Os Cavaleiros do Zodíaco - A Saga da Safira escrita por FanficMaster


Capítulo 23
Capítulo 23 – A suave melodia do vento oeste


Notas iniciais do capítulo

- O Capítulo foi inspirado no episódio 110 da série clássica de Saint Seiya, qualquer semelhança NÃO é coincidência;



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Para salvar o Grande Mestre que está tendo sua vida drenada para restaurar a armadura de prata de Triângulo, Shee e os Cavaleiros de Prata precisam passar pelos 8 andares da Torre dos Ventos. Depois de batalhas mortais contra os Grandes Ventos, eles já enfrentaram os ventos Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Noroeste e Leste. No andar do vento Leste, Kraisto se encontra com Euro que havia conhecido seu pai, o antigo cavaleiro do Cruzeiro do Sul. Se sentindo ofendido com o uso da imagem de seu pai pelo inimigo, Kraisto atinge o sétimo sentido e derrota Euro.

Kraisto caminhava em direção à porta que aparecera depois de derrotar o vilão. Ele via uma enorme escadaria diante dele, no entanto, a bola de luz em que Euro havia se tornado surge em sua frente.

– Ainda pretende me impedir, mesmo sem um corpo? - diz Kraisto se preparando para uma nova batalha.

– Não, eu reconheço minha derrota.– admite o semi-deus – Porém, em respeito a seu pai, peço que não siga adiante.

– Como é?! - diz Kraisto não acreditando naquilo – Então você quer me impedir!

– Você é livre pra fazer o que quiser, cavaleiro de Atena.– continuava o semi-deus – Mas eu preciso lhe alertar sobre os meus irmãos que ainda encontrará. Eles não são como eu ou como os outros que enfrentaram.

– Como é?

– Até agora, os meus irmãos que enfrentou eram conhecidos como os Ventos Menores, porém, eu e meus outros irmãos restantes, somos conhecidos como os Grandes Ventos. E os 3 que restaram são ainda mais poderosos do que eu. Tome muito cuidado com o Vento Oeste. Apesar de bondoso, pode se tornar um inimigo terrível.– alertava o semi-deus.

– Vento Oeste? - repetia Kraisto.

– Se pretende continuar até o último andar, você não pode descansar. O meu irmão que planejou e começou isso tudo... Bóreas, o vento Norte, é um ser terrível e cruel, ele não hesitará em lhe tirar sua vida. Tome muito cuidado, cavaleiro! Tome muito cuidado!

A esfera de luz desaparece por completo, deixando Kraisto sozinho finalmente e parado diante da porta. Suas mãos tremiam.

– Porque? - diz Kraisto – Porque estou hesitando? O que eu faço? Isso é ridículo, porque as palavras de Euro me atingiram dessa forma?

Enquanto isso, Jaga se via dois andares acima de Kraisto. Ele para observando um andar repleto de plantas.

– O tempo está correndo. - Pensava Jaga em voz alta – Meu objetivo é o oitavo andar.

– Infelizmente, você não poderá chegar ao oitavo andar, Jaga de Órion. - dizia uma voz surgindo mais adiante.

Jaga se vira em direção a ela e vê um homem mais alto e mais velho que ele caminhando em sua direção e parando um pouco mais distante. Ele trajava uma armadura verde com uma pérola de safira em tom verde no peitoral e no centro do cinturão. A armadura parecia algo realmente divino e majestoso. Atrás dela, havia um par de asas também em safira verde. O homem tinha cabelos longos e vermelhos, além de um cavanhaque no queixo.

– Eu, o Vento Oeste, não permitirei que siga adiante.

– Vento Oeste, não foi você quem atacou o Santuário e levou o Grande Mestre?

– Tive uma pequena ajuda, mas foi eu sim. - respondia o semi-deus que continuava caminhando na direção de Jaga. O cavaleiro de prata se prepara para qualquer ataque – Cavaleiro, eu não vim aqui para lutar e sim para lhe pedir um favor.

– Hã? - diz Jaga confuso e surpreso com o cosmo que o vento oeste emitia ao se aproximar dele – Um favor?

O Vento Oeste continuava caminhando enquanto Jaga o observava, agora com um certo receio.

– Essa cosmo energia é diferente da que Siroco emanava. A Cosmo energia de Siroco era maligna, agressiva, realmente terrível. Mas essa, é calma, pacífica! O que está havendo aqui? Sua cosmo energia se parece... Se parece com a de Atena!

