Os Cavaleiros do Zodíaco - A Saga da Safira escrita por FanficMaster


Capítulo 29
Capítulo 29 – Bóreas, o vento norte


Notas iniciais do capítulo

- Corrigido o nome da Ilha flutuante de Éolia para Eólia;
— Botein é o nome da estrela delta da constelação de Áries;
— Faltam mais 2 capítulos.



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A armadura de Triângulo é restaurada e trás de volta a ilha flutuante Eólia, onde se encontrava descansando o corpo do deus dos Ventos Éolos. Shion encoraja Shee e os outros a irem para ilha e eles o fazem. No entanto, eles são abordados por Alrisha de Peixes que havia traído o santuário e raptado o Grande Mestre. Alrisha demonstra uma vantagem grandiosa diante do cavaleiro de bronze e seus colegas de prata, mas Jaga de Órion surge para ajudá-los.

– Zéfiros me explicou que tomou o controle sobre você. - dizia Jaga encarando Alrisha.

– Então é isso! – dizia Ian que parecia ser o único ainda resistindo ao veneno – Então só precisamos libertá-lo do controle de Zéfiros... Mas, como?!

– Só tem um jeito. – explica Jaga – Destruindo aquela coroa de flores.

O cavaleiro aponta para o braço de Alrisha. Com tudo o que ocorrera, Ian não havia notado isso até então.

– Se acha que consegue, então venha Jaga de Órion!

Os dois se encaram mortalmente. Jaga concentra seu cosmo o deixando queimar. Alrisha faz o mesmo e então lança uma rosa de cor branca.

– Rosa Sangrenta!– diz o cavaleiro disparando a rosa branca na direção de Jaga.

O cavaleiro de Órion numa velocidade estupenda, cria uma pequena esfera que o protege da rosa, bem como empurra Alrisha para longe.

– Como? Como é possível?! - dizia o cavaleiro de ouro impressionado – Ninguém jamais conseguiu escapar de minha Rosa Sangrenta antes! Isso é impossível!

– Então deixe-me apresentar a você novamente, Alrisha... Eu sou ninguém e esse é o meu golpe, o Trovão Dançante!

Órion cria uma esfera de cada vez em suas mãos e começa a desferi-las contra Peixes que era atingido por estar surpreso com seu ataque anterior. O impacto dos ataques de Órion resultavam em pequenas explosões, no entanto, Alrisha parecia intacto, ainda com cara de espanto.

– Então esse é o poder do cavaleiro de prata lendário? - questiona Alrisha – Realmente, seu poder pode ser equiparado ao nosso. Mas não pense que isso garantirá sua vitória!

– Minha única intenção aqui é te fazer voltar a si.

– Cale a boca! Você não sabe de nada!!! Rosas Diabólicas Reais!

Alrisha lança contra Jaga diversas rosas vermelhas, porém, o cavaleiro de prata parecia se desviar facilmente delas.

– Relâmpago Milenar!– dizia Jaga disparando ondas de choque contra as rosas vermelhas as fazendo pegar fogo e se desfazerem – Eu te disse, Alrisha, vou destruir essa coroa de flores em seu pulso e vou lhe fazer voltar a si!

– E eu já disse que você não sabe de nada! Há muito mais por trás disso tudo!

– Interessante saber disso... - dizia uma voz que chama a atenção deles.

O homem que surgia ali tinha os cabelos alaranjados e olhos avermelhados, trajava uma armadura dourada cujos ombros eram cobertos por chifres. Em uma de suas mãos, ele segurava um elmo que lembrava o de guerreiros romanos.

– Senhor Hamal! - dizia Jaga surpreso – Mas....

– O Mestre Suplente nos liberou finalmente para vir ajudá-los. - explicava Hamal – Quando notei o cosmo de Alrisha decidi vir para cá. Vocês precisam impedir que Éolos seja revivido, eu cuido desse traidor.

