The house next door escrita por Sah Gatsby


Capítulo 15
O pedido ..


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por quem está lendo, quem está gostando, eu ando tento algumas ideias e espero que gostem. Leiam, recomendem, comentem, enfim. Boa leitura Bjokas ;)



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O dia está lindo, D.Elise está dirigindo, Thomas está no banco do passageiro, e eu no banco de trás. Fico olhando o caminho pela janela, o vento levando meus cabelos. Lembro-me do dia em que eu estava me mudando, de repente D.Elise fala alguma coisa me tirando de meus devaneios.

–Desculpa, o que disse ? –pergunto educadamente me inclinando um pouco para a frente para poder ouvi-la.

–O que está achando da cidade, está se acostumando ? –ela fala de um jeito tão gentil.

–Sim, estou me acostumando, e adorando o lugar. –sorrio, veja ela sorrir através do retrovisor, Thomas olha para mim e da um sorriso torto. Não demora muito e chegamos.

–Eu vou até a casa da Claire, e depois comprar algumas uvas. Por que não mostra o lugar para ela Thomas. –diz D.Elise educadamente.

–Claro vovó. –ele olha para mim e sorri.

–Não se preocupem, fiquem a vontade, acho que vou demorar como de costume.

–Tudo bem se eu pegar seu carro vovó ?

–Não querido, mas acho que vai precisar abastecer. –ela pega dinheiro da carteira e entrega para o neto. –Tome, mas não volte muito tarde, vou demorar mas pretendo chegar antes de escurecer em casa.

–Claro. –ele diz pegando o dinheiro, então dá um beijo na bochecha da avó, pega em minha mão e me conduz até o carro.

–Onde vamos ? –pergunto, ele já está com o carro ligado e andando.

–Tem um vinhedo aqui perto, acho que vai gostar. –diz esticando o braço para ligar o rádio.

Ficamos em silêncio, só com a música tocando, ‘’Passenger –Let Her Go’’. A música é calma, e bonita, Thomas para o carro em um estacionamento de uma pequena lanchonete. Sai do carro, da a volta e abre a porta para mim.

–Vem. –diz estendendo a mão para que eu pegasse. –Vamos subir o morro, não se preocupe não é muita coisa, mas a vista é linda. –Aqui estamos.

Realmente o caminho não era tanto quanto pensei, mas a vista era deslumbrante, fico olhando para o horizonte, dava para ver as montanhas, as casas, o vinhedo. Olho para Thomas, que está me fitando, e eu fico meio sem jeito.

–O que foi ? –pergunto ficando corada.

–Você é linda. –ele sorri para mim, que fico ainda mais sem jeito com o comentário.

–Obrigada. –digo de cabeça baixa, ele segura meu queixo e ergue meu rosto para que ele possa olhar dentro dos meus olhos.

–Eu sei que devia ter dito antes, mas não achei as palavras nem o momento certo para isso.

–Ahm..

–Deixe eu falar, apenas escute, certo ? –aceno com a cabeça.

–Certo!

–Eu nunca fui bom em expressar sentimentos, sempre fui do tipo mais solitário como você sabe. Mas quando eu te vi pela primeira vez algo mudou em mim. Você é a única pessoa em quem confio, a única pessoa que sabe como sou e por que sou assim. Eu adoro quando estou perto de você, adoro o seu jeito, o modo como sorri, e como fica distante em seus pensamentos. Você é única Lara, é uma pessoa incomum. Estou apaixonado por você.

Thomas me beija, um beijo diferente dos outros, dessa vez mais apaixonado, e eu respondo seu beijo da mesma forma. Ontem mesmo eu estava desconfiando das atitudes dele, e agora ele se declara para mim. Coloco as duas mãos em seu rosto, e ele segura em minha cintura me levando para mais perto dele, coloca a outra mão em meu rosto, levando até minha nuca, assim que perdemos o fôlego, ele se afasta de mim, encostando sua tenta na minha, abro os olhos lentamente e encontro seus lindos olhos azuis claros como a água, olhando para mim, ele da um sorriso torto, morde o lábio inferior, respira fundo e solta o ar.

–Quer namorar comigo Becker ?

–Sim, sim eu quero. –volto a beijá-lo novamente.

Ficamos ali por algum tempo, apreciando a paisagem, descemos e vamos até a lanchonete e comemos a típica torta de uva da cidade. Thomas parece estar tão feliz, não tira o sorriso do rosto.

–Adoro seu sorriso. –digo olhando para ele, que também faz o mesmo.

–Eu adoro você. –ele da um sorriso torto e encantador.

–Desde quando estava pensando eu falar isso ?

–Isso o quê ? –ele pergunta se fazendo de desentendido.

