The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 34
Enquanto Isso - Noite Turbulenta


Notas iniciais do capítulo

E para compensar vocês: MAIS UM CAPÍTULO AEHOAHOAHOAEHA
"Que isso Ana, são 5h da manhã. Vai dormir mulher." Fiquei acordada até agora para terminar o capítulo. Depois dessa mereço algum comentário ._.
Beijos e espero que gostem!

Nesse capítulo:
A noite é movimentada e Ana sofre novamente.



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Elrohir segurou o corpo de Ana. Ela começou a sentir um frio percorrendo o seu corpo todo.

–Ana?

Ela não conseguia responder, não tinha forças para tal. Tentou, mas o que saiu foi nada além de um gemido.

Ele remexia o corpo caído da garota, procurando alguma resposta. Vendo que isso não funcionava, ele gritou:

–Lorde Elrond? Glorfindel? Guardas! Ajuda!

Rapidamente, um guarda se aproximou, procurando ver o que acontecia. Acompanhando ele estava o irmão de Elrohir, Elladan.

–[Chame Lorde Elrond imediatamente.] - disse Elladan para o guarda.

O guarda imediatamente obedeceu, saindo do local.

–Elrohir, temos que deitar ela em uma cama.

–Sim.

Elrohir rapidamente levantou, ainda segurando o corpo de Ana. Os dois entraram no quarto da garota. A deitaram na cama e Elrohir checou se ela ainda respirava. Logo em seguida, Elrond entrou no recinto, seguido de Glorfindel.

–O que houve?

–Eu não sei, ela simplesmente caiu do nada.

Ana ainda estava acordada, mas lutava com todas as suas forças para que não ficasse inconsciente. Ela não tinha esse luxo, não podia arriscar morrer, não naquele momento, não daquele jeito.

Elrond examinou o corpo dela, que aos poucos se tornava mais pálido.

–Mas eu tirei a escuridão dela. O machucado dela já era para estar bom, não piorando.

Nesse momento, o lorde élfico pareceu lembrar de algo, algo importante. Algo que tinha ignorando na primeira vez que a curou.

–[Poderia ser...?]

–[Você não quer dizer que a garota...]

–[Sim.] O tratamento não funcionou direito porque não foi o certo. [Elladan, peça que Lindir me traga a água do vale.]

O filho assentiu, saindo do local.

–[Mas como é possível? Eu não senti nenhuma escuridão nela.]

–[Mas, as dúvidas de Lady Galadriel se tornaram verdadeiras, assim como minhas visões. Não há outra explicação.]

–[Mas como pode ser? E por que não teria se revelado?]

–[Não sei. Só sei que o que a machucou definitivamente não foi uma flecha Morgul amaldiçoada. A escuridão já estava dentro dela.]

Assim, Lindir chegou as pressas junto de Elladan com uma jarra ornamentada.

–Aqui, meu Lorde Elrond.

–Obrigado.

–Lorde Elrond? - chamou Lindir.

–Não posso conversar agora!

–É que...err...Lady Galadriel está aqui.

Elrond rapidamente se virou, surpreso. A sogra estava lá, então ela havia ouvido o chamado. Quando tinham conversado ele não esperava que ela realmente visse.

Era uma tarde fria, mas ainda não havia escurecido. Elrond meditava sobre os acontecimentos, sobre suas visões. Ele tinha visto que Ana estava vindo para Imladris e que coisas ruins a seguiam. Por isso tinha mandando seus soldados atrás dela. Mas não seria o bastante. Por isso, Glorfindel foi convocado depois.

Mas nem isso foi o bastante. A única coisa que realmente conseguiu acabar com os orcs foi o poder da própria Ana. Mas ela também era quem estava causando aquilo tudo. Bloqueando a magia do vale de Imladris...aquilo não cheirava bem para o lorde élfico.

Mas também não cheirava bem para outra pessoa: Lady Galadriel. Desde que tinha conhecido a garota ela sentia que havia algo diferente nela. Mas era algo familiar, que ela já tinha visto a séculos atrás. Será que aquele poder antigo estaria finalmente retornando à Terra Média?

–Diga-me o que viu, Elrond.

–Lady Galadriel?

–Sim.

–A garota retornará para Imladris. Coisas ruins a seguem, e temo que a seguiram para muito além do vale. Você deveria vir. E traga toda a ajuda que puder.

Assim, um um pouco de esperança se permitiu entrar no coração de Elrond. Galadriel com certeza seria uma ótima ajuda.

–E ela veio com Mithrandir.

–[Então chame eles para dentro! Traga-os aqui agora!]

O elfo foi rapidamente para fora do local, indo atrás dos dois convidados, enquanto Elrond dava a água do vale para Ana.

A água abençoada e mágica de Imladris também parecia não ter efeito algum na garota. E, mesmo que tivesse, essa a cuspiu para fora quase que imediatamente.

O lorde élfico também tentou despejar a água no corpo de Ana e entoar alguns cânticos élficos, mas nada parecia funcionar. A magia do vale não tinha efeito naquela mulher.

Em questão de alguns minutos, Lindir entrou no local, trazendo consigo a elfa de Lórien e o mago cinza.

O Istari tocou a testa de Ana procurando analisar algo.

–Essa escuridão dentro de seu corpo... - começou Gandalf.

–Já estava nela antes de ser machucada. - comentou Galadriel. - Tem alguma escuridão nela, presa, pronta para se soltar a qualquer momento.