– Senhor Hamal! Alrisha está...! - ia dizendo Jaga até ser interrompido.

– Sim, eu sei. Não se preocupe, agora apenas vão. Extinção Estelar!

Hamal libera seu cosmo em forma de choques múltiplos e brilhantes que destroem algumas plantas ali. Esses choques continuam em direção a Jaga e os outros. O cavaleiro de prata nota que esses choques lembravam uma galáxia no momento em que é engolido pela luz junto com seus amigos, desaparecendo todos dali e deixando apenas o cavaleiro de Áries e de Peixes.

– Muito bem... - dizia Hamal – Somos só nós dois agora.

– Hamal, você é mais louco do que eu pensava! Matou seus companheiros!!! - dizia Alrisha surpreso – Nunca imaginei que seria capaz de...

– Quem disse que os matei? - indagava o carneiro dourado.

Em algum lugar de Eólia...

Um feixe de luz surge, fazendo sair Jaga, Ian e os outros.

– Onde será que estamos? - dizia Jaga olhando em volta.

– Não faço ideia, mas ainda é na ilha. - dizia Ian ainda com dificuldades – Fomos salvos pelo senhor Hamal, mas sinceramente o único em condições de lutar é você Jaga. Todos nós estamos à beira da morte aqui.

– É por isso que estou aqui. - dizia uma voz bem mais jovem. Um garoto usando um manto cobrindo seu cabelo, trajando uma roupa de lã aparece de trás de uma pedra. Assim como Atla, ele possuía dois pontos no lugar das sobrancelhas, só que esses eram esverdeados. Seus olhos eram castanhos claros.

Shee que ainda estava deitado, em meio a delírios e gemidos reconhece o garoto.

– Você é o Botein, assistente do senhor Caeli, não é? - perguntava o jovem de bronze.

– Sim, sou eu mesmo! Então você se lembrou não é... Meu rival?

– Rival?! - dizem Ian e Jaga em uníssono enquanto se olhavam.

O garoto ria se lembrando dele e Shee quando este foi restaurar a armadura de câncer menor. Os dois disputavam quem comia mais, deixando Caeli envergonhado. Nas lembranças é revelado que Botein tem os cabelos curtos e esverdeados.

– Deixem isso pra lá! - diz o garoto de oito anos – O Mestre Caeli me pediu pra dar isso aos que estão sob o veneno de Peixes.

Ian e Shee são os primeiros a tomar do frasco que Botein trouxera. Em seguida, eles fazem com que Maya, Kraisto e Altair tomassem também. Em pouco tempo, os cavaleiros se encontravam recuperados.

– Uau! – dizia Kraisto alongando os braços – O que tinha nessa água? Era alguma do tipo que o Senhor Dohko adora tomar?

Altair jogava bafo em sua mão e então se vira para o cavaleiro do cruzeiro do sul.

– Não acho que seja a mesma não... A do Senhor Dohko deixa com um bafo estranho e ruim...

Com a exceção de Shee que era o mais novo ali, todos os outros olham para o rapaz com cara de espanto.

– Bom, já que estamos todos recuperados, vamos nos apressar! O Grande Mestre e todo o santuário contam conosco. – dizia Ian ignorando o comentário de Altair e voltando a se focar na missão. Ele então se vira para Botein novamente – Obrigado de verdade, Botein! Agora saia daqui, as coisas vão ficar muito ruins.

– Pode deixar! – dizia o garoto – Ah! Mais uma coisa, vocês devem seguir por aquele caminho ali! – dizia o garoto apontando mais ao norte, onde eles podiam ver uma espécie de casa, parecida com a do Grande Mestre, no Santuário – E Shee... – o rapaz se vira para o novato – Não perca lá, só quem pode te derrotar um dia, sou eu.

– Certo. – respondia Shee tocando o punho de Botein com o dele.

