Can't escrita por Night Fury


Capítulo 1
Chapter One


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da minha primeira história...



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Sete de Agosto de 1597

Haverá um banquete aqui em minha casa, Atenas. Virão o Rei e a Rainha de Eleusis e o Rei e a Rainha de Adelfos. Querendo ou não ele viria, Scorpius Malfoy, aquele menino mesquinho e arrogante que despreza a todos que cruzam a sua frente, pelo menos é isso que me lembro dele. Mas em compensação viria Anne Polos minha melhor amiga.

Quinze de Agosto de 1597

O dia do grande banquete seria daqui a quatro luas. Scorpius e seus pais já haviam se acomodado em seus devidos aposentos. Minha mãe estava deslumbrante. Possuía um vestido verde sem alças que ressaltava seus cabelos morenos soltos, eu tinha cabelos ruivos, iguais aos de meu pai. Sua coroa incrustada com pequenas esmeraldas, ressaltavam seus olhos cor de mel, iguais aos meus. Ela dissera-me para ir recebê-los, pois logo após que todos se acomodarem haverá uma recepção, mas me recusei. Ela insistiu, me dizendo que eu não poderia sair caçar junto com minha loba, Luna. Fiquei totalmente vermelha de raiva e no fim tive de aceitar, então fui para o Salão principal receber Scorpius e seus pais.

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–Seja bem-vinda Vossa Majestade. Quero lhe apresentar minha filha Rose. - Minha mãe me empurrou delicadamente para frente.

–Seja bem-vinda Vossa Majestade. - No momento em que as palavras saíram de minha boca fiquei levemente corada.

–Você é muito bonita minha menina- A Rainha Astória respondeu. - Qual sua idade criança?

–Eu tenho dezesseis anos. Farei dezessete daqui uma semana.

–Interessante. Eu tenho um filho que tem aproximadamente a sua idade. - Atrás de Astória surgiu um garoto alto, com um porte físico que era extremamente agradável de olhar. Possuía cabelos loiros platinados e olhos invejavelmente cinzas.

–Desculpe a minha informalidade, mas eu tenho uma leve impressão de já tê-la visto. - No mesmo instante em que ele terminou de falar me lembrei de uma vez que discutimos pelo fato de como ele tratava os seus servos. Mudei radicalmente a visão que eu mantinha sobre ele até então.

–Concordo plenamente com você, seu rosto é familiar para mim, mas talvez as lembranças não sejam tão agradáveis. - retruquei, sem importar-me se teriam consequências, eu apenas queria provocar um pouco Scorpius. Minha mãe fez eu me retirar do Salão Principal, pois me disse que tinha sido muito mal-educada.

– O que foi isto Rose, explique-se já!

– Você não entende!

– Rose!

– Você nunca entenderá!

Quando terminei de pronunciar a minha frase sai correndo em direção ao lado de fora do castelo e adentrei uma pequena cabana onde sempre deixava minha querida loba para esta não ser encontrada por caçadores. Imediatamente deitei em uma cama de palha que eu mesma havia montado e comecei a chorar. Eu havia me entristecido pelo fato de minha mãe não me entender. Vejo uma cabeleira loira adentrando o jardim que levava até a minha cabana. Percebo que era Scorpius aproximando-se e rapidamente limpo meu rosto das lagrimas.

–Porque está chorando? - ele pergunta.

–Não o interessa - respondi rudemente.

– Eu não entendo porque me trata desta maneira.

– Como se você não soubesse. Lembra-se tempos passados a forma que você tratava seus servos?

– Como assim? – ele perguntou confuso.

– Ai Deuses… - ele devia estar se fazendo de idiota.

– Ah… Eu não sou mais daquela maneira.

–Para mim você continua sendo, e minha opinião sobre você se manterá assim até que prove o contrario. Agora saia de minha cabana.

– Mas...

– Agora saia. - Percebi que minha loba havia surgido diante de mim e rosnava para ele, então Scorpius ficou amedrontado e saiu.

– Obrigada, Luna!

Dezesseis de Agosto de 1597

Misteriosamente eu havia aparecido em meu quarto, pois me lembro de que havia dormido em minha cabana. Uma criada havia adentrado o quarto e perguntei-lhe:

– Lucy quem me trouxera ate meus aposentos?

– Realmente não sei senhorita.

– Ok. Muito obrigada, agora, por favor, retire-se. - falei delicadamente.

Instantes depois de sua saída me aprontei. Coloquei um vestido azul, com finas fitas e usava um salto preto e minha coroa que estava delicadamente enfeitada com safiras. Quando estava chegando avistei Anne, que possuía cabelos loiros e olhos azuis iguais aos de sua mãe. Ela já estava conversando com meus pais e corri em sua direção. Quando ela percebeu que eu estava chegando perto dela, abriu seus braços e eu a abracei com uma vontade imensa.

– Estava com saudades, Anne! – exclamei animada.

– Ora Rose eu também estava! – ela respondeu.

Depois conversamos e perguntei como estava seu reino, Adelfos, e se ele possuía alguma novidade. Passaram-se uma hora e o banquete foi servido.

– Rose lembra-se de Brandon?

