The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 44
Capítulo 38 - The Woodsmen


Notas iniciais do capítulo

GENTE, GENTE! Eu de novo aqui o/
"Eita, Ana, já?" "SIM, JÁ!"
Tá bom, tá bom. Esse era um momento da fic que eu sempre quis MUITO escrever, então já tinha um esboço dele no lap, mas eu adicionei coisa pra caramba, tá?!
Tá grandinho esse daqui também, segundo maior da fic ^~^
Bom, nesse capítulo teve basicamente de tudo. Afinal, hoje é um dia e um momento MUITO importante. Hoje fazem exatos dois anos que eu me cadastrei no Nyah! e esse é EXATAMENTE (contando com o Ano 1, é claro) o capítulo nº99 da fic! Exato, o próximo é o 100 :D
Eu estava pensando um pouco sobre mudar a classificação da fic para +16, é porque eu considero ela uma +14, porque tem violência (e outras coisinhas mais ( ͡° ͜ʖ ͡°) se é que me entende) mas não é nada pesado. BUT talvez fique em alguns momentos (como quando chegar em Tomb Raider). E as vezes eu brutalizo um pouquinho e.e
Mas calma, vou sempre avisar :v Como nesse aqui (será?)

Espero que gostem! Não vou falar muito mais agora, só lá nas notas finais, para não dar muitos spoilers!
Boa leituraaaa!
OBS: No título, "Woodsmen" quer dizer Homens da Floresta, não lenhadores, ok?

Nesse capítulo:
Ana descobre que existem hostilidades na floresta além de suas ilusões...



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Aos poucos, comecei a acordar. Me senti sendo atirada no chão. Mal conseguia abrir meus olhos. Me sentia drogada, e ia sendo arrastada para algum lugar que não conseguia identificar, algum tipo de caverna ou buraco.

Quando realmente consegui reganhar a consciência por completo, percebi que eu estava com as mãos e pés amarrados. Tinha uma venda nos meus olhos e uma mordaça em minha boca. Mexendo as mãos (presas atrás de min), senti que, na certa, ainda estava no chão da floresta, por causa das folhas.

Continuava a ser arrastada. Aquilo incomodava o meu corpo, mas não estava na posição de reclamar. Seja lá quem estivesse fazendo isso provavelmente não queria uma conversinha comigo, e com certeza não estava desarmado.

De repente, meu corpo parou. Eu podia ouvir passos. O que será que estava acontecendo? Seriam os elfos? Não, não podia ser. Se fossem os elfos eles teriam me cercado e educadamente me levado para a fortaleza deles. Eles não me deixariam inconsciente, me amarrariam toda e ficariam brincando com o meu corpo por aí. Não fazia sentido, era claro que não eram os elfos..., mas então, se não eram os elfos, quem eram?

Estava pensando nisso quando, acidentalmente, caí para o lado. Acabei encostando em algo que não eram folhas e nem o chão. Era como se não fosse nada da floresta. Senti um tipo de...tecido. Sim, era um tecido, a vestimenta de alguém. E tinha volume....e...começou a se mexer! Era a perna de alguém. Tremendamente envergonhada, arranjei um jeito de me levantar. Não importa de quem fosse, não importa se era alguém que estivesse como eu...era vergonhoso cair na perna de alguém que você nem sabe quem é! Além disso, e se fosse um daqueles que me capturaram?

Bem, o bom disso foi que agora eu tinha certeza que eram pessoas. De que espécie que era um mistério. Pude perceber que era uma perna consideravelmente longa. Devia ser um humano ou elfo, mas será que era alguém capturado como eu ou alguém que tinha me capturado?

Eu tinha que sair de lá, mas era difícil. Dava para perceber que não estava mais armada e com nenhuma das minhas bolsas, então não rolaria tentar usar uma faca para cortar o que me prendia. Fazer um feitiço vendada e com uma mordaça na boca era complicado, além disso, dependendo de quem tinha me capturado, seria uma péssima ideia usar magia. E foi nesse momento que lembrei dos orcs. Será que eram eles? Será que eles tinham finalmente me encontrado? Será que aquele homem de preto estava com eles? Não teria nenhum Argárir para me salvar naquele momento, então rezei para que estivesse errada.

Mas uma coisa era certa. Eu não podia desistir. Não depois de tudo o que já tinha passado. Eu precisava saber a verdade e nada iria me impedir.

