The Big Four - A Hogwarts Adventure - escrita por Eloise Bruno


Capítulo 2
Você é um Bruxo, Jack


Notas iniciais do capítulo

Yohooooi o/ Eu sei que eu disse que não iria postar outro capítulo até terminar minha outra fic, -mas como meu pc quebrou eu decidi que vou continuar com essa aqui, já que ao contrário da outra, os arquivos desta não estão no meu pc e sim no meu celular ^^ Bom chega de falar. Espero que gostem e nos vemos lá em baixo lindios.

Agradecimentos: Quero agradecer a Corvo134 pela favoritação e Lissa pelas favoritação e por ter deixado o primeiro comentário da fic ^^ E muito abrigada a todos os que estão acompanhando a fic também.



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Jack ficou estático parado na entrada do prédio, não sabia a que deveria direcionar sua atenção: Ao fato de que havia perdido o bendito gato de vista ou à garota que surgira do nada em sua entrada como se tivesse brotado do chão. Os olhos verdes em expectativa a sua frente fizeram com que a segunda opção se sobressaísse.

– Q-Quem é você - Os lábios de Jack abriram e fecharam várias vezes, tentando assimilar alguma coisa, mas tudo o que conseguiu foi fazer a pergunta mais óbvia que passou por sua cabeça.

– Perguntei primeiro - Respondeu ela curvando seus lábios finos em um pequeno sorriso.

– C-como sabe quem sou? O que quer de mim? - Questionou-a na defensiva.

Os olhos verdes empáticos da ruiva tornaram-se pesarosos e tristes, como se a pergunta de Jack fosse o mesmo que ter lhe dado os pêsames pela morte de um ente querido. Ela hesitou por um momento e assim como Jack abriu e fechou os lábios várias vezes antes de dizer alguma coisa.

– S-Sei que não me conhece ou teria qualquer motivo para me ouvir, mas prefiro me explicar em outro lugar, sabe... um que não seja a porta - A voz dela era suave, mas havia algo por trás da sutileza, como se ela implorasse para que o albino o fizesse. Talvez essa tenha sido a única razão pela qual Jack propôs-se a deixar que uma completa estranha que, por algum motivo mais estranho ainda, sabia seu nome e onde encontra-lo, adentrasse o lugar que chamava de casa.

Jack afastou-se e abriu o restante da porta para que a garota pudesse passar, enquanto a ruiva passava por ele o albino olhou mais uma vez porta a fora a procura do gato que perseguia segundos atrás, mas nem sinal do bicho em lugar algum. Sequer haviam marcas de pegadas na terra barrosa ao pé da escada. O gato desaparecera tão rápido quanto surgira. Jack não sabia como o tinha feito, mas sabia de uma coisa: Da próxima vez que o visse iria corta-lo em pedacinhos.

Jack fechou a porta e viu que a garota ainda o encarava de forma estranha, como se estivesse vendo uma assombração, mas sem qualquer tipo de temor em seus olhos, apenas... nostalgia. Era como se esperasse algo de Jack, algo que ele não sabia o que era.

– Você já sabe quem sou, mas ainda não sei quem você é - Disparou o albino vendo a ansiedade de seu olhar dissipar-se como uma fogueira que teve areia jogada em cima. Parecia de alguma forma te-la machucado.

– Anna, Anna d'Arandelle - Ela não fez qualquer menção de cumprimenta-lo com um aperto se mão ou coisa parecida, ao invés disso ela curvou-se com uma mão segurando a saia e fez-lhe uma reverencia. O que ela era, algum tipo de Princesa da Disney? A ruiva parece ter notado a estranheza de Jack com a reverencia e de imediato seu rosto foi preenchido por um rosa intenso. Jack relevou o ocorrido e usou a oportunidade para analisa-la melhor.

