The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 55
Capítulo 46 - A Promessa


Notas iniciais do capítulo

Então, peoples? Tudo de boas?
Aqui está, mais um capítulo o/ Espero que gostem. Agora o Ano 2 alcançou a mesma quantidade de capítulos do Ano 1 (55) YAY! Mas a história continua :3 Ainda vai demorar para esse ano daqui terminar (lembrando que ainda nem começamos o Ato 3).
Mas deixa isso de lado, agora é hora de comemorar: 100 COMENTÁRIOS ♥
Muito obrigada por isso, seus lindos ♥ Nunca teria chegado tão longe sem vocês. E espero que ainda venham muito mais (e ainda to esperando mais gente recomendar :v).
Beijos e espero que gostem desse capítulo, eu pelo menos amei ele ♥ E lembrem dele, é bem importante rsrsrs
Boa leitura :D

Nesse capítulo:
Ana está partindo? Mas talvez uma promessa a faça mudar de ideia...



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Bem, naquele momento em particular, eu estava dormindo na ala médica.

Bem, eu deveria estar dormindo.

Entretanto, não estava, não conseguiria adormecer direito tão cedo depois de tudo o que tinha acontecido. No breve momento em que estive próxima de Legolas, me senti muito segura, e me permiti relaxar. Realmente, estar envolvida naqueles braços me fez me sentir...muito bem. Um sentimento de calma, algo tão distante, que sentia tanta falta.

Como sentia falta? Não, não sentia falta daquilo, pois nunca tive. Nem um abraço de mãe tinha me feito me sentir tão bem. Mas é porque naquele momento eu sentia necessidade. Então tudo foi mais intenso.

Mas não, não poderia ficar mais lá. Tinha que continuar minha viagem. Não podia perder tempo. E, pelo visto, o elfo não poderia responder nenhuma de minhas perguntas, diferente do que eu esperava.

E também tinha o medo. Sim, aquele medo que cresceu depois de tudo o que eu vi ao ter desmaiado: O medo de se envolver.

Não só esse. Junto também vinha o medo de acabar machucando alguém. O medo de alguém morrer por minha causa e aquele terrível pesadelo me voltar à cabeça mais uma vez.

Mas isso só aconteceria se eu me envolvesse com alguém.

Sabia que, tecnicamente, Legolas não poderia morrer, por causa do seu futuro com a Terra – Média, mas não queria arriscar. Além disso, não era só a morte um futuro ruim. E o destino dele não tornava sua morte menos possível. E se eu acabasse causando um paradoxo?

E também, sabia que eventualmente teria que ir embora, então não queria ficar próxima dele. Eu tinha que partir.

Pensei por um bom tempo antes de tomar essa decisão. Ponderei os prós e os contras várias vezes antes de me decidir. Mas eu estava certa, não havia outra escolha.

Querer ficar eu até queria. Porém não era uma questão de querer, era uma questão de poder. Não tinha tempo a perder e nada mais a fazer ali.

Respirei fundo e levantei da cama, ainda sentindo um pouco de dor na barriga. E sentindo uma leve ânsia. Mas já que meu estômago estava vazio, não tinha nem como vomitar.

Já tinha me recuperado da febre, mas não estava ainda cem por cento, contudo não havia momento melhor para cair fora do que aquele. Assim, não teria que me despedir de ninguém. Eu era forte o bastante para aguentar alguns dias de caminhada ainda cansada.

Então, peguei a longa túnica e me vesti com ela. Fechei alguns dos botões para ocultar a camisola simples que usava por baixo. Nem me importei em vestir as sapatilhas, não estava com vontade. Só as peguei com o vestido verde, afinal eram um presente, seriam uma breve lembrança de que tinha passado por lá.

Saí da ala médica -bom que ainda não havia ninguém lá, já que ainda não tinha amanhecido, então as curandeiras não tinham chegado e também não havia feridos-.

Andei pelos corredores vazios, na direção do meu quarto, para que pudesse me trocar, pegar as minhas coisas e ir embora.

Agora, o desafio da vez era encontrar o meu quarto. Onde é que ele ficava mesmo? Pensei fundo e tentei seguir em frente no instinto. Logo estaria chegando lá. Quando estivesse por perto, provavelmente conseguiria me encontrar.

Mas não foi o que aconteceu.

Já estava amanhecendo, e um pouco de luz invadia aquela parte da fortaleza, esta que ficava um pouco acima da superfície. Era um corredor bem amplo, mas estava totalmente vazio. O piso era claro e liso, diferente de outros locais onde o chão era de madeira, na grande maioria.

Estava decidida de que caminho tomar. Eu iria continuar em frente. Não podia me envolver.

–Ana! – ouvi uma voz chamar.

Parei imediatamente. Alguém tinha me visto. Droga. Agora teria que encontrar uma ótima desculpa para poder continuar até o meu quarto e poder ir embora sem que ninguém soubesse.

Me senti tentada a somente correr em frente, ignorando totalmente o chamado. Mas não podia simplesmente fazer isso. Ainda mais depois de tanto tempo parada.

Olhei por cima do meu ombro para ver quem era. Claro. Era ele, tinha que ser ele, não é?

Sim, quem tinha me chamado e que estava completamente sozinho, sem nenhuma companhia sequer, era ele. Era Legolas.

Não me virei. Esperei que dissesse alguma coisa, mas ele simplesmente se aproximou.

–O que é? – perguntei, olhando por cima do ombro.

–Onde você está indo?