Bem, eu precisava de um plano. Uma estratégia de guerra. Precisava ver o que estava ao meu redor, dominar o ambiente. Precisava saber o que meus sequestradores planejavam.

Ouvir eles falando seria de boa ajuda. Mesmo que não dê para fazer isso precisamente, é possível reconhecer a espécie de alguém pela voz. A voz dos anões é grossa, mas um grosso bom de ouvir. A dos elfos é um tanto angelical, parece uma melodia. A dos hobbits...bem, não sabia como era, mas era bem difícil de terem hobbits por ali e de eu ter sido capturada por um. A dos orcs é grossa também, mas diferente da dos anões é mais sombria, é feia e da dor nos ouvidos. E a de humanos...bem, acho que vocês já sabem como é a voz de um humano, né?

Parece que de alguma forma, escutaram os meus pensamentos, pois logo ouvi vozes.

–Vamos logo. Não temos o dia todo, já passou da metade do dia.

É verdade, já podia sentir o meu estômago roncar um pouco. Já devia ter passado da hora do almoço. Mas na hora que eu apaguei era o que? De madrugada? Quanto tempo eu tinha ficado desacordada?

–Quantos levamos?

–Levem todos logo. Vamos acabar com isso.

Todos? Quantos eram que tinham capturado?

Bem, pela voz e o jeito de falar, provavelmente eram humanos. A voz não tinha nada a ver com a de elfos ou orcs. Por alguns minutos, permiti me sentir um pouco aliviada. Preferia que fossem humanos aleatórios que não soubesse nada sobre mim. Provavelmente iriam só tentar me matar, diferente dos orcs e aquele estranho homem de vestimentas negras...só Deus para saber o que eles queriam comigo e o que fariam se me tivessem.

Senti uma mão grande tocar o meu braço e me levantar, sem delicadeza alguma. Fui levada para frente lutando para não tropeçar e cair, e os pés presos não ajudavam em nada. Teve um momento que simplesmente desisti de andar e deixei que a força do homem me levasse, mas caí de cara no chão.

–Levanta logo, vagabunda. – ele disse, dando um chute na minha barriga.

No momento, senti uma vontade louca de dar um grito, mas a mordaça não deixou. Eu tinha que levantar, queria fazer aquilo no momento, mas meu corpo simplesmente não deixava.

Senti o pé do homem, que era pesado, ser pressionado nas minhas costas. Sentia ele o pressionando lentamente, fazendo com que meu corpo ficasse cada vez mais grudado ao chão.

Eu suava, e meu olho lacrimejava, mesmo que vendado. Eu só queria que aquilo acabasse.

– Blebryn! – ouvi uma voz chamar.

–O que é, Seobryn? – disse aquele que me machucava.

Sua voz era grossa, mesmo para um humano, o que ele provavelmente era.

–O que você está fazendo? – perguntou o outro.

–Essa vadia não quer andar!

–Se ela não quer, obrigue-a.

Ele me puxou para cima pela roupa e rapidamente começou a me arrastar pelo terreno, sem se importar se eu estava andando ou não, porque não estava. Meus pés amarrados eram arrastados pelo chão, sem realizar movimento algum. Eu estava sendo levada como um saco de batatas. Meu corpo ainda estava se recuperando dos momentos anteriores.

De repente, paramos novamente, e mais uma vez eu fui colocada no chão.

Ouvi sons. Algo sendo arrastado pelo chão, movendo as folhas. E então, o som de algo caindo na água. E depois, esses mesmos sons novamente. E de novo e de novo, repetidas vezes. Em meio a esses sons, uma vez ou outra eu ouvia os homens comentarem coisas como “Olha o que esse trouxe!” ou “Já pode jogá-lo!”.

Eram saqueadores baratos e sem honra, eram nada mais que isso.

Depois de um tempo, pude contar umas...seis vezes?

Então, senti uma mão pesada me pegar pelo braço. Era aquele mesmo que tinha me segurado antes. O que fariam comigo? Continuava me movendo de forma desengonçada por causa das cordas nos pés, mas isso não importava no momento.

Senti meu corpo ser inclinado para frente. Era agora? Era agora que iria sucumbir para o sono eterno da morte?

–Espere! – ouvi o tal de Seobryn falar, e o meu corpo foi puxado para trás.

