If I Were A Boy escrita por Carol Munaro, Warri0rGirl


Capítulo 6
Party




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Eu e o Logan optamos por uma balada de noite. Eu me arrumei e passamos na casa dele. Morava sozinho, assim como eu. Mas, pra minha surpresa, era uma das casas mais arrumadas que eu já tinha entrado.

– Você tem empregada? - Perguntei e ele riu.

– Não, Meg. - Arqueei as duas sobrancelhas. - Minha mãe. - Ri.

– Toma vergonha nessa cara, menino. - Ele corou levemente e eu achei bonitinho. Mas não falei nada. Me esparramei na cama dele enquanto ele tomava banho. Pensei em fuçar nas coisas, mas seria falta de educação. Ele não fez isso no meu quarto e eu não faria no dele.

Logan parecia ter uma paixão por fotografias de paisagens. E a maioria deveria ser ele mesmo quem tirava, pelo fato de ter uma câmera profissional em cima da cômoda. Ele viajava bastante, então.

Peguei o controle e liguei a televisão. Caiu em um filme de comédia e não poderia ser em uma parte mais vergonhosa do que essa. Claro que o casalzinho estava nos finalmentes.

– Tá vendo pornô na minha casa, Megan? Achei que você fosse uma menina de família. - Ele berrou do banheiro.

– Não é pornô, idiota. - Mudei logo de canal e ouvi sua risada.

– Sabe que aqui no banheiro tem coisa melhor, não sabe?

– Se arruma logo, Logan. - Ele riu de novo. Pervertido. Cinco minutos depois, ou quase isso, ele sai do banheiro.

– Mexeu na minha gaveta de cuecas? - Revirei os olhos. - Brincadeira, Meg. Não fica estressada.

– Não to estressada. - Ele me deu um selinho e foi pra frente do espelho arrumar o cabelo. Ele sabia que era bonito. E se aproveitava disso. Ou melhor, se aproveitava da minha humilde pessoa dando uma sorrisinho malicioso na frente do espelho sabendo que eu veria. Logan sabia que ficava irresistível desse jeito. Isso devia ser proibido por lei!

Saímos da casa dele. Eu já havia ido naquela boate uma vez, mas fazia muito tempo. Não lembrava direito como era.

– Então… - Falei. - Como vai ser?

– O que?

– A gente tá indo pra uma balada, Logan. Vamos ficar com outras pessoas? - Perguntei logo de uma vez.

– Você quem sabe, gata. - Torci o nariz.

– Não me chama de “gata”. - Ele riu baixo. E depois deu uma gargalhada. - Tá rindo de que?

– Imaginei você chegando em alguém. - Fiz cara de ponto de interrogação. - Quero te ver chegando em alguém. Mas uma condição: seu único motorista sou eu e você é minha única passageira. Entendidos?

– Sim. E tá duvidando que eu consiga alguém?

– O cara não pode estar bêbado.

– Não vou chegar em um bêbado, idiota. - Falei rindo. - E também quero te ver chegando em alguém. Quero ver quais as suas táticas. E, por favor, um “posso te pagar uma bebida” já tá podre. - Ele riu de novo.

– Funcionou com você.

– Eu tava bêbada e tinha acabado de descobrir que fui corna. Óbvio que iria funcionar. - Ele fez uma cara de ofendido.

– Pelo menos continua funcionando. - Ri baixo.

(…)

Logan já tinha pegado o terceiro telefone e eu ainda não tinha chegado em um cara sequer!

– Vamos, Meg! Acredito na sua capacidade.

– Vai mesmo tirar uma com a minha cara?! Você só chegou em vadias até agora. Elas são fáceis demais. - Ele revirou os olhos.

– Você não especificou o tipo de mulher. - Avistei um carinha bonito pedindo uma bebida. Olhei pras mãos. Nada de aliança. Me endireitei e fui até lá. Por Deus! Eu sou péssima nessas coisas.

– Oi! - Falei sorrindo. Ele olhou pra mim e me mediu. Fingi que eu não estava desconfortável e que estava completamente acostumada com aquilo.

– Então hoje é meu dia de sorte? - Dei uma risada.

– Talvez. - Apoiei no balcão.

– Qual seu nome? - Eu não sabia se mentia ou não. Tracy fazia isso de vez em quando.

– Jenna. - Falei e ele sorriu.

– Alan. Quer um? - Ele apontou o copo e eu fiz que sim com a cabeça. - Venho direto aqui. Como nunca te vi? - Moço, eu tava presa num relacionamento.

– Não costumo vir aqui.

– Frequenta onde?

– Mais pro norte da cidade. - Estávamos do lado oeste. Não era tão diferente.

– Tenho alguns amigos que moram por lá. Tá afim de dançar?