Dane-se, não podiam me prender ali. Contaria a verdade nua e crua do jeito que quisesse. Não faria diferença o que eles pensassem de mim.

–Eu estou indo embora.

–Como?

–Exatamente o que você ouviu. – respondi, me virando.

–Mas já?

–Eu não posso ficar, tenho muitas coisas a fazer.

–Você nem se recuperou direito ainda! Você tem que descansar! Você não pode simplesmente-

–Eu sei muito bem o que fazer com a minha vida! – gritei.

Ele calou-se. Talvez eu tivesse falado alto e grosso demais.

–Desculpa...é que...eu simplesmente não posso ficar. – expliquei, constrangida.

–Só mais um pouco. Nem que só por alguns dias!

Ele parecia estar com bastante vontade que eu ficasse. Mas por quê? Já tínhamos debatido a nossa questão. Não tinha nada mais a revelar um para o outro. Então porquê...porque ele queria ficar mais tempo comigo?

–Porque eu precisaria ficar mais tempo?

–É que...nunca conheci ninguém como você! Digo, a maioria das pessoas aqui é tão igual. E eu...eu queria que você me contasse mais sobre como é o mundo lá fora!

Eu o olhei nos olhos, finalmente. Eles brilhavam. Parecia uma criança descobrindo os arredores de sua casa. Então tudo o que o jovem Legolas conhecia eram os arredores da temível fortaleza da Floresta? Bom, eu também tinha muito o que conhecer do mundo. Talvez eu também pudesse aprender algumas coisas com ele?

–Não acho que vai conseguir muita coisa vindo de mim. – comentei, depois de dar uma risadinha.

–Mas o que você tiver já é o bastante. Afinal, o relato de quem viveu grandes aventuras é sempre mais emocionante do que aquele que simplesmente estudou os lugares, não é?

–Quando uma pessoa é um bom contador de histórias qualquer palavra pode transformar-se em uma grande viagem.

Ele calou-se, olhando o chão, de forma pensativa. Era como se eu sempre tivesse algo para rebater seus argumentos. Assim, ele finalmente desistiu.

–Você realmente não quer ficar. – ele concluiu.

–Não é que eu não queira...eu simplesmente não posso...

–Então está bem. Eu não posso simplesmente prender você aqui. Aa' menealle nauva calen ar' malta. E que Iluvatár esteja sempre ao seu lado e a rainha da luz ilumine sua vida quando tudo estiver escuro. – ele disse, fazendo uma reverência.

Espera um minuto...ele tinha acabado de dizer rainha da luz? Como ele sabia sobre isso? Não...o que ele sabia sobre isso, essa era a pergunta mais importante.

O que ele tinha a ver com isso, afinal de contas?

Ele deu um sorriso simples e se virou, se preparando para ir embora, mas não, eu não podia mais ir embora naquele momento. Eu tinha uma razão para ficar.

–Espere um momento! – gritei, correndo na direção dele.

Eu segurei a manga da sua túnica. Ele parou. Então, se virou lentamente para mim enquanto eu o soltava.

–Eu...eu posso ficar mais um pouco!

–Você mudou de ideia bem rápido.

–Verdade...mas eu tenho uma condição!

–E essa seria? – ele perguntou.

–Você precisa me prometer algo.

–Diga.

–Você precisa prometer que...

Respirei fundo. Só Deus para saber o que ele diria depois daquilo.

–Precisa me prometer que, primeiro, nunca vai me magoar ou ser a razão para que eu derrame lágrimas.

Ele não disse nada.

–Em segundo lugar, que nunca vai mentir para mim.

O príncipe não falou coisa alguma.

–E se precisar me defender, me defenda! E assim, nunca me machuque.

Ele permanecia parado, sem reação.

–E também nunca lute contra mim, não importa a situação.

Legolas me olhou nos olhos. Um clima de tensão nos envolvia.

–E por último...vire meu amigo. Que eu vire seu braço direito nos seus momentos de dificuldade e você uma perna para quando eu não conseguir andar. E que essa amizade dure até o final de nossas vidas!

O silêncio rondava o ambiente. Ele não fez nada. Por acaso tinha exagerado em meus pedidos?

Lle vesta? – perguntei.

Então, ele deu um leve sorriso e finalmente abriu seus lábios, dizendo, com uma voz muito agradável:

–Eu prometo, se você prometer fazer o mesmo.

–Eu prometo. – disse fechando uma de minhas mãos sobre o meu busto.

Assim, ele se ajoelhou e com uma mão em seu peito, ele finalmente disse:

–Eu prometo.

–Então levante-se, meu mais novo amigo.

Estendi minha mão livre e ele a segurou. Assim, eu o ajudei a levantar.

Assim, ficamos por alguns minutos nos encarando. Com sorrisos serenos em nossos lábios, sem nada falar. A luz do amanhecer nos iluminava levemente.

Estávamos ali, um segurando a mão do outro. Selando aquela promessa. Nossa promessa. A promessa.

Mas mal eu sabia que ele quebraria tudo aquilo que tinha prometido.

Palavras em élfico:

Aa' menealle nauva calen ar' malta = Que seus caminhos sejam verdes e dourados.

Lle vesta? = Você promete?


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Notas finais do capítulo

Então, gentem?
ESSE FINAL AHSUHASUHASUH Só não se matem depois dele, tá? Podem se remoer de curiosidade e pá, mas calma, tudo com o seu tempo hihihi.
Espero vocês nos comentários e nos próximos caps.! Espero que tenham gostado