Secret escrita por Gasai


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vocês estão? Curtiram bastante o fim de semana?
Eu espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!



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A respiração ofegante do rapaz ecoava na sala escura. Abriu os olhos lentamente, sua visão estava completamente embaçada, tudo ao seu redor assemelhavam-se a grandes borrões de tinta. Piscou algumas vezes, tentando fazer com que sua visão melhorasse. Sua cabeça latejava. Era como se alguém colocasse varias agulhas em sua cabeça, para logo em seguida tira-las, e logo depois coloca-las de novo. Sentia a droga viajando por suas veias, o deixando fraco e tonto.

Fechou os olhos cor de tempestade e puxou com um dos dedos as cordas de guitarra que prendiam seus pulsos atrás das costas, deixando-os com uma coloração avermelhada, numa tentativa totalmente falha de solta-las, já que eram novas e – consequentemente - bastante resistentes.

– Não adianta seu idiota, não vai conseguir sair daí. – disse uma voz feminina, com um tom de deboche.

Ele levou o olhar para a garota, que brincava com uma de suas cordas de guitarra, arranhando-a com as longas unhas, fazendo alguns ruídos irritantes, que somente pioraram a dor de cabeça do rapaz.

– Oh! Elas são bem resistentes, não? – admirou ela – Acho que preciso comprar algumas delas, aí quem sabe eu não consiga capturar mais traidores. – fitou o rapaz com frieza, de maneira acusadora.

– Mas eu não falei nada! – retrucou o rapaz – Juro, não falei nada para ninguém!

A garota imitou uma tosse falsa em resposta, levando o punho fechado em direção à boca, para completar o gesto.

– É claro que você falou! – respondeu ela, entre as tosses falsas. – Se não tivesse falado, não estaria nessa situação.

Ela observou bem o rapaz. O cabelo escarlate desgrenhado, os olhos cinza-tempestade opacos pela penumbra, um fio de sangue escorrendo por seu rosto, deslizando até seu queixo, onde pingava na camiseta vermelha, resultando em um estranho contraste entre as duas cores similares. Sentado no chão com as costas e mãos pressionadas contra a parede.

Foi em direção a uma pequena mesa de canto, onde vários utensílios de tortura estavam alinhados, pegando uma bainha de couro negro, adornada com detalhes prateados. Tirou-a, revelando o punhal prateado, que brilhava de tão afiado que era.

Ela se aproximou do rapaz, agachando-se perto dele. Pegou seu queixo com a mão livre, obrigando-o a olhar para ela, cravando suas longas unhas em suas bochechas, fazendo com que sua mão se sujasse com o sangue dele.

– Você se lembra? Você prometeu que ia guarda-lo! Que iria deixa-lo trancado em seu bolso e que o levaria para sua sepultura! – gritou ela – Disse que não iria contar nada há ninguém!

O rapaz gritou ao sentir o contato da lamina fria contra seu rosto.

Com um movimento rápido, ela cortou sua bochecha esquerda, em uma corte que vinha da parte de trás de sua mandíbula, terminado próximo ao olho.

– Maldita! – rosnou – Sua idiota! Eu não contei nada para ninguém! Você é tão paranoica! Isso que dar ser...

Ela tapou sua boca com a mão, impedindo-o de falar o resto da frase.

– Fique quieto! Não tem o direito de se defender! Você espalhou meu segredo! Todos já sabem! – rosnou ela.

Ele mordeu a mão da garota, sentindo gosto metálico do seu próprio sangue na boca.

Ela soltou um grito baixo e um tanto agudo.

– Não é culpa minha se você não sabe esconder seu próprio segredo, provavelmente não estaria nessa situação se não o tivesse contado à ninguém! – ele praticamente cuspiu as palavras.

– Eu não contei à ninguém! Você me viu! E prometeu que não contaria á ninguém! – ela exclamou, sua voz saiu mais esganiçada que o normal.

– Eu não falei nada! – gritou ele.

– Falou sim! – disse ela, voltando a pegar com força o queixo do rapaz, e o empurrando para trás, fazendo com que sua cabeça se chocasse com força para a parede – E você vai pagar por isso...

Aproximou-se ainda mais, sussurrando em seu ouvido:

– Com sua própria vida!

Tampou sua boca com a mão, e sem mais delongas, o apunhalou.

O rapaz soltou um grito abafado assim que sentiu o punhal penetrar em seu corpo, fincando-se em seu estômago.

– Como dizia Benjamin Franklin: “Três pessoas são capazes de guardar um segredo, se duas delas estiverem mortas”! – sussurrou, dando uma leve mordida na orelha do rapaz.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Não...? ;-;



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