–O que é? – respondeu aquele de voz grossa.

–Tirem a venda dela.

E assim, eles fizeram. Assim, pude ver o ambiente ao meu redor. Como imaginava, ainda estava na floresta. Parecia que estava começando a ficar de tarde. Na minha frente, estava um rio de aparência duvidosa, e eu estava na borda de uma ponte quebrada.

Olhei um pouco para trás, vendo um homem gigante e musculoso me segurando. Tinha a pele parda, quase negra, cabelos curtos, um olhar aterrorizante e uma aura assassina. Suas vestimentas estavam cheias de facas, adagas, espadas e outros tipos de armas. Ele era o dono da voz grossa e do pé pesado. Disso eu tinha certeza.

Um pouco mais a frente, ao meu lado, estava aquele que provavelmente era o “líder” deles, o tal de Seobryn. Ele era bem mais baixo que o outro, só um pouco mais alto que eu. Tinha cabelos castanhos e estes estavam presos para trás, com só uma trança para frente. Ele tinha barba, sua pele era clara e seus olhos eram verdes.

–Essa daí não está carregando muita coisa. - ouvi um homem falar, distante de nós, enquanto escutava um barulhinho de coisas se mexendo. Provavelmente, eles estavam mexendo nas minhas coisas. Que bom que não sabiam como abrir a minha mochila mágica. Se soubessem teriam acesso a muitas coisas...

Então, o líder tirou a luva e tocou no meu rosto, fingindo ser delicado.

–Que gracinha você. Muito melhor que aqueles elfos daqui.

Nesse momento, ele olhou para o grandão. Fez um olhar diferente e gesticulou algo com os lábios. Então, o outro me soltou e eu caí para frente, em cima daquele homem.

Ele me empurrou para frente e ficou com as mãos em meus ombros, me analisando.

–O meu nome é Seobryn

Então, assim que Seobryn largou o meu corpo, o grandão segurou os meus ombros, só que com um pouquinho mais de jeito agora. Não estava mais arrastada, torta ou inclinada, estava retinha na frente de Seobryn.

–Tirem a mordaça. – ele ordenou. – Já que você é humana, eu talvez te trate...melhor. Mas depende de você cooperar ou não.

Ele tocou o meu queixo e levantou o meu rosto.

–Eu talvez deixe você viver, se implorar por sua vida. Você pode até se tornar uma de nós se quiser. Mas eu quero ver você se ajoelhando e dizendo como quer que eu poupe a sua vida. – ele deu uma leve risadinha.

Eu permaneci calada. Não podia arriscar dar-lhes alguma informação. E se fosse espiões?

–Vamos, diga alguma coisa querida. Ou quer que eu faça você dizer?

Ele se aproximou, se aproximou bastante. Sua mão começou a tocar o meu corpo. Ele começou tocando a minha cintura. Tudo o que eu sentia naquele momento era um nojo imenso. Uma ânsia, uma vontade de quebrar a cara daquele homem que ousava manchar a minha dignidade.

Mas eu não podia simplesmente ficar ali, parada, aceitando aquele abuso. Logo antes que ele levantasse aquela mão boba e tocasse onde não devia...eu decidi intervir.

–Quem. São. Vocês? O que. Querem. Comigo? - falei, bem pausadamente.

Nesse momento, ele parou a mão, logo antes de me tocar novamente.

–Não é da sua conta. - respondeu o de voz grossa.

–Não seja tão grosso com ela. Finalmente decidiu abrir a boca, não é? Que voz bonita você tem? Por que não canta algo para nós?

Eu olhava fixamente para o chão, se olhasse para cima veria o rosto daquele homem novamente, e não teria mais a coragem de falar.

– Quem são essas pessoas que trouxeram, como eu?

–Alguns infelizes que cruzaram a "nossa área". – ele respondeu, me tocando novamente.

Mordi o lábio. Não podia gritar com ele, não sem um plano. Qualquer coisa que fizesse poderia significar a minha morte, então me segurei. O que aquele cara queria? Me estuprar?

–Sua área? - irrompeu do nada uma voz desconhecida.

Eu não entendia porque, mas quando ouvi aquela voz, eu senti uma sensação estranha, ouvir, seja lá quem fosse, ao mesmo tempo que me confortava me fazia sentir...qual seria a palavra? Estranha. Diferente. Renovada? Será que eu sentia alguma esperança ao ouvir aquilo e por isso me sentia segura ao ouvir sua voz?