–E as flechas Morgul fizeram isso. Temos que arranjar um jeito de prendê-la de volta. - falou Elrond. - Mas como?

–Somente magia poderosa pode desfazer tais coisas. - disse Gandalf.

–Poderia...? - começou Galadriel.

–Não, temos que achar outro jeito.

–É único jeito, meu Lorde Elrond. É a única chance que temos. O único poder que temos. - alertou Gandalf. - E ele está aqui completo e reunido, nesse quarto.

–Que seja, então.

Assim, Elrond pediu que Lindir expulsasse todos do quarto. Uma vez que todos os outros saíram (Elrohir com muita relutância, a propósito), só os três portadores dos anéis élficos permaneceram no local.

Fecharam todas as cortinas, janelas, portas...qualquer coisa que dava entrada para fora do cômodo. Assim, Elrond, Galadriel e Gandalf se juntaram, perto do corpo de Ana.

Os portadores de Vilya, Nenya e Narya agora se preparavam para algo muito complicado e arriscado: usar o poder dos anéis unidos para aprisionar a escuridão que fazia de tudo para que Ana sucumbisse para as trevas.

Ana começou a ter convulsões, como no momento que tinha chegado em Valfenda, só que mais fortes. Suas veias se tornavam negras, sua boca estava de um lilás de quem sente frio, seus olhos com olheiras enormes e sua pele pálida como nunca antes.

Nos ouvidos de todos podia-se ouvir uma voz falando na Língua Negra de Mordor. Uma voz que estava atuando em Ana e fazendo-a sucumbir para a escuridão cada vez mais.

–Temos que agir!

–Agora, antes que seja tarde demais.

–Vamos!

Os três levantaram a mão em que seguravam o anel na direção de Ana. E uma magia muito forte se instaurou no local. E, aos poucos, Ana parecia retornar ao mundo dos mortais. Ela parecia ganhar da sombra.

Estava feito.

***

–Agora a única coisa que podemos fazer é esperar.

Os três, agora cansados por gastarem seu poder, descansavam no salão de Elrond, e conversavam sobre a situação.

–Ainda temos que descobrir o que Ana é. Aquilo dentro dela. É algo muito poderoso e pode vir a se tornar um problema.

–Mas eu não sinto mal nela. É como se ela não tivesse escolhido ter aquela escuridão nela. - explicou a elfa.

–Eu sinto o mesmo. - completou o lorde. - Algo nela simplesmente não faz sentido.

–Eu também não consigo compreendê-la. - comentou o mago.

–Acho que não faz sentindo porque estamos ignorando a única possibilidade possível...já que parece impossível.

Nesse momento, os dois olharam a senhora de Lothlórien, se perguntando o que ela diria em seguida. Que possibilidade seria essa?

–Se não é isso eu não sei mais o que é. Um poder dos dias antigos está retornando à Terra – Média.

–Você não quer dizer que-

–Só pode ser isso. Afinal, ela carrega o mesmo anel. Só pode ser um sinal.

–Que anel? - perguntou Mithrandir.

–Ano passado, ela usava um anel no jantar, quando eu a conheci.

–Eu percebi também.

–Mas ela não estava usando ele hoje. Mas ela ainda deve tê-lo. E todos sabemos que anel é aquele. Você sabe que anel é aquele.

–O anel que Mairon forjou para sua amada nos dias antigos.

–Não pode ser! - interferiu o Istari. - Mas ela sumiu destas terras a tanto tempo!

–Mas acreditamos que ela está de volta, é a única explicação. E eu a conhecia bem, ela é exatamente igual a Ana. Nunca a vi com aquela aparência...mas seu jeito. E aquela escuridão dentro dela. É exatamente igual a que Sauron colocou nela para corrompê-la e colocá-la do seu lado na guerra. - explicou Galadriel.

–É verdade. Eu sinto o mesmo poder. A mesma força. - comentou o elfo.

–Mas como Ana poderia ter alguma relação com ela? - perguntou o cinzento.

–Isso ainda temos que descobrir. - respondeu a loira.

–Mas ela descobrirá parte para nós. - os dois se viraram para o lorde de Rivendell. - Ela partirá em breve para além das Montanhas Sombrias em busca de respostas sobre o porque dos orcs a perseguirem.

–Alguém a quer de volta. Alguém quer que a parte sombria dela tome conta de sua alma.

–Exatamente. Quem é que quer isso é o nosso grande problema.

–Devíamos falar com Glorfindel. Ele é sábio em combater a sombra. E ela a conhecia. Conhecia muito bem.

–Afinal, foi ela que pediu a Mandos que o elfo retornasse a terra dos vivos. Na certa ela sabia que ele teria um papel importante na história da Terra-Média.

–Como sabe de tais coisas, Lady Galadriel?

–Ela já foi muito próxima de mim e de outros elfos em eras passadas.

–Como Celebrimbor?

–Sim, eles foram bem próximos. Ele ajudou-a se esconder de Sauron. Mas o elfo não a escutou quando ela lhe disse que Annatar era um traidor. E isso lhe trouxe a sua ruína.

–Assim como todos que ignoraram seus chamados.

–Isildur?

–Sim, eu me lembro até hoje como ela gritou para que ele jogasse o anel no fogo, mas ele não ouviu. - explicou Elrond.

–Temos que descobrir a qualquer custo a verdade atrás de Ana. E temos que protegê-la. Se essa escuridão dela se libertar novamente e não houver ninguém para contê-la...

–O que?

–Eu temo pela Terra-Média. Temo que estaremos condenados.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ^^? Espero comentários :)