Era tudo muito diferente do que esperava ver. A paisagem era escura, triste... Parecia até mesmo congelada.
–Ora. Ora. Ora. E eu estava preocupada em te encontrar minha doce America!- uma voz ecoou no meio daquele campo frio e sombrio- eu estou ao seu lado.
Olhando para o lado, America nada encontrou, mas levou um enorme susto ao virar-se novamente.
–Eu sabia que você conseguiria!- era Aspen. Mas como?! Ele a abraçou com força.
–Não entendo. O que aconteceu aqui?!
–Siga-me.
Aspen e ela andaram cautelosamente em meio a uma floresta escura e congelada.
–Chegamos -o chão tremeu e se abriu abaixo deles.
Era um local claro, com enormes paredes de pedra. Reconheceu o homem que estava em sua frente. General Osfull.
–A princesa está de volta.
Algumas pessoas surgiram, alguns animais... só que, America não conhecia nenhuma daquelas pessoas.
–O que está acontecendo?
–America. Rosalie congelou o coração de todos. Nós só resistimos por uma razão completamente sem lógica: temos amor em excesso- ele riu- Até parece. Mas é essa explicação que o Dr. Clauie dá a todos. Rosalie tomou o poder do reino...
–E meus pais?
–Seu pai faleceu. A notícia chegu ontem à nós. Sentimos muito.
Foi uma facada no peito de America. Ela sentou no chão e tentou raciocinar. Perdera seu pai. Para sempre.
–Minha mãe?- perguntou ao general
–Ainda presa com a rainha. Teus irmãos mais novos estão aqui, mas você não pode vê-los agora. Estão muito doentes.
–Doentes de que?!- questionou chorando, Aspen abraçou-a.
–Uma febre que parece não parar nunca.
~~*~~
–Olha, a parte de eu ser "a Salvadora" e tal eu já entendi. Mas quero saber como posso fazer isso.
–Você deve morrer.
America olhou para o General Osfull, que se sentava do outro lado da mesa.
–Olha America, não sou o tipo de pessoa que tenta aliviar a vida dos outros. Essa é a verdade. Você precisa morrer. A profecia acerca do teu nascimento foi bem específica. Aos vinte anos, a criança retornaria para sua terra natal e morreria em favor dela, para quebrar a maldição de uma bruxa, uma vez já amada.
–Uma vez já amada?- questionou Aspen
–Meu pai e Rosalie eram noivos- contei a ele
–Está tudo resolvido. A rainha acredita que matando você, se livrará da única fraqueza desse feitiço, só que na verdade, é o contrário. Matando você, o feitiço será quebrado.
–Então é assim?! Vocês vão me enviar até o palácio como uma "oferta de paz"- gritou America- E voê sabia Aspen! Você fez parte desse plano o tempo todo! Eu estava até me sentindo mal por causa de maxon, pensando que você sofreria, mas agora fico feliz por isso! Eu e traí Aspen! Engole essa!
America saiu correndo daquela sala onde, sentadas à mesa, estavam as pessoas que queriam entregá-la como sacrifício. Entendeu naquele momento, a razão de Leinires ter dito a ela que para ficar. Entendeu porque nunca mais veria Maxon.
–Me perdoe Max- sussurrou baixinho enquanto deixava o choro tomar conta de seu corpo.

~~*~~

No dia seguinte, seguraram America como uma prisioneira de guerra. Nem chorar ela conseguia mais Tudo o que sentia naquele momento era ódio. Ódio de Aspen, ódio de Rosalie, ódio de tudo e de todos.
Chegando ao palácio. Rosalie já os esperava na porta com um enorme sorriso nos lábios.
–Fico feliz que tenha aceitado minha oferta General Osfull -ele acenou que sim com a cabeça e olhou para America, com um olhar de "Peço perdão por isso".
–Me perdoe Meri. Me perdoe- America fingiu nem ouvir Apen.
–Soltem-na!-gritou Rosalie. Não há perigo aqui!
America entrou no castelo juntamente com ela.
–Creio que sabe a razão de estar aqui. És a única fraqueza do meu feitiço e deve ser exterminada.
America pensava que teria todo aquele drama dos filmes que assistira em Los Angeles, ams Rosalie foi rápida. Tirou do bolso uma maçã.
–Coma.
E sem outra alternativa, Meri comeu. E não sentiu mais nada.
Naquele momento, um clarão tomou conta do reino. O feitiço fora quebrado.

Até hoje não se sabe o que aconteceu com Rosalie.