Bridget acordou e se arrumou para estudar. Teve que mascarar as marcas nos olhos ainda mais. Pegou o material e desceu para tomar café.

Sua mãe estava saindo de casa apressada ignorando sua presença. Ela era fisicamente parecida com sua mãe, entretanto tinha a personalidade do pai. A separação de seus pais foi um choque, e a atitude de sua mãe para ela também. Quando fazia algo que a lembrava dele ficava extremamente irritada. Aos poucos Bridget colocou a máscara e fingiu ser a cópia da mãe em muitos aspectos.

E ainda tinha sua avó que veio morar com elas. Ela foi contra o relacionamento de seus pais e nunca gostou dele. Agora, estando mais velha, parecia ter esquecido a antipatia e não mais falava mal dele.

O dia da loira se arrastou à ter Debbie a perguntando se estava bem e os falso amigos a rondando. Algumas vezes viu James de longe, mas não pensava em ir falar com ele.

Após o treino de Gareth, Jane o esperava na arquibancada. Ele depois de tomar banho foi falar com ela.

"Está me esperando?" Ela respondeu que sim e falou de querer conhecê-lo melhor. Debbie e Bridget apareceram e ele achou que deveria apresentá-las. "Debbie, Bridget, podem vir aqui?"

Quando as duas andaram até eles, Gary as apresentou como melhores amigas dele e, Jane como a garota simpática que conhecera.

"Eu fico muito feliz em conhecê-las. Todo e qualquer amigo de Gareth é meu também."

"Sim... É sempre bom ser amigo de todos..." Bridget disse seca porém educada. Ela não estava de bom humor para se socializar com ninguém.

"Claro... Entendo..." Debbie não poderia estar pior, ela sentia nas palavras de Jane o quanto Gary era importante. Tal importância, que ela mesmo sentia. "Gary é bem quisto por todos..."

Jane ficou pensativa sobre o apelido dado a Gareth. O olhou de forma doce e suplicante quando o perguntou se também podia chamá-lo de Gary.

"Claro... Por que não poderia?"

A resposta dele fez o coração de Debbie se partir. Ela o apelidou assim e ele deixaria quem mal conhecia chamá-lo de Gary. Tentando não transparecer a tristeza, disse que tinha coisas a fazer e se despediu.

"Eu também tenho que ir..."

"Tchau... Talvez outro dia possamos conversar melhor."

Bridget sorriu e saiu do ginásio. Gary ficou sem graça estando sozinho com Jane. Ela convidou a se sentar e experimentar o que fez no curso de culinária.

"Você é bem versátil... Sabe sobre esportes, arte, moda e ainda sabe cozinhar..."

"Também fiz aulas de canto, mas parei para cuidar de minha mãe... Ela adoeceu e apenas se recuperou a um ano atrás..."

Vendo como o semblante dela mudara, ele levantou seu rosto para animá-la.

"Deveria estar feliz. É uma ótima filha."

Ela o abraçou sendo retribuída com um beijo na testa. Sue, que passava pelo local, pensou em ir lá e separá-los quanto Pete a abraça.

"Vamos ao cinema?"

Ela sorriu e o acompanhou para fora do colégio. Ela não gostava de ver o irmão, tão íntimo, com quem não conhecia. E decidiu perguntar como Pete se sentia em relação a irmã.

"Se Debbie arranjar um namorado... Seria quase um milagre!" Ele não conseguia imaginar a despojada e simples Debbie namorando. "Eu o agradeceria por deixá-la no eternos solteiros..."

"Realmente, ficaria tão feliz?"

"Bem... Se ele gostar dela e respeitá-la... A felicidade dela é a minha."

Quando Bridget chegou em casa, James estava no portão a esperando. Ela respirou fundo antes de pergunta-lo o que fazia ali.

"Queria saber se está chateada comigo..."

"Sim... Estou irritada, chateada, humilhada e rejeitada!" Bridget tentou se acalmar antes de pensar em bater nele. "Eu não quero te ver...."

Ele ficou triste e sorriu falsamente antes de ir para casa.

"Vou dar o tempo que precisar... Quando quiser falar comigo, venha me ver."

Ela ficou irritada, pela forma fria e calma que ele falara. O que Bridget esperava eram gritos e vê-lo muito mal humorado. Ela não tinha alguma importância para ele fora o que pensou.

Debbie se jogou na cama esmurrando o travesseiro após ligar para Gary, e ele disser estar ocupado. Ela pode ouvir claramente a voz de Jane o perguntando quem era antes dele desligar.

Ela encarou o próprio reflexo, que parecia julgá-la e mostrá-la o quanto era inferior. Como ela competiria contra uma garota linda e feminina? Talvez Bridget tenha razão foi seu pensamento. Ela não conseguiria ter um namorado com aquela aparência desleixada.