– Que eu saiba, essa área é dos elfos do reino do rei Thranduil, e vocês não tem direito de agir assim nem permanecer aqui, bandidos. – ele continuou.

Virei para trás, procurando ver o dono daquela bela voz. Mas minha face foi rapidamente empurrada para frente.

–Cale a boca, orelhudo. – disse um dos homens que estavam lá atrás.

Como eu tinha pensado, era a voz de um elfo!

–Vamos logo com isso! – disse o homem de voz grossa. – Vamos logo acabar o serviço e ir embora.

–Não tenha pressa, Blebryn. Ela parece ser das boas.

–Boa em que?

–Você sabe o que eu quero dizer. Você vai ser só minha, não vai?

Ele aproximou a mão de novo. Era agora, não dava mais para aceitar aquilo.

Mordi, com todas as minhas forças, a mão do homem, e este soltou um grito ensurdecedor.

–Sua put-

–Eu quero ver você me tocar de novo agora, desgraçado.

–Quer ver hein? Posso até facilitar para você, pombinha. Solte o pé dela, assim ela pode se abaixar melhor.

E foi o que fizeram. Logo em seguida, Blebryn me empurrou para baixo, me deixando de joelhos.

–Agora, eu vou fazer você desejar nunca ter me mordido.

Ele se aproximou colocando as mãos no meu quadril e seu rosto se aproximou do meu.

É, ele definitivamente queria me estuprar.

Senti seus lábios tocarem o meu pescoço e, quase que automaticamente, respondi ao ato. Meus lábios se aproximaram do pescoço dele, mas para outra coisa.

Dei outra bela mordida nele e empurrei o seu corpo para frente. Me levantei rapidamente, o grandão não estava me segurando no momento, então estava livre para correr.

Fui para frente, esperando conseguir escapar, porém fui puxada pela mão do homem. Virei de súbito para ele, o olhar espantado. Ele não desistia não?

–E eu aqui querendo te dar uma chance de viver. Blebryn, termine o serviço!

Rapidamente, soltei a mão de Seobryn de mim com um chute. Corri para frente, mas o rio bloqueava o meu caminho. Me virei, vendo o grupo de homens que se preparava para me atacar. Um grande sorriso estava estampado no rosto de Seobryn.

–Hora de dormir. – disse Blebryn, se aproximando de mim.

–Seu tempo acabou. Quando Blebryn define uma presa...essa presa morre!

Então, Blebryn, com seu corpo gigante e já com uma faca em mão, veio na minha direção.

Então, virei um pouco a minha cabeça para o rio. Será que pular seria uma boa ideia? De repente, eu comecei a ficar sonolenta. Eu tinha que lutar contra aquilo, não podia acontecer aquilo logo naquele momento! A água dava sono às pessoas, as deixava inconsciente, as hipnotizava, e isso não era nada bom! Mas talvez se eu prendesse a respiração.

–Tomara que não seja lamacento. - murmurei. - Nem que seja fundo.

Porém, antes que conseguisse decidir sobre pular ou não, o grandão chegou com sua lâmina, me atacando. Desviei para um lado, esquivei para o outro. E, inesperadamente, senti o seu pé me atacar novamente. Com um chute, fui empurrada para dentro da água escura.

Assim que meu corpo bateu no rio, comecei a afundar e aos poucos ia adormecendo lentamente.

Enquanto isso, na superfície.

–Ótimo, agora não precisamos mais nos importar com aquela vagabunda. Vamos para o próximo! Quantos faltam?

–Dois!

–Ótimo, quero logo ir embora daqui. Tragam eles!

Estava lá eu, afundando na escuridão.

Porém, após alguns segundos, senti a vida me tocar novamente, e acordei. Me remexia de lá para cá. Tinha que arranjar um jeito de me salvar. Nadei do melhor jeito que pude para a superfície, mas decidi emergir da água um pouco a frente de onde estavam os bandidos, para que eles não me notassem.

Uma vez que cheguei na superfície, sentia o meu corpo coçar por alguma razão e, é claro, estava encharcada. Me escondi atrás do tronco de uma árvore, e observei uns bandidos de longe.

Agora estavam indo matar um elfo. Este, que tentou escapar, acabou levando uma adaga no estômago, e logo em seguida caiu no rio também. Eles pareciam de péssimo humor.

