Kidnapped escrita por Drummer


Capítulo 1
O Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!Aqui estou eu com mais uma fic õ/Bom, por enquanto ela está em fase de teste. Quero que vocês leiam e me digam o que acharam. Dependendo da quantidade de reviews e do conteúdo dos mesmos eu continuarei a postar ou excluirei a história.Então aproveitem :)



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— Bom dia princesa. — falou Philip ao me acordar trazendo uma badeja de café da manhã.

— Nossa! Hoje é alguma data especial que eu esqueci? — perguntei sorrindo.

— Não. Algum problema de eu querer fazer um agrado pra minha garota?

— Nenhum problema. Só cuidado para não me acostumar mal com tantos mimos. — ajeitei os travesseiros nas minhas costas e me sentei.

Ele colocou a badeja no meu colo e me deu um beijo.

Eu e Philip já namoramos a quase três anos, ele estuda na mesma faculdade que eu, mas somos de cursos diferentes. Ele faz administração e eu psicologia. Nos conhecemos no primeiro ano em que entrei, em uma palestra que a faculdade fez para os novos alunos, sendo um ano mais adiantado que eu, ele era um dos palestrantes e quando subiu no palanque, para começar seu discurso, eu simplesmente me apaixonei por aquele cara simpático e confiante que estava lá falando.

— Tudo bem você ir de ônibus pra faculdade? Não vou poder te dar carona hoje. — ele falou.

— Claro, sem problemas, mas por que não vai poder ir comigo?

— Tenho uma entrevista de estágio em uma empresa e... — ele olhou e relógio — já estou atrasado.

— Então vai logo. Não se atrase mais por minha causa.

Ele vestiu o terno, deu um beijo na minha testa e foi embora rumo a entrevista. Terminei de comer o meu café da manhã, que por sinal estava divino, e fui tomar um banho para me arrumar pra aula.

Antes de entrar no box, o telefone começou a tocar e eu fui atender. Era a minha irmã Jenny.

— Bom dia!!! — ela praticamente gritou no meu ouvido.

— Que animação é essa logo cedo? Você não é assim.

— Lembra aquele carinha, que eu te contei, que conheci no bar?

— Como esqueceria, você não parou de falar sobre ele desde que o conheceu.

— Então ele me ligou ontem e me convidou pra jantar hoje à noite.

— Deixa eu adivinhar, você quer que eu tome conta do Will? — Will era o meu sobrinho, filho da Jenny. Ele era um amor de criança e eu sempre tomava conta dele para ela trabalhar ou ir se encontrar com algum novo pretendente.

— Sou tão previsível assim? — perguntou ela irônica.

— Sim, você é.

— E então você pode ficar com ele?

— Uhm não sei... — eu adorava irritar a minha irmã e fazer ela implorar.

— Mendieeeeeeee! Por favor, por favor, por favor, fica com o Will. Prometo nunca mais te pedir nada.

— Pelo que eu me lembro você disse isso da última vez. — tentei esconder o riso.

— Essa é a última eu juro.

— Ok, eu fico com ele. Agora preciso desligar se não vou me atrasar pra aula. — desliguei o telefone e fui para o banheiro.

Alguns minutos mais tarde eu já estava na rua indo em direção ao ponto de ônibus. Eu odeio andar de ônibus nessa hora do dia. É raro pegar um que não esteja lotado até o teto.

Os minutos foram passando e nada do ônibus passar, já estava começando a perder a paciência com tamanha demora.

— Mandie! — escutei alguém me chamar e uma buzina tocar logo em seguida.

Procurei de onde vinha o chamado e vi um carro parado um pouco à frente de onde eu estava. Fui até lá e me abaixei ficando da altura da janela.

— Paul! O que está fazendo por aqui? — perguntei.

Paul era amigo do Philip, eles estudavam juntos desde pequenos, eram quase irmãos.

— Estou indo para a faculdade. Dormi na casa dos meus pais ontem, minha mãe não estava se sentindo bem. Quer uma carona?

— Com certeza! — respondi sorrindo e já entrando no carro — Você acabou de salvar o meu dia. E como ela está?

— Ela quem?

— Sua mãe seu bobo.

— Ah sim. Ela está melhor. Particularmente eu acredito que não tenha sido nada. Minha mãe, de vez em quando, finge estar passando mal só para eu ir visita-la.

— Você devia passar mais tempo com ela...

— Onde está o Philip? — perguntou ele, notoriamente querendo mudar de assunto.

— Ele teve que ir a uma entrevista hoje.

— Essa não. — ele bateu no volante — A entrevista. Eu sabia que estava esquecendo alguma coisa.

— Paul você só não esquece a cabeça, por que está ligada ao corpo. — ele riu — E agora?

— E agora que eu estou ferrado.

— Não pensa assim. Outras entrevistas vão surgir.

— É, mas nenhuma tão boa quanto essa.

Ele parou o carro em frente ao campus da faculdade, onde haviam alguns grupos de estudantes conversando e vários outros chegando e continuou:

— Está entregue. Eu vou ver se consigo chegar a tempo de fazer a entrevista.