Anna tinha cabelos ruivos presos em duas tranças, não um ruivo brilhante como o fogo ou profundos como as rosas que desabrocham na primavera. Era como as folhas que caiam no outono, com uma beleza simples porém encantadoras. Mas não era isso que chamava mais atenção, e sim a mecha branca que estendia-se por entre os fios alaranjados. Recordando o que aconteceu mais cedo no beco, Jack lembrou-se subitamente que o gato tinha uma linha estreita da mesma cor em seu pelo e perguntou-se se, assim como seus olhos, essa poderia ser apenas mais uma coincidência entre o bicho e a menina agora a sua frente.

A garota também usava roupas um tanto incomuns. Uma longa saia azul e uma capa roxa de inverno, junto a um gorro de mesma cor, que, escondia parte de seus fios alaranjados. Tudo parecia pesado e inadequado demais aos olhos de Jack. Tudo aquilo em conjunto com o sotaque marcado que Jack havia percebido desde que ela abriu a boca pela primeira vez, deixou claro que de onde quer que ela fosse era bem longe dali.

– Infelizmente nunca ouvi falar de você Anna d'Arendelle, e nem vejo motivos para que já tenha ouvido falar de mim - Disse Jack mantendo sua posição defensiva - Se você for do orfanato pode ir esquecendo, por que eu não vou voltar pr...

– Na verdade - Interrompeu-o subitamente - Vim aqui a pedido de uma pessoa, uma pessoa que o conheceu a muito tempo antes mesmo de ter sido enviado a Londres - Jack estremeceu. "enviado"? Do que ela estava falando? Sempre foi de Londres, nascera aqui, não é? - Eu...

Anna foi cortada por um estrondo forte de vários garotos correndo pelas escadas do saguão rindo e gritando. Assim como no jantar a horda de garoto continha pessoas de diversas idades, o que não parecia importar muito para aqueles que deferiam golpes e xingamentos uns aos outros, sem se preocupar se seu oponente era duas vezes menor que si mesmo.

As vozes animadas que se sobrepunham pararam abruptamente ao perceberem a presença da ruiva na entrada, mas o silêncio não durou muito, logo começaram as provocações insinuantes direcionadas ao albino."Ooh, quem é essa aí Frost?", "Não sabia quem tinha arranjado uma essa noite", "Essa daí vai ter que me emprestar, heim", "Achei que não fazia esse tipo de coisa, senhor certinho" disparavam os garotos com olhares maliciosos e risadas, entre outras coisas que aos ouvidos de Jack sequer valiam a pena ouvir, sentiu seu rosto ruborizar, não sabendo se de raiva ou vergonha.

– Ah, calem a boca seus imbecis! - Disse Jack um tanto irritado, alguns dos mais novos calaram-se de imediato, já outros mais velhos continuaram rindo e debochando do rosto ruborizado do Albino - Sequer a conheço e se me lembro bem já estavam de saída.

– Haha calma aí grandão, estamos só curtindo com a sua cara - Pronunciou-se Andrew, o garoto alto e moreno que ainda carregava o mesmo cano de mais cedo como se fosse algum tipo medalha ou amuleto da sorte. Jack nunca o viu sem o pedaço de metal, até já foi acertado por ele no dia que se juntou a eles - E você tem razão, já estávamos de saída, vamos galera vamos deixa-los a sós – Provocou mais uma vez e dirigiu-de a porta sendo seguido pelos demais que continuaram provocando o albino com barulhos de beijo e imitações mal-feitas de garotas, fazendo o albino ficar ardendo até as orelhas.

Jack não estava realmente irritado com Andrew, o moreno era como um irmão mais velho para ele - mesmo que jamais fosse admitir em voz alta - foi graças a ele que Jack conseguiu sobreviver depois de sua fuga do orfanato. Mesmo com Wayne sendo contra, Andrew insistiu para que Jack se juntasse a eles. A memória daquela noite foi afastada da mente do garoto ao ver e o rosto tão ruborizado quanto o seu próprio a sua frente.

– E-Eu sinto muito por isso - desculpou-se o Albino.

– N-Não tudo bem, não é da minha conta o tipo de garota com quem você sai - Respondeu prontamente a ruiva sem jeito desviando o olhar

– E-Espera, eu não saio com esse tipo de garota, f-foram só provocação daqueles manés e...

