If I Were A Boy escrita por Carol Munaro, Warri0rGirl


Capítulo 17
My luv


Notas iniciais do capítulo

Olá! Boa leitura!



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Acordei sentindo uma dor de cabeça infernal. Eu era a única no quarto. Tive vontade de pegar no sono de novo, mas, mesmo assim, levantei. Eu ia colocar qualquer roupa casual, mas lembrei que a família do Logan está aqui. E ainda bem que me arrumei, porque vi o Scoot sentado no sofá da sala assim que fui pra lá.

– Scoot! Que surpresa! – Falei. E realmente era. Dei um beijo na bochecha dele, que sorriu. Ele me entregou um buquê. – São lindas!

– Não fazia ideia do que comprar pra você.

– Não precisava. – E não mesmo porque não comprei nada pra ele. – Senta. Vou buscar alguma coisa pra gente. – Fui até a cozinha. Dei oi pra todo mundo. A maioria das pessoas já tinham ido embora. Só ficaram as nossas mães, os irmãos do Logan e o padrasto dele.

– Boa tarde. – Ele disse, me deu um beijo na bochecha e continuou fazendo sei lá o que.

– Bom dia, pra mim. O que tá fazendo de bom? – Espiei por cima do ombro dele.

– Panquecas. Seu amigo tá aí. – Ele falou fazendo uma careta.

– Eu sei. Preciso de um lugar pra colocar as flores.

– Meu presente foi melhor. – Ri baixo. – Ele não vai ficar aqui o dia todo, né?

– Não sei, Logan. Para de ser rabugento. – Ele revirou os olhos e eu lhe dei um beijo na bochecha. Peguei uma garrafa de vinho e duas taças, e voltei pra sala.

– Não posso demorar, Meg. Tenho que ir pro restaurante ainda. Só passei pra deixar isso pra você. - Sorri envergonhada.

– Obrigada. De novo. - Ele sorriu também.

– Trouxe panquecas pra você. Não beba vinho de estômago vazio. - Logan apareceu na sala. Scoot olhou confuso pra mim.

– Ahn… Scoot, esse é Logan. Logan, Scoot. - Logan deu um sorrisinho falso. Ele poderia se fingir de simpático, pelo menos.

– Olá. - Scoot falou. Logan deixou o prato no meu colo e voltou pra cozinha. - Não sabia que ele estava aqui. Achei que vocês não saíssem mais.

– Somos amigos. - Ele não se convenceu, mas também não falou nada. Quando eles vão entender que eu saio com quem eu quiser?

Eu estava enrolando a panqueca pra comer quando o Scoot pega meu rosto com as mãos e me beija. Respondi ao beijo. Mas não deixei que se prolongasse muito. Scoot não demorou em casa. Só nos beijamos mais uma vez, marcamos de sair logo após o ano novo e ele foi embora.

– Finalmente! - Logan falou assim que fechei a porta.

– Cara de pau.

– Eu queria te dar um negócio.

– Outro presente? Deixa eu adivinhar… É pra eu usar a lingerie em algum lugar, que é o segundo presente? - Ele pareceu pensativo.

– Podemos usar… Mas é outra coisa. Ganhei um bônus da empresa. Você sabe com o que eu trabalho. Então…

– Então…?

– É pra você adivinhar. É tão óbvio, Meg.

– Um vale?

– Uma viagem, meu amor. Com acompanhante. - “Meu amor”. Engoli em seco.

– Pra onde? Aí é pra capital. - Falei revirando os olhos.

– Cancún. - Arregalei os olhos, surpresa.

– Que tipo de trabalho te dá uma viagem perfeita?! - Olhei pra ele surpresa. - Você não pode estar falando sério.

– Bom, estou. E você vai comigo. Não te falei na troca dos presentes porque vejo isso como um favor.

– Não seria melhor chamar algum amigo seu? - Ele pareceu pensativo.

– Vai ser legal te ver desfilando de biquíni.

– Logan, você já me viu… - Abaixei a voz. - Nua. Qual a diferença?

– Não é uma viagem qualquer. É ano novo! E eu quero passar com você. - Sorri.

– Você é muito fofo às vezes.

– E você não vive sem mim. - Soltei uma risada baixa.

– Como imaginamos que vocês não vão passar o ano novo em casa, vamos nos juntar. - Minha mãe apareceu na sala junto com a mãe do Logan.

– Eu e a Meg vamos pra um lugar um pouco longe.

– Onde? - A mãe dele perguntou parecendo apreensiva.

– Cancún. - Respondi.

– “Meio” longe? É no México! - Minha mãe falou quase desesperada.

– Logan já foi pra lá, Olivia. E voltou vivo. Isso é um bom sinal. - Ele fez cara de indignação e eu segurei o riso.

– Eu sei me cuidar, mãe.

– Por incrível que pareça, ele sabe. - Comentei, recebendo um olhar nada simpático dele.

– Enfim, vamos dia 29.

– Tenho que pensar no que levar. Acha que é necessário levar calça e casaco?

– Megan, lá é verão nessa época.

– Eu sei, idiota Não sou estúpida. Mas vai que chova algum dia.

– Vai continuar calor.

– Vai me ajudar a fazer as malas? – Perguntei manhosa pra ele não dizer não. Mas aí o Logan me olhou sério.

– Te ajudar ou fazer por você?

– Ajudar.