– Sim, ah seu amigo que trouxera ano passado.

– Ele mesmo…

– Diga o que tem ele.

– Nós vamos nos casar.

– Parabéns! Quero ser a madrinha!

– Mas é claro, foi esta a causa de eu tê-la contado.

– Ótimo! Quando será? - perguntei animadamente

– Daqui a dez luas, no dia do Dragão de Ouro.

– Aquela comemoração onde o ouro é derretido e é posto como uma oferenda aos deuses?

–Este mesmo!

–Fico feliz por vocês e que me avisou antes. A data é realmente importante e por pura coincidência três luas depois do meu aniversário. Então, já esta ficando tarde e pretendo sair para caçar esta noite e gostaria de saber se quer ir comigo?

– Claro, por que não.

– Ótimo! - percebi que minha mãe havia escutado a conversa e ela veio em minha direção.

– Rose, convide Scorpius agora! - ela falou autoritária.

– Não, mãe! Ele nem sabe caçar! -respondi enfurecida

– Já perguntaste a ele? Sei que não! Então o convide já! Não discuta comigo! - ótimo teria de convidar aquele arrogante. Fui a sua direção e fiquei levemente corada quando comecei a falar.

– Hum, Scorpius gostaria de sair caçar comigo e com Anne esta noite? - falei relutante.

– Claro. - respondeu convicto.

– Então esteja em frente à cabana perto do jardim assim que a lua estiver ao céu.

Sai sem dar tempo de ele falar mais alguma coisa e fui me aprontar, a lua estava começando a aparecer. Terminei de me aprontar e desci até o lugar combinado. Scorpius já havia chegado lá e ao longe se podia ver junto ao seu corpo o seu arco e aos seus pés uma espécie de bolsa, onde carregava as flechas. Eu possuía um arco também e carregava uma bolsa extremamente parecida.

– Desde quando você caça? - ele me perguntou

– Desde meus seis anos sai para caçar com meu pai todos os feriados, mas ele começou a ficar mais atarefado então comecei a vir sozinha.

De repente minha loba surgiu em minha frente e começou a rosnar para Scorpius.

– Luna, NÃO!

No mesmo instante ela parou de rosnar e percebi que Scorpius relaxou:

– Nossa!

– Nossa o que? - eu não havia entendido o porquê de seu espanto.

– Sua loba é uma loba gigante?

– Sim é.

– Esta espécie, eu achei que estivesse extinta.

– Bom como pode ver, está enganado.

Graças aos deuses Anne chegou e saímos para caçar. Quando estávamos chegando ao coração da floresta Anne começou a passar mal e teve de voltar. Então sai caçar com Scorpius, pois não tinha opção porque certamente ele contaria a minha mãe que o deixei no castelo. Então seguimos o caminho. Depois de certo tempo eu avistei um cervo. Caminhei lentamente em sua direção para ver se conseguia uma posição melhor para atirar. Mas infelizmente o idiota do Scorpius pisou em um graveto seco e que por consequência acabou por assustar o cervo.

– Nossa muito obrigada Scorpius! - falei ironicamente e olhei fixamente para o cervo que saia correndo. - Seu idiota! Tinha que tê-lo espantado!

– Ninguém manda você não ser ágil!

– Cale-se!

– Cale-se você! - ele respondeu.

– Vem calar - então percebi que nós ficamos extremamente perto, à medida que podia ouvir sua respiração. De repente ele envolveu seu braço em minha cintura me puxou contra seu corpo e me deu um leve beijo, o qual inicialmente era apenas um toque de lábios, mas passou a ser um beijo profundo. Depois que terminamos o beijo ficamos um observando ao outro até que ouvimos um barulho e nos afastamos imediatamente.

– Hum, acho que já devemos voltar. - Falei corada

–Concordo com você.

Voltamos e não trocamos mais nenhuma palavra. Entramos no castelo e me distanciei rapidamente e fui em direção de meus aposentos.

Dezessete de Agosto de 1597

Havia sonhado com um homem que corria pela floresta com Luna ao meu alcance. A luz da lua permitia ver o caminho a minha frente, escutava risadas masculinas atrás de mim. Olhei para ver se conseguia identificar quem era, mas tropecei em uma pedra e no momento que estava caindo senti um braço envolvendo minha cintura. Foi como se o toque fosse um tanto familiar Virei-me rapidamente para encarar a face de meu salvador, mas a única coisa que conseguia a enxergar naquele breu foram seus olhos prateados como a lua.

Dezoito de Agosto de 1597

Estava furiosa com Scorpius, até então ele não pedira desculpas desde o término da caçada. Quando ele se aproximava eu me afastava alegando que tinha afazeres, pois sabia que ele apenas me criticaria. Mas infelizmente hoje teria um pequeno banquete onde a tradição era que os homens deveriam escolher suas parceiras para o baile e os dois deveriam sentar um ao lado do outro no banquete. Talvez o maior problema seja que quando uma mulher receber o convite esse não poderá ser recusado. A hora do pequeno banquete havia chegado, e até então nenhum cavalheiro havia me convidado. Sai para o lado de fora do castelo, quando vejo Scorpius vindo em minha direção:

– Rose, gostaria de ser meu par para o baile amanhã? – ele me perguntou, aparentemente nervoso.

