A coreógrafa escrita por Luna di Sangue


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Da televisão ligada podia-se ouvir a musica do Balé Quebra Nozes e ver imagens da penúltima apresentação de Lola Molotov no papel feminino principal.

Deitada na cama uma garota olhava para a tela e seus olhos, normalmente verdes estavam vermelhos devido a uma crise de choro na qual ela se encontrava a pelo menos três horas, as outras horas da noite e da madrugada ela passara tendo pesados nos quais o médico lhe dizia que ela jamais voltaria a andar e muito menos a dançar.

~

Às oito horas da manhã ela tinha saído daquele quarto pela primeira vez em seis meses, o céu de São Petersburgo estava tão cinzento quanto seu humor. O caminho até a clinica do doutor Pavlov fora feito em silencio, não havia ninguém além dela e do taxista no taxi e ela se sentiu grata por ele não tocar no assunto, pois ela era conhecida por todos na Rússia e fora dela por ser uma sublime dançarina.

Quando os sons de muletas ecoaram pelo corredor clinica todos olharam involuntariamente para a porta de entrada e não esconderam o espanto o espanto ao vê-la com a perna esquerda engessada, ela odiava isso, da mesma forma que odiava os murmurinhos.

– Lola Molotov o doutor Pavlov irá atendê-la agora, por favor, me siga. – A voz monótona de uma mulher com cerca de trinta anos a fez suspirar de alivio.

Ela era capaz de sentir o olhar das outras pessoas presentes na sala de espera acompanhando seus movimentos e desejou fervorosamente poder voltar a ter essa sensação enquanto dançava.

– Bem, vamos tirar esse gesso, você está com ele há três meses, sua fratura já está remendada. – O médico disse ao entrar na sala analisando os raios-X que uma enfermeira havia tirado da perna engessada da bailarina antes de leva-la para um dos consultórios.

Lola suspeitava que seu s coração seria capaz sair pela boca enquanto o gesso em sua perna era cortado.

– Quando poderei voltar a dançar? – Ela perguntou não conseguindo conter uma ponta de esperança que insistia em transparecer em sua voz.

– Dentro de dois meses, se você fizer a fisioterapia corretamente. – O médico disse solidário.

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As lagrimas que rolavam livremente por seu rosto no instante em que voltava para a recepção da clinica eram de felicidade, contudo a garota parou de chorar assim que viu Dylan encostado junto a uma das paredes.

– E aí pequena como foi? – Ele perguntou enquanto caminhava em direção a ruiva.

– Eu vou poder voltar a dançar, mas terei de fazer fisioterapia por dois meses e até eu ter acabado a próxima temporada já vai ter começado, ou seja, vou estar desempregada. – Responde ela ao homem à sua frente ao mesmo tempo em que ele me apertava e sufocava em um aconchegante abraço de urso.

– Não se preocupe bebê eu sustento você para sempre, se for preciso, a final a gente vai casar, lembra? – Ele garantiu para Lola antes de entrar em seu carro e dar partida rumo a casa dele.

– Certo, e quem disse que eu vou casar com você, Lovejoy? – Ela perguntou gargalhando antes de ligar o radio do automóvel.

– Não quebre meu coração. – Ele pediu rindo.

Dylan estava realmente feliz com a boa noticia de que Lola poderia voltar a dançar e mais feliz ainda por ela estar morando com ele há quatro anos.

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Sentando em uma das confortáveis poltronas reclináveis de couro o homem fechou os olhos e colocou os pés sobre a mesa de centro em frente à lareira, na qual o fogo crepitava aquecendo o ambiente, ele sorriu involuntariamente ao se lembrar de que só havia se tornado membro da Academia de Dança Russa porque em seu teste Lola estava presente e reconheceu o potencial do garoto que na época tinha apenas 16 anos e desde então eles dançavam juntos e dois anos depois quando a atração mutua se fez insuportável eles se entregaram um ao outro em uma noite de amor intensa e selvagem e desde então estão juntos seja como parceiro de dança seja como um casal apaixonado, e ambos sabiam no fundo de sua alma que sempre será assim.

Lola sorriu ao se recordar do estardalhaço que os dirigentes da companhia de dança fizeram quando eles além de assumirem o romance foram morar juntos, mas aquilo não importava o que importava era o fato deles estarem juntos.

– Quando começa seu tratamento de fisioterapia? – Lovejoy questionou a garota que se sentara sobre seus joelhos.

– Vê pra mim? – Ela perguntou ao aninhar a sua cabeça contra o pescoço dele.

– Eu sou o adulto dessa relação. – Ele comentou enquanto fazia carinho nas costas da sua companheira.

– Eu sou mais velha, mas você é o homem dessa relação, você é o meu homem. – a ruiva sussurrou contra a pele do pescoço masculino a qual era atacada por seus beijos e mordida.

O tratamento de fitoterapia começou dois dias depois sempre em horário em que Dylan podia estar em casa, pois ele não queria que ela passasse por isso sozinha.

– Obrigada por ter estado comigo todo esse tempo, por não ter se esquecido de mim e por ter me dado animo para acabar o tratamento. – Lola agradeceu pulando no colo de seu namorado depois da ultima visita ao doutor Pavlov que a liberou para dançar.

Ele a girou e a beijou ardentemente em resposta.

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Quando faltavam duas semanas para o inicio das apresentações da Academia de Dança Russa Dylan e Lola estavam em uma das mais baladas casas noturnas de Madri dançando alucinados ao som da música Toxic cantada por Britney Spears.

Assim que o cantor pop mais famosa da atualidade adentraram a casa noturna os gritos de fãs tomaram conta do lugar, mas o olhar do astro caiu sobre uma garota branca de cabelos longos e ruivos que dançava desacompanhada como se nada além daquilo que ela fazia importasse ou existisse; eles a perderam de vista quando ela abriu caminho pela multidão até o outro lado da pista de dança.

– Quero ir embora, parece que um cantor de música pop da moda chegou aqui e vai ser impossível continuar a dançar. – Ela murmurou ao pé do ouvido de Dylan que tinha ido até o bar do estabelecimento pegar duas doses de Jack Daniels para eles.

Ambos viraram os copos antes de saírem abraçados pela porta dos fundos da boate.

O cantor ficou a noite inteira tirando fotos e dando autógrafos para seus fãs, mas seus olhos vasculhavam cada milímetro da casa noturna em busca daquela garota.

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Dois meses se passaram e Enzo Dumont ainda tentava encontrar a dançarina da casa noturna de Madri.

– Você está obcecado por aquela menina, por que não escolhe outra pessoa para ser a sua coreógrafa? Você nem ao menos sabe quem ela é ou se ela é uma profissional no ramo da dança! – O agente do garoto berrou frustrado.

– A encontre! – O astro pop berrou empo em resposta.

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Enquanto o agente dos meninos a procurava Lolá, Dylan seguia junto com a Companhia de Dança Russa acompanhando suas apresentações, uma vez que Dylan se recusou a deixa-la sozinha em São Petersburgo.

Ariadne Scott, uma negra de cabelos crespos, que dança bem, mas não tão bem quanto a ruiva, havia ficado com os papeis que eram de Lola, mas ela não se importava.

~

Já tendo procurado a tal garota em todo o Reino Unida o agente finalmente teve uma pista de que a garota era real, uma foto dela em um site especializado em balé.

Mais do que depressa o homem reservou um voo para Milão, onde seria a próxima apresentação da companhia de balé, assim como comprou uma entrada para o espetáculo.


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Notas finais do capítulo

Que tal?



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