– Não, Não, tudo bem você não me deve nenhuma explicação - respondeu Anna ainda desviando o olhar - Quero dizer eu não ficaria surpresa nem nada do tipo, passei por algumas delas quando vinha pra cá, mas... - Começou a falar sem parar de forma nervosa mal tomando fôlego entre uma palavra e outra.

– Ei! - Jack sentiu-se ofendido com a insinuação - Não é por que moro aqui que tem que me classificar como esse tipo de pessoa - Brandou irritado fazendo Anna calar-se na hora.

– E eu não pedi que viesse aqui me procurar, você veio até aqui me importunar por vontade própria - Disse mantendo um tom ríspido, começando a dar as costas para a ruiva e dirigindo-se a escada - Se veio aqui só para me dizer que moro num lugar repugnante, você perdeu seu tempo, pois eu já sei disso. Obrigado pela visita, até nunca mais, mande um cartão portal.

– "Importunar" você? - Respondeu a ruiva que pareceu ter encontrado sua voz. Seu rosto estava até as orelhas queimando de raiva - Eu venho de outro país para te contar quem você realmente é, e é assim que me agradece?

Por um milésimo de segundo o coração do Albino parou ao ouvir aquelas palavras. Mas a raiva ainda estava borbulhante dentro de si.

– "Quem eu realmente sou"?! QUEM EU REALMENTE SOU?! - Virou-se para Anna quase a ponto de explodir. O ar da sala começou agitar-se e a criar correntes. Quanto mais o sangue nas veias de Jack acelerava, mais o vento se intensificava, mas ele não parecia estar ciente do que estava fazendo e continuou a gritar - O QUE VOCÊ SABE SOBRE MIM? O QUE QUALQUER UM SABE SOBRE MIM?

as feições de Anna suavizaram instantaneamente, não só pela rispidez e angustia na voz de Jack, mas parecia ter se lembrado de algo, algo que a fez arrepender-se de ter dito qualquer coisa.

– NEM EU SEI ALGUMA COISA SOBRE MIM! - O vento intensificou-se ainda mais. Anna agora estava cobrindo seu rosto e tentando manter os pés no chão enquanto as correntes a empurravam para trás, mas Jack continuou colocando para fora toda a raiva e tristeza que reprimira até agora - TUDO O QUE EU SEI É QUE EU VIVI MINHA VIDA TODA EM UM ORFANATO ESCURO E SUJO ONDE EU NÃO TINHA NINGUÉM ALÉM DA MINHA IRMÃ, E ADIVINHE SÓ: ELA ESTÁ MORTA!!!

Suas últimas palavras pareciam ter-lhe cortado a língua, pois Jack engoliu toda a raiva que tinha e sentiu a culpa tomar seu lugar. As correntes furiosas de ar se extinguiram na mesma hora e tudo tomou um silêncio desconfortável e amargo.

– Jack... e-eu - Anna fez menção de aproximar-se do albino, mas este virou-se novamente e começou a subir a escada.

– Vá embora...

– E-Espera, Jack, me escuta, por favor. Eu realmente sei coisas sobre você que precisa saber - A ruiva começou a subir as escadas atrás do Albino.

– EU DISSE PRA IR EMBORA! - Anna apressou-se pelos degraus e agarrou o pulso do Albino.

– Não quer saber por que pode congelar as coisas?

Jack esqueceu-se como respirar por um momento e sua boca ficou seca como um deserto. Ele virou-se incrédulo para ruiva, ela parecia estar falando mais sério do que nunca.

– C-Como é que...

– Eu te disse, sei coisas sobre você que não pode nem imaginar. Então, por favor, te imploro pra me escutar.

Jack tentou digerir tudo o que acontecera nos últimos segundos, ou até mesmo minutos, já havia perdido a noção de tempo assim como de outras coisas e as informações giravam em um turbilhão em sua mente. Olhou mais uma vez para os olhos esverdeados de Anna que imploravam por uma chance e, relutante, cedeu a eles.

