabar tornando-o cúmplice... Então... Edu! Ele nos entende e é muito divo!

***

Nosso caminho de volta ao acampamento foi normal, porém dessa vez fomos atacadas por um jumento (jumentos não são monstros gregos, mas são malignos!) e tivemos sérios problemas com um guarda que estava no bairro que o jumento apareceu. Porém, eu consegui nos livrar do problema ao dizer que era uma Vellar, porque, como sabem, todos conhecem um Vellar.

No acampamento, fomos direto para o meu chalé mandar uma mensagem de Íris para o Edu (que está em Las Vegas), relatando nossa missão. O mangá foi colocado em um lugar seguro junto dos nossos outros mangás, e agora, nós estávamos tomando suco de manga e discutindo o que nós iremos fazer amanhã.

– A previsão do tempo de amanhã não fala nada sobre chuva, então acho que a gente pode ir lá na Katia e no Bromélio. - falei.

– Sim... Mas, espera, não era hoje que a Lucy e a Leia vinham para cá?

E foi só falar. Alguns segundos após Cat terminar sua fala, escutamos vozes do lado de fora. E quem adivinhar quem não era ganha um pirulito!

– Adivinha quem chegou? - Gritou Lucy abrindo a porta. E se você disse que era o Barack Obama, parabéns, você ganhou o pirulito!

– Oi, pessoas. - Leia disse entrando no chalé e já tirando as botas. Esse povo que acha que meu chalé é a casa deles, pff.

– Oi, Lucy, Leia. - Cat cumprimentou.

– Olá, não Barack Obama! - cumprimentei - Vocês não vão ganhar pirulito.

– Eu nem gosto de pirulito mesmo. - Lucy falou enquanto se sentava na minha cama. Folgada!

– Mas eu gosto de pirulito! - Leia reclamou. Sinto muito, eu falei que ia dar o pirulito para quem adivinhasse!

– Então, como vai a vida? Aceitam suco de manga?

– Não, obrigada, Cat...

– Eu aceito!

– Tem ali no canto, Leia. Os copos estão do lado!

Então Leia pegou o suco de manga enquanto Lucy se sentava no lugar dela.

– Enquanto eu vinha para cá, minha mãe disse que tinha um recado para vocês. Achei estranho, mas que seja.

– E que recado era? - Perguntei.

– Ela disse "ANGELINE! CATHERINE! COMO OUSAM ROUBAR O MANGÁ SHOJO DE VOLTA? EU VOU FERRAR COM AS SUAS VIDAS AMOROSAS POR CAUSA DISSO!".

– O que vocês fizeram dessa vez? Uau, esse suco está ótimo. - Leia tentou perguntar. A pergunta não foi bem sucedida pelo simples motivo de que Cat e eu estávamos rindo feito loucas.

– Vida amorosa? - Comecei - Você acha mesmo que nós temos isso?

– Por favor, eu estou vestida de leão e a Angel de armário! Você acha mesmo que alguém que se veste assim no meio da semana e por vontade própria tem alguma vida amorosa?

– Ah, a mensagem ainda não acabou, ela também me pediu para dizer "TATSUMINE" ou alguma coisa assim... - Completou Lucy. Então, foi assim que o dia perfeito em que eu tinha recuperado a minha criança se tornou um dia cheio de sorvete de emergência para momentos tristes e fanarts que acabam com os seus sentimentos. Ainda não me recuperei de Tatsumine...
The end


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Notas finais do capítulo

Desculpem-nos pela demora...