Mas ainda havia um! Eu tinha que salvá-lo!

Indo de tronco a tronco, me movimentava silenciosamente, enquanto eles arrastavam o elfo para perto da ponte.

Cheguei atrás de um dos homens, o que estava mais distante. Rapidamente, segurei o seu pescoço, deixando-o sem ar. Assim, ele caiu logo em seguida.

Peguei suas armas. Uma adaga, um arco longo e uma aljava com algumas flechas, aquilo deveria ser bastante para acabar com o próximo.

Segui em frente, terminando o outro rapidamente com a adaga. Era triste fazer aquilo, mas era eu ou eles. Além disso, eu precisava das minhas coisas e não podia simplesmente deixar aquele elfo morrer.

Os dois seguintes morreram pelo arco. Era um arco péssimo comparado ao meu, mas dava para o gasto.

Aproveitei para pegar a espada de um deles e mais uma adaga enquanto me aproximava.

Mais uma flechada. Mais um corpo caído. Estavam prontos para jogar o elfo no rio, mas escutaram quando o homem caiu morto no chão.

Viraram rapidamente, me vendo com o arco armado, pronta para atirar.

–Ela sobreviveu? Como você deixou ela sobreviver?!

Rapidamente, o grandão correu na minha direção, mas foi levado ao chão por uma flecha. Porém, ainda não tinha morrido.

–Maldita. Acha que isso é o bastante para me matar? – ele gritou.

Ironicamente, ou por pura coincidência, a próxima flecha o acertou bem na testa e seu corpo caiu morto no chão.

Armei outra, apontando agora para Seobryn.

–Solte-o. Agora! – ordenei. – Antes que dê uma bela flechada na sua cabeça.

–O que garante que não dará uma vez que eu soltar?

Nesse momento, ele inclinou o corpo do elfo para frente.

–Desarme o arco e eu deixo ele ir.

–O que garante que não está mentindo?

–Eu não estou. Isso é bastante? Diga-me, quem está pior aqui? Desarme o arco que eu irei embora com os homens que me restam e deixo o orelhudinho aqui viver.

Soltei a flecha, acertando o homem que estava ao lado de Seobryn.

–Se você não for agora, a próxima irá acertar bem nos seus olhos. E se ousar se meter comigo mais uma vez...eu vou fazer você se arrepender.

Nesse momento, ele saiu correndo, sendo seguido pelos dois homens que ainda estavam vivos. E, como prometido, ele deixou o elfo.

Larguei as armas dos bandidos e fui na direção das minhas coisas. Graças a Deus ainda estava tudo ali. Me armei e coloquei as bolsas.

Então, fui correndo na direção do elfo, para soltá-lo. Ele permanecia em silêncio e, diferente de mim, estava preso em todos os lugares, e estava com a mordaça e a venda também. Era realmente um elfo, ao me aproximar dele percebi a sua orelha pontuda, provavelmente devia ser do reino de Thranduil, pois defendeu o seu direito por aquelas terras naquele momento.

–Está tudo bem agora. Eu vou te soltar. – disse, mas não recebi resposta alguma.

Primeiro soltei os pés, para que ele pudesse ficar mais confortável e não cair se quisesse se mexer. Depois soltei a mordaça. E depois as mãos. E, por último, tirei a venda, lentamente.

Ao tirar a venda, foram revelados dois belos orbes azuis claros. Aqueles olhos me encantavam, eram profundos e bonitos. Por um momento fiquei o encarando, admirada.

Foi então que, me afastando um pouco, tive a chance de o ver por inteiro. Era um elfo alto, de belos olhos azuis e cabelos dourados.

E foi aí que eu percebi.

Era ele.


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Notas finais do capítulo

Então amigos? O que acharam?
Esse capítulo teve palavrão, pseudo-estupro, elfos, sangue e o caramba a quatro. Por isso que eu tava com medo de ter brutalizado um pouquinho e.e vocês acham que foi demais o.O?
O que acharam da Ana ter deixado o seu quase estuprador viver? Acham que ela fez o certo?
E sobre o carinha que apareceu no final...FAÇAM SUAS APOSTAS E.E!
Capítulo 100 vai vir com grandes acontecimentos, aguardem!
Beijos e vejo vocês nos comentários!!!