— Vou torcer por você. — sorri e me inclinei para dar um beijo em sua bochecha — A gente se vê por ai.

Sai do carro e fiquei parada até ver o carro dele desaparecer na próxima esquina.

— Bom dia! — falou Lívia, minha melhor amiga, caminhando na minha direção.

— Bom dia! O que está fazendo aqui tão cedo?

— Tenho prova de microbiologia hoje. E você?

Lívia resolveu seguir os passos da mãe e cursar Medicina. A mãe dela era uma renomada cirurgiã na área da cardiologia, e sempre quis que a filha fosse como ela e de tanto insistir conseguiu o que queria.

— Philip não pode me trazer hoje, então vim mais cedo pensando que ia ter que esperar o ônibus, mas o Paul apareceu e acabou me trazendo.

— Ah sim, e tudo ok entre vocês dois?

— Sim, acho que as coisas estão voltando a ser como eram.

O clima entre eu e o Paul tinha ficado estranho há algumas semanas atrás, quando ele encheu a cara em uma festa e tentou me beijar, mas alguns dias depois ele veio conversar comigo, pediu desculpas para mim e para o Philip, admitiu que estava fora de si e a partir daí as coisas foram se normalizando.

— Que bom, mas eu ainda continuo achando que ele gosta de você...

— Isso é só na sua cabeça. E o seu namoro com o Trey como anda?

— Mais enrolado que um rolo de lã.

— Nossa tá tão ruim assim? — perguntei rindo.

— Ruim é pouco. Acho que está na hora de terminar.

— Sinto muito por isso, sei como você gosta dele.

— É a vida amiga. Ela tende a ser uma droga nas horas mais erradas possíveis.

Olívia tinha acabado de perder o pai em um trágico acidente de carro. Ela tentava se fazer de forte, mas eu conhecia a minha amiga e sabia que por dentro ela não estava nada bem. Trey, seu namorado, ao invés de apoiar ela nessa hora, estava se afastando cada vez mais.

Ficamos conversando até o sinal, que indicava o início das aulas, tocar. Quando cheguei na minha sala ainda não havia ninguém. Me sentei no meu lugar de costume e fiquei mexendo no celular até o professor chegar.

Não demorou muito e o ultimo aluno entrou sendo seguido pelo professor.

— Olá classe. Por favor, abram na página 340 do livro de vocês. Quero que vocês deem uma lida no texto e façam um pequeno resumo sobre o que vocês leram e logo depois vamos debater sobre o tema.

Para muitas pessoas psicologia era algo chato, mas para mim era algo fascinante. Conseguir entender a mente de uma pessoa é simplesmente incrível.

As aulas passaram voando, na hora no intervalo me encontrei com a Olívia e com Philip e ficamos batendo papo até a hora de voltar para sala. Philip me contou que achou ter ido bem na entrevista, mas que só ia saber o resultado no dia seguinte.

Quando sai da faculdade, Philip me levou, como de costume, até a lanchonete em que trabalho. Ficava a apenas alguns quarteirões de onde eu estudava, geralmente eu ia andando, mas ele quis me compensar por não ter me dado carona mais cedo.

— Vai vim me buscar que horas? — perguntei assim que sai do carro.

— Umas 19hrs está bom?

— Está ótimo. Até mais tarde. — me inclinei pela janela e deu um selinho de despedida nele — Te amo, tchau.

— Também te amo, bom trabalho.

Antes de entrar no estabelecimento, recebi uma mensagem do Paul:

“Consegui chegar a tempo de fazer a entrevista. Acho que tudo correu bem. Continue torcendo por mim. Beijos Paul.”

Respondi a mensagem e entrei na lanchonete.

— Está atrasada. — Falou Joe, meu chefe.

— Não estou não. — respondi conferindo a hora no relógio.

— Eu sei, mas adoro te perturba. — retrucou rindo — Agora vá trocar de roupa e colocar a mão na massa.

Bati continência para mostrar que tinha entendido a ordem e sai rindo para o vestiário.

Troquei rapidamente de roupa e fui para cozinha ajudar o Mike a preparar os pedidos.

— Como estão as coisas hoje? — perguntei assim que entrei.

— Até agora está tudo tranquilo, espero que continue assim.

— Tomara.

Conversa vai, pedido vem e não demorou muito e já estava quase na hora do fim do meu expediente.

— Você vai no chá de bebê da Alice? — Mike perguntou.

Alice é a mulher do meu chefe, ela está grávida de 8 meses e convidou todos os funcionários para ir no chá de bebé dela.

— Com certeza, vou amanhã comprar o negócio que retirei na lista. E você?

— Estou planejando ir, mas ainda não tenho certeza.

— Ah vamos sim, não é uma das melhores festas para homens participar, mas vai ser divertido.

— Ok, vou pensar se vou. Philip vai também?

— Não, ele falou que não é programa para homens.

— Mas como... Você tá de brincadeira né? — comecei a rir da cara dele, aquela cena era impagável — Como você me fala isso e ainda quer que eu vá?

— Mike se você não for eu vou ficar sozinha.

— Ah agora sim está explicado, você quer diminuir minha masculinidade só para não ter que ficar sozinha.