– Eu devo ter pirado de vez - Sussurrou para si mesmo, e soltou-se do aperto da ruiva gentilmente. Subiu o restante da escada e quando chegou ao alto dela viu que Anna continuava parada no mesmo degrau, com um olhar avoado e um sorriso que denunciava a sua própria surpresa por ter conseguido que Jack a ouvisse - Vai ficar aí a noite toda, ou prefere que te carregue até o quarto?

– A-Ah certo - Ela segurou a saia azul e subiu as escadas saltitando. A ruiva estava visivelmente feliz, mas Jack não estava tão animado. As perguntas estavam rodeando a sua mente como um enxame de abelhas e a cada segundo mais e mais delas surgiam.

"Como e por que de uma garota que nunca vira na vida o encontrou quando ninguém mais foi capaz de faze-lo?", "O que ela queria dizer quando disse que havia sido 'enviado' a Londres?" ou "como a ruiva possuía conhecimento de sua 'condição'? ".

Jack estava tão submerso nesses pensamentos assombrosos que nem notou que já estava afrente da porta branca com números dourados descascados que chamava de quarto.

Antes que pudesse entrar Henry veio correndo pelo corredor sem fôlego.

– J-Jack... Jack está... tudo bem? -Perguntou o loiro apoiando-se nos joelhos na tentativa de retomar o fôlego - E-eu ouvi gritos vindo lá de baixo, achei que fosse o Andrew e os outros, mas então ouvi a sua voz e pensei que...

O semblante de Henry Foi de preocupado a estático assim que pousou seus olhos em Anna.

– Q-Quem é essa?

– A-Ah oi, meu nome é Anna, prazer em conhece-lo.

Anna apresentou-se ao garoto loiro com um sorriso infantil como se estivesse treinando para aquilo a muito tempo e ficou encarando Henry com um fascínio estranho nos olhos que Jack não conseguiu entender, com certeza era uma garota estranha. Mas Henry não parecia animado, muito pelo contrário. Sua expressão era uma mistura de surpresa, incredulidade e algo mais que Jack não sabia distinguir. Nunca vira o amigo com aquele olhar pesado antes, mas não tinha tempo para aquilo.

– Foi mal cara, mas não da para falar agora - A sede por respostas estava corroendo-o mais a cada segundo, não podia e não queria explicar para Henry algo que nem ele mesmo compreendia no momento - Sinto muito.

O albino puxou Anna para dentro do quarto e fechou a porta sem dar chance de Henry dizer mais nada. Jack sentiu-se um pouco culpado, mas precisava saber o que estava acontecendo.

– Então o que você... Ei, espera aí o que você pensa que está fazendo? - Anna havia tirado a capa dos ombros e jogado em cima da cama e com o mesmo sorriso infantil de antes começou a xeretar em tudo. Ela levantava os lençóis que repousavam sobre os antigos quadros e ficava os admirando como se nunca tivesse visto algo do tipo antes.

– Arte trouxa é tão estranha.

– Arte o quê? - Perguntou Jack confuso. O que diabos era "trouxa"?

Sem responder, a garota ruiva continuava a mexer em tudo com olhar de fascinação, o que já estava começando a irritar Jack. Ele abriu a boca para dizer para que ela parasse no lugar, mas antes que o fizesse Anna alcançou alguma coisa na mesa de cabeceira.

– É sua irmã? - Perguntou a mais velha com a foto que Jack normalmente carregava consigo.

– É! -Respondeu seco e apressou-se em tira-la das mãos da ruiva, de uma forma mais rude do que gostaria - O que queria me contar mesmo?

– A-ah é tinha até me esquecido hehe - Disse a outra dando um pequeno tapa ma própria testa - Você é um bruxo Jack.

Jack deixou a foto escapar de suas mãos e cair oscilante até atingir o carpete.

– E-Eu sou o quê?


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Notas finais do capítulo

Então lindios como me saí nesse segundo capítulo, meio chato eu sei, mas nós estamos apenas começando ^^ bem gritem, chorem, riam, esperneiem, mas acima de tudo: comentem ;) nos vemos no próximo capítulo bjinhus de pastinaca com amendoim pra tus >3●



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