P.O.V. Daphne Paloma Vazques.

Eu tenho duas mães e dois pais, acontece que Bay e eu fomos trocadas ao nascer.

Infelizmente eu peguei meningite quando criança e fiquei surda.

Convidei todas as minhas amigas para nossa festa de aniversário.

–Oi Mel, Vlad.

Até mesmo as pessoas surdas podem ouvir música. Conversei com Melissa a noite toda, bom com ela e com Emmet.

Mel é minha melhor e mais verdadeira amiga, ela fez um curso de libras pra poder se comunicar comigo e com os outros. Até mesmo Emmet simpatizou com ela e ele não costuma gostar de pessoas que ouvem.

P.O.V. Drácula.

Minha Melissa estava a muito tempo brincando de mímica com suas amigas, então decidi tentar também.

–Olá, sou o namorado de Melissa. Vladslau, prazer conhecê-la.

Mel fez mímicas para a garota e só então ela respondeu.

–Oh! Oi, sou Daphne, prazer conhecê-lo.

–Querido, estamos conversando em libras. Daphne e Emmet são surdos.

–Entendo. Sinto muito.

–Tudo bem, somos felizes assim.

–Eu sou Bay Kannish.

–Como vai?

–Eu não sou surda. Só a Daph é.

–Desculpe.

–Tudo bem.

Elas me contaram a história de como foram trocadas ao nascer, como seus pais criaram-nas, sobre a aceitação de Dafne no colégio de Bay.

Emmet que nunca gostou muito de pessoas que ouvem por eles os discriminarem e fazerem piadas de mal gosto.

–Você também tem namorado?

–Não, mas Em namora com a Bay.

–Pensei que não gostasse de pessoas ouvintes.

–Ele geralmente não gosta, mas com ela foi amor a primeira vista.

–Entendo.

–Você é tão sortuda Mel.

–Porque?

–Olha só o homem que você arrumou. Teve a festa de aniversário dos seus sonhos e sabe todos os segredos de cada um dos presentes.

–Bay!

–Como é? Estar na cabeça deles?

–Irritante. Não tenho um minuto de paz, nunca escutei o silêncio. Por mais que estejam todos silenciosos como túmulos os pensamentos não param.

–E como soam?

–Como sussurros, é como se eu fosse esquizofrênica.

–Credo.

–Esquizofrenia tem tratamento, mas a telepatia não. Por tanto isso nunca vai parar.

Daphne.