P.O.V. Drácula.

Acaba de chegar uma carroça com prisioneiros, mas uma delas foi trazida pra mim. Quando olhei pra ela, eu vi a minha Elizabeth.

Mas, os cabelos dela tinham mechas cor de rosa e um corte muito diferente. As roupas também não eram muito convencionais, ela estava usando uma camisa de caveira com uma escrita diferente, os anéis em seus dedos também tinham formato de caveira e um deles era uma garra. Além disso estava usando uma calça preta que marcava todas as suas belas curvas e os sapatos rosa shocking com enormes pontas atrás.

Pulseiras de tachinhas e brincos de estrelas negras.

—Elizabeth.

—Quem?

Ela não se recordava de mim? Nem de seu próprio nome?

—Qual o seu nome?

—Melissa Olson. E o seu?

—Príncipe Vlad Drácula.

—Ah! Então você é o cara que pensa que é o Drácula.

—Eu sou Drácula!

—Você precisa se tratar.

—Não fale assim com o mestre, sua insolente!

Elizabeth o derrubou e o apagou.

—Tá olhando o que?

—Isso é inacreditável.

—O que?

—Uma mulher que sabe lutar.

Ela me explicou tudo sobre como aprendeu a lutar, mas quando perguntei onde morava mostrou-se astuta e não respondeu.

—O negócio é o seguinte, eu quero minha mala e meu celular de volta.

—Onde está a mala?

—No porão, meu senhor.

—Traga-a aqui. Imediatamente.

Ela conferiu item por item, pra ver se faltava alguma coisa e realmente faltava.

—Onde estão minha chapinha e meu secador?

—As armas foram confiscadas.

—O que? É meu e eu quero de volta! Demorei três anos pra conseguir juntar dinheiro pra comprar aquilo!

—Traga de volta.

—Sim, senhor.

Melissa se aproximou de mim e me examinou.

—Diz, aí se realmente é o Drácula eu quero ver os dentes.

Assim que mostrei meu verdadeiro eu ela deu um pulo.

—Caraca! É você mesmo! Nossa, estou frente a frente com o vampiro mais famoso e temido do mundo!

—Temido e famoso?

—É, todo mundo sabe a sua história. As mães contam para os filhos a séculos, tem muitas variantes, mas em todas a sua mulher morre e você renuncia a Deus sendo condenado a viver pra sempre.

—É isso mesmo.

—E tem uma parte em que você acha a reencarnação da sua mulher.

—Muito bem. Todos sabem sobre isso?

—Sabem. Bram Stoker escreveu sobre você, escreveu sua história e 10000 cópias do livro são vendidos todos os dias.

—É mesmo?

—É um clássico da literatura, tem muitos filmes sobre você de várias épocas diferentes.

—Filmes?

—É. Peraí, vou mostrar.

Uma de suas máquinas mostrou imagens como as de um espelho mágico.

—Uau!