–Tudo o que me disse.

–Sobre eu ter te pedido em namoro ? –confirmo com a cabeça. -Eu ia dizer no baile. Mas a situação acabou mudando, e adiou um pouco.

–E me falaria sobre sua ‘’história’’ quando ?

–Eu não sei, talvez depois que você me desse a resposta, e dependendo dela, eu diria.

–E se eu dissesse não ?

–Então, talvez eu não falasse. Pelo menos não como foi, não tão cedo.

Ele para de falar assim que a garçonete se aproxima com as tortas, comemos em silêncio, logo voltamos para pegar a D.Elise, já que estava ficando tarde. Na volta ela faz questão que o neto dirija, e que eu me sente no banco do passageiro. Assim fazemos, ligo o rádio e está passando ‘’Kodaline –One Day’’, Kodaline é uma das minhas bandas prediletas. No caminho D.Elise puxa um assunto e outro, em alguns momentos eu olho para Thomas que me olha também, mas rapidamente e sorri, mas logo volta a atenção a estrada. Assim que chegamos a casa de Thomas D.Elise me convida para ficar e esperar a torta.

–Não quer ficar e esperar a torta que vou fazer minha querida ? –pergunta ela assim que sai do carro.

–Ahm.. eu não sei D.Elise.

–Que isso querida, fique, eu te ensino a fazer a torta, e se bem que você não precisa se preocupar em ir embora. –ela diz sorrindo, se referindo que moro a casa ao lado.

–Fica Lara, por favor. –Thomas faz uma cara meio manhoso enquanto fala.

–Tudo bem. –digo sorrindo e olhando para ele, que me da um selinho, e pega em minha mão me guiando até dentro da casa.

D.Elise me ensina a fazer a torta, Thomas está nos ajudando, assim que terminamos, ela nos pede licença e sobe para tomar banho, Thomas e eu ficamos na sala vendo tevê. Ele está mais atencioso e carinhoso, confesso que não esperava que ele fosse assim, ele sempre demonstrou ser um cara mais sério, intimidador, mas eu nunca me senti intimidada por ele. Ficamos ali juntinhos, então eu decido puxar assunto.

–O que vai fazer depois que se formar ? –me viro para olhar para ele, que ainda está olhando para a tevê.

–Eu ainda não sei. –diz ao olhar para mim, me dando um leve beijo na posta do nariz. –E você ?

–Pretendo cursar psicologia.

–Legal, mas por que psicologia ?

–Eu sempre achei fascinante, e poder ajudar as pessoas também.

–É por isso que você quer me ajudar ? –pergunta ele me dando alguns beijos na bochecha em seguida um selinho.

–Não só por isso. Mas por que eu quero, a culpa não foi sua, e não quero que você sofra mais com isso.

–Pode ter certeza de que você já está me ajudando pequena.

–Hm.. pequena ? já começou com apelidos carinhosos ? –digo dando uma risadinha, e logo o beijando.

–Algum problema pra você ? se não gostar te chamo pelo nome.

–Sem problemas, é que eu não conhecia este seu lado mais romântico digamos assim.

–Eu tenho os meus momentos. –ele ri e então me beija, um beijo bom, e longo, mas somos interrompidos pela avó dele, que desce as escadas, falando da torta.

–Acho que a torta já está pronta crianças, Thomas prepara a mesa para nós comermos, por favor querido.

–Claro vó. –ele sorri para mim me da um selinho e se levanta para por a mesa.

Levanto em seguida para ajudá-los, assim que a mesa está posta nos sentamos, a avó de Thomas faz a oração, em seguida começamos a comer.

–Hmmmm.. essa torta está maravilhosa querida. –diz D.Elise me elogiando.

–Está mesmo. –concorda Thomas que volta com mais um pedaço a boca.

–Obrigada. Tive uma ótima professora. –digo sorrindo e experimentando um pedaço da torta.

Ficamos ali por mais alguns momentos, conversando, comendo. Vejo que começa a ficar tarde, dou tchau para D.Elise, ela como sempre tão educada me da tchau e agradece pelo dia. Thomas me leva até a varanda, me da um beijo como sempre apaixonante e demorado.

–Boa noite minha pequena.

–Boa noite baby .

–baby? –ele pergunta fazendo uma careta.

–Sim, ou prefere que te chame de fofinho ? –ele ri.

–Baby está bom, eu não pensei que você tinha este lado mais meloso digamos assim.

–Eu tenho os meus momentos.

Ele volta a me beijar, logo depois eu volto para casa. Todos estão se sentando para jantar. Minha mãe me convida, mas digo que estou sem fome, e subo para tomar um banho, logo volto para meu quarto, pego um livro e leio, até que pego no sono.


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