O corpo de Jaga tremia involuntariamente. Jaga nunca ficara tão confuso como naquela vez. Ele não sabia o que fazer, o que esperar, pela primeira vez em toda a sua vida. O semi-deus finalmente para próximo a ele e o encara com um olhar sereno.

– O que houve, rapaz? - pergunta o vento oeste – Está parecendo um cervo encurralado prestes a ser devorado por um leão ou algo do tipo. Não se preocupe, como eu disse, eu não vim lutar, vim te pedir um favor. - dizia o vento sem tirar os olhos de Jaga – Gostaria de pedir para que desse meia volta e fosse embora. Sua presença aqui é inútil e uma ofensa ao meu pai e aos meus irmãos.

Jaga não conseguia se mover, ele não entendia bem o porque. Apesar de algo nele o dizer para atender o pedido do semi-deus à sua frente, ele não fazia menção alguma em fugir. Ele não poderia, não se perdoaria se abandonasse sua missão.

– Não vai, huh? - diz o vento oeste – Pois bem então você não me deixa outra alternativa. Defenda-se, Órion! Melodia Alada!

O semi-deus estica seus braços para cima fazendo com que diversas linhas circulares saíssem de suas asas e fossem em direção a Jaga. Jaga é atingido e tem sua tiara destruída pelo golpe. Seu corpo é empurrado para longe o fazendo cair. O Vento oeste caminha até ele novamente.

– Eu não posso acreditar... - diz Jaga levantando sua cabeça – Uma simples técnica conseguiu me empurrar para longe. Como é possível um poder tão terrível e agressivo assim possuir uma cosmo-energia pura como essa? Você não pode ser humano, vamos, me diga! Porque seu cosmo é assim se é o inimigo? Diga, maldito!

– Hahahahaha! Você quer mesmo saber? Está bem, eu lhe digo o porque. Você disse humano, não foi? Como pode me confundir com um mundano?

– O que disse? Não vai me dizer que...! - dizia Orion não acreditando no que lhe passava pela cabeça.

– Isso mesmo, eu não me apossei do corpo de um humano como os meus irmãos. De fato, sou o Vento Oeste, Zéfiro!

– Então você é o vento mitológico do oeste, Zéfiro?! - diz Jaga se levantando – Como isso pode ser?

– É exatamente o que ouvistes. - confirma Zefiro – Ao contrário de meus irmãos que tiveram de se apossar de corpos mundanos, eu consegui reviver em meu próprio corpo.

[Flashback]

– Os meus irmãos foram torturados e tiveram seus corpos dizimados nos tempos mitológicos...

A imagem dos 8 ventos era mostrada em forma de silhueta. Homens vestindo túnicas aparecem em seguida. Os ventos estavam cercados de pessoas que lhes jogavam pedras e mais pedras.

– Uhhh! Uhh! - elas vaiavam sem parar.

– Vamos lá! Vamos dar uma lição neles!!!

– Malditos Deuses!

[Flashback]

– Mas o meu foi poupado, pois ajudei muito os humanos. - finaliza o semi-deus.

– Ajudou os humanos? - indaga Jaga um tanto que incrédulo – Se é assim, porque ajuda Bóreas e os seus outros irmãos? Por um acaso você concorda com tudo isso, um deus que outrora ajudou os humanos tantas vezes?

– Chega de perguntas, cavaleiro de Órion. Lhe darei mais uma chance. Saia daqui agora ou eu acabarei com você, mesmo que contra a gosto. - diz ele apontando para Jaga.

– Me desculpe, mas eu não posso fazer isso.

– Oh, é mesmo... - diz o semi-deus – Estou me lembrando agora, dizem que você é o mais forte dos cavaleiros de prata dessa época, não é verdade? Portanto, seria uma pena acabar com um guerreiro tão bom assim, talvez fosse mais interessante tê-lo em nosso lado.

– Eu, do lado de vocês? Isso é impossível!

– Sim, cavaleiro de prata, eu irei agora mesmo fazer com que venha para o nosso lado.

Uma forte brisa começa a passar pelos dois. As plantas que estavam em volta das paredes daquele andar começam a se agitar como se estivessem vivas.

– Hã?! Então você tem a capacidade de manipular plantas?

– Você entenderá em breve o que vai acontecer. - diz Zéfiro fazendo com que diversas pétalas surgissem atrás dele.

– Hã?! O que são essas pétalas?! - diz Jaga surpreso.

– Seja meu aliado, Jaga! - diz o semi-deus lançando as pétalas na direção dele - Coroa de Flores!