– Tava esperando você perguntar. - Falei sorrindo e ele sorriu também. Alan já cravou os dedos na minha cintura e foi assim comigo até o meio da pista.

Quando ele não estava vendo olhei discretamente pro Logan, que observava nós dois. Dei um sorriso e ele levantou a mão, mostrando um quatro com os dedos. Como assim ele pegou outro número enquanto eu conversava com o cara?! Revirei os olhos e mandei o dedo pra ele. Nessa hora, Alan me puxou pra ele e me beijou. Pai nosso...! Foi tão... De repente. E ele beijava muito rápido! Ou eu que era lenta. Não. Logan é sincero demais. Ele já teria falado se o problema fosse eu. Tentei parar o beijo e ficar só dançando com ele.

– Vou poder te ver de novo, Jenna? - Dei um sorriso amarelo.

– Claro. - Ele pegou o celular dele, desbloqueou e me entregou pra eu colocar meu número. Óbvio que não coloquei o meu. Acho que era o telefone de algum paciente, mas não lembro direito. Alan veio pra me beijar de novo, mas dei um olé nele. - Olha minha amiga me chamando ali! - Apontei pra um lado aleatório e ele olhou.

– Mas não tem ninguém ali.

– Tem sim. Ela tá me chamando. - Dei um selinho nele. - Até depois, Alan. - Saí fritando lá do meio da pista. Praticamente dei a volta na boate e voltei pro lado do Logan.

– Pra quem tava perdendo, até que foi bem hein. Até beijou! - Ele disse assim que sentei à mesa.

– Perdendo? Virou competição, então? - Ele deu um sorriso. - Jura que é uma competição?! Mas eu só tenho um!

– Uma pena, Meg. - Levantei de novo.

– Você quem pensa. - Peguei o copo da mão dele e saí andando pela boate de novo.

(...)

No fim da noite, eu tinha conseguido dez números, não contando com o Alan. E peguei quatro números em uma rodinha só. Mas claro que o Logan não precisava saber disso. Ele se contentou com 8.

– Acho que to ficando velho. - Ri baixo depois do que ele falou.

– Isso foi divertido. Eles realmente acham que eu vou ligar! - Falei e dei risada.

– Não vai ligar pra nenhum?

– Acho que não. - Me aconcheguei melhor no banco.

– E aquele que você ficou?

– Ele beija rápido demais. - Fiz uma careta. - Não beijou ninguém? - Ele me olhou como se falasse "óbvio que sim". Logan parou o carro na frente da minha casa e botou a mão na minha coxa.

– Quer que eu entre?

– Esse é seu melhor jeito de perguntar se pode ficar aqui?

– Tá. Posso dormir na sua cama? - Ri.

– Pode, Logan. - Entramos em casa. Fui direto tomar banho. Quando saí, vi que tinha uma mochila do lado do Logan. - Sempre anda com uma?

– Claro. Melhor prevenir.

– E no dia seguinte você faz como? Sai de fininho? - Liguei o secador e comecei a usá-lo.

– Algumas vezes. Mas eu te conheço. Não ia adiantar muito. - Cara de pau. - E eu não faria isso com você.

– Obrigada. - Falei irônica e ele sorriu. Logan pegou a mochila e foi pro trabalho. Sequei meu cabelo e ele saiu logo depois. Penteava meu cabelo enquanto ele vinha até mim e me deu um beijo no pescoço. Mas já tá querendo?

– Relaxa, Meg.

– To relaxada.

– Vai dormir agora?

– Vou? - Ele riu baixo e se jogou na cama. Deitei também.

– Posso te confessar uma coisa? - Olhei pra ele. - Eu pensei em não te ligar mais.

– Ah, jura? Acho que a gente só se fala por causa de domingo. - Ficamos em silêncio por um tempo. - Logan?

– Que? - Ele falou meio dormindo.

– Já reparou que eu não sei nada sobre você?

– Logan Price, 25 anos, solteiro, graças a Deus, nasci em San Diego, fui formado em Comércio Exterior e... Acho que não tem mais nada pra falar.

– Comércio Exterior? - Perguntei.

– Eu sei. Não tem nada a ver com a minha profissão. Mas meu pai queria que eu fizesse. Então... - Ele deu de ombros.

– Ele é muito rígido?

– Ele não era tanto. Mas... Sei lá. Ele queria muito isso. Resolvi fazer. - "Era". - Boa noite, Meg.

– Boa noite. - Deitei com a cabeça em cima da sua barriga e adormeci pouco tempo depois.


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Notas finais do capítulo

Estamos pensando em apagar a fic, já que ninguém lê, acho eu. Hoje só vai ser uma confirmação mesmo e.e



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