– Tá. Mas para com essa cara de menininha depressiva. – Sorri vitoriosa. Eu estava muito empolgada! Quando ele e a mãe foram embora, eu e a minha já fomos pro meu quarto ver o que eu poderia levar na viagem. O ruim é eu ter só um biquíni, mas acho que só usei uma vez porque, além de aqui não fazer muito calor, não tem cidade litorânea por perto. Mas já sei que vou gastar horrores por lá! To até pensando em fazer uma listinha.

(…)

– Você me liga assim que o avião pousar. – Minha mãe falou. – Pegou tudo? Documentos, passaporte, dinheiro, óculos de sol, escova de dentes…

– Mãe, fica tranquila. Eu peguei tudo. – Ela me abraçou.

– Posso te ligar à meia noite do ano novo? Ou você vai estar louca de bêbada fazendo um strip pro Logan? – A mãe dele olhou pra minha e eu preferi não fazer contato visual com ela.

– Muito obrigada por isso. – Falei baixo e depois limpei a garganta. – Pode ligar. Não vou ficar bêbada. – Olhei pra mãe do Logan. – Nem fazer um strip. Pra quem quer que seja. – Ele riu nervoso. Me despedi da mãe dele e entramos na sala de embarque.

– Aquilo é sério? – Ele perguntou.

– Aquilo o que?

– Sobre o strip. – Revirei os olhos. – Eu te dei um conjunto de lingerie pra ser usado, sabia?

– Cala a boca.

– Ia ser divertido.

– Calado!

– Você toda vermelha, não sabendo onde enfiar a cara… – Ele falou rindo.

– Ah, claro. Porque você não ficou com vergonha. – Disse irônica.

– Menos que você.

– Aham. Quanto tempo de voo?

– Duas horas e meia, mais ou menos. – Soltei um “hm…”.

– Não tá nervoso?

– Pelo que? Voar? Não. Acho até divertido. – Comecei a bater o pé. – Você tem medo?

– Não. Quer dizer, não sei. Nunca voei.

– Sua mãe não morava na capital? – Assenti. – Nunca foi visita-la?

– De carro. Preferia não pegar avião.

– Não precisa de neura, Meg. É uma viagem como qualquer outra.

– Tirando o fato de que, se algum acidente acontecer, não temos chances de vida. – A mulher do meu lado me olhou horrorizada. O filho dela começou a chorar. Eu fingi que não tinha falado nada.

– Sabia que o meio mais seguro de viajar é de avião? Ouviu, garotinho? – O menino fez que sim e voltou a abraçar a mãe. Pelo menos parou de chorar. – Não precisa de estresse. Vai dar tudo certo. Qualquer coisa, pede pra aeromoça te dar um calmante.

– Acho que to legal.

(…)

Foi a coisa mais aterrorizante da minha vida! Quando o avião começou a decolar e aquele barulho infernal das turbinas chegou aos meus ouvidos, eu achei que eu ia ter um ataque cardíaco. Só relaxei na hora do pouso. Foram as piores duas horas que já vivi. Pior ainda é saber que tem a volta. To pensando em morar em Cancún por uns tempos.

– Você tá legal? – Logan perguntou assim que descemos do avião.

– To.

– Você tá verde.

– Deve ser a fome. – Ele não se convenceu, mas também não falou nada.

– Você vai adorar! Já pensei em um lugar que podemos ir depois que você se recuperar do estresse do avião. E não fica emburrada. Isso é normal. Muitas pessoas tem medo. Acho que você ficou com medo por ser a primeira vez. – Bufei.

– Foi a pior experiência da minha vida! Não quero voltar pelo ar. Logan, aquilo é horrível! Como você consegue achar aquilo uma coisa divertida?! – Fiz bico. E ele achou graça. Filho da puta.

– Nós vamos ficar em uma espécie de pousada. Eles me deram a viagem, mas o hotel não é cinco estrelas, como eu já imaginava. Como nada é de graça nessa vida, vou ter uma reunião dia 02 na parte da manhã pra representar meu chefe. Mas o resto do tempo, to livre para o que você quiser fazer.

– Voltamos dia três, certo? – Ele assentiu. Demorou um século pra pegarmos nossas malas. Logan quase perdeu a minha. Eu iria mata-lo se isso acontecesse. Tinha um táxi nos esperando. Logan foi conversando com o motorista. A única coisa que eu sabia falar em espanhol era “Hola! ¿Qué tal?”. Ou seja, não entendi nada da conversa entre os dois. Mas pareciam falar de algo divertido.

O motorista nos deixou em frente da pousada. Assim que saí do carro, parecia que meu queixo iria até o chão.

– A vista é perfeita! – Falei e o Logan concordou comigo.

Hay un restaurante cercano que a lo mejor te gusta. El nombre és La Isla. – O taxista falou pra mim.

– Eu não falo espanhol. – Falei. Mas sem sucesso porque o cara não me entendeu. Logan falou sei lá o que pra ele, o cara respondeu, me deu um aceno e foi embora. - O que você disse pra ele?

– Que você não fala espanhol. Ele falou de um restaurante que você pode gostar. Podemos ir lá pra comer alguma coisa. Acho que vai ser divertido. – Logan falou com a recepcionista e fomos pro quarto. Pegamos um de frente pra praia, pra minha felicidade. Ele foi tomar banho e eu liguei pra minha mãe, pra avisar que chegamos. Depois, aproveitei pra tirar um cochilo enquanto ele se arrumava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do cap. Bom... Acho que n posto antes do ano novo, entao eu e a mi desejamos um feliz ano pra vcs, tudo de bom... Beijos!



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