Os dois abrem um sorriso um para o outro e então Botein se teleporta pra longe dali e os cavaleiros seguem rumo ao norte da ilha. De volta a Hamal e Alrisha, os dois continuavam a se encarar. Um vento muito forte passava por eles e levantava as pétalas, agora mortas, daquele jardim.

– Hamal, você tem certeza de que vai querer me enfrentar? Já se esqueceu o que significa dois cavaleiros de ouro se enfrentarem?

– Não, não há como esquecer, meu amigo. – dizia Hamal com um tom de pesar – Mas minha missão como cavaleiro de Atena é proteger o Santuário e infelizmente, você é uma ameaça. Sei muito bem que se nos enfrentarmos iniciaremos a Guerra dos Mil Dias, por isso, lhe peço mais uma vez para que se entregue.

– Desculpe mas não posso fazer isso. – responde Alrisha – Não depois de tudo.

– Alrisha, se você se render, eu prometo que intercederei por você.

– Interceder por mim? Acha que estou preocupado por ter traído o Santuário e me aliado aos invasores? Você acha mesmo que tudo que fiz e estou fazendo é por causa do controle do inimigo sobre mim?

– Hm? Então você tem conhecimento sobre o efeito dessa coroa de flores em seu pulso... Alrisha, não me diga que...!

– Sim, eu me deixei ser controlado por Zéfiros.

– Mas, por quê? Você sempre foi um cavaleiro honrado e respeitado, porque fazer isso? Eu não entendo!

– Muito bem, já que morreremos em combate aqui, eu lhe direi. Somente pra você meu amigo. Você sabe o que acontece nos treinamentos para quem quer se tornar o cavaleiro de Peixes?

– No treinamento? – dizia Hamal pensativo. De repente ele se lembra – Aqueles que almejam a armadura de peixes devem resistir ao terrível jardim da casa de seu signo... Espera! – diz o carneiro dourado com cara de espanto – Não me diga que isso tudo é porque...

Hamal olha para o rosto do amigo e percebe que por dentro ele chorava. A imagem de uma silhueta do cavaleiro de peixes com lágrimas escorrendo era mostrada naquele momento. O interior do cavaleiro de peixes estava aos prantos.

– Como você acha que é para um cavaleiro que não pode se aproximar direito dos outros porque seu sangue possui veneno? Ter de ser cauteloso a todo instante, não poder ter uma demonstração de afeto?

– Alrisha...

– Não! Me desculpe, - dizia ele agora chorando por fora também – mas Éolos é minha única esperança! Se ele tomar a Terra para si, eu poderei viver nesse jardim, onde não farei mal a ninguém! Esse é o meu desejo, essa é a minha motivação para tudo isso!

– Meu amigo, se essa é sua palavra final.

– Sim, ela é! – diz o cavaleiro de peixes o encarando com o olhar novamente e queimando seu cosmo novamente – Portanto, prepare-se, Hamal!

– Que comece essa Guerra dos Mil Dias então, velho amigo! Que esse jardim seja o seu túmulo!

– Rosas Piranhas!– diz ele lançando uma rosa negra contra o ex-companheiro.

– Muralha de Cristal!

Hamal cria um muro invisível que o protege do ataque de Alrisha e reflete o ataque. Os dois então passam a trocar alguns socos e chutes.

– Rede de Cristal!– diz Hamal criando pequenos fios de cosmo que se prendem a Alrisha e imobilizando o peixe dourado – Agora fique ai até que os cavaleiros de prata impeçam a ressurreição de Éolos.

– Então esse é o seu grande plano? – indaga Alrisha – Acha mesmo que me segurar aqui vai adiantar alguma coisa? Não seja tolo! Você enviou aqueles pobres coitados para a morte.

– Como é que é?

– Ao norte dessa Ilha onde encontra-se o túmulo de Éolos está também Bóreas o filho mais poderoso do deus dos ventos. Ele também é o mais sanguinário e inescrupuloso. Nem mesmo os cavaleiros de Ouro terão chance quando o Vento Norte ressuscitar o pai.