As pétalas começam a voar em círculos na direção do cavaleiro que é atirado longe por elas. Jaga cai de cara no chão.

– Aqueles atingidos pela minha Coroa de Flores perdem completamente o controle sobre si, agindo como eu bem quiser. Você agora será meu soldado, cavaleiro de Órion. - explica Zéfiro – Fará tudo o que eu quiser.

Naquele mesmo instante, Altair sente o cosmo de Jaga diminuir. Ele havia acabado de chegar ao sexto andar, o andar do vento sul.

– Mais uma cosmo-energia desapareceu.– pensava Altair – Parece ser a de Jaga... Será que...? Não... Não posso acreditar que justo Jaga tenha sido derrotado.

Naquele mesmo instante, um vento muito forte avança contra Altair que salta desviando. Ele então é atingido por uma chama terrível vinda de trás. Enquanto isso, Shion continuava tendo seu sangue e cosmo drenado pelas plantas. Shee corria rumo ao andar do vento norte, o último andar. De repente, ele sente uma presença vindo logo atrás dele.

– Quem está aí?! Por um acaso é o guardião desse andar?!

– Calma aí, pivete! - diz uma voz conhecida. Era Maya que alcançara o rapaz – Parece que fomos os primeiros a chegar aqui.

– Sim, ao que parece esse é o último andar, finalmente.

– Uhum – diz Maya se aproximando e tocando a porta à sua frente – o Grande Mestre deve estar do outro lado dessa porta. Garoto, não abaixe a guarda um minuto sequer. Você não teve o treinamento para ser um cavaleiro ainda, então deixe o vento norte comigo, cuide de aproveitar a chance e tire o Grande Mestre daqui.

– Maya, eu já provei o quão forte eu sou. Posso te ajudar a acabar com o vento norte.

– Você não entendeu. - diz Maya se virando para Shee com um olhar que o garoto jamais tinha visto antes, um olhar sereno e confiante – Estou confiando a liberdade do Mestre a você, essa é a nossa missão real.

– Maya... - os olhos de Shee se enchem de lágrimas e emoção. Ele as enxuga e então assente com a cabeça – Pode deixar comigo!

Maya então abre a porta e vê um enorme salão. Havia mais uma escada, porém esta era pequena. Maya sobe sozinho e vê Bóreas parado, o esperando.

– O vento norte...– pensava Maya. Bóreas não falava nada, nem mesmo se mexia, de repente ele queima seu cosmo, que era poderoso, algo realmente comparável apenas a um deus – sua cosmo energia é extraordinariamente poderosa. Realmente, apenas um deus pode emitir um cosmo como esse.

No andar do vento sul, Altair se levanta após o ataque que levou e encara o homem à sua frente. Este trajava uma armadura idêntica à de Zéfiros, porém, de uma safira avermelhada. Seus cabelos eram negros e jogados um pouco para os lados, tendo as pontas espetadas no lado direito.

– Estou abismado com a sua força. - dizia o semi-deus caminhando em direção ao cavaleiro – Você veio ao longo de todo esse caminho até aqui com estes graves ferimentos... – ele repara na armadura de Altair que estava um tanto que desgastada, o cavaleiro também estava cheio de ferimentos que pareciam graves – Mas receio que não tenha mais energias para lutar. Você está quase morto e eu não estou interessado em lutar com alguém tão fraco. Vamos lá, retire-se.

– Não seja tolo. - diz Altair – Nossa batalha não termina enquanto um de nós estiver vivo. Lutarei, mesmo que me custe a vida! Não podemos parar a luta enquanto não salvarmos o Grande Mestre e este mundo!

O grande vento não se manifesta, apenas encarava o cavaleiro que se preparava para atacar.

– Você está pronto, Vento Sul?! - diz Altair queimando o seu cosmo – Soco Aéreo!

Altair corre na direção do adversário fazendo um movimento aéreo junto com seu punho que se torna uma águia mas o semi-deus passa sua mão esquerda em movimento circular criando uma espécie de parede de fogo que bloqueia o ataque.

– Vou lhe dizer mais uma vez, não lhe resta mais energia. - diz o grande vento – Se não quiser morrer vá embora, agora!

– Eu já lhe disse... - Altair levava a mão direita até sua costela do lado esquerdo, onde havia um ferimento – Enquanto eu estiver vivo, não posso me render.

– Entendo. - diz o vilão fechando seus olhos – Já que faz tanta questão de morrer, sentirá o calor da minha força!