– Claro, já que não possuo outra opção! - respondi rudemente.

– Porque esta me tratando desta maneira?

– Você sabe muito bem. - dei as costas e sai bufando quando sinto uma mão segurando meu pulso.

– Realmente não sei o porquê ! - quando de repente senti um arrepio onde Scorpius estava tocando-me, e quando percebi que estava beijando-me, sua língua pediu passagem e não sei por que eu cedi e incrivelmente estava gostando. Afastei-me e fiquei totalmente corada então percebi que Anne me chamava. Não entendia, mas quando me afastei senti um vazio tomando conta de meu corpo, aquela sensação de conforto foi totalmente desfeita e até então não entendia o porquê.

– Rose, venha rápido!-gritou Anne, quando me viu entrando no castelo, percebi que ela me observava.

– Você está bem? - eu não conseguia pronunciar nenhuma palavra até que Anne olha para trás de mim e vê Scorpius ,volta seu olhar para mim e da um sorriso.

– Ok, não precisa mais falar. - isto fez com que eu ficasse mais corada

– Fique quieta! - exclamei um pouco envergonhada

– Não diga nada! E estou louca para saber o que você vai dizer em sua defesa depois de meu interrogatório.

– Quem disse que irei responder!- sai dando um leve sorriso para Anne e já que o banquete havia acabado sai discretamente e fui para minha cabana, pois precisava pensar. Adentrei a noite pensando no beijo que Scorpius me dera e se realmente estava me apaixonado por aquele idiota.

Dezenove de Agosto de 1597

Novamente acordei em meu quarto, e também sem explicações. Aprontei-me colocando um simples vestido verde soltinho, e como já era o dia do grande banquete eu não possuía afazeres até um determinado momento. Fui em direção de minha cabana e comecei a ler um livro que falava sobre o surgimento dos dragões nas terras ancestrais, quando percebi que alguém me observava parei de ler e fui em direção ao ruído desconhecido, e me deparo com Scorpius a minha porta:

– O que está fazendo aqui? - pergunto com um tom de surpresa.

– Hum, nada!

– Para você estar aqui tem de estar fazendo alguma coisa!

– Juro nada, apenas apreciando… - ele por um instante ficou um pouco corado.

– Apreciando…

– É… hum…. O jardim é isso, o jardim.

Olhei-o um pouco duvidosa de sua afirmativa

–Agora sai não gosto que as pessoas fiquem me observando. - depois que lhe disse isso bati a porta em sua cara e voltei a ler meu livro. Tempos depois ouço uma batida em minha porta e imediatamente minha loba começa a latir, sem me preocupar abro a porta e sou atingida na cabeça. Quando acordei estava com as mãos e pés amarrados, tentara me soltar e quando percebo uma figura de preto vem em minha direção.

– Ora,ora princesa Rose. - aquela voz me parecia familiar.

– Quem é você? Porque me trouxe aqui? O que você quer de mim?

– Hahaha, como se você não soubesse quem eu sou!

– Anne é você? - pergunto incrédula.

– E quem mais seria!

– Porque esta fazendo isso? Eu não estou entendendo…

– Por quê? Você recebe toda atenção, tem uma espécie de ralação com Scorpius.

– Não estou entendendo aonde quer chegar. - comecei a chorar desesperadamente.

– Hoje será o pior dia de sua vida, irei torturá-la até o momento que não aguentar mais.

– AJUDEM-ME! AJUDEM-ME! - comecei a gritar desesperadamente até que escuto um barulho na porta, ela fora totalmente quebrada até que aparecer minha loba e logo atrás Scorpius com um machado em uma das mãos e um olhar assassino no rosto.

– Por que a trouxe aqui, Anne?

– Você não entende Scorpius! Você realmente nunca será capaz de entender como é ser sempre a segunda opção, a segunda melhor. SEMPRE A SEGUNDA EM TUDO! - ela gritava irritada - A segunda em sua vida! Eu devia ser a escolhida! Eu! E não ela.

Ele olhou confuso para mim e depois para Anne.

– Do que está falando?

Enquanto Anne reclamava para si, Scorpius livrava-me das cordas que envolviam meus pulsos e tornozelos. Consigo soltar-me rapidamente e saio correndo em direção a um lago, sinto algo tocando meu pulso, mas não vejo nada. Observo mais ao fundo e vejo Scorpius lutando juntamente com minha loba contra seres encapuzados que se desfaziam em pó quando tocados. Sem que Scorpius percebesse, um desses seres chegou por trás dele e cravou uma adaga em seu coração.

– SCORPIUS! - corri em sua direção, mas percebi que era tarde demais. Consegui escapar de meus sequestradores, mas a dor de perder Scorpius jamais desaparecerá por completo. Talvez tenha sido no momento em que ele se foi que percebi que o amava. Tarde demais. Porém, eu não consigo. Não consigo deixar de me lembrar dele, de amá-lo, de sentir o toque de seus lábios nos meus...

Simplesmente, não consigo.


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