Enquanto conversavam, Bóreas adentrava o Santuário de Éolos. Era de fato muito parecido com a casa do Grande Mestre, porém haviam muitas imagens de ventos esculpidas ali. O túmulo do deus dos ventos mencionado era na verdade o próprio corpo do deus que estava petrificado e sem vida. Bóreas encarava o corpo com um sorriso no rosto.

– Meu pai, eu finalmente consegui sua alma de volta. – diz Bóreas segurando uma safira transparente, tão transparente que poderia até ser confundida com uma pequena jóia de diamante se não fosse sua espessura – Hoje nós finalmente nos reuniremos!

– Soco Aéreo!– diz Altair lançando um golpe similar ao Meteoro de Pégasus contra Bóreas.

O golpe atinge a armadura do semideus mas parece não afetá-lo. O vilão se vira e então vê os seis cavaleiros ali presentes.

– Oh... – diz o vento norte entediado – Vocês outra vez. Isso já está ficando chato.

– Já chega Bóreas! – dizia Maya – Não deixaremos que reviva o deus Éolos!

– É mesmo? – o deus em tom sarcástico – E o que te fazem pensar que conseguirão o que não conseguiram a pouco?

– Estamos ainda mais determinados. – dizia Shee.

– A deusa Atena continua com a gente. – respondia Ian.

– Há um outro fator que nos dão vantagem também. – dizia Jaga.

– E qual seria ele? – pergunta o semideus.

– Você não enfrentava a mim – diz o cavaleiro de prata apontando para si com o polegar – Jaga de Órion.

– Hm... - ele olha o cavaleiro de cima a baixo – Não me impressiona muito. - Bóreas se vira para o corpo de seu pai novamente e o encara fixamente – Para ser bastante sincero, a aparição de vocês aqui é perfeita! Afinal de contas, o que é um momento histórico sem testemunhas, não é mesmo?

– Desgraçado, não subestime o meu poder! - dizia Jaga queimando seu cosmo - Trovão Dançante!

O cavaleiro de prata cria esferas em suas mãos e as lança contra o vento norte que é atingido sendo coberto pela fumaça das pequenas explosões que ocorrem com o impacto. Os outros ficam felizes e empolgados.

– Conseguiu! - diz Kraisto tocando o ombro do companheiro – Jaga, você é mesmo forte como dizem!

– Incrível... - dizia Shee impressionado.

– Hahahahaha – era escutada uma risada em meio à fumaça – Porque estão tão contentes?

A fumaça se abaixa e Bóreas continuava intacto, eles não conseguiam acreditar. Naquele instante, uma rachadura se forma na ombreira da armadura do semi-deus que olha para aquilo indignado e sem acreditar.

– Não é possível! Mas, como...?! - ele olha indignado para Jaga, ele se contém e então volta a rir – Hahahahaha! Impressionante, er... Como é seu nome mesmo? Órion, não é? Já que me mostrou seu poder, permita-me mostrar o meu... - ele queima o cosmo que causa uma pressão forte contra os cavaleiros e então prepara seu ataque – Ataque das Cobras!

Diversas cobras surgem se rastejando de trás do altar onde encontrava-se o corpo de Éolos. As cobras atacam os 5 cavaleiros de prata e Shee que se veem presos por elas. O semideus então se volta novamente para o corpo do pai e olha para uma safira completamente transparente.

– Aonde eu estava mesmo? - dizia ele – Ah sim! Hoje nós finalmente nos reuniremos, meu pai! Receba essa safira que contém sua alma e viva novamente! - ele coloca a safira no peito de seu pai e então olha para cima – Levante-se, meu pai! Levante-se Éolos, deus supremo dos ventos!

O céu se escurece chamando a atenção de todos na ilha. Trovões caem iluminando em flashes a casa do grande deus dos ventos. Os olhos de Éolos se abrem enfim, brilhando em um tom rubro intenso.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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