No sétimo andar, Zéfiros começa a caminhar em direção à saída que se desprende do lacre para o vento oeste, quando sente um cosmo queimar novamente atrás dele.

– Você não desiste, não é mesmo? - pergunta o vento oeste ainda de costas.

– Isso mesmo, Zéfiros! - dizia Jaga se levantando em posição de luta – Vim aqui para acabar com você e seus irmãos!

– Bobagens... - diz Zéfiros – Como pode ainda insistir em lutar contra um deus?

Zéfiros se vira para Jaga e seus olhos brilham. O rapaz que corria na direção do vento oeste então para. Seu corpo parecia não responder a seus comandos.

– E-Eu não posso me mexer! - diz Jaga – Estou completamente paralisado!

– Vá embora daqui, cavaleiro. - insiste Zéfiros – Esta é a última chance que lhe dou. Vá embora já!

– Eu vim até aqui e não vou embora. - diz Jaga decidido e ainda tentando se livrar do controle de Zéfiros – Como eu poderia fazer isso sem ao menos lutar?

– Você morreria se por um acaso ao menos tentasse. Enquanto você estiver com essa coroa de flores no seu pulso, seu corpo responderá somente a mim. Se eu quiser posso até entrar em sua mente.

– E-Essa coroa em meu pulso...?! - diz Jaga notando apenas naquele momento – Então é isso! Se eu só preciso rompê-la para poder lutar, então não tenho com que me preocupar...

Ele então eleva seu cosmo queimando intensamente. A coroa de flores começa a se desfazer aos poucos até que o cavaleiro de Órion conseguisse ficar livre dela por completo.

– Mas, como?! Até hoje nenhum humano foi capaz de romper minha coroa de flores!

– Vento Oeste! - diz Jaga apontando para ele – Você subestima completamente o poder do exército de Atena e este foi o seu erro! Prepare-se, pois agora eu mostrarei todo o poder trovejante da constelação de Órion!

– Tolo! - dizia o semi-deus – Não entende que eu apenas queria lhe poupar a vida?! Mas muito bem, se é assim que quer, deixarei que morra em nome de sua deusa que o abandonou. Preste bem a atenção, Jaga de Órion! - alertava o grande vento – Pois você está prestes a escutar a melodia mortal do vento oeste! Melodia Alada!

O semi-deus estica seus braços para cima como da outra vez, fazendo com que diversas linhas circulares saíssem de suas asas e fossem em direção a Jaga. O cavaleiro faz posição de defesa.

– O mesmo golpe não funciona duas vezes contra o mesmo cavaleiro! - dizia Jaga – Precisará fazer melhor que isso, semi-deus!

Zéfiros então joga seus braços cada um para um lado. As linhas circulares se partem entrando diretamente nos ouvidos do cavaleiro de prata que subitamente leva suas mãos a eles.

– Hah!!! - gritava Jaga – Que som terrível é esse?! Não posso ouvir isso! Não devo, não!

– Não adianta. - diz Zéfiros – Mesmo que tampe seus ouvidos, essa música atingirá seu cérebro e logo você morrerá. Eu tentei evitar essa situação, mas você não me deixou outra escolha, cavaleiro de prata.

– Ahh!!! Ahh!!!

Jaga gritava sem parar, aquele som era terrível e parecia cada vez mais alto em sua cabeça. Uma dor muito forte tomava conta dele, como se sua cabeça fosse explodir de dentro para fora. Ele cai de joelhos novamente gritando sem parar. De repente, o grande vento do oeste sente uma cosmo energia vinda do último andar.

– O que é isso?! - dizia o vilão – Alguém conseguiu adentrar o oitavo andar?!

Maya é jogado para atrás pelo poder do cosmo de Bóreas. Ele olhava arregalado para o vento norte, a expressão em seu rosto era de horror completo. Ele então começa a cair em direção ao chão, sem força alguma.

– E-Então este... - dizia Maya impressionado – É o poder de um deus... - O jovem cai por fim, chorando e se sentindo impotente – Sh-Shee...

Shee estava quase entrando no quarto secreto do oitavo andar quando sente o cosmo de Maya sumindo.

– É a cosmo energia de Maya? - se pergunta o garoto – Grande Mestre, espere só mais um pouco!

Shee se vira e volta para o salão principal do andar. Ian finalmente desperta no terceiro andar. Ele olha em volta ainda mais atordoado e então se levanta. O Cavaleiro parte passando pela saída que levaria até seu próximo destino.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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