Estranho... Como alguém que passa o dia todo sendo, de certa forma, irritante pode se tornar tão fofo enquanto dorme? Ele sempre foi tão fofo assim enquanto dorme? Ah, realmente não me importaria de perder noites de sono para ao menos o ver dormindo.

- Ah, kawaii...! - As palavras saíam mais rápido do que poderia conter, levando ambas as mãos em frente a boca, tentando abafar a baixa risada.

Ele havia passado a noite toda, novamente, em claro para resolver alguns problemas, embora eu não saiba o motivo.

Bem que ele poderia ser sempre fofo assim...E novamente, levava ambas as mãos em frente ao rosto para controlar a nova risada baixa.Desse jeito eu irei acordá-lo e ele voltará a ser aquele idiota de sempre. E sem controlar, soltava uma quase baixa gargalhada, abafada apenas pelas mãos.

Bem, talvez nunca tivesse começado a me apaixonar por ele, se ele sempre fosse fofo assim. Embora ele me trate mal diariamente, ainda existe uma grande gentileza dentro dele, ao qual ele não pode esconder para sempre.

Novamente, tentava controlar a risada baixa ao ouvir sussurrar palavras desconexas sobre algum filme de alienígenas que havia visto... Ao menos é o que pensei.

- Baka... - Surrava para ele, virando o rosto um pouco para o lado e para cima, para olhar as feições serenas dele.

Era estranho pensar que havíamos tirado o dia de folga na escola, e agora estávamos deitados olhando para o céu... Bem, estava olhando para o céu até que senti a respiração delw baixar ao ponto de ficar serena e sua voz foi morrendo, dizendo que somente iria fechar os olhos por dois míseros segundos. Era estranho também ele não ter se incomodado sobre ter deitado a cabeça sobre o corpo dele, jogando todo o peso do meu "cabeção" na barriga dele.

E outra vez levava as mãos em frente a boca, tentando diminuir o som da gargalhada.

Pegava o celular do bolso e olhava a hora, pensando se teria a coragem de o deixar dormindo ali sozinho, desprotegido... Não, a aula não era tão importante... Então poderia ficar ali e aproveitar mais um pouco daquela fofura.

Tomando um grande passo de coragem, virava de barriga para baixo, apoiando a bochecha na palma da própria mão, enquanto que com a mão livre trilhava um caminha da barriga dele até a franja que caia parcialmente sobre um dos olhos, a empurrando suavemente para o lado, tomando o devido cuidado de mal lhe tocar a pele...

E para o meu espanto, ele abria vagarosamente os olhos, onde por minha vez, com tamanha vergonha, jogava a cabeça na barriga dele, o fazendo soltar um alto resmungo.

- Tão pesada... - Mantinha a expressão serena, tentando esconder a risada dentro do peito. - Oh, ela dormiu?

E sem esperar pela atitude dele, sentia seus dedos sempre grotescos e dando-me tapas ou segurando o cigarro, tocar suavemente sobre os meus cabelos e fazer um carinho ligeiro.

E quem pensou que com aquele carinho iria ser embalada para o mundo dos sonhos, estavam certos!