The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 4
Capítulo 2 - À Merce do Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Primeiros desafios

Música: Enemy
Link: https://www.youtube.com/watch?v=4izl7DgWNmc



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Assim que abri os olhos, me deparei com o pior. Eu estava amarrada, amordaçada e jogada no chão, com alguns outros tributos em volta de mim. Mas, por que eles não tinham me matado?

Na minha frente estava uma garota ruiva, do distrito 9. Seu nome era Tesha. Ela era muito branca e tinha olhos azuis esverdeados. Sua pele era cheia de sardas, típico de uma ruiva de tom alaranjado que ela era. Alta e de corpo esguio, ela se achava intimidadora, assim como o menino de cabelos encaracolados que estava do lado dela, Ian, do distrito 4. No fundo pude notar outros três tributos: Moron, do 6, Fesher, também do 4 e Déniel, que era do meu distrito.

Assim que Tesha percebeu que eu tinha acordado, ela se agachou rapidamente, se aproximando de mim, e posicionou uma faca no meu pescoço:

–Então, dormiu bem? - ela disse, dando um sorriso maligno. - Vou ser bem clara com você. Agora você trabalha para nós. Você faz tudo exatamente como nós mandarmos, e, assim, nós não te matamos, mas se você não nos respeitar, creio que terá um terrível destino.

Eu tentei responder, mas estava com a mordaça.

–Ah, é claro. - disse, cortando a mordaça. - Melhor agora? - eu respondi com um gesto de cabeça positivo. - Ótimo. - ela cortou o resto das cordas. - Levante – se.

Se passaram 2 dias, 2 dias até que a minha situação mudasse. Durante esse tipo só caçamos e colemos, sem cruzar com nenhum tipo de ameaça maior. Mas, naquele dia, algo me dizia que teríamos surpresas.

No meio do caminho, cruzamos com uma nova armadilha. Estávamos andando quando Fesher e Ian, depois Moron e Déniel, ficaram presos dentro de duas redes cinzentas, suspensas no ar sobre um buraco profundo.

Assim que vi isso acontecer eu parei. Se eu me mexesse poderia cair na armadilha também. Eu poderia ter fugido, mas tinha a chance de Tesha perceber e querer ir atrás de mim, e eu não queria deixar Déniel naquela situação.

Eu olhei para cima e vi que, possivelmente, um jeito de fazer as redes caírem seria atirando nelas com uma flecha, mas elas cairiam nos buracos. Tinha que ter alguma coisa.

Foi aí que eu percebi que, em baixo de cada rede, havia uma grade, que encaixaria perfeitamente no buraco. Era isso, tínhamos que atirar no suporte das redes.

–Me dê o arco. - disse.

–Não.

–Sério, eu sei como fazê – los sair de lá, eu só preciso do arco.

–E por que eu acreditaria em você?

–Você não iria. Mas eu estou lhe dando a minha palavra que eu vou pegar o arco para desarmar essa armadilha. E, afinal de contas, eu poderia ter fugido, e eu não fugi.

Ainda relutante, Tesha me deu o arco. Eu mirei nos suportes, que caíram apenas com três tiros, assim como as redes que continham as pessoas. Déniel aplaudiu os meus tiros.

Depois disso, Tesha, de forma agressiva, arrancou o arco da minha mão, assim como as flechas, me olhando irritada, como se ela tivesse percebido que ela estava errada e eu certa.

–Vamos parar por aqui para acampar.

Assim que todos estavam fora das redes, montamos uma fogueira, já que a noite estava se aproximando. Comemos um pouco, bebemos água e nos deitamos.

Eles não me deixavam ficar com nenhuma arma além da minha faca, o que me deixava com medo. Eu não queria ter que necessitar de magia, isso seria um problema. Ah, e não pense que eu esqueci, as cápsulas de teletransporte de Kryn, parecia que eles não as tinham percebido no profundo da capa de chuva que estava dentro da mochila.

Era de noite, e estávamos fazendo turnos de vigia. Naquela noite eu não conseguia dormir novamente, os pesadelos haviam voltado. Assim que fechei os olhos, veio a imagem na minha cabeça de eu lutando nos Jogos, eu matava vários de uma forma inexplicável. Eu era rápida e ágil, temível e agressiva, silenciosa e mortal.

Balancei a cabeça para ver se tirava aqueles sonhos da minha cabeça. Era muito sangue e morte, não dava.

Assim, finalmente consegui adormecer. Porém, em uma parte da noite, meus instintos de sobrevivência falaram mais alto que o sono. Eu, vagarosamente, abri os olhos, vendo uma cena chocante. Moron jazia morto no chão, e foi seguindo a linha de sangue que eu vi a baixinha de cabelo vermelho do distrito 4, Fesher, levantando um facão bem em cima de Déniel, que estava adormecido.

Rapidamente, peguei a minha faca e arremessei nas costas de Fesher, que caiu imediatamente, soltando um leve gemido.

Déniel acordou assustado ao escutar o som do canhão e ao ver a garota morta caindo em cima dele com o facão na mão, Ian e Tesha, porém, continuaram adormecidos. Ele me olhou. Aquele olhar falou mais do que qualquer frase. Era como se ele falasse “Você salvou a minha vida”, e milhões de outras coisas, mas continuava imóvel, sem soltar nenhum som.

Era a hora de partir. Assim que Tesha acordasse e visse aquilo, eu temia qual seria a reação daquela mandona, afinal, com aqueles canhões, seria difícil que ela permanecesse adormecida por muito tempo.

Por isso, tirei a faca das costas de Fesher, peguei a minha mochila e a pequena espada de Moron. Eu pegaria o arco, mas Tesha estava agarrada nele, então eu não quis arriscar. Depois, eu saí, dando um último olhar a Déniel, que ainda parecia surpreso.


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