— Exatamente.

— Tá bom, coisa chata, eu vou com você.

— Por isso que eu te adoro lindo. — falei rindo.

— Mandie pode ir, já acabou seu turno. — Falou Joe aparecendo de repente.

— Ok, já estou indo. Você vai ir agora também Mike?

— Não. Vou fazer o turno do Scott hoje.

— Tá legal, então a gente se vê amanhã.

Fui até o vestiário e me troquei.

— Até amanhã Joe. — me despedi do meu chefe e sai da lanchonete.

Já estava escuro do lado de fora, caminhei até o estacionamento e fiquei aguardando a chegada do Philip, que havia marcado de me buscar no trabalho.

Aproximadamente, 15 minutos se passaram e nada dele chegar. Peguei meu celular na bolsa, disquei o número dele e esperei que atendesse. Porem isso não aconteceu, a ligação caiu na caixa postal e eu resolvi deixar recado:

— Philip cadê você? Já estou a quinze minutos aqui te esperando. Por favor, vem logo...

Assim que terminei de falar, senti algo atingir a minha cabeça e então eu desmaiei.

Acordei, depois de algum tempo, dentro de um carro. Estava com os pulsos amarrados e amordaçada, tentei em vão me soltar e começar a gritar, foi ai que percebi que não estava sozinha. Do meu lado estavam dois caras, estavam com uma toca negra cobrindo o rosto e ambos com uma pistola, e no banco dá frente mais dois, igualmente equipados.

Assim que o da direita percebeu que eu havia acordado, ele me deu uma cotovelada no rosto e eu apaguei novamente.

Quando acordei pela segunda vez, não estava mais amarrada nem amordaçada. Levei a mão até o nariz que estava muito dolorido, provavelmente quebrado por causa do golpe que levou. Esfreguei os pulsos, que estava doendo por causa do forte aperto da corda e tentei adaptar a minha visão a escuridão do local onde eu me encontrava.

— Tem alguém ai? — gritei. — Socorro!

Não obtive resposta.

Uma porta se abriu e uma luz invadiu todo o local. Não era grande, mas também não era pequeno. Parecia uma garagem.

Um homem encapuzado veio andando na minha direção. Meu coração começou a bater mais rápido do que já estava batendo.

— Por favor, não me machuca. — comecei a chorar — Por favor.

— Cala a boca. — ele falou e me pegou pelo braço.

O aperto de sua mão era forte e seu tom de voz ameaçador. Ele começou a me arrastar por um corredor, a luz fazia meus olhos arderem por causa do contraste com a escuridão que vivenciaram segundos antes.

— Me solta, você está me machucando. Por favor, eu não tenho nada. Eu não sou ninguém, me deixa ir embora. — lágrimas banhavam a minha face.

— Já disse pra você calar a porra da sua boca. — falou o cara mascarado parando de repente, me balançando pelo braço e olhando em meus olhos.

Fiquei paralisada, suas palavras me acertaram como facas afiadas me cortando por dentro. Continuamos a seguir pelo corredor. Procurei atentamente algo que pudesse indicar a minha localização, mas o lugar estava completamente vazio.

Paramos em frente a uma porta, ele tirou uma chave do bolso, destrancou a fechadura e me jogou dentro daquele lugar fechando-a novamente atrás de mim. Me virei e encarei por alguns segundos a porta por onde entrei.

— Ei, por favor, não me deixa aqui. Socorro! — gritei enquanto esmurrava aquele pedaço inútil de madeira que me impedia de sair dali.

— Não adianta gritar. — disse uma voz feminina atrás de mim.

Levei um susto e me virei imediatamente. Lá estavam mais duas pessoas. Um casal. Eles estavam sentados em um colchão sujo, no chão. Do lado do colchão tinha uma tigela redonda de alumínio, estava um pouco amassada e suja.

— Quem são vocês? — perguntei.

— Eu sou a Tasha e esse é o Matt. E você quem é?

— Mandie.

O silêncio tomou conta do local. Fiquei em pé parada diante aquelas duas pessoas, ela aparentava ter altura mediana, com os cabelos negros na altura do ombro, estava vestida com uma calça jeans rasgada e uma blusa rosa. Ele parecia ser alto, cabelos castanhos, barba media e vestia uma bermuda e blusa xadrez.

— A quanto tempo vocês estão aqui? — por fim perguntei.

— Aproximadamente, uns 90 dias.

Fiquei sem reação. 90 dias. Eles estavam lá a praticamente 3 meses. Será que algum dia eu vou conseguir sair desse lugar? Será que eles eram traficantes de pessoas ou vendedores de órgãos?

O pânico estava crescendo cada vez mais dentro de mim.

— Ei! — o cara que estava sentando ao lado da garota, Matt, me chamou — É melhor você se acalmar. Seu pesadelo está só começando.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? A fic tem futuro? Vocês estarão me incentivando deixando reviews, enquanto eu estiver postando? Digam o que acharam, é sério. Essa história depende de vocês.Todas as sugestões e críticas serão bem vindas. Beijos e até os reviews :*



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